Dois apontamentos: pouco lixo e um erro a não repetir

Estou muito contente com a nossa produção de lixo aqui em casa. Mesmo estando todos em casa, na segunda-feira (dia em que vêm buscar o lixo normal, de 2 em 2 semanas) o meu caixote de lixo de 120 litros ia pouco mais de meio, pois tinha apenas lá dentro um saco de lixo de 60 litros (nós temos um balde de lixo fechado de 60L, dentro de casa) mais umas luvas, que ponho directo quando venho de fora, e um frasco com óleo alimentar, que aqui não conheço onde haja sítio para deixar o óleo usado. Já na sexta-feira (dia em que vêm buscar o lixo alimentar para ser usado para composto) da semana passada o caixote dos verdes, como o chamamos apesar do mesmo ser cinzento, foi quase vazio, mas foi na mesma para eles esvaziarem por causa agora do calor.

60L de lixo normal em 2 semanas e o caixote dos biológicos (onde pomos sobretudo restos de comida) quase vazio é para mim sinal de estarmos a fazer pouco lixo.

Quando viemos para cá tínhamos um caixote do lixo normal de 240 litros, o que aumentava o imposto municipal, e está agora mais que provado que o de 120L chega e sobra. Uma das razões de fazer menos lixo é que separamos papel, plástico e vidro, tal como já estávamos habituados em Portugal. E isso nota-se quando olho para os caixotes dos vizinhos, muitas vezes a abarrotar de lixo que nem a tampa fecha. Vejo papel, plástico e vidro!
Ora nós também fazemos muito desse lixo, e eu levo várias vezes aos ecopontos. Falta mesmo é reduzir o plástico que quanto menos lixo do outro fazemos, mais nos apercebemos do exagero. Mas é difícil porque na falta de lojas onde se compra avulso, muito do que compramos vem embalado em plástico. E agora que fazemos mais compras online ainda pior é, pois o supermercado usa sacos!
Pelo menos reutilizamos a maioria dos sacos que temos. Tudo o que for de plástico relativamente grande, server como saco para o restante plástico. Sacos mais pequenos, como por exemplo da fruta ou até mesmo aquele onde vem os pães que compramos para o Sebastião, servem para os cocós e xixis da Maggie e para o caixote pequenino que temos no WC. Tentamos reutilizar o mais que podemos, mas sem dúvida que é plástico a mais e sozinhos não dá, precisamos de leis que obriguem os produtores a usarem menos plástico.

O lixo está tratado, vamos lá falar do erro: quando entrei para a Atlassian cometi um pequeno erro. Só soube que o foi devido ao que aconteceu, na altura não achei que era erro e que estava a fazer o melhor dentro das possibilidades. Usei o primeiro mês para conhecer melhor a empresa e os colegas, e tentei ser minucioso no programa de formação que me foi dado. Isto ao contrário do meu colega Mohamed (Sírio com passaporte Checo) que entrou na mesma equipa no mesmo dia; ele era a despachar a formação para acabar primeiro. O resultado foi no meu entender que eu deixei uma impressão de ser lento e ele deixou a impressão de ser um gajo que trabalhava depressa e muito. Ao fim do ano não foi bem assim, mas quem foi corrido fui eu e ele lá ficou.

Agora não vou cometer o mesmo erro: as circunstâncias não são as mesmas e eu agora sou menos produtivo durante o dia (família toda em casa, pelo menos vários dias da semana) mas também por essa razão, e tal como acordado com o meu chefe, posso trabalhar fora de horas. E não vou permitir que a imagem seja que sou lento e/ou trabalho pouco. Tenho de fazer um esforço extra e acabar a formação o mais rápido possível, de preferência antes do colega que entrou ao mesmo tempo. E como vamos continuar a trabalhar de casa durante mais uns meses, não há o tempo gasto a conhecer colegas no escritório e pequenas conversas de corredor e assim, eu posso sempre "compensar" durante a noite. Tem de ser, desta vez tenho de criar uma imagem melhor do que sempre criei pois até na IBM onde estive sempre no topo desde o primeiro ano, havia um outro colega que conseguiu fazer passar a imagem de ser o mais trabalhador...