Demorou 16 meses e meio...

... mas lá tive a primeira reacção realmente enojada. O impacto foi tão grande que tive de vir escrever quase em directo aqui no blog.
Os cocós deve vez em quando trazem um certo asco quando o cheiro é particularmente repugnante (o aspecto nem me faz assim confusão). Quando bolsava, apesar do cheiro igualmente complicado de lidar, nunca me causou celeuma. Mas não contava com o sucedido de há bocado.
Depois de uma tosse estranha que me despertou mas que não levou a verificação presencial porque ele calou-se, o miúdo acorda a chorar, e em sobressalto, passados 30 minutos mais coisa menos coisa.
Mal entro no quarto vem-me um logo um odor marcante e consigo notar coisas pela cama dele.
Um vómito monstruoso, praticamente espalhado por todo o lado e que teve direito a algum tempo para "apurar". Um cenário quase difícil de acreditar tendo em conta a idade tamanho do pequeno e a quantidade de substância expelida.
Cheiro nauseabundo espalhado por toda a roupa de cama, no colchão, no boneco dele, e nele próprio.
2 lavagens de cabeça depois e ainda se sente no cabelo dele. O quarto nem se pode entrar tal a fragrância...

Ele teve o seu primeiro vómito a sério, e os pais, os dois, iam vomitando a sério também à custa disso. Foi preciso muito esforço para segurar o estômago.
A parte 2 será amanhã de manhã, quando for altura de meter a lavar a roupa e arejar o resto do quarto (espero não ter de comprar outro colchão)...

Nota: Obviamente porque a descrição já pode ser repugnante o suficiente, não há imagem a adornar esta crónica.

Fim de estação, há que tomar atenção

Esta semana é um ponto de viragem. Oficialmente para esta malta aqui acaba o Inverno quando esta semana acabar. E tem-se notado isto.
Não que o tempo esteja espectacular, mas é evidente o aumento das horas de luz. Ainda há uma semanas acordava ainda era noite e saía do trabalho já escuro, e agora acordo e já é dia e quando saio do trabalho, mesmo depois das 18:00 ainda há luz.

E hoje que é sexta-feira as condições reuniram-se para termos um verdadeiro marco. A semana de trabalho (para a maioria) termina, vê-se céu azul apesar de agora estar pintado por algumas nuvens, o sol brilha aqui e ali. Vim de vidro aberto a aproveitar o ar fresco que refresca e depois de estacionar o carro ouvia os pássaros a chilrear. Que maravilha, deixou-me logo 200% mais bem disposto!

O único problema daqui para a frente é que tenho de tomar atenção. Tomar atenção às horas no final do dia. É que depois de vários meses habituado a só pensar em sair quando a noite se punha, se estiver a contar com a ausência de luz exterior arrisco-me a sair sempre tarde de mais.
Até se nota noutros colegas também pois não há pouco tempo eu ficava muitas vezes sozinho com este e aquele colega no andar das 17:00 em diante, e agora por vezes são 18:00 e isto ainda está animado.
Mas se ainda é dia lá fora, temos mais é que aproveitar. Devia sair cada vez mais cedo, ao invés de sair mais tarde...

Boca provocatória da noite

Não vou pedir desculpas por mandar esta boca, ou provocação no entender de alguns, até porque em final de Novembro de 2014 tive de ouvir muitas.
Agora como se costuma dizer, cá se fazem cá se pagam, mas obviamente esta minha boca vai ser uma ofensa para muitos que antes também "ofenderam" por igual, porque na realidade um pouco por todo o mundo e em Portugal em particular #SomosTodosCharlieExceptoQuandoGozamComOMeuClube

A única coisa que vou fazer é deixar apenas aqui no blog e não partilhar nas redes sociais para não ter que aturar com comentários menos abonatórios por pessoas que levam isto muito a peito. Mas quem ler e quiser partilhar está livre de o fazer.

Sabem porque é que o Sporting esteve 11 semanas a mais que o Benfica nas competições europeias?
Porque em 9 delas não houve jogos.

Filosofia de WC - III

Saberei eu o que é ser pai? Pergunto-me mesmo, saberemos nós o que é ser pai? Bastará o facto de termos gerado vida? Espero bem que não, que signifique algo mais, muito mais que esse simples acto que até pode ser irreflectido e o resultado acidental. Será que é ensinar e dar o exemplo aos nosso filhos? Será que é dar-lhes educação e valores? Ou é apenas amar os nossos filhos e partilhar experiências com eles?

Depois de puxar o autoclismo e lavar as mãos, vou dar um abraço e um beijo ao meu filho...

Electric Power

Isto vai levar com a etiqueta de Profecia, mas na realidade é mais uma constatação. Mas quero afirmá-lo publicamente em jeito de adivinhação, porque constatações do óbvio fazem parte do mundo da bruxaria e profecias.

Tinha começado pela contextualização histórica mas entretanto decidi fazer já a minha suposta profecia: Daqui por 5 anos no mínimo 40% dos carros novos vendidos na Europa terão potência eléctrica e andam com cabos atrás para carregarem, seja por serem 100% eléctricos ou híbridos plug-in.

Vamos então recuar 10~12 anos pois eu não sei ao certo quando escrevi uma outra profecia que se provou certa, mas era apenas uma similar a esta de agora.
Andava eu por um fórum, ou mais fóruns, relacionados com carros e tuning (do bom) na altura e escrevi numa thread qualquer que em breve os fabricantes teriam todos motores turbo a gasolina e de injecção directa mais eficientes e mais pequenos, do mesmo modo que tinham lançado motores turbo-diesel de injecção directa. Ou seja, na vez dos turbo-gasolina serem apenas destinados a versões desportivas, seriam generalizados para fazer o downsizing dos motores tornando-os mais eficientes e económicos , e isso faria com que a malta voltasse a comprar carros a gasolina.
E passada uma década ando eu numa carrinha familiar com um motor 1.2 turbo a gasolina de injecção directa, com perto do dobro da potência e binário do meu pequeno utilitário também 1.2 que foi o meu primeiro carro, mas a gastar pouco mais que esse primeiro carro, apesar de ser um bem maior e mais pesado. Apenas como curiosidade, dei à troca um 1.9 e um 1.6 ambos turbo-diesel de injecção directa quando comprei a actual carrinha.

Eu fiz a leitura certa na altura dos projectos dos novos motores dos construtores.
Tenho ideia que pouca gente concordou comigo quando eu escrevi isso lá no fórum, mas não é nada a que eu não esteja habituado.

Há uns anitos, talvez já aqui na Holanda ou pouco antes de ter vindo, também depois de ler os projectos futuros de alguns construtores europeus, afirmei que os híbridos eram uma solução intermédia e mais valia esperar pelos carros 100% eléctricos. Aqui talvez tenha-me enganado no prazo, pois um construtor que apostou mais nessa altura nos 100% eléctricos está a preparar versões híbridas para breve, mas alguns exemplos recentes e novos modelos anunciados reafirmam a minha teoria inicial e continuo a ver-me a comprar mais depressa um carro 100% eléctrico do que um híbrido.

