domingo, junho 12, 2016

Faz hoje precisamente 20 anos

Que comecei a descontar impostos sobre o rendimento, ou seja que comecei a minha carreira profissional, ou seja arranjei o meu primeiro emprego com contracto de trabalho.
São 20 anos a trabalhar. 20 anos em que só não descontei durante 3 meses, na verdade, 2 meses e 28 dias; um mês de baixa em 2009 quando fui operado e os outros 2 (1 + 28 dias) em 2010 quando estive no desemprego antes de vir para a Holanda.
Não trabalhei os 20 anos todos porque obviamente tive férias e alguns dias doente, mas nesses sempre recebi e paguei os impostos mais as outras contribuições por isso eu posso afirmar que trabalhei mais de metade da minha vida.
Sim, porque eu ainda não completei 39 anos. A minha idade actualmente é 38 anos, 6 meses e 11 dias. E destes passei praticamente 20 anos (menos 2 meses e 28 dias) com contrato de trabalho, a receber vencimento e a pagar impostos.

Até aqui, que só recebo o dias que trabalho, descontei todos os meses porque nunca tirei um mês completo de férias. Se trabalhar apenas 1 semana num mês, recebo essa semana e pago os respectivos impostos.
Há alguns anos atrás, ou na geração dos nossos pais, isto era a norma. Ainda antes dos 40 anos já a malta era veterana a trabalhar. Mas cada vez menos e até mesmo na minha geração isso não acontece.
É motivo de orgulho? Algum sim, é pelos menos um motivo de alguma bazofia mas eu até sou malandro e preferia nem trabalhar tanto. É até mais uma triste constatação: ainda me considero novo (forty is the new thirty) mas passei mais de metade da minha vida a trabalhar.
É também outra triste constatação que se tivesse entrado na política tão novo quanto entrei no mercado de trabalho a esta hora já estaria reformado do cargo político, logo poderia ir assumir um lugar numa Mota-Engil qualquer...

Só mais um apontamento: não só o dia é exacto como a hora também o deve ser. Lembro-me que fui ao que pensava ser uma entrevista para a Sistel (algum tempo depois NEC Portugal) pouco antes do almoço. Afinal era só um pro forma, e era suposto começar logo a trabalhar até porque era um continuação do meu estágio de 6 meses (só que agora trabalhando para outra empresa no mesmo projecto). Depois de conversar com os colegas, pois conhecia a malta toda mas não os via desde o fim do estágio, fui embora almoçar mas esquecendo-me que o dia seguinte era uma sexta-feira apresentei-me ao serviço como tinha combinado. Os "chefes" da Sistel viram-me lá na sexta e consideraram o dia 12 como a data de início, e por isso indo trabalhar a uma sexta-feira, que foi mais estar na conversa do que fazer algo, acabei por receber mais 4 dias (o fim-de-semana também conta) que 2 outros novos colegas que apareceram à mesma suposta entrevista igualmente no dia 12 de Junho de 1996.
Já nessa altura eu começava a demonstrar uma esperteza para tirar rápidos e simples benefícios em relação aos outros. 

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