... te bater à porta e quando abres entram 4 polícias pela casa adentro? Não, não é Impulse, é apenas o resultado de uma chamada para o 112.
Enigmático não é? Então alguém ligou para o 112 e a polícia entra-me em casa. O que aconteceu? Foi denúncia? Foi engano? Foi uma emergência?
Sim, foi uma espécie de emergência.
Agora posso contar que a Carolina já mencionou no blog dela e pelos vistos não vou ter de ser presente a tribunal pois não vieram cá mais.
E não, eu não cometi nenhum crime (naquele dia) nem abusei fisicamente ou verbalmente da família, quer dizer, eu abuso verbalmente muitas vezes mas talvez não o suficiente para ser acto criminoso. Assim eu espero...
Foi no Domingo passado. Sem grandes detalhes o pequeno Sebastião magoou-se na cabeça o que daria direito a uma nódoa negra, mas lembrou-se de adormecer pouco depois e sem acordar mesmo nós tentando. Isso assustou-nos, ficando a pensar se poderia ter algum traumatismo e depois de mais de 10 minutos à espera no telefone para o número que devemos ligar fora do horário do serviço do nosso médico de família, decidimos ir directos ao hospital. Mas com receio de ser recusado o tratamento (já ouvi dizer que isso acontece aqui quando vamos para as Urgências e é uma coisa normal eles mandarem-nos embora), liguei para o 112, para confirmar onde e se podíamos ir. Como era uma criança e ele estava ainda a dormir sem acordar, decidiram mandar uma ambulância.
Não contava eu era que a polícia viesse junto, aliás chegaram primeiro que eles são mesmo aqui ao lado.
E logo 2 carrinhas e 4 agentes ao todo. Eu ouvi a sirene e vi os carros aqui e pensei, sem perceber bem porquê, que se calhar era mesmo para mim, até porque vi o agente que saiu do primeiro carro trazer consigo uma bolsa, tipo de primeiros socorros.
Mas eles nem tocaram em baixo! Estava eu à espera disso mas de repente tocam directo na porta de entrada do apartamento e entram os quatro algo de rompante.
Eles vinham armados e tudo, portanto era agentes a 100%.
Admito que fiquei um bocado surpreso, até pela atitude deles, e comecei logo a indagar se teriam vindo sob suspeita de poder ser um caso de violência doméstica.
Todo o comportamento deles sugeriu isso. A entrada de rompante a olhar para todo o lado; perguntarem a mim e à Carolina em alturas diferentes o que aconteceu, e quererem ver com detalhe onde e como tinha acontecido a queda. Mas um deles trazia o kit e tratou de ver como estava o pequeno.
Ele já tinha acordado mesmo antes deles chegarem, a rir-se enquanto nós estávamos preocupados que ele pudesse ter alguma lesão das invisíveis mas graves.
Como ele estava a reagir normal eu estava já descansado, mas entretanto os polícias confirmam que a ambulância pode/deve vir e os paramédicos também acharam que ele deveria ir ser observado ao hospital, porque nunca se sabe e o miúdo não pode expressar o que sente em concreto.
Entretanto dei os meus documentos e número BSN daqui, assim como os do Sebastião, a um dos polícias que apontou tudo. Saímos todos para o pequeno ir de ambulância com a mãe até ao hospital mas eu tive de ir buscar o "ovo" para eles o colocarem lá.
Quando saímos o elevador vinha com vizinhos de cima, que foram instruídos a sair para nós entrarmos, e no R/C havia mais vizinhos para entrar. Portanto fui visto por alguns acompanhado da polícia e com a mãe a levar o pequeno para a ambulância.
Já estarei certamente rotulado como um criminoso, ainda para mais que sou estrangeiro.
Depois, veio a aventura seguinte, que é ver como funcionam as urgências de um hospital em Amesterdão, e o miúdo ter de ficar 24 horas internado na pediatria para observação.
Para ele foi uma espécie de férias. Teve polícias a vê-lo, para-médicos, andou de ambulância, várias pessoas a falar com ele, um médico interno a fazer-lhe um balão de 5 dedos a partir das luvas de látex, passar uma noite num quarto diferente e ter acesso a uma sala de brincar para aí com 90m2.
Ah e ter uma enfermeira e uma pedagogista para tomar conta dele e de só mais outra criança o tempo todo.
Coisas de país rico...
E quase sem dar por isso já estamos em Fevereiro. Ainda há "dias" estava a aterrar em Amesterdão pela primeira vez e já passaram 4 anos e 2 meses.
Ainda ontem estávamos a festejar o Natal e agora já terminou o primeiro mês de um novo ano.
Incrível não?
E eu estou com a pica toda. Depois de em 2014 ter escrito aqui muito mais (quase o dobro) dos outros anos mais produtivos, e dando uma média de mais de 2 posts por semana, só em Janeiro publiquei 23 textos! Dá mais de 4 por semana! Mais textos publicados num mês que todos nos anos de 2009 e 2010 combinados, e quase tanto como todos nos anos de 2008 e 2006.
