sexta-feira, agosto 17, 2012

BaKano o Cínico

Obviamente que existe uma razão muito forte para eu estar envolvido num projecto como A Thousand Bikes para além de ser um amante de ciclismo, gostar de observar bicicletas, viajar um pouco por essa Europa (e não só) fora, e gostar de tirar retratos mais ou menos curiosos.

Nesse projecto, como se pode chamar, estão outras pessoas que defendem imenso a bicicleta como meio de transporte, sobretudo urbano e lutam mesmo pelo seu desenvolvimento.

E eu sou a favor disso mesmo. Espero que muita gente troque os carros pelo transporte público e pela bicicleta.
Se assim for, tenho menos gajos que aturar e fico com a estrada mais livre para mim...

quinta-feira, agosto 16, 2012

Mestre Bastos explica - Violas e Violões

Não foi a primeira vez que vi, mas há poucos dias a ver uns vídeos da artista brasileira Roberta Sá deparei-me novamente com guitarristas brasileiros a tocar numa viola, ou violão como eles preferem dizer, com 7 cordas. Tal como este aqui ao lado usado por Yamandu Costa.

Para matar a curiosidade consultei o meu amigo Paulo Bastos, mestre (e maestro) da guitarra, para além de ser um verdadeiro engenheiro destas (e outras) coisas.


Aqui vos deixo a resposta dele sobre o assunto (escrita usando o Acordo Ortográfico):

Ora caso não saibas, e muita gente não sabe, o Brasil a par com a Espanha é dos países onde se toca mais e desenvolve mais guitarra com o aspeto típico da Guitarra Clássica (Vou chamar a guitarra com este aspeto físico Guitarra Universal).

Na Espanha para além da guitarra Universal ser utilizada na música erudita com grandes escolas (incluindo os maiores “astros” que fizeram da guitarra o que ela é hoje no panorama da música erudita: o Andrés Segóvia e o Narciso Yepes sem os quais a guitarra seria considerado um “instrumento de brincar” em termos da musica erudita) a Guitarra Universal paralelamente é utilizada num género mais popular e identificativo da tradição Espanhola chamado Flamenco (cujo maior mestre de sempre é Paco de Lucia).

No Brasil passa-se o mesmo para além ter uma excelente escola de grandes nomes da guitarra erudita e um dos mais conhecidos e tocados compositores de Guitarra Clássica de sempre cujos seus estudos por exemplo são uma autentica revolução e tratado da técnica guitarrística atual: Heitor Villa Lobos.

Eles têm uma música popular tradicional chamada “Choro” de onde provêm uma fonte enorme de guitarristas, as guitarras de 7 cordas provêm desta vertente da música popular brasileira. Depois há toda uma mistura de influências em guitarristas e compositores que vão do erudito ao popular com uma riqueza de ritmos harmonias técnicas inovações que é uma coisa do outro mundo (misturam o Choro, Samba, Jazz, musica Erudita, etc…) cujos seus maiores nomes são (Bandon Powel, Raphael Rabello e recentemente Yamandu Costa).

Os dois últimos utilizam a guitarra com 7 cordas também porque é uma marca que faz a diferença mostrando que é música popular brasileira (é uma boa forma de exportar o conceito). Ora a única diferença em termos práticos é que tem exatamente as mesmas cordas das guitarras universais mas foi acrescentada uma corda mais grave (afinada normalmente em do, la ou si) para permitir facilitar tocar melodias acompanhadas de linhas de baixo mais elaboradas e fazer acordes de forma mais versátil enquanto simultaneamente se fazem ritmos e melodias. Portanto permite ainda mais versatilidade relativamente à guitarra universal.

Apenas acrescento que estes guitarristas de caris mais popular (Quer Espanhóis quer Brasileiros) normalmente descuidam mais o som e o rigor do tempo e das notas perfeitas e seguem mais o instinto comparando com os Guitarrista Clássicos, no entanto por outro lado desenvolvem técnicas de tocar completamente inovadoras pois estão num meio mais propício a isso e a sua forma de estar é muito mais experimental.