A verdade é que já é comum um pouco por toda a Europa ver-se carros eléctricos. A sua utilização em muitos dos cenários normais do dia-a-dia é perfeitamente válida e eles são sem dúvida muito mais económicos na sua utilização. Motores eléctricos permitem até mais prestações e acho que já muitos notaram a rapidez com que um carro 100% eléctrico, mesmo utilitários como o Nissan Leaf ou Renault Zoe arrancam dos semáforos.
A Ferrari e a Porsche já utilizam potência eléctrica nos seus últimos super-desportivos. Isto não é o futuro, é o presente.
Mas a história do Tesla Model S é que para mim é a prova da validade destes carros, mas mais depressa em certos segmentos ou nichos do mercado, do que nos carros mais comuns (utilitários e compactos). Ainda vai demorar a ter-mos uma verdadeira alternativa eléctrica para os carros "pau para toda a obra", mas não tarda ela está aí.
O Tesla Model S foi o primeiro carro eléctrico a liderar as vendas de carros novos num mercado. Aconteceu na Noruega em 2 meses de 2013. Foi o carro que mais se vendeu de todos nesses meses, ponto final!
Sendo uma berlina de luxo, ele foi o 2° modelo mais vendido nesse segmento em 2014 na Europa, à frente do Audi A8, BMW Série 7 e Jaguar XJ. Só ficou atrás do Mercedes Classe S. Eu pessoalmente pelas dimensões considero que ele deveria competir num segmento abaixo, contra Audi A6, BMW Série 5, Mercedes Classe E e Jaguar XF mas na verdade não pode competir com as versões mais baratas desses modelos e para a Tesla compensa classifica-lo no segmento superior.
O Model S anuncia na versão mais cara, entre 400 e 500 km de autonomia e isto tendo um motor com 380CV (apesar de nalgumas especificações falarem em 420CV). Isto é suficiente para muitos casos de utilização diária.
É claro que deve ser difícil conseguir fazer os 500 kms que eles afirmam, sobretudo quando o carro é desportivo e pede velocidades elevadas. Mas também para a minha carrinha o seu construtor afirma que tem autonomia de 1100 km e eu quando consigo 900 já fico contente...

Há uns dias uma empresa sediada no Liechtenstein anunciou uma outra berlina desportiva eléctrica com 1000CV de potência e 800 km de autonomia. O carro será apresentado no Salão de Genebra. Muita gente acredita que isto é um golpe publicitário (os 800 km são 500 milhas, portanto números muito redondos) mas como eles falam de uma nova tecnologia de baterias é mais um passo para a equivalência dos carros eléctricos aos actuais com motores de combustão interna.
Uma dia destes surge no mercado um modelo familiar e espaçoso que permite fazer 600 km em auto-estrada a velocidades normais de cruzeiro com uma carga rápida de 30 minutos, ou então trocando o pack de baterias numa estação de serviço em 15 minutos, e nessa altura vai dar para fazer França-Portugal num só dia, à vontade e sem muitas paragens. E nessa altura lá vou estar eu a ver preços para comprar um (eu até já andei ver preços para o Tesla, quanto mais).
A minha profecia é que isto será realidade no máximo em 5 anos, acrescentado ao que profetizei em cima.

Depois disto é só arranjar soluções para o tratamento de baterias usadas e combater o aumento de emissões derivado ao aumento da produção de energia eléctrica...

O futebol explica o porquê

Fiz um paralelismo entre a política e o futebol na passada sexta-feira, e nestes dias tenho lido mais artigos de opinião, crónicas e outros comentários sobre o Dossier Grego (decide dar este nome ao tema geral da Grécia, Syriza, negociação com as instituições e o que vai resultar disto tudo, na Grécia e no resto da Europa).

Ainda não tinha percebido na totalidade o meu próprio génio ao comparar com o futebol. O facto do meu cérebro ter pensado nisso é sinal de uma coisa maior.
Isto porque muita gente se tem questionado porque é que em Portugal muitos outros se tornaram anti-Gregos e atacam o novo Governo de repente (um aparte: eu sou crítico e sobretudo céptico do que defendia (por alto) o Syriza mas fiquei contente que eles tivessem ganho, precisamente para ver o que vai sair deste dossier).

E na verdade isso é muito fácil de explicar. Eu próprio nunca poderei ser pró-Grécia. Não desde 4 de Julho de 2004. Não depois disto:

Eles ainda têm que saldar esta dívida para connosco, e até que isso aconteça, não há cá solidariedade com esta malta!

Afinal o desafio tem nome e é internacional

Há 2 dias atrás respondi a um desafio, que como foi feito pela cara metade não podia ser recusado. O outro motivo para aceitar o desafio é que eu adoro responder a perguntas e fazer outras. Como na versão do desafio que recebi as regras ditavam que tinha de desafiar seguidores, não deu para cumprir, pois só tinha 9 (agora tenho 10, apareceu um novo) e os poucos que têm blogs activos já tinham participado do mesmo.

Hoje recebi novo desafio, e uma versão em inglês, pois na realidade isto é uma cadeia internacional chamada Liebster Awards. E Liebster é uma palavra alemã por isso pode nem ter sequer origem num mundo anglófono. O blog que tem este nome até está em espanhol! É portanto uma grande salgalhada, não estivéssemos nós a falar de redes sociais...
Quem me desafiou foi Uma Susana no Mundo, pois ela foi desafiada também, tanto na versão "internacional" do desafio, como na versão portuguesa, a tal que eu já fiz.

Seguindo o meu hábito do ser do contra, eu não vou participar realmente deste novo desafio. Vou portanto romper com a cadeia, como muitas outras que recebo há anos, mas como gosto de responder a perguntas, vou responder às da Susana, e depois deixar as minhas, que vai ser tarefa fácil; serão as mesmas 10 que fiz da outra vez e acrescento uma nova.
Como ainda não tenho o meu blog em inglês, que é como quem diz o meu blog internacional (abre, espero eu, a 9 de Março), vou responder em Português. Depois farei a versão deste desafio no meu novo blog (que vai ter certamente dezenas, quiçá centenas, de seguidores fiéis).

Porque criaste um blog (Why you create a blog)?
Eu sempre gostei de contar histórias e de dar a minha opinião (detalhada) sobre muitos assuntos mas em 2005 fui em trabalho para o Japão e comecei a escrever crónicas regulares sobre as minhas experiências e aventuras, as quais enviava por e-mail para famílias e amigos. No ano seguinte estava em novo destacamento no UK e com mais tempo para dar largas à escrita criei o meu primeiro blog.
Qual o tema do teu blog (What is the subject of you blog)?
Eu na realidade tenho 3 blogs. O meu principal não tem tema. Chama-se Dissertações porque era esse o meu objectivo inicial, dissertar e opinar sobre qualquer coisa que me viesse à cabeça, mas também o uso para fazer crónicas da minha vida, falar um pouco mais de mim, ou simplesmente comentar as actualidades. O segundo que fiz (na realidade nasceram os 2 ao mesmo tempo) foi para publicar as crónicas do Japão. O terceiro é um projecto (que está em pausa neste momento) com outras pessoas, de partilhar 1000 fotos originais (tiradas por um de nós ou fornecida por um conhecido, não sacadas da net) de bicicletas.
Há quanto tempo tens o teu blog (How long you have your blog)?
Já respondi ali em cima, mas a data do primeiro post deste blog foi 5 de Maio de 2006, portanto tenho-o há 8 anos, 9 meses e 17 dias.
Escreves para quem (You write to who)?
Eu gosto de pensar que é para toda a gente, eu incluído. Na realidade é sobretudo para os meus amigos. Ah, e como ainda só escrevo em português é para os amigos de Portugal, apesar de ter descoberto em tempos que alguns colegas lêem o blog usando o tradutor (que na realidade funciona mal, ainda para mais com o meu estilo de escrita).
Porque saíste da tua terra natal (Why you move from your home town)?
Eu tenho várias terras natais. Nasci em França e saí de lá porque os meus pais mandaram-me para Portugal. Cresci em Sever do Vouga e saí para Aveiro primeiro para estudar e depois porque arranjei lá emprego. Saí de Aveiro para Amesterdão porque perdi o meu emprego e o primeiro que arranjei foi aqui! Mas desde finais de 2005 que queria sair de Portugal, só esperava a oportunidade certa (não tenho ou tive a coragem de outros que largaram tudo para procurar uma vida melhor).
Três coisas que adoras acerca das pessoas na tua nova cidade (Three things you love about the people in your new city)?
O facto de termos pessoas de uma enorme diversidade cultural; O falarem inglês mesmo quando dizem que falam um pouquinho; Acho que se responsabilizam mais (excluindo certos grupos) pelos seus actos e deveres.
Três coisas que detestas acerca das pessoas na tua nova cidade (Three things you hate about the people in your new city)?
Não sabem atender os outros; Muitos ciclistas pensam que podem fazer tudo e que têm sempre razão; Muito mais porcos (em termos de fazer lixo) do que eu achava possível num país destes.
Três coisas boas na tua nova vida (Three good thing about your new life)?
O meu filho que nasceu depois de ter vindo para cá (apesar de já estar planeado antes); Os novos amigos que se fizeram e fazem; Viajar.
Três coisas más na tua nova vida (Three bad things about your new life)?
Os amigos que deixei para trás; O não me sentir realmente integrado; A dificuldade em obter bons cuidados de saúde.
Três lugares que recomendas na tua nova cidade ou novo país (Three places that you recommend in your new city/country)?
O Rijks Museum em Amesterdão; Zaanse Schans; O Keukenhof e os campos de flores circundantes na Primavera.
Que país gostaste mais de visitar e porquê (What country you like most to have visited and why)?
O Japão. Não deu para passear muito pois trabalhava sempre mais de 10 horas de segunda a sábado, mas também permitiu conhecer o país, a cultura e as pessoas de outra forma que não se conhece quando se vai só em passeio.


