quarta-feira, abril 30, 2014

É espontâneo - I

Por vezes sai-me cada resposta ou tirada tão espontânea que me surpreendo a mim próprio.
Vou tentar guardar registo das mesmas e publicando volta e meia.

Ela: Sabes o que é que podíamos experimentar?
Eu: Sexo anal?

Eu: Ela chama-se Natércia?
Ela: Não, Nazaré é a mais nova, ela chama-se Anita.
Eu: É linda de blue-jeans e blusão de cetim, Anita, Anita
Doce tormento, de cabelos ao vento, mais livre que ninguém

Eu a refilar com o computador e a dizer asneiras, e passa um colega.
Ming: What are you doing? (O que tás a fazer?)
Eu: Cursing; fuck fuck fuck, fuck fuck, fuck fuck. (Praguejar; foda-se foda-se foda-se, foda-se foda-se, foda-se foda-se.)

Na TV passa um spot ao Tonight Show com o Jimmy Fallon e eu explico à Carolina a história dos 3 talk-shows e a confusão com o Conan e até o Colbert substituir o Letterman na CBS.
Ela: Como é que tu sabes estas merdas todas?
Eu: Porque eu tenho um chip implantado no cérebro onde guardo cópias da Wikipédia, e quando ligo a net no telemóvel, pinto um dente de azul e acedo via bluetooth.

Ela: Eles são irmãos.
Eu: Ai sim!? Mas o loiro então é o irmão mais barato.

Ela: Onde é que ela vai dormir?
Eu: A nossa cama é grande, pode dormir connosco. Vocês são tão amigas que certamente não se vão chatear por causa disso.

A caminhar pela rua no Koningsdag.
Ela: Tens noção de quantas vezes já me disseste isso?
Eu com o dedo em riste e a declamar: CALAR-ME-EI A PARTIR DE AGORA. NÃO MAIS OUVIRÁS A MINHA VOZ!

domingo, abril 27, 2014

José Rentes de Carvalho

Pelos vistos na Holanda editam-se 4 escritores portugueses (presumo que traduzidos em holandês): Pessoa, Eça de Queiroz, Saramago e ... José Rentes de Carvalho. Ainda por cima Eça só é editado porque foi José Rentes de Carvalho que pediu ao seu editor (que lhe queria oferecer um presente).

Imagino que pouca gente conheça este escritor pois só há 3 anos ele começou a ser editado em Portugal, mas atrevo-me a dizer que é o escritor português vivo mais internacional.
Figura máxima da comunidade portuguesa na Holanda, este escritor já cá mora há mais de 50 anos, tendo chegado quase por acidente.
É bastante conhecido na Holanda por ter escrito um livro sobre o país e os holandeses que já foi citado pela família real e pelo actual primeiro-ministro, "Com os holandeses".
Admito que é o único livro que tenho dele e que comprei porque me disseram que era óptimo para se conhecer melhor este país e esta gente.
Curiosamente não gostei muito. O modo como ele salta entre temas e cronologias confunde um pouco, uma vez que o livro não é um romance, e não consegui rever na minha experiência o que ele retrata. É normal, o livro foi escrito há mais de 40 anos, e tal como o Portugal e os portugueses de hoje mudaram bastante, também a Holanda e os holandeses (apesar de certos comportamentos culturais manterem-se).

Mas isso não me impede de querer ler a última obra editada em Portugal, "A Flor e a Foice" sobre o 25 de Abril de 1974, mas escrita logo em 1975 (e mais uma vez a demorar quase 40 anos para ser editado no país de origem).
A propósito da edição deste livro, Rentes de Carvalho deu uma entrevista ao jornal Sol, que é muito interessante e onde ele relata episódios caricatos, como o ser condecorado por Mário Soares por ter ouvido falar dele pela Rainha Beatrix, ou Jorge Sampaio e Jaime Gama ficarem admirados da Rainha o conhecer pessoalmente.
Leiam que vale a pena: http://sol.sapo.pt/inicio/Cultura/Interior.aspx?content_id=104315

sexta-feira, abril 25, 2014

40 anos depois

É hábito escrever umas palavras a 25 de Abril. Fiz em anos anteriores e muitos outros escrevem coisas bonitas.
Este ano vou deixar apenas uma pergunta no ar.