Nota: Algumas ideias acima expostas reflectem a opinião do autor e não são verdades absolutas.

sábado, agosto 11, 2012

O Macho (obreiro) Português


Uma das sub-espécies do Macho Português, é o individuo que trabalha um pouco por todo o país e muitas vezes no estrangeiro, a construir (ou destruir) coisas, por outras palavras, o trabalhador das obras, vulgo o trolha!

Essa classe de macho é pródiga na arte do atirar piropos, dizer grandes verdades e é também uma fonte infindável de estórias mirabolantes e outras frases inqualificáveis.

As frases e piropos atirados (como demonstrado na imagem) é uma arte sobejamente conhecida e vulgo já de muitas imagens e artigos sobre o tema, mas para mim muito mais interessante que isso são os relatos de episódios decorridos da sua vida profissional, porque estas coisas acontecem apenas quando estão fora em trabalho, contados pelos próprios intervenientes que são mesmo do outro mundo.

Histórias de primeiras paragens logo às 6 da manhã para emborcar uns martinis com cerveja e ir já aceso para obra; visitas a casas de meninas (eu não, eles), apanhar meninos mas aproveitar na mesma uma vez que já se pagou; histórias de amor proibido em quartos de pensões quase ao estilo do Brokeback Mountain...
Tudo contado pelos próprios que não sei bem porque mas parece que têm orgulho em contar estas coisas estranhas.

Por outro lado se eles não contassem eu não as conheceria e não faria outras pessoas rir a reconta-las.

terça-feira, agosto 07, 2012

Os filhos dos outros

Pelos vistos hoje é Bring Your Kid Day aqui na IBM, que é em Português será qualquer coisa como "Dia de Trazer A Tua Criança". antes de continuar deixem-me esclarecer que o termo foi pensado por mim agora mesmo e não faço a mínima ideia se existe tal dia ou não. Mas como já vi diversos pais com crianças pequenas (todas loiras já agora) no rés-do-chão e aqui no 9° andar, deve ser algo especial mesmo.

Mas não posso deixar de comentar este fenómeno de alguém trazer a filharada para o trabalho. Nada contra e até acho que as empresas deveriam fomentar e apoiar mais isto ... MAS ... trazer a criança connosco para o trabalho deveria implicar o manter a criança connosco, ou seja, ao pé do pai/mãe.

Mas pelos vistos a malta daqui tem outras ideias. Como a criança perturba o trabalho normal, porque é pequena e quer brincar e exige atenção e faz barulho e mexe no telefone e dá gritinhos, enfim incomoda, o melhor mesmo é entrega-la aos cuidados de uma outra pessoa (normalmente uma rapariga) que pelos vistos gosta de ser babysitter e no meio de outras equipas, relativamente longe do posto de trabalho do progenitor e assim o mesmo pode trabalhar em paz.

Pois, ele pode mas os outros que se lixem que têm de se haver com as distracções e incómodos provocadas pela criança a ser criança.
Assim também eu levo os putos para o trabalho, já agora o cãozinho também. Levo mas não tenho que ser eu a tratar dele nem a aturá-lo.
Posso ser eu que sou mau-feitio e não percebo que o trabalho dessa outra pessoa é certamente muito mais importante que o meu e ele não pode ter distracções enquanto eu (e os meus colegas de equipa) obviamente deveria ser capaz de trabalhar a 100% com qualquer tipo de distracção (tal como deveria ser capaz de trabalhar a 100% se estiver tudo a arder ou a explodir em redor).

Filhos dos outros no trabalho? Não obrigado!

domingo, agosto 05, 2012

Players gonna play

Durante a nossa estadia em Roma estivemos num jantar de aniversário onde durante a maioria do tempo eu era o único gajo. Só conhecia uma outra pessoa para além da digníssima esposa, a anfitriã da festa, e o resto era tudo amigas e colegas dela.

Enquanto a mulher se ia entretendo a falar com as raparigas do lado esquerdo, nomeadamente uma moça espanhola, eu estava entretido a falar com as 2 moças que chegaram mais tarde e se sentaram à minha direita.
Durante a conversa estava eu a falar da nossa gata e a dizer que era claramente uma gaja, pois vinha provocar mas ficava à espera que eu é que fosse ter com ela. Isso valeu uma resposta duma das raparigas de que eu percebia como as coisas funcionavam (entre gajas e gajos). A conversa começou a ir nesse sentido e a rapariga diz que eu deveria ensinar os outros homens porque eles não percebiam nada.