E agora seria mais fácil nomear alguém pois não precisa de ser um seguidor. Mas tenho praticamente o mesmo problema, pois eu não sou um grande conhecedor de blogs, melhor dizendo, não acompanho regularmente muitos. Aqueles que acompanho já foram todos nomeados!
Como neste caso a nomeação inclui a atribuição do prémio (e uso da respectiva imagem) não posso fazer o convite aberto como fiz dantes
Se alguém quiser responder às minhas perguntas, pelos comentários eu fico agradecido. As primeiras 10 estão no desafio anterior e a nova pergunta é:

11. Os teus intestinos funcionam como um relógio ou de forma caótica?

Mas afinal quem representa quem?

Eu tinha Francisco Louçã como uma pessoa muito inteligente não obstante as suas ideologias políticas que diferem das minhas. Claro está que toda a pessoa inteligente afirma coisas mais estranhas de vez em quando e toda a inteligência do mundo não faz uma pessoa estar certa o tempo todo. Que o diga Stephen Hawking, considerado por muitos a pessoa mais inteligente de sempre e que pelos vistos admitiu que a sua anterior ideia sobre os buracos negros estará errada. Mais digo, assumir erros é sinal de superior intelecto.

Mas avançando. Louçã sendo um político não está a salvo da "clubite aguda" como acontece no futebol.
Na semana passada (dia 12 de Fevereiro) ele afirmou que o Governo grego do Syriza pela primeira vez representa os portugueses em Bruxelas, aliás afirmou mesmo "pela primeira vez, os povos da Europa têm quem os represente".
Isto na política é mesmo como no futebol. Quando ganha o nosso clube, no caso do Louçã a esquerda radical, existe verdade desportiva, quando ganha um clube rival é o "sistema" e outras coisas mais.
Para Louçã, tal como para o venerado Mário Soares, só existe democracia e representação dos povos quando ganha a esquerda.

Mas eu pergunto-me, e perguntaria ao Louçã se o conhecesse ou tivesse um meio de contacto directo com ele, porque é que o Governo eleito pelos Gregos representa os Europeus, mas os Governos eleitos por Holandeses, Alemães, Franceses, Dinamarqueses, etc, não?

Dissecando um pouco, o actual Governo grego é uma coligação; o Syriza recebeu um total de 2,246,064 votos, aos quais se somam os 293,371 votos do partido com o qual estão coligados (julgo que apenas o ANEL), o que significa que o tal governo que presenta os povos da Europa foi escolhido por 2,539,435 de eleitores europeus (os gregos).
A CDU de Angela Merkel foi eleita em 2013 por 18,165,446 de eleitores europeus (alemães); o PS de Hollande foi eleito em 2012 por 10,272,705 de eleitores europeus (franceses); o VVD holandês (social-democrata) foi eleito em 2012 por 2,504,948 de eleitores europeus (holandeses) e precisou também de se coligar para formar governo; o PP em Espanha foi eleito em 2011 por 10,866,566 de eleitores europeus (espanhóis). Até em Portugal, o actual Governo de PSD e CDS-PP foi eleito (soma dos 2 partidos) por 2,813,069 de eleitores europeus.
Porque é que a escolha destes pouco mais de 2 milhões e meio de europeus, que nem chega a 1% do total de eleitores da União Europeia (baseado nas eleições europeias de 2014), é que representa pela primeira vez todos os povos da Europa em Bruxelas?

Isto é o equivalente a dizer que o FC Porto só ganha os campeonatos por causa do sistema controlado pelo Pinto da Costa, ou que só quando o Sporting é campeão é que houve finalmente verdade desportiva no campeonato!
Ou então para Louçã somos todos Europeus, mas os Gregos que votaram Syriza, ou melhor os Europeus que votem na esquerda radical, são mais Europeus que os outros.

Fui desafiado ... e aceitei

Mas não foi pelo Facebook para fazer uma daquelas cenas meias parvas que a malta andou a fazer o ano passado.
Foi na blogosfera e foi pela esposa, e apesar de ser uma coisa de valor questionável eu aceitei. Uso este meme porque estou com uma barba de 2 semanas, por isso um aspecto meio jihadista como o apresentado neste.

Comecemos então pelas Regras do Desafio:

1. Responder a 10 perguntas que te foram colocadas
2. Nomear 3 a 10 seguidores (não podes nomear quem te nomeou)
3. Criar 10 perguntas para quem tu nomeares
4. Avisar os seguidores, que tu escolheste, com o link do post do desafio
5. Avisar quem te nomeou para que possa ver as tuas respostas ;)

Passemos agora ao dito cujo desafio.

