segunda-feira, abril 20, 2015

Termóstato avariado

É uma coisa que digo, e a Carolina também mo diz, repetidas vezes. Curiosamente parece que nunca o escrevi aqui, o que é estranho pois eu costumo me repetir imensas vezes, e nem sempre é de propósito (a repetição é uma das técnicas essenciais da comédia). Ah, caso não tenham entendido o que eu costumo dizer é o que está no título, que tenho o termóstato avariado. Estou a falar do meu não o da casa ou do(s) carro(s).

Isto deriva das inúmeras vezes em que fico cheio de calor sem razão aparente. Parece aliás que tenho afrontamentos, o que não era impossível de todo tendo em conta o quão próximo estou por vezes do meu lado feminino (e ando com tiques de gaja nos últimos dias).
É que fico mesmo a suar, às vezes em bica sem conseguir arrefecer sem sentir uma brisa fresca por largos instantes directamente na pele. E isto independentemente da temperatura.

Acabei por passar por mais um caso destes e como escrevi antes que "ou é no momento ou já não é mais", cá estou a expandir. Não foi propriamente no momento pois ainda fui tirar uma foto à réstia do pôr de sol para oeste porque pareceu-me um daqueles momentos Kodak (a mesma filosofia do momento para mim aplica-se muito à fotografia) e depois perdi-me um bocado pela net.
Mas pronto foi há menos de uma hora.

A temperatura do ar lá fora não estava mais que 10° C. De acordo mesmo com o AccuWeather a sensação térmica seria até de 9° C. É preciso notar que esteve um belo dia de sol, e por isso ainda havia calor concentrado no solo, mas não se pode dizer que estava calor, avaliando até pelos casacos que os transeuntes envergavam. Mas eu estava cheio de calor aqui em casa e nem me incomodei a vestir casaco quando fui à rua levar lixo e ir levantar dinheiro à caixa ATM que fica a 850 metros.
A brisa fresca no corpo soube-me, sobretudo na cara e no pescoço pois o botão de cima da camisa ia aberto. Mas mesmo assim, ajudado pelo facto de ter feito uma caminhada de 1700 metros, cheguei a casa cheio de calor. Tanto que tive de tirar a camisa e estive de tronco nu, com a janela aberta a tirar a tal foto do céu (publicada na minha página do Facebook).

Parece divertido não se ter frio, mas o ter o termóstato avariado é chato quando ele fica doido em certas situações como cerimónias ou andamos a fazer compras e eu transpiro por todo a lado enquanto vou ficando cada vez mais calor.
Já tive de sair por quase 1 hora de uma festa de aniversário aqui em Amesterdão para ir para a rua também só de camisa e aguardar que sentisse frio para pode regressar dentro de casa.
Mas a cena mais curiosa que tenho mesmo foi da primeira vez que fui esquiar para os Alpes (sim, coisa chique eu já esquiei nos Alpes) e agasalhei-me imenso seguindo os conselhos dos outros, para depois lá no alto e com temperaturas a rondar os -10° C ficar só em t-shirt para arrefecer e ver o vapor absurdo que saía de todo o tronco enquanto pensava "ah assim no fresquinho é que se está bem".

Mas não se pode dizer que eu tenho sempre calor, pois nesta Páscoa em Portugal ouvi pessoas a dizer que fez já calor demais e eu praticamente nem suei. Mas na realidade usava pouca roupa, apesar de não ter usado calções.
E ficaram a saber um pouco mais de mim, para além das outras coisas que por aqui já disse, também transpiro, mais vezes do que o desejado, que nem um porco...

2 comentários:

  1. Se calhar devias ir ao médico :p isso parece uma condição rara...

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    1. Se é uma condição rara eu aceito-a de bom grado. Tudo menos condições vulagres ;)

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