OK, vamos fazer uma pausa e dissertar este comentário. Para as outras pessoas isto seria apenas uma piada de momento. Para mim podia (e pode) ser um elogio. Não vale a pena perguntar o que acham porque sei qual será a grande maioria das respostas, mas a verdade é que não foi a primeira pessoa a dizer-me algo neste sentido.
Eu pessoalmente nunca me considerei um grande "jogador" nesta coisa do engate (player como dizem os anglófonos) sendo uma das razões o não ser um gajo fisicamente atraente nem particularmente bonito (acho eu). Mas a verdade é que antes de conhecer a Carolina e quando andava triste e deprimido de sacar poucas gajas (que outra coisa ambiciona na vida um jovem independente?) costumava sair com colegas que eu considerava mais bem sucedidos e tinham várias amigas. E o curioso é que sem eu me aperceber completamente, apresentavam-me moças para tentar fazer um parzinho. Só ao fim de algum tempo diz-me um colega que eu tinha um paleio impressionante e que deixava todas as raparigas que eles apresentavam interessadas em mim, só que depois, como não era um player, deixava as coisas em banho-maria e elas a concluir que eu não estava interessado.

Não posso também deixar de referir o facto que sempre tive uma boa relação com raparigas conseguindo dizer coisas a elas que pouca gente tem coragem e saindo bem de cena. Durante o meu trabalho em Portugal deixei muita gente estupefacta com coisas que dizia a colegas de trabalho. Não é para toda a gente dizer a uma colega "Tu és mesmo boa!" e ela agradecer genuinamente, enquanto que ela refila com outro colega que lhe está a micar as pernas; mandar bocas de teor sexual às secretárias e elas rirem-se, enquanto elas quase que fazem queixa oficial de assédio com outros que vêm com bocas do mesmo teor (às vezes menos graves) das minhas.
Não posso ignorar também que uma das razões desse meu sucesso em conversa e relação com mulheres dever-se-á a eu projectar um aspecto de simpático e inofensivo (foi o que me disseram diversas pessoas) e devido a isso ou ao próprio tom e forma como digo as coisas, os meus comentários são considerados como cómicos ou sem grande malícia.

Voltando à noite de sábado em Roma, durante a conversa com as moças, elas lá estavam a dizer que eu afinal sabia como se jogava o jogo, que me levou a comentar que os italianos também era players. Só que elas disseram que os italianos exageravam e era demasiado convencidos, acrescentando que não conheciam os portugueses mas se fossem como eu então seriam bem melhores jogadores do jogo do engate...

Serei eu então um verdadeiro player? Eu admito que gosto de falar com raparigas, aliás eu gosto de falar com praticamente toda a gente, e as raparigas não são excepção. É provável que quando estamos a falar de raparigas interessantes, eu possa parecer mais interessado do que devia para um homem comprometido de coração apesar de na realidade não estar a fazer qualquer tentativa de engatar a moça. E será aqui que talvez esteja o "truque".
A partir do momento em que comecei a relação com a Carolina, nunca mais me precisei de preocupar em engatar raparigas. Nem nunca mais tive a pressão de tentar engatar uma rapariga por estar sozinho ou assim. Isso liberta um gajo da necessidade de tentar ganhar o jogo, ou melhor ainda, de não o perder. Portanto eu chego a qualquer rapariga e digo o que bem me apetece (vá, não é bem assim que às vezes o que apetece dizer é mesmo desagradável e/ou demasiado porco se bem que os meus limites são muito amplos nesse aspecto).
E pelos vistos as mulheres acabam por responder melhor a este "não-jogo" e por ventura (e aqui posso dizer que sei que é verdade nalguns casos) ficam até mais interessadas.

Este é o conselho que vos deixo a vós rapazes e homens solteiros que procuram companheira para uma noite, uma semana, um mês ou uma vida inteira: Se querem ser o ultimate player, não sejam um player. Limitem-se a ser vocês mesmos e sem qualquer artimanha para jogar o jogo. O segredo está no entanto, em não deixar escapar as (poucas) deixas que elas atiram e, como dizem os anglófonos, seize the moment!