As minhas respostas
1 - Uma personalidade que te marque?
Difícil, mas como a pergunta é no presente, vou dizer Ricardo Araújo Pereira, pois para além de ser um excelente e talentoso cómico nota-se que é uma pessoa muito inteligente e é do Benfica!
2 - Um livro?
Terá de ser o primeiro livro a sério que li que nem um maluco, The Talisman (O Talismã) de Stephen King e Peter Straub.
3 - Melhor série de Tv que viste e porquê?
Tenho de admitir que a primeira temporada do Lost foi a série que mais me deixou siderado. Mas como adoro o Family Guy, tenho de dizer que a melhor é o Breaking Bad, que foi a melhor coisa da TV depois do The Wire, como afirma Peter Griffin neste vídeo.
4 - Melhor viagem que fizeste?
Apesar da minha terceira visita à Itália ter sido espectacular porque deu para fazer road-trips de carro com a Carolina (que é das coisas que mais prazer me dá), a minha viagem ao Japão em 2005 (em trabalho) foi a melhor viagem até agora. Espero que quando visitar em turismo acompanhado seja ainda melhor, mas duvido que bata o primeiro impacto de conhecer aquela cultura.
5 - Um destino a ir?
Tenho que dizer os Estados Unidos. Adoraria fazer uma road-trip por alguns estados (já nem digo um costa-a-costa).
6 - Não sais de casa sem?
Nos dias de hoje parece precisamos de muita coisa para fazer seja o que for ou ir não importa onde, mas eu já saí de casa sem muitas delas, pois posso ir apenas dar uma caminhada ou levar o lixo. Quando li a pergunta respondi em voz alta "A pila", mas é uma parvoíce portanto a resposta tem mesmo de ser: roupa, por mais pouca que seja.
7 - Maior defeito?
Acho que tenho muitos mas aquele que gostaria mesmo de não ter é a inveja e/ou egoísmo (na minha opinião os 2 estão interligados).
8 - Maior virtude?
Dizer realista estará correcto? Acho que sou muito realista (e ciente) em relação às minhas capacidades e defeitos e aos dos outros, assim como funcionam as coisas no dia-a-dia e acho que isso é a maior virtude que me tem permitido safar bem até agora, numa panóplia de áreas muito diversas e distintas.
9 - O que te deixa feliz?
Outra difícil escolha. Vou ser egoísta neste aspecto: conduzir sozinho numa estrada com pouco trânsito de preferência mais revirada e com paisagem interessante.
10 - Doce ou salgado?
Adoro chocolate, mas numa mesa com petiscos doces e salgados vou quase sempre para os salgados, ignorando mesmo os doces.

Os seguidores que eu nomeio
Isto é complicado, pois só tenho 9 seguidores no blog e os que têm blogs públicos e activos já foram nomeados neste desafio. Apesar de ser contra as regras não nomeio ninguém porque não posso.
Deixo um convite aberto a quem me lê e tem um blog de aceitar o desafio.

As perguntas que faço a quem aceite o desafio (também podem responder nos comentários se acharem piada às perguntas):

1. Automóvel, motociclo, bicicleta ou transportes públicos?
2. Quando foi a última vez que viste um filme para adultos, vulgo pornô?
3. Já tiveste de andar à porrada alguma vez e se sim com alguém do mesmo género (sexo) ou diferente?
4. Já alguma vez sonhaste estar num local público (tipo escola ou trabalho) vestido de pijama (para mim é um sonho recorrente)?
5. Cerveja, vinho, bebidas espirituosas ou cocktails?
6. Achas que o ser humano foi feito para a monogamia ou ela é apenas uma condição imposta pela religião ou convenções sociais?
7. Achas que alguma vez serias capaz de dizer em voz alta e em público tudo aquilo que te passa pela cabeça (eu sei que eu não, nunca)?
8. Votarias no Syriza se eles concorressem às eleições no país onde moras/votas?
9. Qual o melhor restaurante, ou a melhor refeição num, que já experimentaste?
10. 2 palavras que usarias para me descrever?

Proteger-nos da nossa própria estupidez

Esta manhã ao deslocar-me do estacionamento para o edifício da IBM onde habitualmente trabalho, reparo, mais uma vez, num condutor que conduz o seu BMW com auscultadores brancos, sugerindo de um iPod, nos ouvidos. Não é a primeira vez que vejo disso por aqui na Holanda. E alias já em 2006 no Reino Unido reparei que alguns colegas de trabalho também entravam no estacionamento com auscultadores semelhantes nos ouvidos.
Ainda se poderia pensar que as pessoas fazem isso porque não tem rádios bons nos carros e precisam então de usar um leitor MP3 (seja em que variante for) para poder conduzir e usufruir das suas músicas favoritas. Esse argumento é valido não fosse a maioria das pessoas que vejo assim conduzirem carros de gama superior e recentes. Praticamente que é standard de há 5 anos para cá os sistemas de áudio dos carros terem um interface USB ou específico para um leitor MP3. E muitos carros de gama superior oferecem sistemas de áudio com imensas colunas e de fabricantes conceituados.
Por isso custa-me a entender a necessidade de se conduzir com os auscultadores nas trombas.

É que conduzir assim, anula ou reduz um dos sentidos que é também bastante importante na condução. Certo que é o mesmo que ir a conduzir com a música em altos berros, mas conduzir sem o sentido da audição parece-me contraproducente. Um condutor completamente alheio aos sons do próprio carro e dos outros que circulam na mesma estrada, aumenta os riscos para si e para os terceiros.
Eu digo mesmo que é estúpido.

E é por isso mesmo que existem muitas leis, tipo o Código da Estrada. Porque nós somos estúpidos e temos de ser protegidos da nossa própria estupidez.
Um gajo como o do exemplo da foto ali no canto, que pelos vistos foi uma situação real que aconteceu no Reino Unido, que acha que pode ir a usar um computador, o telemóvel e os 2 auscultadores nos ouvidos enquanto conduz, é estúpido e está a por-se em risco. Tem de ser protegido dele próprio, e sobretudo porque é um risco aos outros também.

Existe muitas regras difíceis de entender, e muitas vezes pensamos que servem apenas para dar dinheiro a alguém, mas ao pensarmos bem é mesmo como digo: proteger as pessoas burras que não tem consciência da gravidade dos seus actos e o risco a que se sujeitam.
Tal como as pessoas, com um conhecido meu, que andam sem cinto, e que pensam que é só uma regra estúpida para caçar multas. Ele tem sorte de nunca ter tido um choque frontal a uma velocidade mais normal. A maioria dos choques até a velocidades consideradas reduzidas podem causar danos graves e até mesmo matar quem não leva cinto de segurança. Até com airbag, que não pensem que o airbag salva alguma coisa (apenas ajuda a reduzir as lesões).
E pior ainda, a malta das motoretas e scooters que levam o capacete no braço ou só pousado no cima da cabeça. Uma queda até a 20 à hora e pode dar direito a lesão cerebral permanente. Agora é coisa que se vê menos, mas eu lembro-me de quando era mais novo e apareceu a lei da obrigatoriedade de usar capacete até nas motorizadas, muita gente levava-os ao braço apenas para cumprir a lei.
Como disse, as pessoas são estúpidas ao ponto de se sujeitar ao risco de morte e por isso a lei protege-os da sua própria estupidez, obrigando-os a tomar precauções sob risco de multa.
Infelizmente isso não impede pessoas como o meu conhecido de continuar a andar sem cinto quando dá as voltinhas na terrinha e se escandalizar com o desplante das autoridades de o quererem multar na sua própria casa...

Estas pessoas seriam candidatos ao novo prémio que criei hoje "Idiota da Semana" (mas em inglês que manda mais pinta e no Twitter) não fosse eu já o ter atribuído a um vizinho meu do 5° andar que vai buscar a correspondência à caixa do correio e depois deixa em cima do passeio as cartas que são referentes a publicidade.
Tenho de descobrir qual é mesmo a caixa do correio dele, para voltar a colocar a correspondência que ele deixar no passeio e para ser melhor, colocar a mesma referente a publicidade que estava na minha caixa do correio...

O novo "must have" num futuro próximo

Há uns tempos atrás ainda tinha uns seguidores fieis que chegavam mesmo a chamar-me de bruxo ou adivinho por fazer profecias sobre coisas a acontecer em breve, e que acertava em mais de 75% das vezes. Por essa razão comecei a intitular-me eu próprio de bruxo. Poderia ter usado profeta mas aí era abusar um bocado. Ainda para mais arriscava-me a ser considerado como um profanador do outro Profeta e depois lá tinha que aturar uns malucos quaisquer, nem que fosse apenas em comentários insultuosos e ameaças virtuais.

