quarta-feira, dezembro 31, 2014

Vira o disco e toca o mesmo ... ou talvez não

Agora que estamos mesmo na recta final, e Samoa, Ilha do Natal e Kiribati até já entraram oficialmente em 2015, é a altura de falar do Ano Novo, ou do Ano Velho para ser mais correcto, pois nestas alturas é sobretudo tempo de retrospectivas.

Admito que pensei em deixar no Facebook o YearInReview (nome da funcionalidade), aquele com frase por defeito "Foi um ano espetacular! Obrigado por fazeres parte dele.", ou então aquela coisa engraçada que vi noutras páginas da aplicação My Times, que curiosamente parece que foi removida entretanto (provavelmente era maliciosa), mas logo pensei que minha vida vai muito além do Facebook (tem este blog, o Twitter, o YouTube e toda uma Internet :-D) e o ano vai muito além da minha própria existência.

O melhor é mesmo escrever uma pequena reflexão.
Não vou rever o ano na totalidade. A nível pessoal foi um ano de muito crescimento sobretudo devido ao crescimento da família e o passar de um adulto meio-irresponsável para um adulto menos-irresponsável, pois agora tenho a responsabilidade de um novo ser que trouxemos a este mundo.
Por alturas do Verão estive muito perto de voltar a Portugal e sei que para muitos recusei uma oportunidade de sonho. Mas não era realmente de sonho para mim e tinha menos de 1 dia para decidir. Não é uma decisão que se toma de ânimo leve por isso tive que recusar. O timing é que foi mesmo impecável pois logo depois de ter recusado, 1 dia mais precisamente, sou confrontado com a possibilidade de perder o actual emprego. Portanto podem imaginar que de repente me parecia que o mundo estava-me a pregar uma enorme e sarcástica partida. No final nada mudou a esse respeito, para mim pelo menos, e aqui continuo pela Holanda.

O ano teve muitas coisas interessantes, quer a nível local quer a nível global. Muita miséria, muita desgraça mas também coisas boas. Na verdade é o costume desta realidade a que chamamos Existência. Os anos passam, muitas coisas mudam, outras tantas ficam igual e muitas delas repetem-se em anos vindouros.
O fim de ano e começo de um novo pode ser visto como um simples virar de página, um bater dos ponteiros do relógio, o completar de um ciclo e início de um novo que na verdade é igual, como é o caso da órbita da Terra, aquilo que cientificamente define um ano.
Por isso escrevi no título: vira o disco e toca o mesmo.

Ou talvez não! Muitas pessoas fazem resoluções para o novo ano. Eu acho que raramente as fiz, e mesmo quando as fiz nunca dei valor a isso. As resoluções de Ano Novo é como o Natal, é quando um homem quiser. Apesar de tudo muitas pessoas tomam este reinício do ciclo como uma altura especial e ganham coragem e motivação para mudar algo (normalmente para melhor). Ainda bem para eles. Para os que conseguem mudar com um novo ano, dou os meus parabéns. Para aqueles que mudam sempre que querem ou precisam, dou os meus parabéns.
Eu sou a favor da mudança mesmo que pessoalmente esteja cada vez mais na mesma. Por isso parabéns a mim também e a todos aqueles que não mudam nem que o céu esteja a cair sobre a cabeça.

Em verdade, amanhã espero ainda aqui estar, e na realidade vai estar tudo igual a hoje e a vida vai seguir normal. Desafios vão surgir, adversidades serão ultrapassadas, mas isso é tão válido em 2015 como foi válido em todos os anos que passaram, e que foram muitos mais que 2014.

Termino voltando à parte que o ano vai muito além da minha pessoa. Deixo um vídeo que me tocou quando o vi. Não será o melhor nem é certamente o mais completo, até porque faltam coisas importantes que aconteceram nos últimos dias, mas eu gostei portanto espero que gostem também:


Aos meus amigos e a todos os que lhe são queridos, desejo Boas Saídas e Entradas e Feliz Ano Novo 2015!

terça-feira, dezembro 30, 2014

É um estrondo

Como disse há 2 dias, agora é uma altura barulhenta pois esta malta daqui, que gasta fortunas em fogo de artifício e petardos para a passagem de ano, gostam de testar ou simplesmente arrebentar alguns nestes dias que antecedem a grande festa.

Pensei que já tinha descrito a passagem de ano aqui na Holanda. Pesquisei aqui no blog e no Facebook mas não encontrei nada.
Bem, faço uma pequena descrição: a passagem de ano aqui é levada muito a sério. Não costuma haver grandes espectáculos de pirotecnia organizados pelos municípios, mas são os próprios cidadãos que os fazem. Como disse eles gastam fortunas e nas 12 badaladas é toda a gente a largar foguetes por todo o lado. Literalmente, todo o lado. Em 2012 passamos com amigos numa casa bem perto do centro de Amesterdão e subimos ao terraço e dava para ver, era fogo de artifício por cima de toda a cidade. E a durar à vontade mais de 30 minutos. Acabava num lado já estava outro a aparecer mesmo ao lado. Daí eu ter escrito que é o maior fogo de artifício desordenado de que tenho conhecimento. Na realidade é um caos. Mas para além do verdadeiro fogo de vista, rebentam petardos por todo o lado. E então nestes dias tem alturas que parece que estamos no Iraque, Síria ou mesmo Faixa de Gaza. Ouvem-se "tiros" e explosões que apesar de espaçadas são constantes. Parece mesmo os gajos do Estado Islâmico e os Curdos a trocarem tiros quando vêm um inimigo do outro lado da barricada, e a mandar umas granadas e obuses de vez em quando.

Eu sempre pensei que era tudo material comprado em lojas, mas hoje a conversar com 2 colegas holandeses sobre o ter cuidado e não rebentar com dedos (é muito comum malta ficar sem alguns nestes dias) fiquei a saber que nem tudo é material de pirotecnia.
Os holandeses têm uma longa de tradição de fazerem canhões caseiros com carbid (inglês calcium carbide, em português "carbite" ou "carboneto de cálcio"). Compram isto a €5 o quilo, ou então €2000 a tonelada, e divertem-se a fazer autênticas peças de artilharia como a que se vê na foto do canto.
Acho um pouco difícil ver-se disto aqui pela cidade, mas eu vivo paredes meias com campos de cultivo e descampados portanto imagino que os maiores estrondos possam provir das experiências com carbid que estes malucos fazem.

Deixo-vos uns vídeos do YouTube de utilizações do carbid aqui na Holanda, para terem uma ideia das proporções que esta "loucura" toma.





domingo, dezembro 28, 2014

Este período foi de novidades

Tendo aterrado, para ficar, em Amesterdão no dia 28 de Novembro de 2010, já passei por 5 Natais desde que aqui estou (apesar de estar praticamente só há 4 anos). Mas só este foi passado aqui, portanto temos logo a primeira novidade, um Natal passado na Holanda.

Em 2010 e 2012 foi em França com os meus pais; em 2011 e 2013 foi em Portugal (na minha casa lá).
Este ano é o primeiro com o miúdo fora de Portugal (ele já era nascido o ano passado mas tinha apenas pouco mais de 2 meses) e como é muito mais prático passar aqui em casa, veio a minha família directa (pais e irmão) e assim cá se passou o primeiro Natal nos Países Baixos.

Apesar de ter sido cá não faltou nada do "costume". O Natal, à boa maneira da nossa família, foi um misto de ementa Portuguesa com Francesa. Não houve bolo-rei porque esta família nem costuma comer, mas teve rabanadas, aletria (uma estreia para as cozinheiras) e quase que teve sonhos. Digo quase porque pouco antes da ceia de Natal, quando fui buscar o meu irmão ao aeroporto, comprei a única coisa típica holandesa, olliebolen que são parecidas com os sonhos. A minha mãe gostou e disse que eram iguais aos sonhos da vizinha dela (em França). Mas mais ninguém comeu. Como comprei uma dúzia (à dúzia é mais barato) a maioria acabou por ir para o lixo no dia seguinte, pois estavam intragáveis.

Como este ano o Natal calhou à quinta-feira e por conseguinte a sexta-feira era também feriado (Tweede Kerstdag) passei 4 dias sem trabalhar. Isso não é uma novidade mas foi a primeira vez que passei 4 dias consecutivos sem trabalhar e sem estar doente aqui na Holanda. Todos os outros períodos de duração igual ou superior foram passados fora. Foi algo estranho porque ontem já me estava a parecer tempo demais por casa (mesmo saindo acabamos por estar em casa todos os dias). E logo eu estar com sentimentos destes, eu que sou das pessoas que adoro férias e feriados e só ao fim de muito tempo me volta a vontade de trabalhar (muitas vezes só me volta semanas depois de já ter voltado ao emprego!).

Mas como é sabido tudo o que é bom tem um fim, e amanhã é o regresso ao trabalho. Deverá, e espero que assim seja, calmo pois este é um período tradicional de férias e sei que muitos dos meus clientes só regressam depois do 5 de Janeiro. Mas nunca se sabe o que o Murphy, o das Leis, me reserva para os próximos 3 dias + sexta-feira.
Quanto aos dias atarefados e barulhentos, de ter o dobro das pessoas em casa, também acabam. Os meus pais já regressarem hoje à região parisiense e amanhã de manhã, antes do meu regresso ao trabalho, deixarei o meu irmão no aeroporto para regressar a Portugal.

