Eventualmente a maioria de nós pensamos que nós, os tugas, é que somos os
xico-espertos, os maiorais e aproveitamos sempre qualquer esquema para proveito
próprio ou enganar o sistema.
O andar nos transportes públicos aqui pela Holanda, sobretudo em Amesterdão e arredores, tem-me mostrado que o "xico-espertismo" existe em todas as culturas e nacionalidades. E se este povo "nortenho" é mais sério que os malandrecos dos primos do sul, não deixam de ter o seu lado "marginal".
Isto deve-se a como funciona os bilhetes para os transportes. Eles usam o que chama de OV Chipkaart, que é um cartão e não bilhete e no qual se tem de marcar a entrada e a saída. É equivalente ao Andante usado no Porto (para quem conhece).
Existem em diversos formatos, com validade temporal (1 hora, 1 dia, 1 semana) e os que funcionam por saldo (pagos pela distância). Eu uso os chamados cartões anónimos, e carrego para lá dinheiro (se bem que se quiser posso carregar um bilhete de dia ou semana no cartão). O sistema funciona registando a entrada e a saída, e ele calcula o preço da viagem. Se não marcar saída perco €4 (ou coisa parecida).
Se no metro marca-se obrigatoriamente à entrada e saída nas estações para poder passar as portas (ou torniquetes), nos trams e autocarros o check-in e check-out fazem-se em leitores como o da foto que estão junto às portas do veículo.
Aqui se calhar o vosso lado xico-esperto já pode estar a pensar que se nós marcamos já dentro do veículo se calhar podemos enganar o sistema de vez em quando. Pois é isso precisamente que vejo acontecer diversas vezes, sobretudo na saída, pois a entrada costuma ser feita perto do condutor (e do vendedor nos casos dos trams mais recentes) e eles costumam controlar. No entanto na saída, sobretudo quando vai muita gente, um gajo pode-se aproveitar. O aproveitar não é o não validar o cartão, pois como disse perdemos €4, mas sim validar mais cedo.
Aqui vê-se muita gente validar a saída na paragem imediatamente anterior aquela onde vão sair. Poupam uns cêntimos apenas por viagem, mas em muitas viagens todos os dias, já dá qualquer coisa.
Ou então fazem o que eu vi um gajo fazer ontem e que foi o maior golpe que assisti. Ele entrou pela porta da frente do tram (junto ao condutor) e marcou a entrada, e foi até ao meio do tram onde passou o cartão outra vez, fazendo uma saída. Como ainda estávamos parados, "saiu" no mesmo sítio logo não pagou nada (eu vi que nenhum valor tinha sido cobrado). Ele ainda estava no tram quando nós saímos, varias paragens após ele ter entrado, portanto o gajo deu um ganda golpe e fez uma viagem à borlix.
A questão será se quem faz isso são holandeses também ou só estrangeiros. O gajo parecia-me holandês e do que tenho visto no golpe mais habitual do marcar 1 ou 2 paragens mais cedo, todo o tipo de pessoas fazem isso. Todos menos aqui o tuga xico-esperto e a mulher.
Mas pronto em Portugal também não fugia aos impostos (seja lá o que isso for exactamente) portanto já era lorpa também...
O andar nos transportes públicos aqui pela Holanda, sobretudo em Amesterdão e arredores, tem-me mostrado que o "xico-espertismo" existe em todas as culturas e nacionalidades. E se este povo "nortenho" é mais sério que os malandrecos dos primos do sul, não deixam de ter o seu lado "marginal".
Isto deve-se a como funciona os bilhetes para os transportes. Eles usam o que chama de OV Chipkaart, que é um cartão e não bilhete e no qual se tem de marcar a entrada e a saída. É equivalente ao Andante usado no Porto (para quem conhece).
Existem em diversos formatos, com validade temporal (1 hora, 1 dia, 1 semana) e os que funcionam por saldo (pagos pela distância). Eu uso os chamados cartões anónimos, e carrego para lá dinheiro (se bem que se quiser posso carregar um bilhete de dia ou semana no cartão). O sistema funciona registando a entrada e a saída, e ele calcula o preço da viagem. Se não marcar saída perco €4 (ou coisa parecida).
Se no metro marca-se obrigatoriamente à entrada e saída nas estações para poder passar as portas (ou torniquetes), nos trams e autocarros o check-in e check-out fazem-se em leitores como o da foto que estão junto às portas do veículo.
Aqui se calhar o vosso lado xico-esperto já pode estar a pensar que se nós marcamos já dentro do veículo se calhar podemos enganar o sistema de vez em quando. Pois é isso precisamente que vejo acontecer diversas vezes, sobretudo na saída, pois a entrada costuma ser feita perto do condutor (e do vendedor nos casos dos trams mais recentes) e eles costumam controlar. No entanto na saída, sobretudo quando vai muita gente, um gajo pode-se aproveitar. O aproveitar não é o não validar o cartão, pois como disse perdemos €4, mas sim validar mais cedo.
Aqui vê-se muita gente validar a saída na paragem imediatamente anterior aquela onde vão sair. Poupam uns cêntimos apenas por viagem, mas em muitas viagens todos os dias, já dá qualquer coisa.
Ou então fazem o que eu vi um gajo fazer ontem e que foi o maior golpe que assisti. Ele entrou pela porta da frente do tram (junto ao condutor) e marcou a entrada, e foi até ao meio do tram onde passou o cartão outra vez, fazendo uma saída. Como ainda estávamos parados, "saiu" no mesmo sítio logo não pagou nada (eu vi que nenhum valor tinha sido cobrado). Ele ainda estava no tram quando nós saímos, varias paragens após ele ter entrado, portanto o gajo deu um ganda golpe e fez uma viagem à borlix.
A questão será se quem faz isso são holandeses também ou só estrangeiros. O gajo parecia-me holandês e do que tenho visto no golpe mais habitual do marcar 1 ou 2 paragens mais cedo, todo o tipo de pessoas fazem isso. Todos menos aqui o tuga xico-esperto e a mulher.
Mas pronto em Portugal também não fugia aos impostos (seja lá o que isso for exactamente) portanto já era lorpa também...
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