terça-feira, fevereiro 20, 2018

Não sei como ainda não aconteceu


A dona e/ou gerente da creche e ATL onde estão os miúdos tem um cu monstruosamente largo. É tão largo mas tão largo que deveria ter o seu próprio código postal. Na verdade não é bem o cu, são as ancas, que são larguíssimas para o tamanho da mulher. Ela da cintura para cima nem parece particularmente gorda, aliás para mim é normal, mas depois chega às ancas e ao cu e aquilo alarga duma maneira que parecem ser 4 cus. Podem pensar que estou a exagerar mas na quinta-feira passada a Carolina foi comigo deixar a Amélia, e a mulher estava abaixada a limpar qualquer coisa no chão e só se via cu à frente. A Carolina até olhou umas 3 vezes para ter a certeza que estava mesmo a ver bem, ou seja só via cu.
Eu disse à Carolina que qualquer dia ela vai receber uma chamada ou mensagem que houve confusão porque eu mandei uma palmada, ou um tapinha, naquele rabo. Eu nem sei como é que ainda não aconteceu, pois é muito difícil segurar a mão para esse gesto involuntário sobretudo porque aquele cu tem tanta massa que tem o seu próprio campo gravitacional.

Isto faz-me lembrar os tempos da NEC em que tinha uma colega mais gordinha que também tinha um grande cu. Mas o dessa colega era um cu bem feito e bonito. Também dava vontade de mandar umas palmadas naquele rabo. E naquele tempo a malta, pelo menos os gajos como eu, não estava muito preocupada com possíveis acusações de assédio. Elas já existiam mas ainda era um tempo onde eu podia mandar uns bitaites ou piropos às (poucas) colegas de trabalho. Coisas como "Oh Filipa, tu és mesmo boa!", "Volta a subir as escadas e desce que é para eu ver novamente as pernas", "Quando é que vamos ali ao WC mandar uma rapidinha?" ou uma das minhas preferidas, por ser mais parva, "Ainda hás-de vir bater com a testa aqui na fivela do cinto", acompanhada do gesto a bater na fivela repetidas vezes...
Mesmo à macho não? Há coisa de 3 meses eu comentei numa conversa com um outro homem e uma mulher (advogada) que falava destas coisas e disseram-me que eu tive muita sorte de não ter levado com um processo.

Eu continuo na minha, não é uma questão de sorte é uma questão de jeito. Tínhamos um outro colega, um pouco acima na hierarquia que dizia coisas muito parecidas com as que eu dizia e sim, as mulheres ficavam mesmo chateadas e segundo o que as próprias me disseram, fizeram queixa dele e por pouco que não levaram mais longe. E muitas vezes quando as via chateadas perguntava o que ele tinha dito e quando elas diziam eu retorquía com alguma admiração: "Mas eu digo-vos praticamente a mesma coisa!" e elas só me diziam que era diferente.
Algumas pessoas a quem conto agora estas estórias dizem-me que elas sentiam-se também incomodadas só que eram mais simpáticas comigo.
É verdade que eram muito simpáticas pois muitas das vezes agradeciam ou faziam o que eu pedia, mas quero deixar claro que nunca nenhuma foi comigo ao WC mandar uma rapidinha (infelizmente).
Mas também houve alturas que me mandaram passear ou mandaram à merda e eu levei no mesmo espírito que sempre achei que elas levaram, na boa porque elas estavam no direito de dizerem o que bem entendiam.
Mas como eu dizia sobretudo às raparigas que estavam na recepção e faziam secretariado: "Mas o que é que vocês querem? Estão aqui sentadas a trabalhar, põem-se a jeito!"
De notar que a frase anterior é para ser lida como era dita, com muita ironia...

Agora aqui é outro país, outra cultura e sobretudo outros tempos. Eu agora não digo quase nada às mulheres sobretudo porque tenho ainda menos a trabalhar comigo e as idades são outras. No edifício onde agora estou tem muito mulherio mas eu não conheço quase nenhum e eu só sou capaz de mandar estas bocas a pessoas que conheço melhor. Mas há umas semanas fiz uma graçola e correu mal: pedi à rapariga mais nova (de aparência) que tirava os cafés para me dar o seu autógrafo. Era uma piada porque ela desenhava um coração no cartão dos cafés (ao 10° temos um de borla), mas ela responde que não sabia dar autógrafo nunca ninguém lho tinha pedido. Eu disse-lhe para ela treinar em casa e que no dia a seguir já mo podia dar. Nunca mais lá apareceu...
Ao menos não levei nenhum processo interno ou civil, até ver... Mas não sei como ainda não aconteceu...

Sem comentários:

Enviar um comentário

Opina à tua vontade