quinta-feira, março 02, 2017

Geringonça By The Sea


O António Costa é Primeiro Ministro de Portugal há 1 ano, 3 meses e 4 dias. E passado este tempo hoje é a primeira vez que escrevo o termo geringonça aqui no blog. 15 dias antes do XXI Governo assumir funções eu escrevi sobre a queda do curto segundo governo do Passos Coelho mas até hoje nunca escrevi nada específico sobre o actual governo nem a dita geringonça. Falei de política internacional e falei especificamente do caso dos contratos com os colégios privados mas sem fazer qualquer avaliação ao trabalho do governo.

E sabem que mais? Vou continuar sem fazer qualquer avaliação.
E porquê? Porque sinceramente não tenho nenhuma, ainda não tenho opinião.
Posso admitir que o Governo e a a dita Geringonça duraram mais do que eu pensava e pelos vistos aguenta firme. A nível geral é a política do costume. As opiniões, os critérios e aparentemente a própria moral muda quando os papéis se invertem e nota-se isso em todos os partidos, talvez menos no PS curiosamente.
Mas eu admito que estou muito mais desligado do que estava antes.

E não é por me ter enganado em relação ao actual Governo de esquerda. Quer dizer, eu enganei-me na sua duração e apoio parlamentar mas ainda não sei se me enganei nos resultados da governação.
Sem dúvida que há coisas a funcionar bem, com o défice baixo, o desemprego a continuar a descer e a confiança dos consumidores em alta. Por outro lado existem alguns dados que preocupam como o aumento geral das taxas de juro da dívida pública, o próprio aumento da dívida e alguns indício que certos números no Orçamento são "factos alternativos".

Por essas razões e mais algumas é que continuo calado à espera de ver as confirmações das contas de 2016 (já estamos em Março mas estas coisas demoram sempre muito) e ver como corre este ano de 2017 uma vez que em anos de transição é sempre difícil de saber se o estado actual é consequência das medidas actuais ou de medidas anteriores (depende das medidas obviamente e acho que é sempre uma mistura).
Uma coisa que vamos descobrindo é que a aparente seriedade e rigor defendido pelo anterior executivo tinha muito de fachada, como é apanágio na política em geral e na portuguesa em particular.

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