E assim voltaremos à rotina do quotidiano, eu e a Carolina, o puto e a gata, até à Passagem de Ano e ao Ano Novo. Mas esse não será uma completa novidade, pois já antes passamos aqui.
Esperam-nos dias barulhentos no exterior e de susto durante a noite, com a miudagem e outros mais graúdos a irem estoirando peças de pirotecnia, no aquecimento para o maior fogo de artificio desordenado de que tenho conhecimento...

sábado, dezembro 27, 2014

Ainda cá estou

Pois, não ganhei na terça antes do Natal, como já sabiam, mas continuei sem ganhar no 2° dia de Natal, ontem. Segundo porque tal como expliquei no Facebook, aqui nos Países-Baixos (tal como noutros mais altos) existem 2 dias de Natal, o Primeiro que é a 25 e o Segundo que é a 26. Ainda não me deu para pesquisar a história por detrás desta duplicação do Natal.

Voltando ao EuroMilhões, e para ser correcto, eu ganhei nas 2 tiragens. Não ganhei foi nenhuma fortuna, em ambas foi apenas o 13° prémio, o mais baixo de todos que nem cobre os custos da aposta (eu jogo €6 e só o 12° prémio costuma cobrir esses custos).
Parece quase que o EuroMilhões está a gozar comigo. Sabe que quero ganhar e pica-me ao receber a mensagem da Santa Casa da Misericórdia a dizer "Parabéns, esta semana é um dos premiados" e depois vou ver e vejo lá os míseros 3 euros e tal e penso "Dasse, para esta merda nem valia a pena mandar mensagem".
Por outro lado dizem que não há 2 sem 3, e à terceira é de vez, e portanto próxima terça pode ser que tenha a sorte grande.
Cuidado malta, pode ser o último post do BaKano que lêem ... na qualidade de não-milionário (não podia dizer excêntrico porque há quem ache que já tenho essa qualidade).

Mas pensando melhor, será que é mesmo sorte grande? A sorte grande e terminação já tenho na verdade, está aqui comigo em casa (uma parte deitada ao meu lado e outra na cozinha a fazer a comida dessa parte para os próximos dias).
E este Natal, sendo o primeiro em que o mais pikeno já tem a sua personalidade, foi mágico. Pode-se comprovar facilmente por esta foto, que é carregada de magia e nem sequer foi alterada (a não ser ligeiramente recortada):


Apesar da foto ser uma forma muito bonita de se terminar, deixo-vos um apontamento sobre esta época.
Pensava eu que o tuga era especialista em fazer as coisas à última hora, como as compras do Natal, mas na manhã do 24, deixei o miúdo na creche (aproveitar que estava aberto e já pago) e passei no super-mercado para umas compritas pequenas de última hora. Pouco passava das 9:00 quando cheguei ao estacionamento e havia fila grande para entrar. Ao estacionar no piso da entrada para a loja, eram já muitas as pessoas que se dirigiam para as viaturas com os carros carregados (raramente se vê um holandês com um carrinho das compras carregado a não ser quando levam grades de cerveja). A loja tinha todas as caixas abertas e era difícil circular nos corredores. Só tinha visto algo parecido um Sábado neste tempo que estou aqui.
Na realidade não eram compras de última hora porque era ainda manhã, mas fiquei surpreendido por ver os holandeses (naturais ou emprestados) em azáfama tamanha na véspera de Natal. Nem sequer era por virem os 2 dias de Natal, porque ontem o mesmo super-mercado estava aberto.

Agora sim, terminei por hoje. Já estou com fome e é tempo de aproveitar as comidas de mãe, que tive a família toda (a directa) a passar estes dias em casa, mas já começam a ir embora amanhã.
Mas até ao lavar dos cestos é vindima, e ainda há muito vinho e champagne para beber...

quarta-feira, dezembro 24, 2014

Mensagem de Natal de sonho

É tempo de Natal, paz e amor e desejos de boas festas a toda a gente, mas eu tou-me a cagar. Ganhei o sorteio do EuroMilhões e por isso a malta que se lixe. A partir de agora não conheço ninguém. Fui...

Não me importava nada de ser rude e parvo, para não dizer estúpido, e deixar isto como mensagem de Natal nas redes sociais. Mas na verdade não ganhei por isso tenho de me conter e ser mais comedido e conservador nos votos de Natal para os meus amigos, reais e virtuais. Não preciso de ser muito efusivo pois ninguém ganhou o 1° prémio, nem tampouco o 2°, por isso não estou a arriscar afastar um milionário que até podia ser generoso aqui com este grande compincha que é o BaKano.

Por isso malta, Bom Natal para quem esteja a ler. Com muitos presentes seja em bens seja em pessoas que amem, e tudo de bom nesta época especial para vocês e aqueles que vos são mais próximos. Ficarei emocionado, e com orgulho, se eu estiver incluído nesse grupo.

Votos de Ano Novo ficam para a semana, mas considerando que tenho ainda 2 hipóteses de ganhar o EuroMilhôes até lá e sexta-feira tem jackpot, pode ser que desapareça entretanto... Era bom era...


terça-feira, dezembro 23, 2014

O Google conhece-me bem

Ao procurar uma imagem com o texto "Winter is coming" para falar do dia do solstício de Inverno, o Google apresentou-me nos resultados da pesquisa esta imagem, que parece completamente desenquadrada da pesquisa:

Poder-se-ia pensar que o Google decidiu me apresentar isto pois conhece-me bem, sabe o meu gosto (ou fetiche) por ENORMES SEIOS e na sua suprema clarividência pensou "toma lá isto que vais gostar". E é verdade, gostei.

Mas na realidade a imagem faz todo o sentido, pois foi colocada num site com o título (do tópico) "Brace yourself! Winter is coming!", ou seja as mesmas palavras que a imagem que depois usei no meu post.
Esta moça chama-se Ariel Winter e como é facilmente comprovado pela foto, ela está, como dizem os anglófonos "coming of age", expressão que significa a transição da adolescência para a maioridade, mais especificamente para a maturidade sexual. E insinuação sexual é o que não falta na indumentária da moça (digam o que disserem, aquele decote não é inocente).

Sim eu sei, parece mal pois ela é ainda menor e só tem 16 anos, mas nesta idade ela já sabe bem, ou julga saber, o que quer. E temos que ver que para muitos homens é impossível simplesmente ignorar raparigas atraentes, que se apresentam de forma sensual, mesmo quando são menores, e quando pela indumentária e comportamento não se distingue logo à primeira que ela é menor. A Ariel Winter nesta foto parece muito crescida.

Imaginemos o seguinte: estamos num bar e vemos uma rapariga muito atraente, vestida de forma atrevida e que namorisca os rapazes que se metem com ela. Alguém nos diz que ela tem 17 anos ainda, então é menor e nós imediatamente a vemos como uma menina com totós e a brincar com bonecas. Entretanto chega às 2 da manhã e alguém lhe canta os parabéns. Fez 18 e agora é maior. Imediatamente a vemos como uma bomba sexual que desperta a libido e a malta faz fila para lhe pagar um copo e ver se a leva para casa...
Se calhar às vezes até acontece isto, 1 em cada 1000, mas nas realidade a rapariga é exactamente a mesma, por isso quando a vemos pela primeira vez ainda com os 17 anos desperta a libido na mesma.
Acho que não se pode criticar os homens por sentirem desejo por uma rapariga ainda menor mas "crescida", mas sim apenas quando eles não conseguem controlar esse desejo sabendo que ela é ainda menor.

A outra dúvida prende-se com as motivações para a Ariel Winter se apresentar desta forma tão sensual nos últimos tempos (basta procurar fotos e ver que ela anda claramente a mostrar-se). Haverá quem ache que ela apenas veste aquilo que gosta ou como ela própria afirmou, anda à procura do seu estilo.
Eu sendo um homem e muito básico no que toca a estas coisas, acho que ela claramente sente a influência de trabalhar com a Sofia Vergara (outra mulher voluptuosa que desperta muito desejo nos homens) e como a sua personagem mais famosa é a rapariga nerd do Modern Family, ela quer mostrar ao mundo que é muito mais que isso.

Eu vou continuar as minhas pesquisas por diversas coisas pela net, confiando que o Google, conhecendo-me bem, me mostrará de vez em quando imagens como esta. Espero que tenha mais cuidado no futuro e me mostre apenas de raparigas maiores, para afastar pensamentos pecaminosos (e criminosos) da minha ideia...

segunda-feira, dezembro 22, 2014

Sócrates, não estudes mais, por favor!

Nota-se que estamos em época festiva. Estou a trabalhar mas está tudo muito calmo logo tenho tempo para dar liberdade aos dedos e escrever os vários pensamentos que me vêm à ideia.

Neste caso, estava a ler as notícias de Portugal através do Google News.
Faço aqui um parêntesis, como uso sempre o Google News estou limitado à selecção que eles fazem mas tendo em conta que eles me conhecem bem (vai sair uma dissertação amanhã sobre isto) acho que estou bem servido a continuar a ser escravo da Google.

Voltando ao tema, estava a ler as notícias do dia e abri as que falavam sobre o carro do Sócrates que pelos vistos só saiu de Portugal para ir fazer a revisão a Badajoz. Isto deixou-me logo intrigado, porquê ir-se a Badajoz fazer uma revisão? O meu amigo Daniel disse-me logo que se fosse um Volvo a revisão saia a metade do preço em Espanha. A malta do Norte ia a Vigo e a da região de Lisboa ia a Badajoz. O Sócrates, acreditando em notícias de 2013 e se ainda não trocou de carro, tem um Mercedes Classe S, mas se calhar as revisões da Mercedes também saem a metade do preço em Espanha. Apesar de tudo seria uma desculpa mais fácil de aceitar se fosse um Volvo.
Mas depois lembrei-me, José Sócrates tinha realmente de poupar dinheiro nas contas do carro. Aliás, o carro já lhe saia tão caro que tinha de alugar outro sempre que ia fazer a sua coluna semanal na RTP. Como não podia dispensar o motorista ou arranjar outro mais barato, optava por fazer as revisões em Espanha, a metade do preço.
E essa necessidade de poupar é porque tinha contraído um empréstimo ao BES para o curso (ou pós-graduação) de Filosofia em Paris.

