Parece incrível mas já passou 1 ano desde que na Crimeia houve o referendo que ditou a sua anexação à Rússia. É curioso ver como eram apresentadas as opções: ou ir para a Rússia com um fundo azul como um céu limpo e glorioso, ou ficar na Ucrânia nazi e sofrer um futuro negro e manchado de sangue. Posta a escolha desta maneira até eu, forte crítico de todo o processo escolhia a Rússia porque há poucas coisas piores que o Nazismo!
Mas adiante, a Crimeia passou para a Rússia, entretanto apareceram movimentos similares no Leste da Ucrânia mas aqui Kiev interveio, bem ou mal e a coisa passou a ser uma guerra civil.
Do meu lado, seguindo a bitola oficial das chamadas potências democráticas, sempre considerei que havia mão do Putin em tudo isto.
O curioso para mim não era a negação disso de Moscovo e dos media por eles controlados, mas sim de ver bastante gente do lado de cá estar convencida dessa versão e imputar as culpas todas na UE, EUA e até mesmo Israel. E, tal como foi oficialmente anunciado pelo Kremlin, qualquer intervenção russa que aconteceu depois foi legitimada pelos actos e manipulações prévias dos países ocidentais.
Portanto admito que me deu particular gozo ler sobre a entrevista do Putin em que ele admite ter elaborado o plano para anexar a Crimeia semanas antes da realização do referendo. Portanto o plano foi pensado e entrou em marcha levando à situação toda final. As tropas que entraram na Crimeia e que não era russas, afinal eram, assim como o processo par ao referendo foi tudo manipulado por Moscovo para que assim acontecesse.
E obviamente, o repetir do processo no Leste da Ucrânia é um plano semelhante, pois é notório os mesmos passos. Também aqui houve um referendo estranho, com resultados combinados previamente, também aqui apareceram grupos armados que não são russos, mas afinal são. A diferença é que no Leste da Ucrânia surgiu uma resistência armada, as próprias forças armadas entraram no teatro e as tropas russas dissimuladas tiveram que se manter dissimuladas para não oficializar uma guerra entre Ucrânia e Rússia porque claramente não é isso que Putin quer.
Mas voltando à revelação de parte da verdade pelo Putin, eu pergunto-me agora o que dirão os defensores do Kremlin há 1 ano atrás.
Certamente continuarão a desculpar o Putin, com o argumento que o que ele fez, e continua a fazer, já foi feito pelos EUA muitas vezes antes, e agora acha-se mal porque os norte-americanos querem manter o exclusivo da manipulação geo-política internacional.
É verdade que os EUA já fizeram muita porcaria similar no passado e continuarão a fazer. E é correcto criticar-se isso. Mas não se pode pensar que se corrige esses erros ao permitir que outro antagonista faça igual. Eu sei que abrir-se precedentes leva a muita coisa, mas pecados anteriores realizados por outros não justificam que nós pecamos também.
Como se costuma dizer: dois errados não fazem um certo.
Mas adiante, a Crimeia passou para a Rússia, entretanto apareceram movimentos similares no Leste da Ucrânia mas aqui Kiev interveio, bem ou mal e a coisa passou a ser uma guerra civil.
Do meu lado, seguindo a bitola oficial das chamadas potências democráticas, sempre considerei que havia mão do Putin em tudo isto.
O curioso para mim não era a negação disso de Moscovo e dos media por eles controlados, mas sim de ver bastante gente do lado de cá estar convencida dessa versão e imputar as culpas todas na UE, EUA e até mesmo Israel. E, tal como foi oficialmente anunciado pelo Kremlin, qualquer intervenção russa que aconteceu depois foi legitimada pelos actos e manipulações prévias dos países ocidentais.
Portanto admito que me deu particular gozo ler sobre a entrevista do Putin em que ele admite ter elaborado o plano para anexar a Crimeia semanas antes da realização do referendo. Portanto o plano foi pensado e entrou em marcha levando à situação toda final. As tropas que entraram na Crimeia e que não era russas, afinal eram, assim como o processo par ao referendo foi tudo manipulado por Moscovo para que assim acontecesse.
E obviamente, o repetir do processo no Leste da Ucrânia é um plano semelhante, pois é notório os mesmos passos. Também aqui houve um referendo estranho, com resultados combinados previamente, também aqui apareceram grupos armados que não são russos, mas afinal são. A diferença é que no Leste da Ucrânia surgiu uma resistência armada, as próprias forças armadas entraram no teatro e as tropas russas dissimuladas tiveram que se manter dissimuladas para não oficializar uma guerra entre Ucrânia e Rússia porque claramente não é isso que Putin quer.
Mas voltando à revelação de parte da verdade pelo Putin, eu pergunto-me agora o que dirão os defensores do Kremlin há 1 ano atrás.
Certamente continuarão a desculpar o Putin, com o argumento que o que ele fez, e continua a fazer, já foi feito pelos EUA muitas vezes antes, e agora acha-se mal porque os norte-americanos querem manter o exclusivo da manipulação geo-política internacional.
É verdade que os EUA já fizeram muita porcaria similar no passado e continuarão a fazer. E é correcto criticar-se isso. Mas não se pode pensar que se corrige esses erros ao permitir que outro antagonista faça igual. Eu sei que abrir-se precedentes leva a muita coisa, mas pecados anteriores realizados por outros não justificam que nós pecamos também.
Como se costuma dizer: dois errados não fazem um certo.
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