Mas avançando, temo que tenha perdido parte do meu culto seguidor. Talvez as opiniões menos populistas ou o constante "bater no ceguinho" sobre alguns temas da sociedade, não sei bem. Mas hoje, decidi que deveria iniciar uma nova rubrica, que é o mesmo que dizer utilizar uma nova etiqueta para marcar alguns posts que já fiz no passado, mas pretendo fazer regularmente daqui para a frente: de vez em quando vou fazer umas adivinhações, ou seja, uma profecias e depois daqui a uns meses ou anos podemos ver se sou mesmo bruxo ou não.

Portanto aqui vai a primeira oficial:
Depois da Bimby (e suas imitações) e da máquina de café Nespresso (e suas imitações), o novo gadget que vai inundar as cozinhas ou salas um pouco por todo o lado, mas sobretudo em Portugal (porque nós aderimos mesmo a sério a estas modas) vai ser esta máquina aqui:

Concordam ou acham que vai ser mais como a máquina de finos da Super Bock que não pegou realmente?

Nota extra (19-02-2015): Lembrei-me que a máquina poderia não ser destinada ao segmento doméstico e confirmei que realmente não é. Esta actual foi feita a pensar em hotéis, cafés e restaurantes e locais de trabalho (as empresas que têm maquinas de bebidas para o seu staff). Portanto esta aqui não será um must have, mas a minha aposta vai na versão "caseira" deste produto, que acredito que apareça, seja da Lipton (Unilever) ou doutra empresa...

805 milhões de nomes

O meu texto anterior fala das coisas más que continuam apesar dos dias de amor ou festa que deveriam trazer algo de bom.
Mas ao mesmo tempo que a porcaria continua pelo mundo, aparecem coisas boas. Apesar de relacionada com um outro mal que afecta todo o mundo, é na mesma uma coisa boa.

Enquanto em Copenhaga se atentava contra a vida das pessoas com balas de AK-47, Zlatan Ibrahimovic, jogador da bola sueco de origem sérvia bósnia e croata, num jogo em Paris marca um golo, tira a camisola e mostra o seu corpo tatuado com nomes. Esta é a razão.
...


Zlatan não fala de nenhuma nova calamidade; não é um herói nem santo por associar-se ao Programa Alimentar Mundial para combater a fome no mundo. Mas na realidade nós, pessoas vulgares, precisamos de acções de pessoas famosas, que são exemplo para muitos miúdos e até graúdos.
Infelizmente nós vamos seguindo com as nossas vidas e ignorando os (muitos) problemas deste mundo. Problemas para os quais nós podemos contribuir positivamente, de muitas formas.
O Zlatan contribuiu de uma forma excelente, dando visibilidade ao Programa e apelando a muitos de nós.
Eu não consegui ficar indiferente ao gesto e ao vídeo. Fiz uma doação imediatamente depois de ver o vídeo e aceder ao site que aparece no final.

Parabéns Zlatan, és um grande jogador da bola e também revelaste ter um gesto de gigante.

Nem amor, nem Carnaval...

Enquanto muita gente ontem pensava em programas românticos e em programas para o Carnaval, outros tinham ideias diferentes.

No Canadá (Nova Escócia) um jovem casal planeava cometer um assassínio em massa num local público e depois matarem-se. E estes eram norte-americanos (o homem do Canadá e a mulher dos EUA).

Em Copenhaga, passaram a vias de facto. De modo similar ao que aconteceu em Paris há pouco mais de 1 mês, atacaram um café onde decorria um evento organizado por Lars Vilks, que caricaturou o Profeta em tempos, e que seria o alvo do ataque. Depois mais tarde atacaram a sinagoga da cidade, matando um voluntário que fazia segurança da mesma.

Entretanto no Leste da Ucrânia entrou em vigor (mais) um cessar-fogo que poucos ou ninguém acreditam que vá durar muito.
O ISIS (ISIL) continua certamente a espalhar o terror pelo Levante, e o Boko Haram a fazer o mesmo pela África Ocidental.
Isto sem falar dos outros conflitos e actos de violência extrema que ocorrem regularmente por toda a parte.

E assim vai o mundo, mesmo que seja Carnaval e ninguém leve a mal...

Pito e Licoln a dobrar

Sendo hoje o Dia de S. Valentim, ou o Dia dos Namorados, era de esperar que houvesse um programa especial para o jantar como é habitual, mas o meu foi o resto do pito de churrasco do almoço com batatas fritas de pacote. Prontos, tinha também um resto de massa (do pequeno) que era dedicada ao dia, em formato de corações. Esse foi o meu jantar, o da Carolina não sei porque enquanto eu jantava estava ela no quarto do pequeno a adormece-lo, e depois enquanto ela jantava estava eu, mas a dormir já, no quarto dele.

De resto foi um dia realmente especial, a começar com uma ida ao posto médico ouvir anedotas. O médico até tinha piada, não fosse a Carolina estar quase a desfalecer. Se calhar era de tanto rir com as piadas que o médico dizia. Digo rir que era para não chorar. Mas por outro lado o médico até fez algo bem. Como quando uma pessoa se enerva e fica com raiva produz certas substâncias, a Carolina ficou melhor durante uns minutos.

O médico receitou longas caminhadas para curar a infecção pulmonar causada por um vírus (penso eu e ele assim o afirmou também), portanto à tarde lá fui dar uma volta com o miúdo, para deixar a mãe mais à vontade. Fomos ver uns gajos a jogar à bola e fui comprar uns bolos a uma padaria turca para o nosso lanche, uma vez que o miúdo lá adormeceu durante a voltinha, como é quase sempre costume. Já de manhã, para aí na quarta vez que o levei a ver os aviões, passou o tempo todo a dormir, como de costume. As minhas saídas com o meu filho a sós são sempre assim, eu a andar de carro ou a pé a ver as vistas e ele a dormir...

Mas voltando à caminhada, fez-me bem, mas não sei se ajudou a curar a infecção pulmonar porque quem a tem é a Carolina.
Espero que as rosas que lhe compramos (eu e o filho dorminhoco) tenham ajudado, nem que seja na disposição.

E pronto, depois do jantar especial romântico, estive a ver um filme também apropriado ao dia, o Lincoln. E agora estou a ver outro sobre ele, mas na versão caçador de vampiros que é muito melhor e pelo menos mete mais gajas, o que faz sentido no dia de S. Valentim.
Só falta mesmo é beber um Ballantine's mas como acho que é um scotch fraquinho (e tenho aqui melhor, mas não me apetece) vou é fazer outra coisa que gosto muito: comer chocolates Kinder e beber coca-cola...

Músicas que me dopam - I

É o mesmo que dizer que ouvimos ficamos cheios de energia e até raiva prontos para partir tudo, seja literalmente ou figuradamente. Tipo arrasar na tarefa que vamos fazer a seguir. É o equivalente aquele frasquinho de cheiro e pancadas nas costas que os treinadores dão aos gajos do halterofilismo antes deles ir tentar um levantamento...

