Discos Pedidos (ou Mais Uma Dissertação Minha Que É Fixe, Como É Normal)

Ao fim de 22 semanas volto a escrever aqui porque voltou-me a vontade de fazer coisas, como escrever, mas sem saber bem o que escrever decidi perguntar no Facebook, à minha rede de malta que falta Português, sobre o quê queriam que eu escrevesse. Não me querendo repetir, mas repetindo, foi isto que publiquei:
Queria voltar a escrever pois redescobri a vontade de fazer coisas agora que estou no meu último mês deste ciclo que começou há 8 anos, 3 meses e 4 dias.
(...)gostariam que escrevesse sobre o quê?

A Carolina foi logo a primeira a comentar e sugeriu o tema Economia Doméstica. É realmente um tema interessante; eu já escrevi sobre economias caseiras como um estudo económico da nossa Megane (que ficou por completar) ou textos sobre os custos energéticos da habitação (basicamente são os textos com a tag Dinheiro). Poderei falar de como agora com uma casa gastamos um pouco mais de electricidade mas curiosamente muito menos para o aquecimento, ou como se consegue poupar nas compras tendo um plano de refeições semanal. Mas na verdade o tema da Economia é um bocado selvagem para ser (completamente) domesticado por isso não sei quando dissertarei especificamente sobre este tema.

Seguiu-se a Vera que me pede para falar de Desigualdade de Género. Esta sugestão da Vera é daquelas coincidências quase extraordinárias. Eu nessa manhã estava a pensar que deveria escrever algo neste tema e pensei na Vera porque foi quando li uma vez um texto no blog dela que me apercebi que realmente ainda hoje as mulheres são obrigadas, mesmo que por vezes inconscientemente, a fazer cedências ou a evitar coisas por causa precisamente da desigualdade de tratamento que existe ainda na nossa sociedade. Ainda por cima o timing é brutal porque a hora que isto for publicado já estarei no dia 8 de Março, o Dia Internacional da Mulher! Já escrevi (pelo menos) 2 textos que abordam um pouco o tema, este aqui e este outro, mas como apareceram sobretudo por causa do Dia da Mulher, acho que devo realmente dedicar uma dissertação exclusivamente ao tema da Desigualdade de Género, nem que seja só a minha opinião.

A Cristina limitou-se a dizer "As tuas dissertações normalmente são fixes" o que serviu de inspiração para o sub-título (ou título alternativo) deste texto.
E já agora sabem porque é intitulei o mesmo de "Discos Pedidos"?

O Paulo, que agora é vereador na nossa terrinha, perguntou-me se eu ia regressar a Portugal. A pergunta foi causada certamente pelo meu comentário do fim de ciclo, mas não. Não penso regressar a Portugal tão cedo. Aliás, explorando este tema, Regresso a Portugal, posso mesmo dizer que não só não penso como não quero. Se tiver de sair dos Países Baixos procurarei outro país qualquer para ir. E confesso-vos, com muita tristeza minha, que desde que saí, Portugal parece estar pior e não melhor. Talvez eu esteja a sofrer de uma condição que afecta quem emigrou mas desapontamento é um dos sentimentos que mais me assombra quando visito, e depois regresso, a Pátria Lusa...

O Daniel pegou no comentário do Paulo e na minha resposta para fazer 3 de rajada sobre o assunto: que fim de ciclo é este que eu referi. Ele perguntou se ia mudar de país (Não), se ia fechar a minha conta do Facebook (também não) ou se ia mudar de emprego. Não foi necessariamente nesta ordem, mas ordenar assim dá-me jeito porque mudar de emprego é realmente o que origina o fim de um ciclo e o começo de outro. Esta situação dá para fazer uma boa dissertação, quer dizer, até mais que uma pois terei de partilhar mais tarde ou mais cedo uma estória caricata relacionada com a situação. Mais um "disco pedido" que terei de tocar...

Depois veio o Mestre Cravo, através do seu alter-ego Zeca Mello, tecer uns comentários. O primeiro foi um conselho: "Pessoalmente não te aconselho a escrever sobre os temas habituais nem sobre novos temas, antes pelo contrário.". Isso quer dizer que tenho de arranjar um tema velho qualquer mas que não seja habitualmente dissertado. É um bom desafio. Mas ele lançou-me 2 desafios relacionados com o episódio bíblico da Arca de Noé:
Uma vez que as águas subiram até cobrirem toda a terra, é de supor que tudo fosse apenas um mar salgado. Nesse caso Noé terá levado um casal de cada espécie de peixes de água doce na arca. De que seriam feitos os aquários e como distinguiam eles os peixes das peixas?
Na altura só pensei que a resposta era a mesma que eu dei para a outra pergunta que ele fez (já escrevo depois) mas depois lembrei-me que tem uma explicação. Não é garantido que o Noé tivesse na arca peixes de água doce, apesar de que esta malta que gosta de assentar casa em sítios estranhos como barcos (tal como o Chanquete da série Verão Azul) gosta de ter aquários em casa. O Cravo esqueceu-se com o tempo das lições da catequese e como a Arca do Noé ao fim de algum tempo encontra terra. Essa terra foi a que Deus deixou incólume e é de lá que originaram a maioria dos peixes de água doce que se misturaram também com os de água salgada porque os peixes ao contrário de nós praticam a Igualdade de Género. Mas pode não ter sido Deus que deixou essa terra, mas sim os Aliens. Aliens, ou ETs, que são a resposta para a segunda pergunta do Zeca Mello: "como se reproduz um casal de viados?"

Entre o conselho e as perguntas do Cravo veio outro Daniel, o Kamar da Gafanha, a pedir para eu "fazer uma dissertação sobre como conduzir um Ax com 3 rodas". Mas eu não posso pois quem conduziu o AX com 3 rodas foi precisamente o Cravo. Mas posso partilhar o vídeo que pus no YouTube há mais de 12 anos, basta carregar aqui. E se quiserem ver como reage um outro condutor quando mete o AX com 2 rodas no ar, vejam este outro vídeo.

O Manuel Capela foi o "ouvinte que ligou" a seguir, e sem grande admiração disse que o que interessa é falar do Benfica. E olha que timing, Capela, já viste? Num dia estamos contentes porque derrotou o FC Porto no Dragão assumindo assim a liderança da Liga, mas logo depois perde-me com uma equipa croata que mesmo não sendo um resultado decisivo, era escusado. É assim a vida de adepto de futebol...

E por fim, já com o programa a acabar, o Hugo, que para mim será sempre o Zero, quis contrariar conselho do Mestre Cravo e disse-me para falar de telemóveis, de preferência partidos. Como podem imaginar isto é um dos temas novos ainda por cima habitual (toda a gente quer opinar sobre Telemóveis). Mas não vou mesmo dissertar sobre isto. Talvez se prestar atenção ao Festival da Eurovisão diga qualquer coisa, mas o mais certo é dizê-lo noutra plataforma. Posso é acrescentar que há dias deixei cair o telemóvel ao chão mas felizmente não partiu, só ficou um cadito quinado...

E a foto de cima? É apenas uma montagem de fotos dos miúdos que tirei com o telemóvel (cá está, ligação ao parágrafo anterior conseguida) desde Novembro até agora.