Qq coisa entre as 17:45 e as 18:00, ia eu na Oxford Road aqui em Reading, no sentido Oeste, na minha busca por uma loja de peças e acessórios para motas e motards. Seguia devagar, pois a Oxford Road, assim como muitas outras ruas principais de Reading a esta hora, comportava uma grande quantidade de tráfego rodoviário.Seguindo devagar atrás de um jipe, paramos num semáforo vermelho, mesmo antes da Reading West Station (estação de comboio secundáriade Reading), qd de repente
Sim, tinham-me batido por trás. Um Renault Laguna (1ª série, 2ª fase) vermelho, conduzido por um individuo que vim a saber mais tarde ser de raça africana, e doravante designado por O Preto, "esqueceu-se" que ia numa fila e não travou!
Começo logo a pensar: "Brincadeira do caralho! Estou bem tramado com isto agora, estrangeiro com carro alugado e sem franquia zero. Foi o gajo que bateu, mas como é que um gajo faz aqui neste país?"
Saí do carro e O Preto (mesmo africanao, falava mal e tudo) tb, e ele começou logo a dizer que precisávamos tirar dali os carros que estavam a estorvar e começou a dizer que me ia dar o nome e os dados dele e do carro e que eu precisava de lhe dar os meus. Eu disse logo que era estrangeiro, o carro era alugado, e como é que a gente fazia.
Bem, pra não estar aqui a encher com o paleio intermédio que existiu entretanto, resumo a coisa. Atão aqui na Inglaterra funciona assim: os condutores trocam os dados pessoais e do carro. O Preto disse-me que aqui as seguradoras só precisam da matricula do nome e morada do condutor/dono pra resolverem as coisas, e como ele tinha batido por trás, a culpa era dele, a seguradora dele pagava ambos os danos. No entanto ele insistiu que precisava de ter os meus dados e consultar a minha seguradora, para que a seguradora dele pagasse tb o arranjo do carro dele!
Eu estava ali um bocado desconfiado, pq a gente sabe o que acontece aí, até mesmo com Declarações Amigaveis bem preenchidas por ambas as partes, às vezes corre mal. Mas passado uns 5 minutos se tanto, apareceu um policia, que devia estar de passagem e parou, que se limitou a perguntar se estavamos bem, e qd viu que estavamos a trocar os dados, disse que estava tudo bem e foi embora. Obivamente que eu perguntei se era só preciso isto, e ele disse que sim que estava tudo certo. Nem pediu papeis, nem viu seguros, nem mandou arrumar os carros, nem mediu alcool...
Parece que por aqui por defeito tomam-se as pessoas como seres civilizados, que podem resolver as coisas calmamente entre si...
E pronto depois de trocarmos os dados, limitei-me a dizer aO Preto pra ter cuidado porque a ventoínha do radiador parecia estar afectada, e lá arrancamos os 2.
O Peugeot 307, que conduzo agora até á proxima semana, apenas apresenta umas mossas e riscos no para-choques traseiro, apesar da mossa por baixo da placa da matricula ser "grandita".
O Laguna dO Preto ficou com a pior parte do bolo: partiu os farois; o para-choques da frente ficou com algumas partes partidas e tinha uma grande mossa no capot, sobretudo na zona onde esta o losango da Renault.
Acabei por prosseguir a minha busca pela loja, que só depois de 2 voltas encontrei e afinal é muito pequena e não tem o aspecto de loja boa como referido na net por alguns motards em fóruns, e qd voltei pra casa, fui ler o manual da AVIS a ver o que eles diziam pra fazer em caso de acidente (onde fiquei a saber que só devemos/podemos chamar a policia em caso de feridos) e acabei por lhes ligar pra relatar o sucedido. Eles não pareceram muito preocupados, apenas dizeram que se eu quisesse podia ir trocar o carro, e pra depois nessa altura ou qd o entregar preencho um relatório do acidente e deixo-lhes os dados que O Preto me deu. Vou manter o carro nem que seja pra mostrar as feridas de combate ao pessoal no próximo fim-de-semana.









