Esta manhã a vir de carro para o trabalho, já depois de ter deixado o Sebastião na creche, estava a fazer contas à vida, a pensar nos pagamentos que vão cair e como gerir o dinheiro entre a conta aqui nos Países Baixos (a receita, mas também despesa) e a conta em Portugal (só despesa).
E de repente apercebi-me o porquê, em todo estes processos de austeridade em vários países e programas de assistência, que eu costumo estar mais do lado dos credores, pelo menos no início e por defeito (até a situação se desenvolver).
É que também eu sou uma espécie de troika, mas uma troika singular (porque sou só eu), que teve e tem vários programas de assistência a outras entidades.
E de certo modo consigo perceber as reticências ou desconfianças de quem é credor quando depois de ajudar ainda é confrontado com mais pedidos de ajuda.
Certo que para muita gente, tal como no caso das situações na Europa, pode-se pensar que o credor (eu) tem muito dinheiro, pode e deve ajudar, e na realidade está a lucrar com a crise dos outros.
No caso das crises de divida soberana isso pode muito bem acontecer, mas no meu caso não.
E na verdade, mesmo que possa e deva ajudar quem precisa, a verdade é que tenho eu próprio de fazer alguma austeridade (abdicar de certas coisas) para poder ajudar. E até aí tudo bem, a satisfação de ajudar e estar a praticar o bem compensa isso, mas um credor fica lixado quando repara que o devedor se anda a divertir mais que ele, ao mesmo tempo que não cumpre com os compromissos acordados e ainda pede mais assistência.
E aí fico chateado, pois claro que fico chateado! (Sim, isto é uma referência aos Gato Fedorento)
E de certa maneira isto explica alguma das atitudes dos credores para com os países que são devedores, mas sobretudo para com a Grécia que foi o problema maior.
Obviamente a situação não é assim tão simples, e existe tal como no meu caso uma responsabilidade moral em ajudar quem precisa, mas na verdade podemos por vezes fazer paralelismos com situações mais simples e pessoais, para se tentar perceber os diferentes pontos de vista.
Sendo eu próprio uma espécie de troika, ou EuroGrupo, mas no singular, entendo uma certa irritação quando o devedor não cumpre o acordado e ainda te acusa de má fé ao mesmo tempo que pede nova ajuda.
Há coisa de 5 meses escrevi uma alegoria pelo lado do devedor, que se aplica em parte a países, onde eu fazia o papel dos governantes, como Portugal e Grécia (realço o "em parte"). O objectivo da alegoria era tentar mostrar a situação de um outro ponto de vista.
Não preciso de inventar nenhuma alegoria para contar a história agora do ponto de vista do credor, basta olhar para os meus próprios casos.
E de repente apercebi-me o porquê, em todo estes processos de austeridade em vários países e programas de assistência, que eu costumo estar mais do lado dos credores, pelo menos no início e por defeito (até a situação se desenvolver).
É que também eu sou uma espécie de troika, mas uma troika singular (porque sou só eu), que teve e tem vários programas de assistência a outras entidades.
E de certo modo consigo perceber as reticências ou desconfianças de quem é credor quando depois de ajudar ainda é confrontado com mais pedidos de ajuda.
Certo que para muita gente, tal como no caso das situações na Europa, pode-se pensar que o credor (eu) tem muito dinheiro, pode e deve ajudar, e na realidade está a lucrar com a crise dos outros.
No caso das crises de divida soberana isso pode muito bem acontecer, mas no meu caso não.
E na verdade, mesmo que possa e deva ajudar quem precisa, a verdade é que tenho eu próprio de fazer alguma austeridade (abdicar de certas coisas) para poder ajudar. E até aí tudo bem, a satisfação de ajudar e estar a praticar o bem compensa isso, mas um credor fica lixado quando repara que o devedor se anda a divertir mais que ele, ao mesmo tempo que não cumpre com os compromissos acordados e ainda pede mais assistência.
E aí fico chateado, pois claro que fico chateado! (Sim, isto é uma referência aos Gato Fedorento)
E de certa maneira isto explica alguma das atitudes dos credores para com os países que são devedores, mas sobretudo para com a Grécia que foi o problema maior.
Obviamente a situação não é assim tão simples, e existe tal como no meu caso uma responsabilidade moral em ajudar quem precisa, mas na verdade podemos por vezes fazer paralelismos com situações mais simples e pessoais, para se tentar perceber os diferentes pontos de vista.
Sendo eu próprio uma espécie de troika, ou EuroGrupo, mas no singular, entendo uma certa irritação quando o devedor não cumpre o acordado e ainda te acusa de má fé ao mesmo tempo que pede nova ajuda.
Há coisa de 5 meses escrevi uma alegoria pelo lado do devedor, que se aplica em parte a países, onde eu fazia o papel dos governantes, como Portugal e Grécia (realço o "em parte"). O objectivo da alegoria era tentar mostrar a situação de um outro ponto de vista.
Não preciso de inventar nenhuma alegoria para contar a história agora do ponto de vista do credor, basta olhar para os meus próprios casos.
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