segunda-feira, janeiro 30, 2017

Momentos ao volante

Na quinta-feira passada tive 3 momentos diferentes do habitual ao volante. Quer dizer, 2 momentos e 1 observação de um fenómeno curioso e que me fez lembrar de outras observações no passado.
Dessa maneira tive de arranjar uma foto de eu a conduzir, pois as 4 experiências foram quando estava ao volante, e lembrei-me desta foto que a Carolina me tirou quase em Dezembro de 2011, naquela que era para ser a última grande viagem do Laguna, mas que afinal não foi. Não é certamente a foto mais recente que tenho a conduzir, mas é aquela que eu lembrava de estar partilhada na net, portanto uma fácil de arranjar para adornar este texto. E esta conversa toda sobre a foto é só para poder ultrapassar a altura da mesma de modo a que os parágrafos dos tais momentos já fiquem abaixo dela.

Esta semana que (ontem) acabou começou com temperaturas baixas e gelo mas acabou com os termómetros a subir e o gelo a derreter. Mas na quinta de manhã ainda havia partes geladas aqui e ali. Num dos cruzamentos por onde passo (quase) sempre à quinta (dia de levar o Bastião à creche por isso o trajecto é diferente) onde existe sempre água acumulada estava mais gelo que o habitual. Não que eu tivesse visto, mesmo parado no semáforo, mas ao virar à direita notei, porque o carro, mesmo indo muito devagar começou a fugir de traseira. Dei por mim a pisar acelerador e contra-brecar, um reflexo dos meus tempos de street-racer ou wannabe racer, imaginado que faria o cruzamento numa espécie de power slide, como se estivesse a competir no Rali de Monte-Carlo.
Mas o ESP e o controlo de tracção meteram-se ao barulho e o carro reduziu velocidade e endireitou-se toscamente trazendo-me de volta à realidade.

Ao vir do trabalho, já de noite e pelo trajecto do costume (que é diferente) numa pequena recta apanho um carro a andar algo devagar mas pelo meio da estrada. Isso nem é de todo especial, mas achei estranho visto que vinham carros em sentido contrário. Desviou-se do primeiro mas voltou para o meio da estrada e isso deixou-me alertado. Voltou a desviar-se do segundo carro que se cruzou mas mais em cima e o pior é que não só voltou para o meio como vi o carro a continuar a desviar-se para a esquerda precisamente na direcção dum carrinha em sentido contrário que fartou-se de dar sinal de máximos e teve mesmo de parar. A esta altura já eu tinha travado à espera do embate que não aconteceu mas por milímetros. Deixei-me ficar para trás porque uma distracção pode sempre acontecer mas isto parecia quase comportamento algo suicida. Sobretudo porque o carro passou a circular completamente à esquerda depois de quase bater na carrinha, com uma curva de 90° à esquerda a seguir!
Felizmente não vinha mais ninguém em sentido contrário e depois da curva o carro para bruscamente do lado direito e o condutor abre a porta. Eu aproveitei para ultrapassar o mais rápido possível para "fugir" dele estando agora completamente alerta para qualquer acção inesperada vinda dos ocupantes daquele carro. O problema é que era hora de ponta e não dava para fugir para longe depressa. Conforme outros carros foram ficando entre mim e ele eu fui ficando mais descansado mas garanto-vos que não tirei os olhos do retrovisor até estar a uma distância segura.
Acho que foi a vez que fiquei mais desconfiado e mais ansioso por comportamentos de outros condutores.

E se continuei a andar devagar em em bicha, esperando algum tempo no primeiro semáforo por mais uns minutos, de repente a estrada estava livre à frente como se 2 terços dos carros se tivessem esfumado. Olhei para o relógio e marcava 18:00! Reparei que antes das 18:00 havia algum congestionamento e de repente chegou-se às 18:00 e as estradas pareciam ter pouco transito. Mas será possível que a malta consegue sincronizar para que cheguem aos seus destinos às 18:00 e ponto e parando os carros a estrada subitamente fica desimpedida? Ou será dos semáforos que até às 18:00 abrem pouco tempo para as vias que eu uso e depois às 18:00 o verde mantém-se por mais tempo permitindo que o transito escoe?
Lembrei-me que não foi a primeira vez que venho a andar numa estrada em para-arranca e de repente ao virar num cruzamento ou a passar um semáforo parece que mudei para outra dimensão pois de um segundo para o outro ficar tudo diferente. Lembrei-me que ainda na véspera ao levar o Bastião para a creche tinha assistido a algo parecido pois ia-mos em para-arranca até chegarmos ao último corte e quando virei à esquerda a estrada estava quase deserta porque entretanto tínhamos chegado às 9:00.
É mesmo um fenómeno curioso onde parece que existe uma hora mágica, de manhã e à noite, que altera completamente a situação do transito!

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