Ao longo destas minhas deduções apercebi-me de um efeito dos estudos do Sócrates. Sempre que ele tira um curso, fode qualquer coisa.
Reparem bem, tirou o curso superior na Universidade Independente que assim quase de repente em 2007 passa por uma crise e cessa actividade.
Depois decidiu ir tirar outro curso, e pede um empréstimo ao BES, que passa também por uma crise abrupta e na prática cessa actividade.
Conclusão: Sócrates estudar (ensino superior) é nefasto às entidades nacionais envolvidas. E conforme mais estuda pior é. Imaginem se o Sócrates decide ir tirar um doutoramento ou assim? Vai a GALP ou a SONAE pró catano?

Por isso faço este pedido, que é um bocado estúpido porque implicaria que ele já o tivesse feito alguma vez na vida, mas cá vai: Sócrates, por favor, não estudes mais nem tentes tirar qualquer outro curso ou grau académico. Para o bem de Portugal, quiçá para o bem da humanidade!

E é assim que o meu cérebro funciona, de ler notícias sobre carros passo a cursos superiores e calamidades económicas.
Amanhã explicarei então porque é o que o Google me conhece bem (já está meio-escrito).

6 pelo 9

Eu moro no 6° andar. Trabalho no 9°. Em prédios diferentes. Às vezes no trabalho carrego no botão do 6°. Em casa não posso fazer a troca porque não tenho o 9°.
E prontos, achei que era importante partilhar isto.


domingo, dezembro 21, 2014

Hoje foi o dia

Apesar do mote dos Stark de Winterfell, tornado famoso na série Game of Thornes ("A Guerra dos Tronos" em português) hoje pode-se dizer que o Inverno já chegou.
Enquanto isso pode ser considerado má notícia porque é em teoria a estação mais fria do ano, para mim prefiro olhar para o lado positivo. É que a partir de agora os dias voltam a crescer.
Hoje foi também o dia mais curto do ano, e por isso as coisas só vão melhorar. Dou mais valor às horas de luz solar do que o suposto frio, até porque as coisas nem devem mudar muito assim no que a frio diz respeito.

quarta-feira, dezembro 17, 2014

Gostar não é razão suficiente?

Há uns dias, semanas já, dizia um colega meu que tinha deixado de tomar café porque o café afinal não dava mais energia apenas fazia voltar à energia normal que se tinha antes de se ter viciado em café. Algo assim do género, admito que não me lembro bem dos detalhes pois nem estava 100% atento, mas lembrei-me logo de lhe dizer "então mas gostar de café não é razão suficiente para se tomar?" e acrescentei de seguida "eu não tomo café para me sentir melhor, tomo porque gosto de tomar um expresso no final da refeição".
Enquanto falava com o gajo, este tema começou "a crescer" em mim. Mas é preciso existir algum outro motivo superior para se fazer ou consumir algo, que não seja simplesmente o gostar?

Às vezes parece que vivemos numa sociedade que sente culpa em gostar de coisas e então tem de arranjar desculpas técnico-científicas para se justificar.
Basta ver o sem fim de notícias da treta (para mim são da treta) que enumeram novos estudos que, e apenas a título de exemplo, provam que chocolate faz bem, a cerveja tem propriedades benéficas, o vinho tinto contem propriedades que melhoram a condição cardíaca, e coisas assim do género.

Até para actividades (ou falta delas), arranjam-se motivos. Tem pessoas que são viciadas em exercício físico mas a justificação é porque faz bem. Ou então aqueles que não gostam, como deve ser caso da maioria e depois lá aparece um estudo para desculpar, pois diz que ir ao ginásio afinal tem resultados práticos muito baixos ou nulos.
São desculpas para que as pessoas se sintam bem com o que fazem. E por outro lado é por vivermos numa sociedade do politicamente correcto e não se poder simplesmente dizer que se gosta de comer porcarias, beber álcool e fumar umas cenas. Não se pode, parece mal, é errado, então come-se porque é anti-depressivo, bebe-se porque ajuda à circulação e fuma-se porque é um calmante natural que faz menos mal que as drogas químicas.
Qualquer dia não se pode dizer que nos sabe bem peidar (ou seja peidamos com gosto) mas porque precisamos de o fazer para libertar o corpo de energias negativas que nos arrasta o karma para baixo!

Isto chega-se a um ponto tão ridículo de se arranjar desculpas para tudo, que noutro dia deparei-me com um artigo publicado que apresentava umas 16 razões para se fazer sexo todos os dias. Mas porquê 16 razões?!?! Basta apenas uma e está logo no título: SEXO TODOS OS DIAS! É razão mais que suficiente para se fazer.
Obviamente não nos apetece todos os dias, ou apetece mas estamos cansados de comer chocolate e beber jolas que não conseguimos, mas é bom saber-mos que está previsto todos os dias.

O título desta dissertação é uma pergunta que se responde automaticamente e com o mesmo texto. ficou à minha escola usar o ? ou o ! e como não sabia se seria politicamente incorrecto, optei pela pergunta.
Conclusão é simples: O gostar devia ser razão suficiente e não deveríamos ter problemas em admiti-lo.

segunda-feira, dezembro 15, 2014

Filosofia de WC - I

Nestes dias outonais e invernais, em que a cada rotação da terra, as horas de luz abreviam e a escuridão expande o seu domínio, apraz-me sempre ver sombras durante o período entre a alvorada e o crepúsculo. Tal vista indica, na maioria dos casos, que o sol nos agracia com a sua presença no céu, mesmo que encoberto por algumas nuvens.
E isso é bom, aquece o coração e me deixa contente.

Depois puxo o autoclismo, lavo as mãos e parto para outra...

sexta-feira, dezembro 12, 2014

Várias espécies de pequenos animais peludos reunidos numa caverna e curtindo com um Picto

Terá sido o Ummagumma, o disco de estúdio, o primeiro álbum de uma banda a conter músicas estranhas, basicamente sons gravados misturados com instrumentos, numa verdadeira onda de experimentação? Não sei se será, daí a pergunta, mas sei que é uma coisa que se vê volta e meia em vários álbuns; estamos a ouvir as faixas normais e de repente toca uma estranha com pessoas a falar ou sons de um quotidiano e onde os instrumentos da banda estão em segundo plano tocando uma melodia simplista e hipnótica.

Já ouviram o Ummagumma? Aquilo é de doidos. É um álbum dos Pink Floyd de 1969 com 2 discos. Um deles é de musicas tocadas ao vivo e é relativamente normal. Mas o segundo disco, o disco de estúdio é obviamente o resultado da época em que foi feita. Muito ácido metido naquelas veias. Só para terem uma ideia, a faixa do Roger Waters chama-se "Several Species of Small Furry Animals Gathered Together in a Cave and Grooving with a Pict" (em Português "Várias espécies de pequenos animais peludos reunidos numa caverna e curtindo com um Picto") e ele simula barulhos de animais através dos instrumentos e da voz. Não se pode chamar sequer uma música é uma experiência. É uma cena tipo "Branca de Neve" do João César Monteiro mas feita 31 anos antes e sem mandar foder o público.
Este álbum, apesar de ser produto certamente de grandes trips de ácido ou heroína, revela por outro lado a genialidade e criatividade que apareceu no Reino Unido nos anos 60. Nos EUA também aparecerão alguns génios criativos, mas prefiro pensar que só na Ilha é que surgiram aqueles artistas marados com músicas e sons que não lembram ao diabo! Ou então que vêm do diabo!
Ter a coragem para experimentar estas coisas, e para mais vendo esse trabalho editado, mostra que a malta naquela altura andavam por trilhos nunca antes desbravados. Da mesma forma que desbravam trilhos em raparigas que iam ter aos camarins depois dos concertos.

O Ummagumma foi o primeiro (e único) álbum dos Pink Floyd que me ofereceram, já eu trabalhava, e editado em CD. Conhecia o The Wall, mas mais por partes, e conhecia relativamente bem os trabalhos mais recentes, na altura. Para mim Pink Floyd era mais uma daquelas mega-bandas que faziam espectáculos enormes com músicas épicas que duravam vários minutos na versão ao vivo. Curiosamente na altura em que me ofereceram o Ummagumma eu já tinha descartado os Pink Floyd e andava noutras ondas mais modernas. Demorei anos, tenho a certeza que foram anos, a abrir o CD e ouvir a coisa, e foi mais fruto das minhas conversas com colegas que eram fãs da música britânica destes tempos, o que me fez ficar curioso sobre o álbum. Eu conhecia mal os tempos do inicio dos Pink Floyd, apesar de quando era miúdo ter encontrado, numa caixa com coisas do meu tio mais novo que entretanto tinha ido para o Brasil, um vinil do Dark Side of The Moon (álbum que só ouvi por inteiro a primeira vez há poucas semanas).
Não sei o que passou pela cabeça das minhas primas que me ofereceram o Ummagumma, como é que escolheram este álbum e pensaram que eu gostava de Pink Floyd. Presumo que estivesse em promoção (é um álbum mal amado por muita gente, banda inclusive, e compreende-se bem porquê), mas eu agradeço essa ironia do destino, porque apesar de pouco ouvir (nem sei onde andam os CDs agora) foi dos álbuns que mais gozo me deu ouvir, por tudo o que representa.

segunda-feira, dezembro 08, 2014

O indicador de dia de feriado

Para quem vive noutro país, os feriados em Portugal muitas vezes passam em claro. Ou uma pessoa só se lembra deles a meio do dia ou depois.
Curiosamente existe um indicador quase infalível para se notar que deve ser dia de feriado em Portugal. A actividade online (IM's ou redes sociais) é muito mais reduzida em dias de feriado. Se isto não bastar para sugerir a ideia que os nossos amigos, familiares, conhecidos que lá deixamos estão a gozar o feriado é esperar pelas fotos ou em casa ou fora de casa durante o dia, confirmando que não estão a trabalhar (ou estudar) como seria habitual.