É um método 100% infalível e comprovado no terreno (mesmo que a amostra limite-se à actual esposa)!

quinta-feira, agosto 02, 2012

Pontes é que é!

A Câmara Municipal de Aveiro tem um plano. Parece que não mas eu descobri que tem mesmo. Um plano para o futuro da cidade, quiçá mesmo do país e do mundo. E esse plano inclui pontes, muitas, e rasgar novos caminhos.

O nome do plano poderia ser "Pontes e Novos Caminhos para o Futuro" mas por alguma razão o nome de código disto é, ao estilo militar, Operação Arruinar.

Sinceramente não sei ao certo a ideia. Uma vez que as pontes projectadas são pedonais (ponte sobre o canal central junto ao Rossio, e ponte entre o jardim da Baixa de Santo António e o parque Infante D. Pedro) consigo ver o pensamento inovador do executivo, o futuro do mundo é sem carros.
Mas por outro lado decidem cortar ao meio o jardim do Alboi para abrir novas passagens para os carros (quer dizer evitar que os carros façam mais uns metros para contornar o mesmo).
Outro possível objectivo do executivo é de alguma forma meter Aveiro nos recordes do Guiness por ser a cidade com mais pontes pedonais por quilómetro quadrado.
Ou então querem compensar os habitantes pela perda de pontes nos feriados com pontes a sério que eles podem atravessar e relembrar os velhos tempos em que gozavam de descanso nos dias de ponte.
Fico na dúvida...

Dúvidas não tenho em relação ao nome de código da operação. É mesmo bem escolhido porque arruinar é precisamente o que estes projectos fazem. Arruínam as já arruinadas contas do município, arruínam o ambiente urbano pois o pequeno Jardim do Alboi vai-se e o Rossio nunca mais será o mesmo (para não dizer que deve ainda continuar a estar inacessível devido aos preparativos para a obra) e arruínam 14 postos de trabalho e um dos míticos spots de Aveiro, o Drinks que pelos vistos tem de fechar para esta nova ponte pedonal que só tomei conhecimento nos últimos dias.

Admito que aguardo com alguma expectativa qual o próximo local escolhido para arruinar com uma ponte pedonal qualquer que na realidade ninguém precisa.

quarta-feira, agosto 01, 2012

Nerdy e Holandês

Para quem me segue no Facebook certamente se apercebeu que estava bastante entusiasmado por poder ver hoje pela primeira vez um avião. Era precisamente este avião que está aqui ao lado, não um parecido mas exactamente este, pois esta foto foi tirada hoje 30 quilómetros mais a Norte de onde eu estava, quando este A380 da Emirates, que a partir de hoje faz o voo EK147 vindo do Dubai, se encaminhava para o aeroporto de Schiphol aqui em Amesterdão.

Não o vi a aterrar pois ele aterrou nas pistas a Noroeste e que eu não consigo ver do meu local de trabalho. Mas por outro lado ele iria levantar por uma das pistas a Sul, portanto a descolagem era garantida.
Mas já depois de ter deixado alguns colegas interessados na coisa durante a manhã, depois de almoço puxei de todos os meus galões, e sabendo em que Gate o avião estava (essa informação está online para qualquer voo no site do aeroporto) consigo identifica-lo a olho nu mesmo ele estando a sensivelmente 6 quilómetros de distância em linha recta pela cauda pois o resto estava escondido pelas árvores. Esse "avistamento" foi logo de seguida confirmado através dos binóculos de um colega holandês, a cauda era mesmo da Emirates e só podia ser o A380 pois não havia mais nenhum aparelho da Emirates naquela zona.
Agora já percebem o porquê do nerdy...

E outro factor de satisfação é ter posto uma dúzia de engenheiros a olhar pela janela e partilhando os binóculos para ver o maior avião de passageiros da actualidade descolar pela primeira vez num voo comercial de Schiphol.
Mas para mim foi a primeira vez que o vi sem ser na TV ou em fotos.

Esse meu comportamento de hoje, ao estilo de planespotter experimentado levou a que para além de nerdy (termo usado por um colega norte-americano em conversa com uma irlandesa sobre o facto de eu saber tantos pormenores sobre o avião e este voo em particular) levou a que outra colega luso-holandesa (através do Facebook) dissesse que eu estou a ficar um verdadeiro holandês!