Como é que em 40 anos passamos disto:

Para isto?

Já alguém imaginou uma revolução ser iniciada ao som do "uauaué, uaué"?

quinta-feira, abril 24, 2014

Ainda há muita água para correr debaixo da ponte

Há várias semanas que já não escrevo nada sobe a situação da Ucrânia. Nem no blog nem pelas outras redes sociais (Facebook, Twitter) isto apesar de ter havido evoluções.
Volta e meia dou comigo a pensar "mas afinal o que aconteceu?" pois apesar da anexação da Crimeia ser um fait accompli, muitas perguntas ficaram no ar, e para as quais não encontrei facilmente uma resposta. O que aconteceu aos soldados da Ucrânia que lá estavam estacionados e aos navios da Marinha? Houve êxodo, que chegou a ser anunciado, de população não-russa para fora da Crimeia? Com a mudança de direcção, os pagamentos continuam a ser feitos vindo agora o dinheiro de Moscovo? Anda tudo feliz e contente e ficaram logo todos mais ricos e a ganhar mais uma vez que são russos agora?

Só que entretanto a atenção foi desviada da Crimeia para as regiões de Donestk e Luhansk onde o cenário da Geórgia (2008) e da Crimeia se repete. Milícias pro-russas, oficialmente de locais mas equipadas de igual como as forças da Crimeia, ocupam edifícios chave e as regiões pedem autonomia, ou mesmo a secessão da Ucrânia.
Desta vez Kiev tentou evitar o mesmo desenlace e, correndo o risco de dar justificação à Rússia de intervir em larga escala e oficialmente, lançou operações, inteligentemente denominadas anti-terroristas, para retomar o controlo.
Mas esta acção mostrou que Kiev é impotente nesta matéria. Apesar de a maioria dos militares parecerem obedecer às ordens e terem realmente se deslocado para a região, os mesmos não querem, e com razão, agir contra civis, que (ainda) são seus compatriotas. Muitos não querem também combater os russos que vêm como "primos" e amigos, para não dizer que têm receio de o fazer, pois os russos têm claramente mais e melhores meios.

Mas todo o cenário chega a roçar o ridículo. Grande parte das forças para-militares em acção têm equipamento similar e agem da mesma forma que na Crimeia. Não são simples forças populares, pois são muito profissionais e tacticamente disciplinados. No entanto desta vez o Kremlin foi mais esperto e não enviou os veículos com matrículas militares russas. Os soldados, que para mim são russos sem qualquer dúvida, andam a pé. Ou então usam equipamento ucraniano, das forças que foram enviadas para os expulsar! A muita publicitada tomada de 6 blindados ucranianos pelas forças para-militares no leste da Ucrânia é outra palhaçada. Não é mentira, pois Kiev confirmou, mas também não se sabe o que realmente aconteceu. Os soldados ucranianos desertaram? Foram emboscados e renderam-se (parece ser esta a versão oficial de Kiev)? Foram todos mortos pelas forças especiais (não-)Russas?
E porque é que a forças para-militares, que são oficialmente locais lá das terras, entram por um teatro na vez da sede do município, pois confundem os edifícios? Será porque vêm todos das aldeias e conhecem mal a cidade, ou essas "aldeias" de onde eles vêm são bases militares do outro lado da fronteira?

Enfim, é uma situação caricata, cheia de situações insólitas de parte a parte. Mas isto não vai ter solução simples. Apesar de continuar a crer que a Rússia vai perder bastante com isto tudo, tal como já se tem visto a nível económico, e as sanções directas do ocidente são apenas uma brincadeira de crianças, Putin tem ganho claramente no terreno. A táctica de desestabilização funciona às mil maravilhas e estão perto de obter o que querem, que uma acção de Kiev resulte na morte de alguns cidadãos russos, justificando uma invasão em força do leste (pelo menos) da Ucrânia. Kiev não consegue agir devido aos muitos problemas que afectam o país (divisões internas, falta de dinheiro, múltiplos interesses contraditórios, os fascistas que realmente estão no activo apesar de ainda estar longe de mandarem na Ucrânia). E a Europa e ocidente (sobretudo os EUA) apenas vão mandando recados. A China deve estar a assistir isto esfregando as mãos pois só tem a ganhar, tanto a nível económico como a nível geo-político.

