... mas porque preciso falar com ele de 2 assuntos, nada relacionados com a COVID-19. Já deveria ter ido há mais tempo aliás. Foi marcada a consulta para falar do meu joelho esquerdo, o que magoei aquando do meu acidente de mota mas que não foi detectado problema algum nas radiografias que fiz. Só que sei que algo não está bem e não posso continuar a adiar isto, pois é parvoíce.
O outro tema, que espero conseguir falar ao medico (eles costumam só querer falar de um assunto por consulta) é mais melindroso e não é ainda a altura de escrever sobre ele, se bem que falei (por Messenger) com um amigo sobre isso e senti-me logo melhor. Como já mencionei várias vezes, escrever para mim é terapêutico e vai-me saber bem deitar tudo cá para fora, mas deixo-vos (digo vós mas estou a escrever este texto sobretudo para mim) no suspense para já.
Desculpem-me ser egoísta mas tenho de dizer: que falta me fazes Daniel! Não tenho com quem desabafar certas coisas que falávamos e isso fez-me mal... Quem sabe possamos "conversar" em pensamento?
E esta manhã ao acordar tive um pressentimento e estou agora, com muita mágoa e tristeza, preparado para perder os meus avós maternos este ano. Eu fui criado por eles e vivi com eles a maior parte do tempo até aos meus 14 anos (quando fui estudar para Aveiro e só estava com eles aos fins-de-semana). Mas os velhotes (e uso isto num sentido mais carinhoso) já mal têm aguentado os últimos Invernos. Não vão aguentar a COVID-19 se ela chegar às redondezas, mesmo que não apanhem. Isto porque eles precisam de vários cuidados e ou vai faltar medicamentos, ou vai faltar atendimento, ou ate mesmo as pessoas que cuidam deles agora não vão poder fazer da mesma maneira, numa altura ou noutra.
Estou já a prever o pior, e se por acaso correr tudo bem, vou ficar contente.
Quanto a nós aqui, ontem soube duma situação "aqui ao lado" que foi a última prova que precisava para me convencer que isto vai rebentar e em grande. E só vos estou a dizer que estou muito contente de estarmos todos com o nariz entupido. Porque senão tivéssemos o nariz entupido, então já estava em auto-quarentena. Mas ter nariz entupido, não quer dizer que é uma constipação e não COVID-19, apenas aumenta as probabilidades de não ser COVID-19. Mas até então faltava um elo na cadeia. Faltava...
Apesar da coisa estar para rebentar aqui na Europa (e aqui não é como na China onde as autoridades podem e conseguem fechar quase toda a malta em casa) vejo com agrado que a taxa de doentes a ficar em estado grave ou crítico baixou desde a minha dissertação anterior. Agora está nos 11%. A taxa de mortalidade nos casos resolvidos, e reafirmo que apenas uso essa, continua muito estável nos 6% mesmo com as varias centenas que faleceram nos últimos dias. Eu sei que muita gente não gosta destes 6% porque não é isso que a OMS usa, mas tal como o Mestre Cravo, gajo com qual tenho saudades de debater estes e outros temas, comentou na minha partilha do Facebook, a OMS em 2003 pela altura da SARS também estimou a taxa em 4% e no final, a única altura que se tera uma taxa definitiva, a taxa de mortalidade foi quase 10%. Usar-se o mesmo método que se aplica para um surto concluído num surto ainda em curso é errado, e disso ninguém me convence do contrário. Até porque não fui eu que imaginei estes 6%, e existem artigos acadêmicos publicados por virologistas a mencionar que tem de se mudar o método oficial da taxa para calcular quando um surto está ainda activo (em curso).
Para já continuarei por casa mas nada de jantares ou encontros nos próximos dias. Vou na mesma mais logo ao médico. Ó pá, tem de ser...
O outro tema, que espero conseguir falar ao medico (eles costumam só querer falar de um assunto por consulta) é mais melindroso e não é ainda a altura de escrever sobre ele, se bem que falei (por Messenger) com um amigo sobre isso e senti-me logo melhor. Como já mencionei várias vezes, escrever para mim é terapêutico e vai-me saber bem deitar tudo cá para fora, mas deixo-vos (digo vós mas estou a escrever este texto sobretudo para mim) no suspense para já.
Desculpem-me ser egoísta mas tenho de dizer: que falta me fazes Daniel! Não tenho com quem desabafar certas coisas que falávamos e isso fez-me mal... Quem sabe possamos "conversar" em pensamento?
E esta manhã ao acordar tive um pressentimento e estou agora, com muita mágoa e tristeza, preparado para perder os meus avós maternos este ano. Eu fui criado por eles e vivi com eles a maior parte do tempo até aos meus 14 anos (quando fui estudar para Aveiro e só estava com eles aos fins-de-semana). Mas os velhotes (e uso isto num sentido mais carinhoso) já mal têm aguentado os últimos Invernos. Não vão aguentar a COVID-19 se ela chegar às redondezas, mesmo que não apanhem. Isto porque eles precisam de vários cuidados e ou vai faltar medicamentos, ou vai faltar atendimento, ou ate mesmo as pessoas que cuidam deles agora não vão poder fazer da mesma maneira, numa altura ou noutra.
Estou já a prever o pior, e se por acaso correr tudo bem, vou ficar contente.
Quanto a nós aqui, ontem soube duma situação "aqui ao lado" que foi a última prova que precisava para me convencer que isto vai rebentar e em grande. E só vos estou a dizer que estou muito contente de estarmos todos com o nariz entupido. Porque senão tivéssemos o nariz entupido, então já estava em auto-quarentena. Mas ter nariz entupido, não quer dizer que é uma constipação e não COVID-19, apenas aumenta as probabilidades de não ser COVID-19. Mas até então faltava um elo na cadeia. Faltava...
Apesar da coisa estar para rebentar aqui na Europa (e aqui não é como na China onde as autoridades podem e conseguem fechar quase toda a malta em casa) vejo com agrado que a taxa de doentes a ficar em estado grave ou crítico baixou desde a minha dissertação anterior. Agora está nos 11%. A taxa de mortalidade nos casos resolvidos, e reafirmo que apenas uso essa, continua muito estável nos 6% mesmo com as varias centenas que faleceram nos últimos dias. Eu sei que muita gente não gosta destes 6% porque não é isso que a OMS usa, mas tal como o Mestre Cravo, gajo com qual tenho saudades de debater estes e outros temas, comentou na minha partilha do Facebook, a OMS em 2003 pela altura da SARS também estimou a taxa em 4% e no final, a única altura que se tera uma taxa definitiva, a taxa de mortalidade foi quase 10%. Usar-se o mesmo método que se aplica para um surto concluído num surto ainda em curso é errado, e disso ninguém me convence do contrário. Até porque não fui eu que imaginei estes 6%, e existem artigos acadêmicos publicados por virologistas a mencionar que tem de se mudar o método oficial da taxa para calcular quando um surto está ainda activo (em curso).
Para já continuarei por casa mas nada de jantares ou encontros nos próximos dias. Vou na mesma mais logo ao médico. Ó pá, tem de ser...
a questão do cálculo da taxa de mortalidade é que muita gente pode estar infectada e tu não sabes porque não testam... Aí baixaria logo até a do SARS de 2003.
ResponderEliminarMas não há forma de saber.
Quanto ao médico de família podes pedir uma consulta dupla ;)