Rage Against the Machine - Wake Up
Praticamente todas as músicas de RATM são para deixar um gajo preparado para guerra e com vontade de partir a loiça toda, mas esta tem um toque especial. É a que começa a tocar quando o Neo levanta voo na última cena do Matrix (o primeiro) e por isso é como se nos desse também super-poderes.
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Limp Bizkit - Break Stuff
Tinha que listar esta música, A letra diz tudo, é mesma a música certa para partir tudo e todos quando estamos em dia não. É um risco para um gajo chato ou armado em parvo aproximar-se de nós durante ou depois de termos ouvido esta música.
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Muse - Stockholm Syndrome
Como disse anteriormente, os Muse é aquela banda que me dá de quase tudo. Esta com o ritmo poderoso e constante e o riff enraivecido da guitarra (sobretudo no final) é como ligar-me directamente aos 220V. Quando acabo de ouvir estou pronto para me transformar na minha versão do Hulk, que é o Hélio ;)
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Rammstein - Feuer Frei!
Não vai ser a última vez que Rammstein vai ser listado nesta minha rubrica sobre músicas e eu. esta está por causa da letra (sobretudo a parte que dá o título porque eu pouco sei de alemão) e porque me dá mesmo vontade de queimar e destruir tudo ao meu redor quando a oiço. Aparece numa das cenas iniciais do primeiro filme Triple X (como se vê no vídeo que julgo não ser oficial) e a pirotecnia associada, com aqueles lança-chamadas disparados da boca, só torna a coisa mais lindamente assustadora.
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Metallica - St. Anger
Os grandes do Metal; inicialmente escolhi a Enter Sandman, mas a St. Anger tem mais energia e mais raiva, até pelo nome. Apesar do Lars não ser considerado um dos grandes nomes, apetece-me sempre ir decarregar a raiva acumulada para a bateria (que já não tenho) quando oiço este tema.
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System Of A Down - Sugar
O SOAD fazem a sua estreia nestas minhas listas, uma das minhas bandas favoritas. Sugar é das musicas mais indicadas para me dopar. Depois do fill-in da bateria inicial começa logo a arrebentar tudo. Nem sei bem o que a letra quer dizer, mas não me interessa.
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Ornatos Violeta - Chaga
É verdade, um musica portuguesa e daquela banda que para mim está para o rock português como os Nirvana estão para o mundial. Duraram pouco tempo, que me lembre ninguém meteu um tiro nos cornos, mas é das melhores coisas que já se fez em Portugal. A Chaga, talvez a música mais soft que aqui listo, tem a dose certa de carga emocional, o que é óptimo para dopar e ganhar a energia para mandar as outras chagas do dia-a-dia pro c*ralho.
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Mão Morta - Horas de matar
É preciso dizer mais alguma coisa? O nome da banda e o título dizem tudo. Como diz o Adolfo Luxúria Canibal: "Ultrapassado o limite do ultraje, toda a violência é legitima auto-defesa".
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O cabelo que fica a meio do caminho e se torna pêlo

Esta dissertação poder-se-ia também chamar A teoria da redução do cabelo capilar e subsequente aumento do pêlo corporal em função da idade, ou mais uma série de títulos pomposos. Era capaz de fazer uma longa dissertação só em torno do possível título.
Mas vou avançar no tema propriamente dito.

Sendo um problema que afecta a humanidade, e tanto indivíduos do sexo masculino como do sexo feminino, é um tema que tive de estudar. Fiz antes umas pesquisas no Google e Wikipédia mas fiquei insatisfeito com os resultados, pois a Wiki é parca neste tema, e o Google mostrou-me sobretudo fotos asquerosas.
Baseio-me então no conhecimento detalhado que tenho sobre o universo dos meus sujeitos de teste: eu, a minha esposa, o meu irmão, o meu cunhado e alguns outros amigos próximos com quem partilhamos estas confidências e receios.

Por norma com o avançar da idade a produção, ou renovação, do cabelo vai diminuindo. Nota-se cada vez mais, sobretudo nos homens, o aparecimento de entradas, ou falhas em zonas da cabeça. Aparentemente os cabelos perdem força.
Por outro lado, em vários homens, sobretudo aqueles que não eram muito peludos quando jovens adultos, começam a verificar um aumento da pelugem corporal, em diversas zonas como nos ouvidos, no nariz, no peito, nas costas, no cu e até mesmo na pila. Sim, no nosso órgão sexual, o nosso símbolo de virilidade e masculinidade (devo ter cometido um pleonasmo).
Correndo o risco de afastar possíveis interessadas em conhecer tão distinto membro, de há uns anos para cá tem aumentado o numero de pêlos que adornam o pinto. E não estou a falar dos pêlos no escroto, estou mesmo a falar no membro propriamente dito. E depois, como muita outra penugem, tal como as mulheres sabem bem, quanto mais se corta mais o matagal cresce.
A imagem não é bonita, mas é o que é.
Por outro lado espero ter atraído o interesse da população feminina em observar, e quiçá estudar, o agora peludo animal, por ser especial (um dos meus sonhos é ter metade do mundo a ver o meu mastro).

Mas porque raio é que ficamos com menos cabelo (na cabeça) mas mais pêlo (no resto do corpo)? Acho que o facto do cabelo ser uma extensão no topo explica muita coisa. Com total ausência de evidências científicas para além da gravidade, eu afirmo que o nosso corpo, uma vez terminada a conversão em idade adulta e atingida a maturidade física (a mental raramente lá chegamos, sobretudo os homens), perde força para empurrar os pêlos (cabelos são pêlos da cabeça) até ao topo. Do mesmo género que o ki e os chakras, a força para produzir kamehamehas e outras ondas de energia típicas das manga e anime, vêm do fundo interior, também a produção de pelugem é originária de lá. Está no nosso tronco, ali perto do estômago. Com o cansaço provocado por esta vida actual de pressão (social e profissional) e stress, ele tenta empurrar o pelo até ao topo, mas vai-se ficando pelo caminho (ouvidos, nariz, costas, peito). A certa altura perde mais controlo e envia também para baixo, daí aparecer mais pêlos no cu e o tal revestimento peludo no falo.
Por vezes, acontece sensivelmente pela mesma altura outro fenómeno de desregulação da produção do pêlo, que é a ausência de cor. Às vezes surge antes, outras depois, ou como no meu caso ao mesmo tempo que a perda de força para enviar para o topo. Como os pêlos sem cor são mais leves, esses ainda vão chegando à cabeça (necessitam de menos energia por isso chegam mais longe).

E é isto que nos afecta e dá cabo da auto-estima. O lento transformar de um gajo esbelto e com farta cabeleira, numa espécie de símio peludo e careca. Se a isso juntar-se a normal decadência do corpo, percebe-se porque o ser humano precisa de ser bem sucedido em termos de carreira e financeiramente para continuar a ser apelativo ao sexo oposto (sobretudo o atraente e com mamas grandes).
Como a minha esposa já tem afirmado várias vezes que quando assinou o contrato as condições eram outras (a frase é mais "não foi isto que comprei"), aposto as minhas fichas todas em arranjar possíveis alternativas pelo método da publicidade da verga. Depois deste texto, seguir-se-ão os meios multimédia referentes ao mesmo...

Só hoje vi o resultado

Ontem estive a ver o jogo na televisão que é coisa rara, porque normalmente a Carolina faz uma pergunta de retória, que é mais uma (in)directa: "Queres ver o jogo todo?".
Mas ontem não, deixou-me estar a ver a bola descansado, com o meu pai, talvez por ele estar também a ver ou por ela estar distraída a fazer coisas relacionados com o seu telemóvel novo.

Mas a verdade é que acabei por adormecer no sofá, quando ainda estava 0-0 e parecia que assim ia acabar. Talvez por estar a ser um jogo um pouco feio e na realidade não muito interessante. Por essa altura já o meu pai e a Carolina se tinham retirado da sala, para ir fazer outras coisas.

Quando acordei era já 1:00 e a TV já se tinha desligado. Ou foi automaticamente pelo longo tempo de inactividade, ou alguém veio à sala e desligou para me deixar dormir sossegado.
Resultado foi que fiquei sem saber o resultado.