Queria terminar só com uma questão que faço tantas vezes e para a qual também não encontro resposta. Muita gente diz que a Europa não pode fazer nada porque está dependente do gás russo. Não é só uma questão de gás, é toda uma panóplia de relações comerciais pois a Europa é o maior parceiro de negócios da Rússia, mas de longe. Só que existem 2 lados dessa moeda. Se a Europa não recebe os produtos (e dinheiro) se quebrar os negócios, também a Rússia não receberá dinheiro (nem produtos) vindos da Europa! E quem é que aguenta mais essa quebra brutal de trocas comerciais? Eu acho que a desvalorização do rublo e fuga de capitais da Rússia que se tem assistido respondem a essa questão...

terça-feira, abril 22, 2014

Nem de propósito

Há 5 dias atrás falei sobre custos de produção, focando-me na parte dos custos da energia e como isso tem um impacto negativo na economia, para além do impacto no bolso das famílias. Escrevi eu que apesar de apenas encontrar referências mais gerais nesse sentido no memorando da troika, que me lembrava que os parceiros internacionais já tinham falado diversas vezes que era preciso baixar esses custos.

Nem de propósito, o relatório do FMI sobre a 11a revisão do programa de ajuda a Portugal fala mesmo nisso duma forma bem mais clara:
Product market rigidities. Despite past reforms, evidence suggests that excessive rents in the non-tradable sector, particularly network industries, continue to weigh on input prices for the tradable sector. For example, guaranteed returns in the electricity sector irrespective of demand conditions generate upward pressure on electricity prices.

E ainda:
Electricity. The government has already taken significant measures in order to facilitate the elimination of tariff debt by 2020. However, to achieve this objective, annual real electricity-price increases of some 1.9 percent will still be necessary. The authorities are developing specific additional measures to reduce costs and further reduce rents in the electricity sector, hence limiting future price increases, to be presented by the time of the twelfth review (end-April structural benchmark).

 Certamente os outros relatórios anteriores falam da mesma coisa, mas admito que esta é a primeira vez que me dediquei a ler um dos relatórios do FMI, que são aliás bem interessantes e falam de (muitas) mais coisas que aquelas focadas pelos media...

segunda-feira, abril 21, 2014

Trabalho pesado

Tem alturas que acontece. Ou porque participamos numa grande comesaina, ou porque estamos uns dias sem fazer, mas ficamos com os intestinos tão cheios que quando vamos evacuar, fazemos aquilo que alguns, como eu, designam por A Real Cagada.
E cagamos tanto que sentimos um alívio enorme e ficamos até com um buraco na barriga,

Admito que nessas alturas, quando faço uma real cagada, sinto curiosidade em saber quantos quilos de merda evacuei. Uma vez, depois duma grande almoçarada, cheguei mesmo a pesar-me antes e depois do acto, e era gajo para jurar que fiquei quase 2 quilos mais leve. Mas pode ter sido do vinho que me confundiu os sentidos.

De qualquer forma a ciência pode sempre esclarecer estas questões essenciais.
De acordo com vários estudos, ou pelo alguns que encontrei na net, em média um adulto defeca por dia quase 480 gramas. Os estudos mostram que os homens cagam mais que as mulheres, e quanto mais pesados e mais velhos também se caga mais.
Mas e no meu caso em particular, quando faço a real cagada, que é claramente bem maior que o normal quanto pesará?
Outros estudos da Internet mostram que um homem adulto da minha idade pesa em média 81 quilos. Portanto jogando nas médias, 81 quilos resultam numa cagada normal de 480 gramas. Eu como tenho mais ou menos 114 quilos, que são 40,5% a mais da média, cagarei 674,5 gramas por cagada normal.
Como a Real Cagada está entre o dobro e o triplo duma normal, serão qualquer coisa como 1,7Kg.