Na realidade hoje apenas ficou revelado para muita gente 3 coisas:
  1 - Sou um interessado pela aviação (call me nerdy);
  2 - Não me canso de olhar para os aviões mesmo que veja dezenas (ou centenas) todos os dias (call me nerdy);
  3 - Quando me interesso por algo bebo muita informação e fico quase obcecado pelo tema até ele se esgotar (call me nerdy).

A minha completa transformação no verdadeiro nerd será no dia (e não vai demorar muito) em que planearei passar pela N520 ou pela N232 no exacto momento em que o avião se faça a uma das pistas (a Zwanenburgbaan ou a Polderbaan) para ver o gigante dos céus a passar mesmo por cima da cabeça...

Facebook is dead

Este título ainda não é verdadeiro, e eu sei que não sou o primeiro a dizê-lo, mas tenho de meter isto publico na Internet antes que aconteça mesmo e assim, poder invocar os meus poderes de adivinhação e afirmar-me como mais um desses pseudo-analistas-experts que fazem futurologia e (eventualmente) acertam um dia.

A verdade é que nos dias de hoje parece quase impossível que o Facebook possa morrer ou desaparecer. É verdade que o mesmo já aconteceu com outras redes sociais que foram usadas por muita gente e agora estão entregues a uns poucos excomungados da sociedade.
Não posso fazer uma simples comparação do Facebook com MySpace, Hi5, Orkut e outros que tais. O Facebook chegou e espalhou-se duma forma nunca vista. O Facebook está para as redes sociais como o Google está para os motores de pesquisa. Toda a gente tem, logo toda a gente tem de ter.

Mas a verdade é que tal como toda a gente saltou de outras redes para o Facebook porque tinha de ser, também as pessoas inevitavelmente saltarão fora do Facebook para a the next best thing ... assim que ela aparecer aliás.

Mas porque é que as pessoas saltarão fora do Facebook? Acima de tudo porque o Facebook não é e nunca foi a melhor plataforma de rede social. Nós agora estamos habituados ao Mural e até mesmo à Cronologia, mas outras redes que usava antes tinham muito mais lógica, eram mais intuitivas e fáceis de usar. O Facebook simplesmente dominou devido aos movimentos de massas. Eu seguia os meus amigos no Hi5 e por outras formas (e-mail, blog, Twitter, fóruns, MSN (agora Windows Live) Messenger). Mas tudo isso tornou-se obsoleto porque toda a gente partilha as coisas pelo Facebook. A partir do momento que a maioria dos meus amigos e conhecidos mudaram-se eu tive de mudar também senão ficava a falar para as paredes (e para isso já basta aqui o blog).
Agora não consigo passar sem o Facebook (claro que consigo, mas entendem o que quero dizer pois até este post vai ser visto pela maioria das pessoas através do Facebook).

Mas este texto todo e ainda não respondi à pergunta: porque é que as pessoas saltarão fora do Facebook? Porque agora tem começado os problemas. Desde comentários que recebemos por e-mail (para quem tem as notificações) mas que não vês no mural, passando pelas mudanças dos teus e-mails para um deles sem dizer a ninguém, o adoptar novas políticas de privacidade e muda-las por defeito para as pessoas que muitas vezes demoram meses a perceber o que está errado até falhas de serviço. Também não ajuda nada a aplicação móvel (Android, iPhone) ser talvez a pior de todas que existe!

E o pior de tudo é que aquilo que dá dinheiro à empresa, as paginas empresariais, parece ser do que sofre mais problemas.
Só uma coisa salva o Facebook neste momento, o facto de não existir nenhuma alternativa decente. O Google+ é (ainda) uma anedota de rede social, mais confuso do que o Facebook era no início. Mas conforme as pessoas vão ficando descontentes com o Facebook mais depressa começam a usar uma alternativa e basta que 30% das pessoas mudem de vez para a outra rede, que num instante a comunidade nessa outra rede passa para 40% e depois para 60% e é então aí que o Facebook morre mesmo (e pode encerrar de vez devido à quebra brutal de valor e possíveis problemas de liquidez).

Se calhar o fim do mundo previsto pelos Maias é o fim do Facebook. E isso para muita gente é como se fosse o fim do mundo.