Não deixa de ser curioso que uma actividade pessoal, que se deveria fazer no nosso tempo livre, é sobretudo feita durante o expediente. Dias de trabalho normal, são cheios de actividade nas redes sociais e as pessoas estão ligadas em IMs. Dias de feriado a malta tem mais que fazer, sobretudo num que calha a uma segunda e significa fim-de-semana prolongado.

Eu não estou aqui a tentar dar lições de moral. Para que eu note que o Facebook está calmo, eu também tenho de lá ir, e várias vezes ao dia. E estou a escrever isto ainda no local de trabalho. Eu faço o mesmo que os outros. E agora que sou pai, muitas noites e muitos fim-de-semana completos têm passado que nem me ligo à net, portanto o tempo livre e pessoal é usado para coisas importantes (passar em família ou tratar de todas as coisas que precisam de ser tratadas e não aparecem feitas) e durante o trabalho, essa coisa trivial e chata, é que aproveitamos para ver o que os outros andam a fazer, e conversar com os amigos.

E por isso é que em dias de feriado num país, ou países pois há feriados comuns a vários, quem está a trabalhar e por isso sempre ligado nas redes, nota menos actividade e recebe menos notificações.

Não sei se Portugal é um dos países onde se notará mais este fenómeno, uma vez que em Portugal notamos certos exageros comportamentais, mas de maneira nenhuma é exclusivo (como certos moralistas afirmam, que os portugueses ou malta do sul da Europa são pouco profissionais) porque também com gente daqui noto isso e muitas pessoas, de várias nacionalidades, consultam e actualizam as redes sociais durante o horário de trabalho.

Mas pronto, apeteceu-me escrever esta baboseira, e se calhar já não é a primeira vez que escrevo sobre esta coisa.
Para além das actividades do Facebook e ligação nos IMs, eu tenho outro método para detectar feriados, mas aplicado mais especificamente a França. O facto de não ter respostas algumas dos meus clientes e um dia mais calmo. Curiosamente hoje também foi um desses dias apesar de não ser feriado em França...

quinta-feira, dezembro 04, 2014

Se calhar ainda dá, mas vai ser à justa

Pedro Fernandes canta no seu último vídeo que "para presidente já não dá", mas eu não tenho tanta certeza assim.
Tendo em conta que o Isaltino Morais esteve pouco mais de 426 dias detido, ou preso, e o Sócrates já caminha para os 13 dias, ainda existe "esperança" que ele esteja cá fora em Janeiro de 2016, altura das próximas presidenciais. Afinal de contas ainda faltam 409 dias até meados de Janeiro (considerei o dia 17 como data provável para as eleições), ou se conseguirem empurrar mais um bocadito, 423 para o último Domingo de Janeiro.
Feitas as contas e considerando os dias que já está detido, Sócrates tem muitas probabilidades de já estar solto aquando das eleições.

Uso o Isaltino como referência pois também ele foi detido pelo mesmo juiz, numa operação algo mediática, e também andava a braços com a justiça há vários anos.

A maior dúvida prende-se com a data de apresentação das assinaturas, se ele tem de estar presente nessa altura e a campanha. Se José Sócrates precisa de estar cá fora 2 meses antes para cumprir os trâmites e poder ser candidato, então a coisa fica mais complicada.
Claro está que não haverá problema algum se ele for solto daqui a pouco tempo, para ir passar o Natal a casa com a mãezinha, ou depois em 2015, para ir desfilar no Carnaval de Estarreja ou refrescar-se numa das Paris Plages no Verão.
Qualquer uma destas hipóteses é tão válida quanto ele passar perto de 420 dias detido ou preso.

A menor dúvida de todas é saber, se ele estiver solto e tiver a "coragem" (alguns dirão lata) de se candidatar, quantos votos vai obter e se dará para ganhar à justa ou nas calmas...
Para mim surpresa mesmo é se ele ainda estiver detido, ou preso, em Janeiro de 2016, mas já vi coisas mais incríveis.

quarta-feira, dezembro 03, 2014

"Ouvi dizer que tás mais perto dos 40"

Isto foi a frase que um pancão de um holandês lembrou-se de dizer quando me ligou esta manhã. Como ele até admitiu depois, ainda estou mais perto dos 35 do que dos 40, e apesar da idade não me assustar porque não acho que esteja "pior", estou alias com menos juízo de acordo com algumas pessoas, ao por as coisas desse modo já deixa um certo susto. Entrar nos entas ainda mete algum respeito...

Como é apanágio dos tempos modernos recebi a maioria dos votos pelo Facebook. 136 escreveram na minha página, 7 enviaram mensagens e 4 ou 5 deram os parabéns em comentários de outras pessoas. Até o meu pai me deu os parabéns antecipados num comentário que fez a uma publicação minha da véspera!
Recebi 3 e-mails a dar os parabéns, 2 deles de pessoas que também o fizeram pelo Facebook. O outro só chegou hoje mas foi para a minha conta do trabalho o que é um luxo. E veio de Brazzaville no Congo, outro luxo!
Depois de no ano passado não ter respondido a nenhuma mensagem de parabéns, nem sei sequer se fiz "Gosto", este ano decidi responder a todos e como felizmente a maioria veio de pessoas que conheço, pude dar uma resposta personalizada a quase todos.

A nível de contactos mais pessoais tive 3 chamadas, mas uma foi pelo Skype (do meu irmão) e acabamos por não falar e sim trocar mensagens, pois atendi no telemóvel e não podia falar alto por causa do miúdo estar para adormecer.
Já que falei em trocar mensagens por IM, também tive alguns votos por esse meio, mas como durante o dia só tenho o G-Talk e o SameTime que é o usado na IBM, foram poucos.

Pessoalmente tive poucos votos no próprio dia, porque só anunciei no trabalho no dia seguinte, quando levei bolos para a malta. Só quem almoçou comigo me deu os parabéns e o casal com quem fomos jantar à noite. Claro que a esposa também me parabenizou em pessoa.
Por falar em bolos, levei um bolo Brigadeiro de chocolate e um Pão-de-ló húmido, feitos por uma portuguesa que tem um negócio de Comes & Bebes aqui em Amesterdão. Levei sumos Compal comprados no Neves, uma garrafa de vinho tinto do Douro e para honrar o meu lado francês, uma garrafa de Beaujolais Nouveau. Só ouvi elogios enormes aos bolos, em especial ao Brigadeiro, ainda por cima tendo aspecto de caseiro, muitos pensaram que tinha sido feito em casa. O Douro também acabou mas o Beaujolais sobrou mais de metade. Mais uma prova que os produtos portugueses fazem sucesso.

No total recebi 2 prendas e uma delas veio da meteorologia pois um dia depois, no dia em que levei os bolos, senti-me bastante mal, febril e com dores na garganta e corpo. Cheguei a casa todo rebentado mas às 21:30 já estava a dormir no sofá e apesar de umas horas conturbadas, pois a febre faz-me ter uns sonhos esquisitos e pensar sempre na mesma coisa, neste caso estar sempre a ouvir o inicio do refrão da música "I Lived" dos OneRepublic, acordei bem melhor e em condições de ir trabalhar.

Falta dizer que o aniversário foi na segunda, dia 1, na terça foi quando levei os bolos e fiquei adoentado e hoje, quarta, que estou a escrever isto. E hoje jantei antes das 19:00 o que acho que foi uma estreia, tirando os dias de fim-de-semana que passei sozinho em que almoçava a meio da tarde e já servia de jantar.

terça-feira, dezembro 02, 2014

Tese da teoria da orientação aplicada ao papel higiénico

O meu amigo Daniel mandou-me esta manhã um post noutro blog (ou site) sobre a orientação do papel higiénico. Como esse post tem esse título, eu senti-me obrigado a arranjar um título algo diferente, ate porque o foco deste meu texto não é a orientação em si (eu uso o "por cima" se ficaram curiosos), mas sim o artigo da Wikipédia (em Inglês) referido no post. Esse artigo sim é que é uma coisa simplesmente fantástica.
Eu acho que há teses de fim de curso ou de pós-graduação menos completas que este artigo.
Reparem bem nos números avassaladores:
- Está organizado em 13 secções, 2 delas com sub-secções;
- Contém um total de 130 anotações;
- Tem mais de 100 (não contei ao certo mas parecem que ultrapassa claramente esse valor) referências bibliográficas;
- Apresenta valores de um estudo feito sobre o assunto, dividido por temas como Idade e Género, Classes e Política, e Carácter;
- Menciona outras controvérsias similares;
- Apresenta soluções, tanto mecânicas como comportamentais;
- Lista preferências de pessoas famosas;
- Tem versão em 10 outras línguas, apesar de duvidar que esses artigos sejam de igual calibre ao em inglês.

