terça-feira, abril 16, 2019

Tenho aqui uma teoria, vamos a ver...

Mesmo Megane, duas caras diferentes

Nos últimos meses tenho tido um problema de vestuário. As minhas calças estão todas a ficar rasgadas nos joelhos. Tive de ir comprar 3 pares de calças na C&A noutro dia porque as calças da Levi's que tinha, mesmo umas recentes, ficaram todas rasgadas em pouco tempo. E o ter comprado na C&A foi pela facilidade de anteriormente ter comprado calças cujo tamanho assenta bem sem ser necessário a Carolina cortar e fazer a bainha. Mas mesmo as primeiras que comprei na C&A já rasgaram!
Por ser sempre nos joelhos podem ficar a pensar que é qualquer coisa sexual mas não. Na realidade só têm rasgado no joelho direito pois eu ajoelho-me constantemente agora para ficar ao nível dos miúdos quando estou a falar ou ajudar a fazer alguma coisa. Mas continuo com o problema porque parece-me que até as calças que comprei há pouco tempo vão rasgar não tarda nada.

Mas por esta altura devem estar a pensar o que é que o cu tem a ver com as calças (ou neste caso o que é o joelho tem a ver com as calças) pois o primeiro paragrafo não parece ter nada a ver com o título nem com a foto de topo nesta crónica.
E é verdade, não tem nada a ver, eu é quis vos atirar uma bola curva (termo de baseball mas que em sentido figurado significa surpreender; introduzir algo inesperado).

Na verdade o tema principal desta crónica está mesmo relacionado com a foto, ou na verdade, 2 fotos, lado a lado. As fotos são muito parecidas mas conseguem descobrir as diferenças? Plural? Bem nas fotos encontram-se várias diferenças mas ignorando o diferente enquadramento das fotos, só existe uma diferença visível nas 2 fotos: a matrícula.
Pode parecer que encontrei outro carro (o da direita) que é quase igual ao nosso carro (o da esquerda) mas na verdade as 2 fotos são do nosso carro. Que é precisamente o mesmo. Só que antes tinha uma matrícula portuguesa e agora tem uma holandesa.
Foi uma maneira low cost que arranjei de mudar de carro pois não troquei de carro.

Abril é o mês que me torno um verdadeira emigra. Só falta receber a nova carta de condução holandesa e se voltar um dia de carro a Portugal (tenho ido de avião desde 2014) já não me sentirei diferente pois andarei com um carro estrangeiro como praticamente todos os outros emigras.
E agora com uma bicicleta de cidade, com passe dos transportes públicos mais o resto, estou a virar holandês, a ficar como os nativos.

Mas agora a conduzir um carro não-estrangeiro, vou confirmar a minha teoria que já tem alguns anitos. A teoria de que de vez em quando apitavam-me ou ficavam a olhar (ou protestar) por eu estar a conduzir um carro de matrícula estrangeira, logo era um estrangeiro, logo não sabia conduzir bem ou o que andava a fazer.
Digo isto porque ao longo dos anos passei por algumas situações algo ridículas em que mesmo aceitando que tem gente que protesta por tudo e por nada, me parecia estranho pelas anteriores experiências a conduzir. Até que me apercebi que quando conduzia em Portugal e via um carro "estrangeiro" pensava muitas vezes "este gajo não está habituado a conduzir aqui". Assim como me lembro de muita gente protestar ao cruzar-se com carros "estrangeiros" seja por serem turistas que não sabem para onde ir ou o que fazer, ou por serem emigras que nas férias parecem se esquecer de todas as regras básicas de condução.
Ou seja, os locais têm menos paciência para os de fora.

Só que agora eles já não podem ver logo que sou um de fora. Ando num carro com matrícula local por isso por defeito passarei por local (até porque não existe forma fácil de distinguir visualmente se sou de fora ou não). E estou convencido que vou ser alvo de menos buzinadelas e de algumas contemplações do que tenho sido até agora.

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