Esta manhã vim ver na Internet, e fiquei a saber que só se resolveu mesmo no fimzinho. Ganhou a Costa do Marfim nos penaltis.


Mas é óbvio que também fui saber quanto ficou o dérbi lisboeta, que também ficou empatado mas como é do campeonato não foi a penaltis. Tentei ver esse pela net, mas o site falhava sempre quando era altura de fechar a publicidade que impede de ver o stream. Então desisti e concentrei-me em ver a final da Taça Africana das Nações, pois não havia grande coisa para ver nos outros canais.
Mas mais interessante que o jogo terá sido, sobretudo do ponto de vista de um Benfiquista, são as reacções nas redes sociais de uns e outros, e até de alguns portistas.
Por isso tive de tecer logo um comentário, pelo Twitter: Pergunto-me por vezes, quando toca ao tema da bola, se as pessoas acreditam mesmo no que dizem, ou dizem apenas "da boca para fora", para ajavardar.
As letras a negrito em cima é para identificar o que acrescentei agora aqui, porque os twits são como SMS no antigamente, limitados a 160 caracteres logo temos de abreviar.
Por acaso até já tinha a resposta mais provável a esta dúvida existencial quando twitei aquilo. A resposta encontrei-a num comentário do Luis Barneto, que para quem não conhece comenta o UFC na SportTV e somos "amigos" no Facebook: são paixões.

Um adendo ao que escrevi ontem

Quando partilhei a dissertação de ontem nas redes sociais, escrevi que o que fui observando durante as 15 horas que se passaram entre a altura que publiquei no blog e aquele momento, tinha-me permitido chegar a um outro pensamento: nós todos, pessoas normais e eu incluído obviamente, falamos ou opinamos demais sobre coisas que não percebemos realmente.

E tendo passado mais algumas horas desde que escrevi isso, observando o desenvolver das redes sociais sobre o mesmo tema essencial (Grécia, renegociação, a medida do BCE, etc), confirmo esse mesmo pensamento. E mais confirmo o que escrevi ontem quando citei o filósofo Viriato Soromenho Marques. Isto porque vejo pessoas a demonstrar opiniões num sentido e partilhando notícias que, no meu entender, vão em sentido oposto! E tem mais, mas não vale a pena estar a dissecar isto. É só um adendo...

Se o filósofo tem razão quando disse que temos "excesso de ignorância" e "défice de conhecimento", então isso explica a muitas bacoradas que todos (eu incluído) damos constantemente a tentar opinar sobre estas coisas complicadas que vão acontecendo por todo o mundo.
Mas se discordarmos dele (e eu fiquei sem saber no que ele se baseava quando afirmou isto porque nenhuma notícia aprofundou esta afirmação, só usaram como título e introdução porque mandava pinta) então eu tenho de reflectir sobre aquela história do fulano que vai na auto-estrada e ouve a notícia na rádio que vai um condutor em contramão, ao que ele comenta: "Não é um, são muitos!". Se calhar eu estou nesse mesmo carro...

A continuar assim até eu viro

Costumo dizer muitas vezes, sobretudo quando o nível da conversa desce e o interesse sobe, que não quer experimentar levar no cu porque depois sou capaz de gostar e viro gay. E gosto demasiado de mulheres para virar!

Apesar do risco existir, não acredito que mude de orientação sexual tão cedo, mas ao ler as sucessivas opiniões com partilha de notícias desde as eleições gregas, me parece que corro o risco de virar uma radical de esquerda. Normalmente o caminho é o inverso, a malta quando é nova é radical de esquerda, muitas vezes comunista acérrimo, mas depois cresce, entra no mundo do dinheiro e corrupção e vira um gajo sério de direita, ou socialista que é a mesma merda com outra fragrância.
Eu no meu caso, e como gosto de ser sempre do contra, se calhar vai ser ao contrário, pois nunca fui muito de me alinhar pela esquerda, talvez por ter crescido mais no Norte e interior onde se apregoava a ideia que os comunas comiam criancinhas ao pequeno-almoço (e afinal viu-se que era mais os socialistas a "comê-las" ao jantar) e um reduto laranja com tons de azul e amarelo.

Mas como digo, a malta anda em polvorosa desde as eleições gregas, que anunciam uma nova vaga de esquerda que vai varrer a Europa de Sudeste a ... Sudoeste pelo menos...
Para mim eu já nem sei bem o que pensar. Os gajos radicais que vinham rebentar com tudo estão a ser até bastante racionais e ponderados pelo menos no que toca ao mostrar o manguito à Europa e à Alemanha. Afinal o manguito é uma conversa séria e amigável, ou assim parece.
Mas a rainha alemã e as suas cortes é uma cabra do c*ralho e por isso já andam a mexer cordelinhos e as instituições europeias já estão a tratar de sabotar o trabalho positivo que os gregos querem encetar.
São (quase) todos um grandessíssimos filhos da p*ta.
Pelo menos é isso que transparece pelos títulos das notícias e pelos comentários e opiniões que as pessoas fazem nas redes sociais ao partilhar as mesmas.

Mas depois lê-se alguns, que não tenho tempo para ler todos, dos artigos partilhados e as coisas não parecem ser bem o que está anunciado. Por exemplo a última medida sabotadora do BCE, feita apenas por mesquinhez, afinal não parece ter tanto impacto real porque os bancos gregos continuam a ter acesso à linha de emergência, e um aumentar dos valores dessa mesma linha foi recusada porque o limite já tinha sido atingido antes.
Quer dizer, é verdade que cortar nas ajudas ou reduzir as mesmas é uma bela merda de assistência, mas por outro lado, não parece ser normal que hajam regras e limites nestas políticas financeiras?

Eu não sei, percebo alguma coisa de números mas não sou financeiro nem de economia. Costumo ler coisas variadas tentando (nem sempre é possível, tal como no futebol) reduzir o filtro das minhas próprias convicções para ter uma mente aberta, mas vejo muita coisa conflituosa nisto tudo.
A maioria das opiniões partilhadas vão num sentido, mas não costumamos nós dizer, tal como afirmou um gajo que agora pertence à filial portuguesa do Syriza que em Portugal existe "excesso de ignorância" e "défice de conhecimento"? Então nesse sentido a maioria das opiniões das pessoas comuns estarão erradas, certo?
E não acusamos também nós que os analistas e comentadores que costumam falar nos media, dizem sobretudo asneiras ou limitam-se a seguir as tendências actuais? Então o que os analistas andam para aí a opinar será treta, certo?

Continuo na expectativa. Ainda a procissão vai no adro e há muita coisa que pode acontecer. Tal como já escrevi (várias vezes até mas acho que só publiquei uma) ainda penso que vai correr mal, mas pelo menos vejo já coisas positivas por se ter eleito gajos diferentes do costume e afastado do poder os mesmos de sempre. Alguma coisa boa eles farão de certeza e pelo menos é preciso ideias frescas e diferentes para toda a Europa, que precisa de ultrapassar esta fase menos positiva; precisa da austeridade, eficiência e rigor dos povos mais a Norte, mas precisa também do calor, solidariedade, alegria e até irreverência mais comum nos povos mais a Sul...

Umas frases soltas

Ontem, enquanto esperava ansiosamente que o meu telemóvel ressuscitasse depois de uma experiência falhada em lhe carregar uma nova ROM (precipitei-me a fazer as coisas), tentei escrever 2 textos, verdadeiras dissertações entre política e uma das minhas muitas falhas de carácter.
Falando bom português estavam a ficar chatos para c*ralho e sem grande arte na escrita desisti. Ficaram nos rascunhos talvez para revisitar um dia destes (não posso é demorar muito senão perdem validade no contexto a que se referem).

