De há umas semanas para cá comecei a implicar com a gaveta das meias. A minha gaveta. Nada contra a gaveta em si, mas sim o seu conteúdo. É um facto que tenho poucas meias decentes, de há uns para cá tudo a maioria das coisas que ponho nos pés estraga-se com facilidade; é sinal de 2 coisas: excesso de peso (pés gordos) e fraca qualidade dos produtos (disto já não tenho dúvida). Mas na verdade a minha quezília é contra a palete de cores.
Pretos, cinzentos, azuis escuros, castanhos, verde escuro, uma outra tonalidade mais clara de azul e cinzento mas misturada num mar de cores tristes e taciturnas.
Umas meias curtas brancas, a única mancha diferente, mas sendo brancas uso pouco pois é considerado um faux pas ao nível da moda.
Comecei a protestar em voz alta o meu descontentamento pelo cenário da minha gaveta das meias. A Carolina que o diga. Tornou-se quase obsessão.
Mas porquê? Nem eu sei bem. As tonalidades escuras são também consideradas cores clássicas que resultam com tudo. Foram anos em que só escolhi estes tons nas meias. Aparentemente estava satisfeito com a minha escolha, mas parece-me agora que estava era resignado.
Mas porquê? Nem eu sei bem, mas tenho teorias (não tivesse eu teorias para tudo).
O Verão sem dúvida ajuda a este espírito. É altura do tempo quente e do sol. Normalmente as pessoas espevitam nesta altura e eu não fujo à regra apesar de dizer há anos e a quem passa que me dou melhor e gosto mais das épocas frias.
Também a parentalidade trouxe-me um outro equilibro emocional, como eu disse ao meu chefe no início deste ano (ao rever o ano passado) e disse-me ele agora na revisão do primeiro semestre. Este equilíbrio pelos vistos tem me permitido manter uma boa disposição e afastar os períodos depressivos que desde 2009 me atacavam de quando em vez. Passei por uma fase menos boa este ano, mas foi rápido e no trabalho nem se notou (ou melhor o esforço extra de trabalhar a 150% ou 200% nas semanas posteriores compensou a quebra).
Portanto agora pelos vistos não quero abrir a gaveta das mesas e vislumbrar um cenário taciturno e depressivo, que é uma gaveta cheia de cores escuras. Preciso de cor, diversidade.
E assim foi, informei a Carolina que ela precisava de me comprar meias novas e coloridas. Disse mesmo que podiam ser meias de palhaço. Quando fomos às compras fui espreitar mas a moda parece ditar que para homens adultos e sérios só se pode usar meias "tristes".
Felizmente o Tour de France começou aqui na Holanda este ano e por isso fizeram peças de roupa alusivas ao Tour. E assim a Carolina conseguiu encontrar e comprou-me um conjunto de meias coloridas: amarelas como a da classificação geral, às bolinhas vermelhas como a camisola da montanha, branca com as cores do arco-íris como a camisola do campeão do mundo e umas azuis claras com bicicletas desenhadas. Falou apenas as meias verdes, da camisola dos pontos.
A cor começa a aparecer na minha gaveta das meias e eu fico mais contente. E fico feliz porque estou contente. E estando feliz fico cheio de energia. E cheio de energia fico mais activo. E mais activo fico mais chato. E se é chato, coça-se...
Pretos, cinzentos, azuis escuros, castanhos, verde escuro, uma outra tonalidade mais clara de azul e cinzento mas misturada num mar de cores tristes e taciturnas.
Umas meias curtas brancas, a única mancha diferente, mas sendo brancas uso pouco pois é considerado um faux pas ao nível da moda.
Comecei a protestar em voz alta o meu descontentamento pelo cenário da minha gaveta das meias. A Carolina que o diga. Tornou-se quase obsessão.
Mas porquê? Nem eu sei bem. As tonalidades escuras são também consideradas cores clássicas que resultam com tudo. Foram anos em que só escolhi estes tons nas meias. Aparentemente estava satisfeito com a minha escolha, mas parece-me agora que estava era resignado.
Mas porquê? Nem eu sei bem, mas tenho teorias (não tivesse eu teorias para tudo).
O Verão sem dúvida ajuda a este espírito. É altura do tempo quente e do sol. Normalmente as pessoas espevitam nesta altura e eu não fujo à regra apesar de dizer há anos e a quem passa que me dou melhor e gosto mais das épocas frias.
Também a parentalidade trouxe-me um outro equilibro emocional, como eu disse ao meu chefe no início deste ano (ao rever o ano passado) e disse-me ele agora na revisão do primeiro semestre. Este equilíbrio pelos vistos tem me permitido manter uma boa disposição e afastar os períodos depressivos que desde 2009 me atacavam de quando em vez. Passei por uma fase menos boa este ano, mas foi rápido e no trabalho nem se notou (ou melhor o esforço extra de trabalhar a 150% ou 200% nas semanas posteriores compensou a quebra).
Portanto agora pelos vistos não quero abrir a gaveta das mesas e vislumbrar um cenário taciturno e depressivo, que é uma gaveta cheia de cores escuras. Preciso de cor, diversidade.
E assim foi, informei a Carolina que ela precisava de me comprar meias novas e coloridas. Disse mesmo que podiam ser meias de palhaço. Quando fomos às compras fui espreitar mas a moda parece ditar que para homens adultos e sérios só se pode usar meias "tristes".
Felizmente o Tour de France começou aqui na Holanda este ano e por isso fizeram peças de roupa alusivas ao Tour. E assim a Carolina conseguiu encontrar e comprou-me um conjunto de meias coloridas: amarelas como a da classificação geral, às bolinhas vermelhas como a camisola da montanha, branca com as cores do arco-íris como a camisola do campeão do mundo e umas azuis claras com bicicletas desenhadas. Falou apenas as meias verdes, da camisola dos pontos.
A cor começa a aparecer na minha gaveta das meias e eu fico mais contente. E fico feliz porque estou contente. E estando feliz fico cheio de energia. E cheio de energia fico mais activo. E mais activo fico mais chato. E se é chato, coça-se...
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