Na noite de segunda para terça dormi muito pouco. A Amélia parecia que estava agitada e eu pensei que ela não ia deixar a mãe descansar por isso fui ficando acordando para ficar com ela. Mas afinal não, ela dormiu mais de 4 horas seguidas e de nada serviu eu ter ficado acordado até às 3 da manhã, a não ser tirar-me horas de sono. Que acabaram por ser apenas 2,5 horas porque por volta das 5:30 o Sebastião acordou a chorar.
Estava mijado e com a agitação da troca de fralda não quis voltar a dormir e pediu leitinho. Viemos para a sala e lá fui ficando com ele meio a dormir, enquanto os minutos transformaram-se em horas.
E portanto, como é costume nestes dias em que o Bastião acorda cedo de mais, eram 9:00 e nós não estávamos sequer prontos para sair de casa. Já ia chegar atrasado à creche mas eu queria minimizar o atraso até porque ele perde actividades se chegar tarde (uma cantiga, a fruta e, se a Mireille está na mesma sala com os pequeninos dela, uma leitura de livro).
Assim sendo ia eu pela estrada fora um pouco mais depressa que o habitual.
Não sei se era por isso mas ao cruzar-me com uma senhora de bicicleta reparei que ela olhou para mim algo zangada. Apercebi-me que é a mesma cara que eu faço quando sou peão e vejo um carro a andar depressa demais, numa zona residencial com crianças, animais e outras coisas mais.
Quantas vezes já eu abanei a cabeça ou insultei o condutor que vinha depressa demais? E quantas vezes já eu fui depressa demais?
Eu tinha uma justificação, estava atrasado, mas não existe sempre uma justificação válida para o prevaricador? Que moral tenho eu para criticar qualquer gajo que veja a vir depressa demais se eu também de vez em quando vou depressa demais? Que moral tenho eu para me chatear se alguém protesta a minha velocidade excessiva quando eu também protesto quando sou peão, ou até mesmo outro condutor mas não tenho pressa?
A verdade é que reduzi a velocidade quando me apercebi disto. O olhar, que me pareceu acusatório, da senhora surtiu efeito e eu apercebi-me do meu erro. Se calhar ela nem estava a pensar nisso; se calhar aquela é a cara dela quando anda de bicicleta e calhou olhar para mim pois íamos-nos cruzar e tu deves sempre olhar para os outros veículos. Mas como eu sabia que estava a abusar acusei o toque.
E na realidade para quê ir depressa se depois podemos demorar mais tempo a encontrar lugar de estacionamento, ou o Bastião demora mais tempo a fazer as coisas? É uma questão de poucos minutos, não vale mesmo a pena.
Hoje (quarta-feira) foi diferente. Saí ainda mais tarde de casa (acontece também sempre isso quando começo a trabalhar de casa) mas não fui depressa demais.
Também estava de chuva mas isso não costuma implicar andar mais devagar porque eu, ao contrário da maioria, costumo andar mais depressa com chuva (manias de street-racer com um FWD que aproveita o piso escorregadio para poder atravessar o carro como se fosse um RWD).
E a vir do trabalho para ir buscar o Bastião à creche até parei para deixar passar um cisne que atravessava a estrada. Sabem porque é que ele atravessava a estrada? Para chegar ao outro lado, certamente...
PS - Sim, o título é uma frase em holandês que espero esteja correcta (pelo menos traduz bem para outras línguas).
Estava mijado e com a agitação da troca de fralda não quis voltar a dormir e pediu leitinho. Viemos para a sala e lá fui ficando com ele meio a dormir, enquanto os minutos transformaram-se em horas.
E portanto, como é costume nestes dias em que o Bastião acorda cedo de mais, eram 9:00 e nós não estávamos sequer prontos para sair de casa. Já ia chegar atrasado à creche mas eu queria minimizar o atraso até porque ele perde actividades se chegar tarde (uma cantiga, a fruta e, se a Mireille está na mesma sala com os pequeninos dela, uma leitura de livro).
Assim sendo ia eu pela estrada fora um pouco mais depressa que o habitual.
Não sei se era por isso mas ao cruzar-me com uma senhora de bicicleta reparei que ela olhou para mim algo zangada. Apercebi-me que é a mesma cara que eu faço quando sou peão e vejo um carro a andar depressa demais, numa zona residencial com crianças, animais e outras coisas mais.
Quantas vezes já eu abanei a cabeça ou insultei o condutor que vinha depressa demais? E quantas vezes já eu fui depressa demais?
Eu tinha uma justificação, estava atrasado, mas não existe sempre uma justificação válida para o prevaricador? Que moral tenho eu para criticar qualquer gajo que veja a vir depressa demais se eu também de vez em quando vou depressa demais? Que moral tenho eu para me chatear se alguém protesta a minha velocidade excessiva quando eu também protesto quando sou peão, ou até mesmo outro condutor mas não tenho pressa?
A verdade é que reduzi a velocidade quando me apercebi disto. O olhar, que me pareceu acusatório, da senhora surtiu efeito e eu apercebi-me do meu erro. Se calhar ela nem estava a pensar nisso; se calhar aquela é a cara dela quando anda de bicicleta e calhou olhar para mim pois íamos-nos cruzar e tu deves sempre olhar para os outros veículos. Mas como eu sabia que estava a abusar acusei o toque.
E na realidade para quê ir depressa se depois podemos demorar mais tempo a encontrar lugar de estacionamento, ou o Bastião demora mais tempo a fazer as coisas? É uma questão de poucos minutos, não vale mesmo a pena.
Hoje (quarta-feira) foi diferente. Saí ainda mais tarde de casa (acontece também sempre isso quando começo a trabalhar de casa) mas não fui depressa demais.
Também estava de chuva mas isso não costuma implicar andar mais devagar porque eu, ao contrário da maioria, costumo andar mais depressa com chuva (manias de street-racer com um FWD que aproveita o piso escorregadio para poder atravessar o carro como se fosse um RWD).
E a vir do trabalho para ir buscar o Bastião à creche até parei para deixar passar um cisne que atravessava a estrada. Sabem porque é que ele atravessava a estrada? Para chegar ao outro lado, certamente...
PS - Sim, o título é uma frase em holandês que espero esteja correcta (pelo menos traduz bem para outras línguas).
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