Não contei o número de palavras mas deve ser igualmente impressionante.
E eu que pensava que gostava de dissertar sobre a merda, descubro agora que gostam de fazer autênticos trabalhos académicos, e dos bons, sobre o papel que a limpa.

Mais do que curioso sobre as vossas preferências, eu estou curioso sobre as reacções a tal preciosidade.

sexta-feira, novembro 28, 2014

Triste constatação

Trabalhei  mais de 14 anos para uma multinacional, e gigante, japonesa. Trabalho praticamente há 4 anos para uma multinacional norte-americana, ainda maior (mais empregados, representada em mais países e maior volume de negócios). Curiosamente antes disso estagiei numa empresa grande de Portugal (que agora nem sei se é ainda grande ou se é de Portugal).
Esta minha experiência profissional de grandes (e pesadas) empresas já me permitiu tirar umas conclusões engraçadas e fazer uns paralelismos com a chamada Função Pública e Maquina Burocrática dos Estados. Mas não é disso que quero falar.

O que quero dizer é uma triste constatação que tive noutro dia. Mais de 18 anos a trabalhar para gigantes que facturam imenso e apenas 1 vez recebi um bónus ou prémio. Até mesmo presentes pelo Natal foi apenas nos 2 ou 3 primeiros anos.
Eu sei que nem toda a gente recebe, mas também sei que dar prémios monetários ou bónus em certas alturas do ano (ou certos anos) é pratica corrente em muitas empresas, algumas delas até relativamente pequenas. Até nas empresas por onde passei, sempre houve bónus, prémios e presentes. Para mim, e para outros que trabalharam comigo é que não. Mesmo que ultrapassássemos os objectivos...

E curiosamente a única vez que recebi, e outros colegas do mesmo departamento, um prémio foi pelas razões erradas: tinham despedido metade da malta e acharam bem dar um amuse-bouche aos "desgraçados" que ficaram.
Até na IBM, onde sendo um trabalhador externo é normal que fique de fora de prémios anuais, só no meu primeiro ano, e quando trabalhava há pouco mais de 2 semanas, é que tivemos um jantar de Natal oferecido pela empresa.
É caso para dizer que o tempo das vacas gordas nunca é o meu...

Curiosidade 1: consegui encontrar na net a imagem com o logo das 2 empresas, não precisei de fazer uma de propósito.
Curiosidade 2: As 2 empresas onde trabalhei, para além de multinacionais, têm um nome que é uma sigla de 3 letras, a cor é azul e usam uma fonte própria para escrever o mesmo.
Curiosidade 3: O sítio onde estagiei, apesar de agora ser PT Inovação, chamava-se na altura CET (outra sigla de 3 letras) e a cor das letras era ... o azul, claro está!

quarta-feira, novembro 26, 2014

Rapidinha da manhã - II

Costuma-se dizer que não se pode agradar a Gregos e Troianos e é verdade, é tarefa muito complicada de se fazer. Mas torna-se mesmo tarefa impossível quando de repente os Gregos viram Troianos e vice-versa, só porque mudou o lado de onde sopra o vento.

segunda-feira, novembro 24, 2014

Dias agitados, ou animados

Escrevo isto enquanto espero pelo anúncio que todos os media em Portugal devem estar com o pito aos saltos, desde há mais de 2 horas. Se calhar quando chegar ao fim deste texto, que já estava destinado ao tema uma vez que escrevi antes um rascunho, já se sabe onde passará a noite o ex-PM. Porreiro, pá.

Prossigamos então:
Na quarta não tinha assunto para escrever, então fiz uma dissertação fraquita sobre um banco que não de jardim, e não é o que foi do Jardim, e agora aconteceram várias coisas e arranjei diversos temas para escrever, cronicar e dissertar.
O primeiro foi logo na quinta, em que um colega meu explicava porque tinha deixado de tomar café. A minha resposta imediata a ele "então mas porque não tomar café porque se gosta do sabor?" despoletou logo um processo de expansão deste tema. Portanto a ver se disserto mesmo em redor desta pergunta: gostar não é razão suficiente para se tomar, ou fazer, algo?

Depois veio o fim-de-semana e para além de ter os meus pais aqui, que tornam sempre os dias diferentes e deixam o miúdo mais animado e agitado, disputou-se o último Grande Prémio de Formula 1 desta época. O final da época foi recheado de notícias e acontecimentos, uns bons, outros engraçados e alguns maus e feios. Mas lá tivemos mais uma vez, como em anos recentes, o campeonato decidido na ultima prova, apesar de não ter havido surpresa e ter ganho o piloto que mais ganhou e mais merecia.
A F1 merece também uma analise mais profunda com a minha visão da coisa.

Até o tempo, a meteorologia, tem andado animado, alternando entre dias de sol e dias encobertos. O frio parece que veio para ficar mas ainda não chegamos a temperaturas negativas (pelo menos que eu tenha experimentado). Há 4 anos quando aqui aterrei pela primeira vez andei à neve e com temperaturas na casa dos -10°C (e sensação térmica de -17°C). Nunca mais apanhamos aqui tanto frio, e duvido que seja este ano que se repita algo do género. Mas com a volatilidade climática que temos tido, já espero de tudo.

Outra agitação que houve aqui em casa foi a minha tentativa de me tornar no BaKaMo (BaKano + Movember) mas não passou disso. Até planeei a coisa atempadamente, com o design do bigode já estudado e decidido. Mas a minha barba, que até cresce relativamente depressa, não tem volume que chegue. E não adianta esperar muito porque ao fim de 3 semanas está quase igual às 2 semanas. Quando cortei a barba e deixei o bigode original, tinha um aspecto cómico-trágico. Estava para ir tirar foto, mas recebi logo ameaças de morte, tão sérias e em tom tão grave que nem tive tempo. Fiz uma segunda tentativa, com um bigode mais convencional mas aí o aspecto passou a ser mais estúpido, e as ameaças subiram de tom
Portanto nem uma foto tirei para meter na net e simular que também fazia parte do movimento. É que na realidade eu falo, falo, falo e critico as tendências, mas no fundo só quero ser como os outros todos.

Chegamos então à detenção do Sócrates. 1 hora e meia depois de ter ido ver as notícias ainda os sites dos media anunciam o directo, mas ainda não sei o que lhe vai acontecer.
O que sei é que isto é uma coisa nunca vista em Portugal, por ser quem foi, ou seja, por ser um ex-Primeiro Ministro. É a primeira vez que se detêm uma figura tão alta, mas parece ser um sinal dos últimos tempos, pois apesar da nossa justiça ser uma merda, o juiz Carlos Alexandre tem remado contra a maré e movido processos contra pessoas poderosas.
Muitos deles, assim como este do Sócrates, pode não dar em nada assim que transitarem para instâncias superiores, como tem acontecido já, pois foi Carlos Alexandre que também deteve inicialmente Isaltino Morais, mas outros juízes mais tarde meteram-no cá fora. Destino semelhante deverá ter José Sócrates, isto se chegar mesmo a passar algum tempo na cadeia, pois para já tem apenas passado noites numa esquadra da PSP.
No entanto, se voltar a acontecer isto, assim como aos outros casos recentes como do BES e dos vistos gold, a justiça só vai cair na desgraça total. Primeiro porque faz um grande espectáculo com detenções iniciais para interrogatório e segundo porque nunca realmente prende ninguém. Vai se tornar uma chacota, maior do que já é.
Deixa lá ver se já temos medidas de coação...
E já temos sim, vai mesmo ficar preso, preventivamente obviamente. Como disse um gajo qualquer, esta malta de Mação não perdoa...
Posso assim terminar com a pergunta que tinha escrito em rascunho: Agora que vai ser um preso, será que o Sócrates ainda vai a tempo de participar no Movember?

quarta-feira, novembro 19, 2014

O banco é caro e está cheio, mas serve para pouco

Tem gente que gosta de comprar um peça de mobiliário que é mais uma peça de arte do que algo para ser realmente usado. É um artigo de decoração. E existem bancos assim, todos pintarolas e estranhos, caros como tudo, mas na prática para pouco ou nada servem.

E o Banco de Portugal é assim, como uma peça de arte, sobretudo desde que estamos na Zona Euro, onde a maioria das funções, como a Política Monetária e e Estabilidade Financeira, são agora geridas pelo BCE.
Ao BdP cabe ainda uma função muito importante, se calhar aquela que é mais relevante nos dias de hoje para os portugueses, a da Supervisão.
Mas a esse nível nota-se que algo não está bem (ou nunca esteve) com o BdP.

Não li a Lei Orgânica, mas o site do Banco diz que:
O Banco de Portugal exerce a função de supervisão – prudencial e comportamental – das instituições de crédito, das sociedades financeiras e das instituições de pagamento, tendo em vista assegurar a estabilidade, eficiência e solidez do sistema financeiro, o cumprimento de regras de conduta e de prestação de informação aos clientes bancários, bem como garantir a segurança dos depósitos e dos depositantes e a protecção dos interesses dos clientes.

Depois de não saberem de nada da situação e problemas do BPN, veio a derrocada do BES que pelos vistos também ocorreu em apenas 3 semanas em que para o BdP estaria tudo bem e também não podiam "adivinhar" o que ia acontecer. E nem sequer falo de outros casos manhosos com bancos, como o BCP e o Totta (onde a actuação do BdP também foi questionada).
Pergunto-me então (e já não é de agora) o que raio andam lá a fazer aqueles gajos todos, que não devem ser tão poucos quanto isso, pois pela imagem a sede parece ser bem grande e ainda tem agências espalhadas pelo país mais as delegações regionais.


