terça-feira, janeiro 30, 2018

Vai haver um dia...


Eu não sou um gajo violento, estive no máximo umas 3 vezes envolvido em situações de porrada e sempre como elemento apaziguador, mas tenho ataques de fúria, ou explosões de raiva, regulares, em que tenho de dizer asneiras, mandar um berro bem alto e um murro ou cabeçada na parede para libertar a pressão.

Outras vezes imagino-me a cometer um acto de extrema violência em várias situações do quotidiano, sobretudo quando vou na estrada, maioritariamente a conduzir de carro mas também quando ando a pé. Tem alturas que fico cheio de raiva mas se estiver ao volante raramente tenho uma verdadeira explosão, mas as asneiras lá têm que sair, que costumam ser em forma de insultos variados a quem originou essa raiva.
Já os actos de violência extrema envolvem quase sempre causar um acidente, assim como quem não quer coisa. Existem vários relatos e não faltam vídeos espalhados pela net de malta que vai mais longe que eu e num ataque de fúria atira o veículo contra outro. Eu fico-me mais por ver isso acontecer à minha frente, mas sem acontecer mesmo (agradeço o ter uma imaginação muito poderosa que me faz mesmo visualizar aquilo que penso).

Mas na estrada nada me enerva mais do que a malta das scooters de matrícula azul, aquelas que supostamente estão limitadas na velocidade e em que não é preciso usar capacete.
Como já escrevi por diversas vezes muita malta que anda nestas scooters não tem respeito por ninguém. Apitam a tudo e todos, mesmo peões na passadeira; vão sempre a abrir e saltam da faixa das bicicletas (onde eles devem circular) para a estrada e para o passeio de qualquer maneira sem sequer abrandar; não respeitam sinais nem prioridades; e uma das que me irritam mais quando acontece comigo, por ser particularmente ridículo e estúpido, apitam quando vêm um carro a atravessar-se à frente mesmo que a distância seja muita e já o carro saiu há muito do caminho quando eles lá chegam...

É nestas alturas que eu penso em fazer uma maldade ao individuo. Do género de parar, uma vez que eles apitaram, depois arrancar mas parar logo novamente pois o individuo vai apitar novamente e depois vê-lo atrapalhado a evitar o acidente. Não tivesse eu "amor à chapa" do meu carro já tinha feito algo similar. Mas obviamente tenho, e raramente vou sozinho por isso eles têm tido sorte.

Mas vai haver um dia...
Vai haver um dia em que vou com os miúdos no passeio e vem um palerma a abrir pelo passeio fora e se eu reparar que vem contra nós vou desviar os miúdos e a seguir mandar um pontapé e vê-lo a cair pelo chão e rebentar a cara toda (pois anda sem protecção). Justificação para isso? Pôs em perigo os meus filhos (e será verdade).
Vai haver um dia em que vou a passar numa passadeira e vem um desses anormais a apitar para me arrumar e dá-me um ataque de fúria, que direi mais tarde ter sido um de pânico e lá vai sair um pontapé, empurrão ou qualquer coisa e vê-lo a espetar a cabeça, desprotegida, contra o semáforo ou um poste de electricidade.
Vai haver um dia que gasto uns €400 e compro um carro grande e usado no Marktpltaats, como um Volvo 940 de 1991 que encontrei agora, só para andar umas semanas e não ter medo de não me arrumar ou não conseguir travar a tempo quando uma destas bestas se decide meter à frente. E um carro destes tem a vantagem de poder usar também naqueles casos em que são outros condutores de automóveis que se armam em parvos... Sendo velho, grande e pesado, terei sempre a desculpa de que não trava bem ou não reage rápido...

1 comentário:

  1. Tem calma... mas é verdade, a maioria são umas bestas!!! Também me apetece dar pontapés quando apitam e estou na passadeira, com bicicletas é fácil, paro e fico a olhar... o Ricardo já esticou o pé a algumas...

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