Portanto, com a ajuda da ciência e umas contas de merceeiro, concluo que a minha típica afirmação após uma real cagada, que estou 2 kg mais leve não é de todo exagerada e poderá mesmo corresponder à verdade pois nunca se pode subestimar a minha capacidade em fazer merda...

sábado, abril 19, 2014

Almoço de Páscoa

Bem, comecei a escrever isto na Sexta, depois meti-me no paleio com o meu irmão que veio aqui passar a Páscoa ca gente e agora já é Sábado.
Aqui não foi feriado, trabalhou-se na Sexta mas como muita gente já não vem ao escritório às Sextas, foi na Quinta que o departamento decidiu fazer o almoço de Páscoa, oferta dos managers...

Chamar almoço é uma coisa curiosa, pois basta abrir aqui a foto da esquerda para ver o tipo de comida. Croissants, pão (mas de forma), ovos cozidos, um bolo qualquer que presumo seja tradicional aqui da época, muitas "saladas", algumas que nós chamamos de paté (ou pasta), alguma proteína sob a forma de salsicha e fiambre, e claro queixo.
Estas fotos não são minhas, foram tiradas por quem organizou e falta a parte dos bebes, mas essa era composta por uns jarros de sumo e leite.
Muito fraquinho para um almoço, mas é o que havia e eu não me importei de petiscar. Mas como começou às 11:30 e no departamento a maioria da malta é estrangeira, as pessoas depressa renomearam de almoço para brunch.
Assim por alturas em que o e-mail com as fotos foi enviado, o título já realmente dizia "Easter Brunch"...

Já agora deixo-vos 2 desafios, chamados "Identifica o Holandês":



quinta-feira, abril 17, 2014

Baixar custos de produção

Ler o infame Memorando de Entendimento, de 17 de Maio de 2011, não é muito complicado e até fácil de perceber, pois agora até já temos a versão traduzida em Português e são apenas 35 páginas. Mas no meu entendimento nem tem muitas medidas concretas, tem mais é linhas de orientação.
Mas um problema é que este Memorando não é o único e existem muitos outros para além deste, pois associados temos 2 outros, o das políticas económicas e financeiras e o memorando técnico; e a cada revisão sai um novo conjunto de memorandos (baseados no original mas com novos textos).

Portanto fica difícil saber realmente se os políticos, do Governo mas não só, têm (tecnicamente) razão ou mentem descaradamente quando dizem que certa medida tem de se fazer porque está no memorando. Para mim, e julgo que para a maioria dos Portugueses, quando se diz O Memorando, pensamos no original, mas os políticos sabem jogar com as palavras e podem estar a falar de um dos outros 32 que foram publicados até agora.

Mas queria falar agora sobre os custos na energia. E no memorando original, e sendo repetido o mesmo texto ou novo relacionado a cada revisão, estão traçadas algumas medidas a tomar no sector energético, nomeadamente o avançar para um verdadeiro mercado liberalizado, limitar os sobrecustos associados à produção de electricidade e evitar tomar medidas que tenham consequências negativas nos preços da energia. Tentei pesquisar sem sucesso por notícias que confirmem a minha ideia que por estas alturas e durante pelo menos 2012, foi bastante falado até por elementos da troika a necessidade de baixar os custos da energia, fundamental para permitir reduzir os custos de produção, que não estão apenas dependentes dos custos laborais (que andam muito pelas bocas do povo agora).
Tentei também pesquisar pelos outros 32 memorandos publicado até agora (10 revisões com 3 cada uma, mais os 2 de anexo de Maio de 2011) se havia mais detalhes sobre isto mas ao fim de algumas pesquisas a encontrar quase sempre os mesmos textos (porque as medidas não são implementadas e têm portanto de ser adiadas) desisti.
De qualquer forma, continuo com a ideia que existiu pelo menos em determinado momento indicações claras de que o preço da energia em Portugal deveria descer (como aconteceu por exemplo em Espanha).