Tal como os bancos artísticos, o BdP parece ser uma coisa cara demais para a função que tem.
Será que serve de pouco mais que arranjar tachos e reformas a figuras conhecidas ligadas sobretudo à vida política, como o nosso Presidente que também é reformado deste Banco?

Muitas vezes se questiona a perda de soberania dos nossos órgãos mas este é um daqueles que acho que não se perdia nada se simplesmente desaparecesse. É que quase nem precisamos que outra entidade substitua as suas funções, pois pelos vistos estes gajos não conseguem fazer nada nos últimos anos e a vida tem continuado, com mais ou menos vicissitudes.

Nota: decidi escrever isto hoje (ontem) porque li mais uma notícia em que o Governador do BdP teria dito que estava tudo bem dias antes do colapso e o BdP não tinha formas de saber. Apareceu-me no Google News de manhã e depois já não a consegui encontrar, mas julgo que o que escrevi acima não está muito longe da verdade.

terça-feira, novembro 18, 2014

Zwarte Piet e suor de preto

Hoje (ou ontem, vá) debateu-se ao almoço o Zwarte Piet. Já falei dele há quase 3 anos mas este ano há uma grande polémica em redor desta figura, como podem ver pela imagem ao lado (que aborda o tema e não é necessariamente a minha opinião da coisa).
Tal como uma colega holandês, que se mostrou bastante indignado pelas queixas, também me pergunto do porquê agora a discussão ter chegado a nível nacional e não antes.

Bem, adiante, o que realmente acho estranho nisto tudo é a justificação que alguns sectores querem dar a esta figura. Como querem desviar do tema racismo, dizem que o Zwarte Piet é preto por causa de passar pelas chaminés para distribuir presentes. Pelos vistos as autoridades de Amesterdão pensaram este ano em mudar a tradicional pintura para parecer menos um gajo preto e mais um gajo sujo de preto. E para mim é precisamente esta tentativa de inocentar a coisa que mostra que afinal é mesmo sobre o racismo. É que o Zwarte Piet não está só pintado de preto; tem cabelo encaracolado (estilo carapinha) e os lábios bem realçados. É sem dúvida uma caricatura de um individuo preto, tal como o Blackface (também usada por brancos) era na América do século 19.

E a minha pergunta é, porque é que o Zwarte Piet não é assumidamente um gajo de raça negra? Uma das teorias é que ele era um escravo da Etiópia que o São Nicolau (a base do Sinterklaas) libertou e empregou como ajudante, ou um mouro que estava em Espanha e que decidiu seguir o São Nicolau (presumo que por se ter convertido). E mesmo sendo um mouro podia ser um preto, pois também num filme do Robin Hood ele é ajudado por um mouro que estava preso com ele em Jerusalém e esse mouro era interpretado pelo Morgan Freeman...

Mas durante o debate, disseram que o problema era porque o Zwarte Piet era representado como um escravo e isso é errado. Como eu disse, eu não sabia dessa parte da história, mas a bem da verdade, a Europa teve muitos escravos e sendo isto baseado em tempos antigos, também faz sentido. Não devemos reescrever a história e se ele era mesmo escravo, pois que se admita que sim, mas realmente nas canções e histórias infantis, não se faça grande caso disso.
Mas curiosamente, muitos holandeses parecem não perceber que o problema de muita gente (não nativos) é que o Zwarte Piet é uma representação cómica de um negro, quase nunca interpretado por um verdadeiro negro e é isso que ofende algumas pessoas. Justificarem-se que é um gajo sujo das chaminés é uma prova que eles sabem que é um pouco, para não dizer de todo, racista.
Tal como usarem um termo que ouvi hoje pela primeira vez: Nigger Sweat, ou seja, Suor de Preto, que é um nome que pelos vistos davam ao café (eu acho que só podia ser usado por quem não gosta, porque independentemente de ser de preto, branco ou amarelo, uma bebida que é comparada a suor só pode ser fraca).
O gajo que estava indignado com a polémica também parecia chateado de não se poder dizer nigger sweat nos dias de hoje. Acho que ele tem graves problemas em topar discriminação, como racismo e xenofobia, sobretudo nele próprio.

E na realidade eu também um pouco. Porque para mim a revolta de algumas pessoas com o Zwarte Piet é um pouco exagerada. Sim, é uma representação estúpida de um preto, e pode ser ofensiva para os mesmos, mas também não acho que os putos ficam todos racistas só porque estão habituados a esta tradição.
Mas entendo e compreendo que se existem grupos que manifestam o seu desagrado, tem de haver discussão publica sobre o tema, de forma a chegar-se a um consenso e se minimize as ofensas.
Mas enquanto pensava nisto reparei que muitas vezes considero exageradas as opiniões das ditas minorias sobre problemas raciais ou xenofobia, ou outro tipo de descriminação.
Como para mim as diferenças (raça, etnia, orientação sexual) são só uma curiosidade, custa-me a perceber a extensão da discriminação. Mas eu, tirando o facto de ser estrangeiro e imigrante aqui, estou quase sempre do lado do ofensor, ou seja faço parto de grupo social que discrimina. E isso será um dos maiores problemas que existe na nossa sociedade, nós pensarmos que não há problema.
Fazer uma caricatura de um preto não tem mal porque é tradição e feito a brincar.
Mandar piropos e bocas a gajas desconhecidas não tem mal porque não estamos a ofender ninguém e é apenas comportamento normal.
Chamar todos os jovens marroquinos delinquentes não está errado porque temos a estatística do nosso lado.
Tal como no caso do Zwarte Piet, provavelmente a maior indignação das ditas minorias é porque a dita maioria, nós os brancos europeus, nega que tem comportamentos discriminatórios, e como não fazemos nada de mal, não gostamos das queixas.

Temos de ser como a malta do filme que acabei de ver. Ele era gente azul, rosa, verde, amarela, um racoon e até uma árvore, todos juntos e em harmonia aos tiros e à porrada.

sexta-feira, novembro 14, 2014

Foram 700 (e souberam a pouco)

Eu gosto de anime e manga japoneses. Os anime têm a vantagem de ser mais fácil de acompanhar e dar mais acção mas por outro lado às vezes enchem chouriço e mudam certas coisas em relação à história original. As manga são mais puras e fieis ao seu criador mas para mim obrigam a ler versões traduzidas.

Ao contrário do Dragon Ball que conheci primeiro em versão francesa e depois em versão portuguesa (que julgo ser baseada na francesa e não na original japonesa), o Naruto foi um anime que comecei a ver em versão original. Eu adoro ouvir gente a falar japonês e então nos anime tem aquele exagero de expressões e sons que tornam a coisa bem mais divertida.
O Naruto parecia-me ser um anime um pouco ao estilo do Dragon Ball, com lutas e cenas cómicas. Do anime (que não vi desde o início) passei para a manga (traduzida em inglês) como forma de acompanhar a história e escapar aos inúmeros fillers (tramas intermédios que adicionam para encher chouriço e sobretudo garantir que o anime não apanhe a história actual da manga).
E assim na semana passada li o capitulo 700, o ultimo desta saga. A imagem ali no canto é da primeira de sempre e da ultima pagina de sempre, um verdadeiro fechar de ciclo.
Curiosamente falta-me esperar por um filme que vão fazer, que é considerado o capítulo 699,5 e que tem mão do criador e terá uma aventura que acontece cronologicamente entre o 699 e o 700.

E agora vou ter que arranjar outra aventura qualquer japonesa para seguir. Se calhar é altura de ir reler Akira (baseado no filme que é das melhores coisas já feitas) que já não me lembro se cheguei a acabar.

E só para que fique claro, pretendo que o meu filho (e os próximos que venham) veja todos os filmes do Miyazaki e veja anime de topo como Neon Genesis Evangelion, Cowboy BeBop, Ghost in the Shell e Initial-D... E Dragon Ball, se eu conseguir sacar (novamente) todos os episódios, mas esse será a versão portuguesa, pois claro...

sexta-feira, novembro 07, 2014

E lá morreu um dos malucos

Pois de acordo com os órgãos de comunicação social, tivemos a morte de um dos (poucos, felizmente) tugas que foram objecto duma espécie de lavagem cerebral e andavam a combater pelo ISIS. Chamam-no jihadista e pelos vistos era o "famoso" Sandro, aquele de quem mais detalhes se conheciam. Eu prefiro não chamar jihadista, pois de acordo com lideres da comunidade muçulmana em Portugal, a palavra não tem o significado que é dado pelos próprios malucos do ISIS (ou ISIL) nem pelos media de há muitos anos para cá.

Compreendo que se noticie porque isto é um caso raro e nós os Portugueses já não estamos habituados a isto (tempos houve que éramos um povo beligerante, mas agora nem por isso). Mas nem sequer foi o primeiro a morrer. Em Maio já um tinha morrido. Portanto, porquê dar destaque a isto?
Ainda para mais, tendo o gajo tomado a estúpida decisão de virar extremista com o objectivo de converter pela espada todos os não seguem a mesma bitola, deveria levar apenas com uma nota de rodapé e pouco mais.
Só como referência,em 2013 morreram em Portugal mais de 106000 pessoas. 244 das quais eram bebés com menos de 1 ano! Isto dá em média mais de 290 óbitos por dia no país. São quase 5 bebés com menos de 1 ano a morrer a cada semana. E vamos agora dar destaque à morte de um gajo que virou terrorista? Caguem lá nisso!
E isto escrito por um gajo que usa esta notícia para escrever um post e ainda dar mais relevância ao assunto ao mesmo tempo que se queixa do próprio. Olhem (leiam) para o que eu digo (escrevo) não olhem (leiam) para o que eu faço (escrevo)...

