Uma pessoa que fala várias línguas durante o dia começa a partir de certa altura a pensar também em várias línguas. Nos dias de hoje, com o inglês a estar presente no dia-a-dia de muita gente, seja na música, nos filmes e séries ou a navegar pela Internet acredito que já muitas pessoas pensam em inglês também mesmo não falando a língua durante o dia.
No meu caso, o inglês já faz parte do meu dia-a-dia há mais de 20 anos, mas não só. Como nasci em França e ia lá de vez em quando, o francês também se tornava presente aqui e ali. E uma coisa que nos acontece quando estamos rodeados por outra língua é que começamos também a pensar nessa língua.
Eu penso várias vezes em inglês. Quando uso o francês mais vezes, seja em e-mails ou a conversar com os meus colegas francófonos, dou por mim a pensar também em francês.
Por isso é que fico contente que comece já por vezes a pensar também em holandês. Significa que me sinto mais identificado com a língua e que ela já faz mais parte do meu dia-a-dia.
Parece estranho que isso só esteja a acontecer ao fim de mais de 6 anos a morar aqui, mas como já falei muitas vezes (acho eu) tem custado imenso aprender o holandês, pois não o uso no trabalho e praticamente em todo o lado falam inglês connosco (ou seja falta a necessidade para aguçar o engenho). Mas o ter de falar com as educadores na creche em holandês ajudou a libertar algumas barreiras e por isso dou por mim a perceber cada vez mais da conversa dos outros em holandês e a formular frases mais complexas e completas.
E também de vez em quando estou a pensar em holandês.
Como aconteceu nesta terça-feira, onde estive umas horas ao telefone com uma mulher que trabalha para o IRS nos EUA (os Impostos) que estava com um problema grave e já estava a trabalhar há mais de 12 horas para tentar resolver. E já estava num telefonema de quase 4 horas com um colega chinês baseado na Austrália (a globalização é linda) e eu tive de entrar nessa chamada e continuar eu por mais umas horas (mas lá consegui convencê-la a desligar e eu ir ligando mais tarde).
Completo esta história lateral dizendo que resolvi-lhe o problema e é provável que tenha deixado a mulher contente e milhões de americanos tristes pois os Impostos estavam novamente a funcionar.
Mas fiz este desvio todo só para dizer que não consegui ir almoçar à cantina por estar ao telefone com a americana e só lá para as 14:30 desci à cafetaria e ainda arranjei uma sandes não ranhosa para comer.
E para compensar a refeição mais foleira decidi ir à maquina das bebidas comprar uma Coca-Colinha (Zero que ando a cortar no açucar). Foi aí que me pus a pensar em holandês sem reparar nisso.
Se já abriram a imagem do canto superior esquerdo, repararam que a mesma é sobre a forma de dizer os número em holandês. Tal como no alemão quando chegamos às casas das dezenas, as unidades dizem-se primeiro, portanto 21 diz-se "um e vinte" (een-en-twintig).
Na máquina a lata da Coca-Cola Zero estava na posição 53, só que eu estava a pensar em holandês e por isso pensei "drieenvijftig" (três e cinquenta) e automaticamente marquei 3+5. Portanto não me saiu nenhuma Coca-Cola Zero mas um chocolate da Milka!
Lá tive de marcar outra vez e pagar novamente para a lata da desejada Coca-Colinha, portanto concluí que pensar em holandês pode-me sair caro.
No meu caso, o inglês já faz parte do meu dia-a-dia há mais de 20 anos, mas não só. Como nasci em França e ia lá de vez em quando, o francês também se tornava presente aqui e ali. E uma coisa que nos acontece quando estamos rodeados por outra língua é que começamos também a pensar nessa língua.
Eu penso várias vezes em inglês. Quando uso o francês mais vezes, seja em e-mails ou a conversar com os meus colegas francófonos, dou por mim a pensar também em francês.
Por isso é que fico contente que comece já por vezes a pensar também em holandês. Significa que me sinto mais identificado com a língua e que ela já faz mais parte do meu dia-a-dia.
Parece estranho que isso só esteja a acontecer ao fim de mais de 6 anos a morar aqui, mas como já falei muitas vezes (acho eu) tem custado imenso aprender o holandês, pois não o uso no trabalho e praticamente em todo o lado falam inglês connosco (ou seja falta a necessidade para aguçar o engenho). Mas o ter de falar com as educadores na creche em holandês ajudou a libertar algumas barreiras e por isso dou por mim a perceber cada vez mais da conversa dos outros em holandês e a formular frases mais complexas e completas.
E também de vez em quando estou a pensar em holandês.
Como aconteceu nesta terça-feira, onde estive umas horas ao telefone com uma mulher que trabalha para o IRS nos EUA (os Impostos) que estava com um problema grave e já estava a trabalhar há mais de 12 horas para tentar resolver. E já estava num telefonema de quase 4 horas com um colega chinês baseado na Austrália (a globalização é linda) e eu tive de entrar nessa chamada e continuar eu por mais umas horas (mas lá consegui convencê-la a desligar e eu ir ligando mais tarde).
Completo esta história lateral dizendo que resolvi-lhe o problema e é provável que tenha deixado a mulher contente e milhões de americanos tristes pois os Impostos estavam novamente a funcionar.
Mas fiz este desvio todo só para dizer que não consegui ir almoçar à cantina por estar ao telefone com a americana e só lá para as 14:30 desci à cafetaria e ainda arranjei uma sandes não ranhosa para comer.
E para compensar a refeição mais foleira decidi ir à maquina das bebidas comprar uma Coca-Colinha (Zero que ando a cortar no açucar). Foi aí que me pus a pensar em holandês sem reparar nisso.
Se já abriram a imagem do canto superior esquerdo, repararam que a mesma é sobre a forma de dizer os número em holandês. Tal como no alemão quando chegamos às casas das dezenas, as unidades dizem-se primeiro, portanto 21 diz-se "um e vinte" (een-en-twintig).
Na máquina a lata da Coca-Cola Zero estava na posição 53, só que eu estava a pensar em holandês e por isso pensei "drieenvijftig" (três e cinquenta) e automaticamente marquei 3+5. Portanto não me saiu nenhuma Coca-Cola Zero mas um chocolate da Milka!
Lá tive de marcar outra vez e pagar novamente para a lata da desejada Coca-Colinha, portanto concluí que pensar em holandês pode-me sair caro.
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