segunda-feira, maio 08, 2006

Era o vinho meu Deus, era o vinho


era o vinho o que eu mais adorava.
Só por morte meu Deus, só por morte
Só por morte eu o vinho deixava



Esta estrofe (sendo que o título é o primeiro verso) , é o refrão de uma música popular que fazia parte de um livrinho compilado pelo Monsenhor Amilcar, de Paçô da Senhorinha, também chamado de Paçô de S. Mateus, e que ele distribuiu ou vendeu (agora não me alembra correctamente) aquando da inauguração do Centro Cultural e Recreativo Senhorinhense e da Capela de S. Macário, tudo isto na bela e esplendorosa aldeia da Senhorinha. Sim, como parece ser óbvio eu confirmo que a Senhorinha é a "minha" aldeia. Mais tarde falarei dela, da minha infância nela e dos Senho Boys...

Bem, mas falava eu de BINHO! Falava porquê? Porque queria eu dissertar um pouco sobre O Reverso da Medalha (título de uma próxima dissertação) onde iria responder a uns certos comentários que surgiram de algumas pessoas, sobre a minha primeira dissertação sobre a puta ... eh pá, escapou-me esta ... da A13.

Só que, sentado aqui ao computador, no apartamento 204, da City Wall House, em Reading, e estando a beber um, corrijo, uns copitos de vinho tinto, Banrock Station - Shiraz Mataro originário do Sudeste Australiano, a verdade é que a vontade pra escrever sobre um assunto tão melindroso como O Reverso da Medalha, foi-se...

Ora, o Banrock Station - Shiraz Mataro, é o vinho cuja foto adorna esta dissertação, quer dizer este post, pq ainda não tenho a certeza que daqui sairá uma dissertação. O mais certo é que saia uma confusão, pois o BINHO é bom, e a garrafa de 75cl está a chegar ao seu fim.
Por falar em fim, deixa-me escorrer as últimas gotas do seu fundo e compor melhor o meu copo que ja se apresenta quase vazio.

Aqui por Inglaterra, encontra-se até bastante vinho à venda. Em qualquer supermercado encontramos uma boa amostra de vinhos, mas não diferem muito uns dos outros. Temos o corredor divido em brancos de um lado e tintos do outro. As secções são sempre as mesmas, vinhos sul-africanos, australianos e neo-zelandeses, californianos e sul-americanos, franceses, italianos e espanhois. Curiosamente ou não uns poucos vinhos portugueses encontram-se na secção espanhola, mas devida e correctamente identificados (vá lá ao menos!).

Mas falemos mais do Shiraz Mataro, da propriedade Banrock Station. Sim, Shiraz é o tipo de vinho, e Banrock a sua marca/quinta.
Diz o seu rótulo que este Shiraz Mataro de 2004 é um vinho macio e suave com um ligeiro sabor "acerejado" e com um toque de carvalho. Combina bem com pasta, carnes vermelhas e com queijos azuis e maduros... Não me perguntem o que são queijos azuis ou maduros. Ou melhor, perguntem sim, para que eu seja forçado a pesquisar e a encontrar as definições para estas categorias aparentemente estranhas de queijos.

Apesar dos meus melhores esforços pra tentar fugir das castas originárias de França e que são muito usadas nos novos países produtores de vinhos, como o Chile, Australia, Califórnia (Estado dos EUA), castas como o Cabernet Sauvignon e Merlot, a verdade é que o Shiraz é tb mais uma casta de origem francesa muito usada por estes novos "monstros" da produção vinícola.
Tenho aqui exprimentado novos vinhos enquanto aqui estou, e digo-vos que tem sido uma experiência muito positiva. Admito no entanto, e espero não estar a ser chauvinista, que não é necessário levar estes vinhos pra Portugal, temos uma variedade grande e de excelente qualidade que satisfaz quase todos os gostos.

Este vinho só tem uma particularidade curiosa, quer dizer não é o vinho, é a garrafa. Não tem rolha de cortiça, nem sequer daquele composto que existe agora a substituir as rolhas de cortiça. Esta garrafa usa uma tampa de rosca, do mesmo género das garrafas de Whisky ou Martini, mas felizmente sem doseador.

E assim foi. Na vez de fazer a dissertação que estava planeada, acabei por deixar os dedos fluirem pelo teclado do portátil a falar de BINHO e outros assuntos relacionados ao mesmo tema.

Amanha vou mudar de ... vinho. Este já acabou, mas felizmente hoje comprei uma garrafa de Merlot californano, colheita classificada de Vintage. Ainda não exprimentei nenhum californiano, e são muito falados.
Depois deste tenho que ir pra um vinho argentino, que é pra completar o ciclo do novos produtores vinhateiros.

Tchim-tchim...

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