Obviamente para a família e amigos (antes de se passar dos cornos) é um fim triste mas o drama já tinha começado quando ele se tornou extremista (não ele se ter convertido ao Islamismo, isso por si só deveria ser apenas uma questão de fé). E depois ele foi combater. Morre gente em combates, senão não era uma guerra.
Mas tendo em conta o historial recente de fatalidades de portugueses em teatros de operações, nem me admira nada que o gajo tenha morrido num qualquer acidente de viação e não por ter levado uma, ou mais, bala 7,62mm oriunda de uma AK-47 manuseada por um curdo do IPK...

Que aproveite agora as 72 virgens a que tem direito, isto se não foi morto por uma curda porque neste caso acho que ele não tem direito às virgens. Mas nem sei o que é melhor. Se são virgens é porque ou morreram novas demais ou eram tão feias e mal-asadas que ninguém as quis desflorar, por isso até um regressar do "paraíso" ainda estamos para saber se é recompensa ou punição.

Daqui a uns dias vamos ouvir Rui Machete dizer que com a morte do Sandro, só temos agora 0 ou 1 português, sobretudo raparigas, a querer regressar a Portugal.

quinta-feira, novembro 06, 2014

Um (pequeno) exemplo deste ser um país (mais) desenvolvido

Esta manhã tivemos 2 novas experiências, mas em comum apenas uma.
Fomos ate à Câmara do Comércio (Kamer van Koophandel) aqui em Amesterdão. A experiência antes de lá ir já tinha sido boa, ao encontrarmos o formulário em PDF necessário em Inglês e Holandês, e preenchendo as páginas em Inglês, as em Holandês serem automaticamente preenchidas com as mesmas respostas. E depois ao imprimir sermos notificados que só as páginas em Holandês são necessárias (guardar as em Inglês para nossa própria referência) e ainda permitir fazer o download de outro formulário que é necessária (relacionado com os Impostos).

Mas o que curti mesmo foi lá ir. Primeiro porque se estaciona nas traseiras do edifício à borlix, o que é óptimo pois fica no centro onde estacionar na rua custa €5 por hora 24h por dia, 7 dias por semana.
E depois a sala onde se faz o atendimento. A foto do canto (que podem abrir em tamanho maior clicando na mesma) é da sala. Nos só lá vamos com marcação prévia, como é normal aqui na Holanda, mas ao chegar é-nos dado uma senha com um número e temos de esperar. Mas na vez de nos deslocar-mos a um balcão ou guichet ou whatever, quando é a nossa vez, o ecrã apenas aponta para que candeeiro (aqueles candeeiros que se vêm têm números) devemos nos deslocar e o empregado que nos vai atender vai-nos buscar lá.
Antes disso podemos tirar uma bebida quente (café, capuccino, chocolate, chá) na máquina também à borlix (outra coisa relativamente comum aqui na Holanda) e usar computadores para aceder à net.
Mais do que um serviço, parece que vamos para uma reunião de negócios. Mas nem sequer tivemos tempo para tomar o café. A marcação era para as 9:40 mas ainda antes das 9:35 o senhor veio ter connosco, mesmo sem estarmos no meeting point correcto.

Não vou entrar em muitos mais detalhes, apenas posso dizer que ia-mos fazer uma coisa e eles (estava um supervisor, que por acaso passaria bem por um qualquer chefe de secção em Portugal pela postura) disseram que melhor fazer outra, deram-nos o formulário correcto para os Impostos e preencheram-no e no final nem foi precisado fazer nada. Portanto foi tudo à borlix.

Saímos a pensar como seria se fosse em Portugal. Não sabemos mesmo porque nunca lidamos com uma Câmara de Comércio, mas seja como for, não acredito que fosse tudo tão profissional nem tivéssemos a mesma qualidade de ajuda. Se nem quando vamos a um banco (somos clientes) temos um tratamento similar!
Mas foi mais um caso onde nos apercebemos que as coisas aqui nem funcionam tão mal assim, apesar de ser um país extremamente burocrático. Mas se mesmo cidadãos estrangeiros que compreendem mal o holandês e cometem equívocos, conseguem safar-se bem nestes meandros (formulários, impostos, leis) e sem grande complicação, é porque o sistema apesar de assustador à primeira vista, não é um bicho de sete cabeças (como alguns pintam curiosamente).
Isto não quer dizer que isto é uma maravilha e é tudo melhor, longe disso, mas conforme vamos lidando com novos assuntos e com novas entidades, apercebo-me do porquê deste país ser mais desenvolvido e estar melhor do que Portugal.

Sobre as outras 2 novas experiências conto noutro dia, pois tenho de confirmar se a minha foi mesmo real ou um equívoco (o que no caso de ser um equívoco vou ter uma desilusão).

terça-feira, novembro 04, 2014

O mundo vai acabar à cornada, por isso...

Não posso falar por todos, mas posso falar por mim, mais especificamente daquilo que conheço de amigos, familiares e conhecidos.
Dizia um tio meu (já falecido, paz à sua alma) que o mundo ia acabar à cornada e por isso um gajo tinha de arranjar cornos. Esta tirada era muita vez o seu comentário quando nas conversas de Domingo à tarde em família lá se falava de sicrano ou beltrano que andavam a comer fora de casa.

Ao longo dos anos, com aquilo a que assisti, casos que foram acontecendo e mesmo histórias de tempos idos, formei a opinião que existe muita "putaria" neste mundo. E por putaria não quero dizer gajas que são oferecidas e envolvem-se com terceiros, quero dizer gajos e gajas que quase parecem que andam à procura da próxima pinocada com outrem (que não o parceiro).
Muito se fala da infidelidade, mas são tantos os casos que dou por mim a pensar se na realidade não será esse o comportamento normal das pessoas.
Isto é de tudo e é transversal às classes sociais e educação ou formação das pessoas.

De gente rica e famosa é mais que sabido os muitos casos de traição. Nas universidades, em todo o tipo de cursos, há sempre aquele e aquela que metem os cornos à namorada e namorado à força grande.
Em empresas fabris, tem malta que foge para os armazéns para mandar uma rapidinha às escondidas, no meio das caixas, com uma colega que é casada (e depois mais tarde vem o marido armar um banzé na entrada da fábrica).
No meio artístico são muitas as histórias dos amassos nos camarins e dos bacanais em quartos de hotel durante as digressões.
No sector de vendas e negócios é normal os jantares que são de negócios acabarem num clube de strip ou mesmo bordel. Ou então mandarem profissionais do sexo para os hotéis onde estão hospedados os clientes.
Até na agricultura existem histórias de trancadas no meio dos campos de milho ou de encontro a um pinheiro que estragam a roupa obrigando a arranjar desculpas quando se chega a casa.
Ou a senhora casada, que trabalha na farmácia, que tem 2 amigos (também eles em relações) à espera no final do turno e a levam para o meio dos canaviais para experimentar quantas posições conseguem fazer dentro de um Alfa Romeo.
E obviamente a malta que trabalha na construção e viaja por todo o país, e que têm sempre de ir noite sim noite não a um clube qualquer, ou a um apartamento que vem listado nas páginas dos contactos dos jornais, porque um homem trabalha no duro durante o dia e precisar de dar no duro à noite e a mulher ou namorada estão longe.

Enfim, uma pessoa repara que o meu tio é que sabia bem como rolava a febra, e por isso dava esse conselho estranho.
Mas o que realmente fica a bater na minha cabeça é que no universo de conhecidos, apercebemos-nos que existe uma grande percentagem, quase 50%, de pessoas que não são fieis nas suas relações.
Mas por outro lado pensamos que isso são só mesmo conhecidos, que os nossos amigos e colegas, as pessoas com quem nos damos mais frequentemente, são diferentes. Como é habitual em nós seres humanos, supomos que é só com os outros e não connosco (neste caso o connosco engloba o circulo mais próximo de amizades).
Mas será que é mesmo assim? Se pensarmos bem, será que todos os nossos amigos, ou mesmo nós próprios somos assim tão melhores que os outros?
Mais uma vez, não gosto de falar por quem não conheço, mas estatisticamente é impossível. Estatisticamente temos de ter gente próxima que é precisamente como os outros, e se mete ou gosta da putaria (rever o meu conceito deste termo ali em cima).
E ao pensarmos bem, vemos que afinal somos todos iguais. Também temos alguém que é muito amigo ou amiga, mas que gosta de "mijar fora do penico". Conheceremos também amigos próximos que até já se terão divorciado oficialmente por diversas razões mas infidelidade será muito provável. Até conheceremos alguém na família que gosta de ser moralista mas mantém uma relação extra-conjugal de longa data.
E isto sem falar daquilo que garanto toda a gente ter, um amigo/a que foi traído/a pelo parceiro.