Como acho que tenho de escrever qualquer coisa, deixo aqui umas frases soltas:

Desde este fim-de-semana que ficamos a saber quem ficou com o direito de ser a filial portuguesa do Syriza grego, ou Podemos espanhol. A luta poderia ter sido muita, porque praticamente todos os partidos de esquerda quiseram colar-se, mas acho que apenas um é que conquistou esse direito. É o Partido Livre ou a plataforma que construiram com outras organizações chamada: Tempo de Avançar (TDA para facilitar).


As grandes empresas, grandes mesmo e eu tenho experiência em 3 delas cada vez maiores, são tal e qual os países capitalistas e as máquinas do Estado. Os mandantes estão lá sobretudo para se governar, e a máquina burocrática é tão grande que impede mesmo das coisas serem feitas. E passados uns anos de gestão por verdadeiros políticos, precisam de um resgate...


Há muita manifestação de verdadeiro júbilo pela vitória do Syriza na Grécia da parte de vários Europeus. Eu também devia estar contente, não por ser a esquerda a ganhar mas por finalmente termos tido sangue novo a dar uma aviadela nos mesmos do costume, coisa que eu "peço" há alguns anos. Infelizmente eu ainda não consigo deixar de pensar que a coisa vai correr mal (em 2 dos 3 cenários que tracei) e por isso chegados a Setembro ou Outubro ninguém vai votar em alternativas com medo de sair pior a emenda que o soneto...


As pessoas gostam muito de participar em concursos e sorteios para ganhar algo, mas pelos vistos ninguém quer ganhar uma clutch grátis, feita à mão e artigo único, ideal para o dia dos namorados. Por exemplo gajos podiam participar para arranjar uma prenda para as esposas ou namoradas ou até para a paixão secreta. Tendo em conta o cenário actual que ninguém ainda participou, quem o fizer arrisca-se a ganhar porque é o único participante!
Sim, é preciso ter conta no Facebook e cumprir as regras do Give Away mas quem é que lê isto e não tem Facebook ou não percebe inglês?
Sinceramente não percebo; se calhar a malta pensa que é banha da cobra!


Não é a primeira vez que partilho isto, e acho mesmo que já o fiz no blog, mas todas as pessoas que percebem português deviam ver este vídeo pelo menos uma vez na vida:

E se de repente um desconhecido...

... te bater à porta e quando abres entram 4 polícias pela casa adentro? Não, não é Impulse, é apenas o resultado de uma chamada para o 112.

Enigmático não é? Então alguém ligou para o 112 e a polícia entra-me em casa. O que aconteceu? Foi denúncia? Foi engano? Foi uma emergência?
Sim, foi uma espécie de emergência.
Agora posso contar que a Carolina já mencionou no blog dela e pelos vistos não vou ter de ser presente a tribunal pois não vieram cá mais.
E não, eu não cometi nenhum crime (naquele dia) nem abusei fisicamente ou verbalmente da família, quer dizer, eu abuso verbalmente muitas vezes mas talvez não o suficiente para ser acto criminoso. Assim eu espero...

Foi no Domingo passado. Sem grandes detalhes o pequeno Sebastião magoou-se na cabeça o que daria direito a uma nódoa negra, mas lembrou-se de adormecer pouco depois e sem acordar mesmo nós tentando. Isso assustou-nos, ficando a pensar se poderia ter algum traumatismo e depois de mais de 10 minutos à espera no telefone para o número que devemos ligar fora do horário do serviço do nosso médico de família, decidimos ir directos ao hospital. Mas com receio de ser recusado o tratamento (já ouvi dizer que isso acontece aqui quando vamos para as Urgências e é uma coisa normal eles mandarem-nos embora), liguei para o 112, para confirmar onde e se podíamos ir. Como era uma criança e ele estava ainda a dormir sem acordar, decidiram mandar uma ambulância.

Não contava eu era que a polícia viesse junto, aliás chegaram primeiro que eles são mesmo aqui ao lado.
E logo 2 carrinhas e 4 agentes ao todo. Eu ouvi a sirene e vi os carros aqui e pensei, sem perceber bem porquê, que se calhar era mesmo para mim, até porque vi o agente que saiu do primeiro carro trazer consigo uma bolsa, tipo de primeiros socorros.
Mas eles nem tocaram em baixo! Estava eu à espera disso mas de repente tocam directo na porta de entrada do apartamento e entram os quatro algo de rompante.
Eles vinham armados e tudo, portanto era agentes a 100%.
Admito que fiquei um bocado surpreso, até pela atitude deles, e comecei logo a indagar se teriam vindo sob suspeita de poder ser um caso de violência doméstica.
Todo o comportamento deles sugeriu isso. A entrada de rompante a olhar para todo o lado; perguntarem a mim e à Carolina em alturas diferentes o que aconteceu, e quererem ver com detalhe onde e como tinha acontecido a queda. Mas um deles trazia o kit e tratou de ver como estava o pequeno.

Ele já tinha acordado mesmo antes deles chegarem, a rir-se enquanto nós estávamos preocupados que ele pudesse ter alguma lesão das invisíveis mas graves.
Como ele estava a reagir normal eu estava já descansado, mas entretanto os polícias confirmam que a ambulância pode/deve vir e os paramédicos também acharam que ele deveria ir ser observado ao hospital, porque nunca se sabe e o miúdo não pode expressar o que sente em concreto.

Entretanto dei os meus documentos e número BSN daqui, assim como os do Sebastião, a um dos polícias que apontou tudo. Saímos todos para o pequeno ir de ambulância com a mãe até ao hospital mas eu tive de ir buscar o "ovo" para eles o colocarem lá.
Quando saímos o elevador vinha com vizinhos de cima, que foram instruídos a sair para nós entrarmos, e no R/C havia mais vizinhos para entrar. Portanto fui visto por alguns acompanhado da polícia e com a mãe a levar o pequeno para a ambulância.
Já estarei certamente rotulado como um criminoso, ainda para mais que sou estrangeiro.

Depois, veio a aventura seguinte, que é ver como funcionam as urgências de um hospital em Amesterdão, e o miúdo ter de ficar 24 horas internado na pediatria para observação.
Para ele foi uma espécie de férias. Teve polícias a vê-lo, para-médicos, andou de ambulância, várias pessoas a falar com ele, um médico interno a fazer-lhe um balão de 5 dedos a partir das luvas de látex, passar uma noite num quarto diferente e ter acesso a uma sala de brincar para aí com 90m2.
Ah e ter uma enfermeira e uma pedagogista para tomar conta dele e de só mais outra criança o tempo todo.
Coisas de país rico...


E quase sem dar por isso já estamos em Fevereiro. Ainda há "dias" estava a aterrar em Amesterdão pela primeira vez e já passaram 4 anos e 2 meses.
Ainda ontem estávamos a festejar o Natal e agora já terminou o primeiro mês de um novo ano.
Incrível não?
E eu estou com a pica toda. Depois de em 2014 ter escrito aqui muito mais (quase o dobro) dos outros anos mais produtivos, e dando uma média de mais de 2 posts por semana, só em Janeiro publiquei 23 textos! Dá mais de 4 por semana! Mais textos publicados num mês que todos nos anos de 2009 e 2010 combinados, e quase tanto como todos nos anos de 2008 e 2006.
A ver senão esgoto as energias e capacidade de escrita em pouco tempo...