É que como referi antes, os preços da energia não pesam só na conta das famílias portuguesas. Pesam sobretudo nas contas da economia, pois a factura energética é uma das despesas operacionais, assim como os gastos em telecomunicações, transportes, coisas assim, tudo custos que em Portugal são mais caros que na maioria da Europa. Mas como isto tudo é considerado OPEX (Operational Expense) onde entra também o custo laboral (as despesas com o pessoal) fica tudo diluído no mesmo pote. Isto também justifica o porquê do discurso constante de reduzir os custos laborais. Não é só um problema da Troika ou Governantes. Existe a ideia, demasiado simplista no meu entender, em termos de gestão e finanças empresariais, que OPEX é mau e tem de ser sempre reduzido (por oposto a CAPEX, Capital Expenditure, que pode aumentar porque não tem mal nenhum). Como a fatia maior da OPEX é os salários e é o único que as empresas podem controlar quase na totalidade, fala-se sempre disto. Mas todas as despesas com infra-estrutura, onde eu incluo a energia, são também OPEX.

E aqui é que assistimos uma coisa curiosa. Em termos salariais, o valor médio de Portugal é na ordem dos 50% da média europeia, portanto seguindo a ideia geral que os custos laborais é que interessam, em Portugal custaria metade produzir algo do que na média Europeia. Mas a verdade é que não assistimos a isso, precisamente porque a OPEX engloba mais do que os custos laborais. E neste caso, apesar das indicações de diversas entidades internacionais, e contrário aos objectivos das gestões empresariais, os custos de energia em Portugal continuam a aumentar.
O gás natural por exemplo, aumentou 19% desde que a troika chegou. Não encontrei valores concretos, mas a electricidade também aumentou com um aumento na casa dos 6% no preço por kW/H e certamente aumento no preço da potência contratada também. Os gajos do Bloco dizem que os custos de energia para os portugueses (e empresas deve ser igual) aumentou 30% desde 2011!
E o curioso é que estamos a falar de preços definidos pela ERSE, portanto não é aumentos como os dos produtos petrolíferos, sempre ao sabor dos mercados (e como é habito sempre a subir também pois tudo serve para fazer subir o preço dos combustíveis, até quando o preço do barril baixa).

Este aqui é um dos casos em que o Estado (Governo) demora a tomar medidas que curiosamente até estão previstas no(s) memorando(s). É curioso que eles gostam de usar a troika como a responsável por certas medidas más, servindo por isso de escapatória. Também se usam factores externos, como a crise da dívida europeia, as agências de rating, e por aí fora, para se justificar o mau estado das contas.
Mas quando toca a fazer alterações sérias, que entram em conflito com interesses de muita gente, e muita gente dos 3 partidos do chamado bloco central tem interesses neste sector, aí nem se fala em orientações da troika, nem no memorando. Isso é esquecido ou posto de parte, mesmo apesar das 10 revisões que já se fizeram...

terça-feira, abril 15, 2014

Corte caseiro

Depois de vários anos na indecisão se comprava ou não, lá me decidi e comprei mesmo. Um aparador de cabelo ou de pêlos, depois de ver uma promoção num folheto do MediaMarkt. Não comprei lá, quer dizer comprei, mas nunca mais enviavam o produto (apesar de nas condições dizerem que enviavam no dia seguinte) portanto cancelei e comprei noutra loja (mesmo uns euritos mais caro).
É um espectáculo, tem 5 cabeças de corte diferente e vários pentes. Serve para aparar e estilizar barba, bigode, pêlos do nariz e das orelhas, as sobrancelhas e a nuca. Tem até uma cabeça para aparar (e com diferentes "alturas") os pêlos do corpo, e julgo que servirá também para aparar os pêlos da gaita e dos tomates, quiçá mesmo os do cu também!

Mas uma coisa o aparador não faz. Não corta o cabelo. Mas, como seria de esperar, foi para isso mesmo que o comprei e foi para isso mesmo que o usei! Aliás não fazia sentido ter aqueles pentes todos e não aparar o cabelo. E digo-vos, ficou que foi um espectáculo. Grande parte do mérito vai para a Carolina que acabou por fazer de cabeleireira e usar ela o aparador, pois eu estava com algumas dificuldades em saber como cortar a parte não visível. O único problema é que não sendo feito para aparar cabelo, a cabeça é mais pequena e demora um pouco mais, mas com os acessórios todos que tem, o resultado final é o mesmo.
E não vai haver grandes riscos de "abusar" da máquina pois agora tendo, posso aparar, ou ela pode aparar-me, o cabelo muito mais vezes, cortando pouco de cada vez.

