Hoje começo a minha última semana de mais um ciclo, ou mais uma etapa, da minha vida. A última semana a fazer o mesmo trabalho que me trouxe de Portugal para a Holanda. Foram 2 empresas diferentes, 2 agências diferentes, 2 escritórios diferentes e até mesmo 2 municípios diferentes (a morar). E foi também durante esta etapa que nasceram as minhas 2 crianças...
Mas agora está quase a acabar e se as coisas do lado pessoal não são para mudar, as do lado profissional sim, e espero que novamente mude para melhor.
Por motivos que mais tarde (outro dia) explicarei, não vou aqui dar detalhes sobre a nova etapa que se avizinha.
Quero mesmo é dizer como este virar de página me relembra o anterior virar de página que tive no Verão de 2010. Escrevo Verão porque quando saí da NEC, entre licença matrimonial, férias por gozar e dias de direito para procura de emprego trabalhei poucos dias num período de 3 meses.
Nessa altura sentia-me leve, livre de todo o peso de 14 anos e 3 meses de vivência profissional, e por isso quase sempre bem disposto e basicamente a ajudar os colegas o mais e melhor que podia, mesmo estando de saída.
Agora está a acontecer o mesmo: estando a "limpar o posto de trabalho" vejo-me com pouco para fazer e por isso estou a ajudar os meus colegas tanto os de aqui como os outros espalhados pelo mundo.
E acima de tudo sinto-me leve e livre, não porque antes estivesse numa prisão mas porque sinto-me preparado para fechar este livro e começar outro.
Existem outros paralelismos entre agora e 2010.
Em 2010 eu estava decido a sair naquela altura, tanto da NEC como de Portugal, mas não sabia para onde, país, cidade ou empresa.
Neste ano eu não estava decidido a sair agora já, mas sabia que não queria sair da área (quanto mais país) e sabia para que empresa queria ir trabalhar.
Parece o oposto mas o paralelismo está em que a oportunidade de vir para a Holanda caiu-me quase no colo em 2010 ao passo que a altura exacta em que saio, e que contribui em larga escala para o futuro, também resultou literalmente duma queda!
E pegando neste tema da chance, costuma-se dizer que certas pessoas atraem a sorte. Em 2010 e agora em final de 2018 certas coisas aconteceram um pouco por sorte, ou melhor dizendo, não foram factores que eu pudesse controlar. Um colega fazer-me encaminhamento de um e-mail com uma oferta de emprego ou a tal decisão de não renovar contrato e a tal queda que definiu o mês em que saía.
Mas tal como disse o Kyle Reese no filme The Terminator: There's no fate but what we make for ourselves. Certas oportunidades surgem por acaso ou sorte mas nós temos todo o controlo sobre o que fazer com elas. E nesse aspecto eu sei que controlei o desenrolar dos acontecimentos uma vez eles caídos no colo.
Na verdade a sorte acontece mas também se procura, e tal como terá dito Virgílio: audentīs Fortūna iuvat.
Sorte/timming é um factor mas o que pesa mais é o teu trabalho, esforço e dedicação! Porque se vais esperar que as coisas te caiam no colo sem teres de fazer nada não vais a lado nenhum...
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