A ver senão esgoto as energias e capacidade de escrita em pouco tempo...
Enigmático não é? Então alguém ligou para o 112 e a polícia entra-me em casa. O que aconteceu? Foi denúncia? Foi engano? Foi uma emergência?
Sim, foi uma espécie de emergência.
Agora posso contar que a Carolina já mencionou no blog dela e pelos vistos não vou ter de ser presente a tribunal pois não vieram cá mais.
E não, eu não cometi nenhum crime (naquele dia) nem abusei fisicamente ou verbalmente da família, quer dizer, eu abuso verbalmente muitas vezes mas talvez não o suficiente para ser acto criminoso. Assim eu espero...
Foi no Domingo passado. Sem grandes detalhes o pequeno Sebastião magoou-se na cabeça o que daria direito a uma nódoa negra, mas lembrou-se de adormecer pouco depois e sem acordar mesmo nós tentando. Isso assustou-nos, ficando a pensar se poderia ter algum traumatismo e depois de mais de 10 minutos à espera no telefone para o número que devemos ligar fora do horário do serviço do nosso médico de família, decidimos ir directos ao hospital. Mas com receio de ser recusado o tratamento (já ouvi dizer que isso acontece aqui quando vamos para as Urgências e é uma coisa normal eles mandarem-nos embora), liguei para o 112, para confirmar onde e se podíamos ir. Como era uma criança e ele estava ainda a dormir sem acordar, decidiram mandar uma ambulância.
Não contava eu era que a polícia viesse junto, aliás chegaram primeiro que eles são mesmo aqui ao lado.
E logo 2 carrinhas e 4 agentes ao todo. Eu ouvi a sirene e vi os carros aqui e pensei, sem perceber bem porquê, que se calhar era mesmo para mim, até porque vi o agente que saiu do primeiro carro trazer consigo uma bolsa, tipo de primeiros socorros.
Mas eles nem tocaram em baixo! Estava eu à espera disso mas de repente tocam directo na porta de entrada do apartamento e entram os quatro algo de rompante.
Eles vinham armados e tudo, portanto era agentes a 100%.
Admito que fiquei um bocado surpreso, até pela atitude deles, e comecei logo a indagar se teriam vindo sob suspeita de poder ser um caso de violência doméstica.
Todo o comportamento deles sugeriu isso. A entrada de rompante a olhar para todo o lado; perguntarem a mim e à Carolina em alturas diferentes o que aconteceu, e quererem ver com detalhe onde e como tinha acontecido a queda. Mas um deles trazia o kit e tratou de ver como estava o pequeno.
Ele já tinha acordado mesmo antes deles chegarem, a rir-se enquanto nós estávamos preocupados que ele pudesse ter alguma lesão das invisíveis mas graves.
Como ele estava a reagir normal eu estava já descansado, mas entretanto os polícias confirmam que a ambulância pode/deve vir e os paramédicos também acharam que ele deveria ir ser observado ao hospital, porque nunca se sabe e o miúdo não pode expressar o que sente em concreto.
Entretanto dei os meus documentos e número BSN daqui, assim como os do Sebastião, a um dos polícias que apontou tudo. Saímos todos para o pequeno ir de ambulância com a mãe até ao hospital mas eu tive de ir buscar o "ovo" para eles o colocarem lá.
Quando saímos o elevador vinha com vizinhos de cima, que foram instruídos a sair para nós entrarmos, e no R/C havia mais vizinhos para entrar. Portanto fui visto por alguns acompanhado da polícia e com a mãe a levar o pequeno para a ambulância.
Já estarei certamente rotulado como um criminoso, ainda para mais que sou estrangeiro.
Depois, veio a aventura seguinte, que é ver como funcionam as urgências de um hospital em Amesterdão, e o miúdo ter de ficar 24 horas internado na pediatria para observação.
Para ele foi uma espécie de férias. Teve polícias a vê-lo, para-médicos, andou de ambulância, várias pessoas a falar com ele, um médico interno a fazer-lhe um balão de 5 dedos a partir das luvas de látex, passar uma noite num quarto diferente e ter acesso a uma sala de brincar para aí com 90m2.
Ah e ter uma enfermeira e uma pedagogista para tomar conta dele e de só mais outra criança o tempo todo.
Coisas de país rico...
E quase sem dar por isso já estamos em Fevereiro. Ainda há "dias" estava a aterrar em Amesterdão pela primeira vez e já passaram 4 anos e 2 meses.
Ainda ontem estávamos a festejar o Natal e agora já terminou o primeiro mês de um novo ano.
Incrível não?
E eu estou com a pica toda. Depois de em 2014 ter escrito aqui muito mais (quase o dobro) dos outros anos mais produtivos, e dando uma média de mais de 2 posts por semana, só em Janeiro publiquei 23 textos! Dá mais de 4 por semana! Mais textos publicados num mês que todos nos anos de 2009 e 2010 combinados, e quase tanto como todos nos anos de 2008 e 2006.
A ver senão esgoto as energias e capacidade de escrita em pouco tempo...
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