E nestas alturas, quando faço estas contas e chego a estas conclusões, começo a traçar cenários curiosos. Naquela malta impecável que vamos conhecendo, estatisticamente existe uma forte probabilidade de encontrarmos pessoas dispostas a trair o parceiro. Aquele gajo que trabalha alguns dias até mais tarde, se calhar anda a malhar numa colega de trabalho. Aquela rapariga que fica em casa porque ainda não encontrou emprego, se calhar recebe visitas de um moço que conheceu há pouco tempo, enquanto a mulher desse mesmo moço tem uma relação homossexual com a professora de música da filha deles, porque o marido da professora é um frouxo e não lhe dá o que ela precisa. Aqueles 2 colegas de trabalho que vão sempre tomar café juntos e têm uma certa cumplicidade, se calhar não são apenas bons amigos mas na verdade andam-se a comer enquanto os seus conjugues combinam jantares e saídas para os fins-de-semana pelo Facebook.
Enfim, um sem fim de cenários que me deixa as vezes a olhar de forma curiosa, e por vezes mesmo assustadora, para os conhecidos que vou encontrando.
E se calhar agora, vocês também vão olhar para os vossos da mesma forma.


Só para terminar, um apontamento completamente diferente, mas deixo agora para não ficar atrasado como da outra vez.
Falei aqui há dias do aparente desfasamento entre as más notícias sobre o Ébola e os dados positivos.
Pois eu também estava desfasado. Comentei que tinham aparecido as notícias da redução da taxa de contágio e já ela estava em queda há umas semanas, mas afinal os dados mostraram um novo aumento dos novos contágios. Repetiu-se o que tinha acontecido em Maio e tivemos nova inflexão na taxa de crescimento. Será que apenas tivemos a ilusão que o surto estava controlado? Ou estava mesmo mas mais uma vez perdeu-se o controlo? E perdeu-se por falhas nas medidas de contenção, desleixo ou o vírus terá mudado? Volto a esperar que as autoridades continuem atentas e actuem devidamente. E não andem ao sabor da opinião publica e dos media, porque parece que a percepção geral é sempre ao contrário da realidade.
Espero não ter que escrever daqui a uns tempos a tal dissertação "A morte que virá de África".

sexta-feira, outubro 31, 2014

Já não há paciência pra este gajo

Muitos de nós cultivamos ódios de estimação, para com certas pessoas ou figuras públicas.
Eu até tenho vários e um deles desde há uns tempos é o Paulo Portas. A única coisa boa dele é mesmo esta imagem fantástica dele a tocar pandeireta e que serve para muita coisa.

Este senhor que consegue estar agarrado ao poder há já vários anos, mas sempre agarrado a outros porque sozinho não vai lá, fala bem e tal mas é cheio de vento naquela cabeça e é directamente responsável por muito porcaria da política nacional.

Como já escrevi várias vezes, não sei se sempre no blog, este gajo anda por este Executivo a passar tempo e a boicotar trabalho de outros. Como li uma vez e cada vez mais me convenço que é a verdade, provado pelo que aconteceu sobre esse dossier, todo aquele espectáculo que ele montou com a sua decisão irreversível de sair do Governo e tal, nada teve a ver com a troca do Ministro das Finanças, mas tudo a ver com o dossier Reforma do Estado, que sempre foi da sua responsabilidade.
Como ficou provado, o Portas nunca fez nada sobre isso. Não que ele directamente tivesse que o fazer, mas tinha de garantir que a sua equipa e adjuntos apresentassem uma Reforma. Mas como este assunto é polémico e o resultado mais certo é quem estiver por trás da Reforma do Estado saia queimado (a curto prazo), ele preferiu nada fazer. Assim, quando chegou a hora de apresentar qualquer coisa, ele aproveitou a saída do Gaspar (que saiu certamente por causa dos boicotes do Portas) para fazer aquela triste manobra de diversão.
Com isso ganhou mais tempo e passados uns meses lá apresentou um documento da Reforma de Estado, mas que não é nenhuma reforma, é apenas uma lista de objectivos. Ou seja é pouco mais que ZERO.

E agora fica provado que Portas não quer de forma alguma esta responsabilidade, ao me deparar com esta notícia (eu sei que é do Económico e eu "prometi" deixar de ler, mas o titulo apareceu-me a ver o Google News): "Portas empurra responsabilidade da Reforma do Estado para ministros"
Diz o homem que o seu trabalho acabou, já fez a tal listinha dos objectivos e agora os ministérios é que têm de implementar a reforma.
Este Portas tem uma puta duma lata filha da puta! Sim, repeti o mesmo palavrão porque fico mesmo revoltado com este caralho.
E o melhor, ou pior depende do ponto de vista, é que o gajo vai-se continuar a safar, sair mais ou menos incólume deste Governo porque o Passos Coelho e o Gaspar (e o Crato também, mas esse está a merecer todos os insultos) é que são os maus. E como as próximas eleições vão ser mais disputadas do que se previa há uns tempos, não me admirará nada ver Portas novamente no Governo ao lado do António "Salvador" Costa. E às tantas novamente com o dossier Reforma do Estado, mas neste caso cheira-me que o objectivo será mesmo nada fazer...

quinta-feira, outubro 30, 2014

E foi quando "toda" a gente começou a ficar histérica...

... que a a luz ao fim do túnel surgiu.

É curioso que quando começaram a aparecer novos contágios de Ébola fora de África (Europa e América) e os media do dito mundo ocidental começaram a reportar à doida, foi precisamente quando os primeiros dados positivos sobre este surto surgiram.
Apesar de apenas agora aparecer na discussão publica as notícias que a taxa de crescimento do contágio está a reduzir, de acordo com alguns dados a taxa de crescimento começou a reduzir a partir de 15 de Setembro (há mais de 1 mês).
Nos inícios de Outubro, quando o resto do mundo que parecia desinteressado pelo Ébola porque não se transmite facilmente (mas afinal o suficiente para profissionais de saúde teoricamente com os métodos e cuidados correctos apanharem, e depois sem saber, poderiam obviamente contaminar as pessoas próximas) ficou em alerta, já havia quem achasse que estávamos finalmente safos.

Curiosamente foi através do blogue do Prof. Cosme Vieira que fiquei mais atento a este surto, pois sendo ele um professor de Economia olha para os números e factos. Este surto do Ébola parecia que estava controlado mas de repente descontrolou-se (devido sobretudo ao aperceber da realidade no terreno). E um surto epidémico é considerado descontrolado quando a taxa de crescimento, o aumento do número de novos contágios, aumenta. Do mesmo modo está controlado quando essa taxa começa a diminuir.
Vamos lá clarificar uma coisa: a taxa de crescimento reduzir não quer dizer que não há novos infectados, apenas que de um dia para outro, ou de uma semana para outra, o numero de novos infectados não aumenta tanto como no período anterior.

Uma da coisas que me preocupava no Ébola é que se não conseguíamos controlar a coisa com milhares de infectados (depois dezenas de milhar), como é que se iria conseguir quando esse número chegasse às centenas de milhar? Aquele aviso da ONU e da OMS que arriscávamos-nos a chegar ao final do ano com 1 milhão de infectados não era descabido; era um cenário possível substanciado pelos números
De notar que este surto apareceu em Dezembro de 2013 e andou-se uns meses em que nada ou pouco se fez e permitiu-se que se espalhasse e ficasse fora de controlo.
Felizmente as medidas parecem que começaram a surtir efeito ainda antes da "histeria" pública ocidental.
E apesar de concordar com opiniões que surgiram que as pessoas estavam a fazer uma tempestade em copo de água, combater este surto tinha e tem de ser feito de forma séria e aplicada pelas autoridades mundiais. Deixar andar porque é lá em África e o risco de contágio é reduzido resultou num risco maior do que alguma vez deveria ter sido. Ao mesmo tempo permitiu-se depois o aparecimento de interesses como a industria farmacêutica a falar de vacinas, e nessa altura interessa então deixar toda a gente com medo, tal como aconteceu com a Gripe das Aves.

Mas agora vou confiar nas notícias positivas e achar que o surto está no caminho de ser contido e em breve não há novos contágios. Assim safamos-nos de mais uma "ameaça", esta que vinha de África.

Nos inícios de Setembro tinha começado a escrever esta dissertação sobre o tema. Era na altura em que estava mesmo preocupado, até porque para a Europa haviam várias ameaças. a vários níveis.
Só escrevi o paragrafo seguinte:
Estava eu aqui a pensar em cenários apocalípticos sobretudo para o Continente Europeu, pois vários acontecimentos parecem ser um repetir da História e temos outras ameaças internas a aparecerem.
ara além dos problemas típicos da Europa, com as quezílias internas e problemas económicos, ainda temos a ameaça Russa a Leste e a ameaça dos fundamentalistas islâmicos dentro da próprio território e a Sul e Sudeste (Líbia e Tunísia ficam mesmo a Sul).
E para juntar à festa temos a epidemia do Ébola.


O título era para ser "A morte que vem de África" e ia abordar também um ponto interessante: que a taxa de morte e de contágio entre não-africanos era muito reduzida, o que podai ter a haver com a natureza do vírus, para alem de todas as outras condicionantes, como os não-africanos estarem por regra melhor nutridos e ter acessos a melhores cuidados de saúde. A ideia seria terminar a dizer que como de costume os desgraçados dos africanos é que estavam fodidos.
E na verdade mesmo agora com as boas notícias, eles é que continuam a estar fodidos, como de costume, porque se não é o Ébola é outra doença, é a fome, a pobreza ou um qualquer conflito...

Quanto a nós aqui na Europa, continuamos a ter "muitos" problemas, mas como dizia uma colega meu, é problemas de rico. Um gajo queixa-se porque há crise económica; porque o miúdo anda mal e não deixa dormir há várias semanas; porque precisa de desanuviar a cabeça do stress do trabalho; porque desde o ultimo update do tablet que o Facebook não funciona; porque não se encontra tanta variedade de cerveja no super-mercado como no Luxemburgo, etc...
Bem, de volta ao trabalho que já desanuviei que chegue.