Tinha pensado fazer uma reflexão sobre um tema qualquer importante da actualidade, ou importante para a sociedade mas não, não vou fazer nada disso.
2016 foi um bom ano para mim. Nasceu a nossa princesa Amélia e não tive nenhum problema a nível de saúde, social ou profissional. A única coisa negativa foi ter sido rejeitado num processo de entrevista de emprego mas se calhar só foi negativo por ter sido a primeira vez que me aconteceu, porque não sei se aceitaria a oferta caso são tivesse sido rejeitado e não sei se estaria melhor no global depois de mudar (como escrevi no postscriptum desta dissertação).
Mas 2016 tem sido categorizado por muita gente como um annus horribilis, sobretudo pela morte de muitos artistas famosos, pela guerra na Síria e a crise dos refugiados, pelo terrorismo e pelas escolhas políticas.
Sobre as mortes eu não tenho bem a certeza se este ano morreu efectivamente mais gente famosa do que é costume ou se é simplesmente pelo facto de nós estarmos mais velhos logo conhecermos melhor os artistas que morreram que faziam parte da nossa vida. Porque os artistas mais velhos ou os que foram morrendo anualmente quando éramos mais novos se calhar não significavam muito para nós.
E digo isto até pensando em mortes de amigos, familiares ou conhecidos que também pareceram aumentar em frequência este ano. Mas a dúvida é a mesma: estão a morrer realmente mais ou simplesmente estão a morrer mais pessoas que nós realmente conhecemos porque somos mais velhos logo vivemos mais e conhecemos mais pessoas (e algumas delas que não eram velhas quando nós éramos novos, chegaram ao tempo deles)?
Só por curiosidade fui comparar 2016 com 2015 e a Wikipédia menciona 309 mortes em 2015. Destas, 63 foram de actores e cantores de ambos os sexos. Em 2016 estão mencionadas até hoje 347 mortes das quais 80 de actores e cantores. No que toca a gente famosa, 2016 parece ser realmente pior do que foi 2015, e como nós temos memória curta para este tipo de coisas, acho que está justificada toda esta raiva sobre 2016.
E as outras coisas más? Também acho que é uma questão de perspectiva. Tivemos muitas coisas más em 2016 mas de acordo com algumas estatísticas o ano acaba melhor do que muitos do passado em temas como a Paz no Mundo (menos guerras no total), Economia (muitos países a crescer novamente) e até Liberdade (apesar de 1% pior do que 2015).
E se os resultados de certas eleições ou referendos nos assustaram, pensem que ainda falta sentir o verdadeiro efeito dessas escolhas, e para o ano temos eleições na Europa que nos afectarão a todos mais profundamente.
Por isso eu termino com uma mensagem positiva: 2016 até pode sido mau, mas 2017 tem todas as condições para ser bem pior. O positivo é que tem as mesmas chances de ser igual ou melhor...
Bom balanço!!! Que o ano que vem seja melhor, sff :p
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