A Factura da Sorte

Quando há uns tempos li algures, ou ouvi dizer, que o Governo, mais precisamente o Fisco, ia sortear uma automóvel por semana pensei que seria uma coisa vinda do Inimigo Público ou do Imprensa Falsa. Mas não, é mesmo um sorteio real e de vez em quando aparecem mais novidades sobre o mesmo.

Esta manhã li que vai chamar-se "Fatura da Sorte" (sem o 'c' porque o Governo escreve ao abrigo do AO) e o carro sorteado custará até 91 mil euros. Pensou-se em tempos também que os prémios seriam viaturas apreendidas pelo Fisco ou outras entidades oficiais, mas de acordo com outra notícia que encontrei esta manhã, o Governo garante que os carros serão "novinhos em folha".
No entanto ainda não está sequer confirmado que o prémio (até 91 mil euros) seja realmente um automóvel, apenas que será sempre em bens e nunca em dinheiro.

Quanto mais penso nesta ideia mais dividido fico entre pensar se é uma ideia de génio ou uma medida do mais brejeiro que há, ao estilo da política do "pão e circo", mas parafraseando o Pacman dos Da Weasel: já não há pão, só há circo, e esse há aos molhos.

Por um lado continuo a achar que há qualquer coisa de estranho neste sorteio, e como está previsto ele começar em Abril, ainda vamos descobrir que se trata de uma mega-mentira para o dia 1.
Ou então é o Herman José a apresentar o sorteio, que antes de entregar o carro ao vencedor, decarrega-lhe em cima a sua shotgun.