Agora só me falta descobrir como usar para os efeitos que foi concebido...

quinta-feira, abril 10, 2014

Todos os dias é dia de algo

Navegando pelo Facebook hoje, comecei a ver publicações referentes ao Dia do Irmão. Admito que era coisa que desconhecia e fiquei a pensar se era mais um movimento cibernético ou na realidade existe um Dia Internacional designado por alguma entidade tipo ONU ou assim como existem tantos outros.

Fui investigar e comecei por encontrar logo no Ask.com uma resposta que é celebrado no último Sábado de Março. E havia uma referência ao site brotherandsisterday.com e tudo.

Mas a data não coincide! Como podem estar tantas pessoas no Facebook enganadas? Será que para os portugueses isto é outro dia?
Continuei a investigar...

O cute calendar fala do mesmo dia com o mesmo nome, diz que é celebrado internacionalmente, mas é apenas a 2 de Maio de 2014, ou seja, falam ainda 22 dias!
Mau, assim não pode ser. Um site diz que já foi, outro diz que falta. E a malta do Facebook continua enganada? Hummm...

Toca a ir ver o que diz a my beloved Wikipédia. E aqui está a prova que faltava! Afinal no dia 10 de Abril celebra-se mesmo nos States o Sibling Day, que traduzido dá no Dia do Irmão.
Curiosamente tanto este como o Brother & Sister Day foram criados há poucos anos e por mulheres para homenagear os irmãos que morreram.
Mas uma coisa parece-me clara. Dia 10 de Abril é dia nacional do irmão nos States. Portanto a malta não norte-americana celebrar no Facebook parece-me um pouco precipitado.

E resta saber quando é que é realmente o Dia Internacional. Tem de existir porque todos os dias é dia de alguma coisa.
Tentei encontrar rapidamente mas não me apareceu logo, mas haverá certamente também o Dia Internacional da Merda e o Dia Internacional do Esgalhanço do Pessegueiro. Este último, tal como o Dia do Irmão, pelo menos já existe nos States...

Oportunismo, o denominador comum

Não serei certamente o primeiro a dizer isto pois já muita gente iluminada há muito terá chegado à mesma conclusão mas acreditem em mim quando digo que o que vou escrever aqui é 100% fruto da minha capacidade dissertiva e uma conclusão a que cheguei por mim mesmo.

Um dos maiores representantes da extrema-direita, ou fascismo, é o Partido Nazi de Adolf Hitler. O termo Nazi surge do seu nome Nationalsozialistische, ou seja Nacional-Socialista e ainda tinha o título de trabalhista no nome também. À primeira vista até parecia ser um partido de esquerdo e por isso chegou a ser considerado no início um partido "irmão" do Comunismo Soviético de Estaline.
Na verdade Hitler achava que o seu partido abrangia todas as classes e servia todas as ideologias e quando estava preso criticava de igual modo a esquerda e a direita. Foi muito influenciado por um dos indiscutíveis pais do Fascismo, Mussolini, por isso não se pode dizer que os Nazis eram socialistas.

Mas na verdade muitos daqueles que mais tarde se revelam verdadeiros fascistas ora flutuam entre a extrema-direita, com noções nacionalistas, promessas de combate ao crime e xenofobismo, ora entre ideias extremistas socialistas (esquerda) como o garantir apoio a todos os cidadãos (mas só os que merecem), proteger os pobres, garantir trabalho para todos, etc...
Curiosamente os partidos comunistas (os que seguiram ou ainda seguem as antigas ideias Soviéticas) partilham quase os mesmos ideias, como um forte fervor nacionalista (como no caso do PCP que é basicamente anti-europeu) e também são xenófobos sem o admitir (basta olhar para o caso da Rússia Soviética e como trataram as minorias, sobretudo no tempo do Estaline).
Ambos os sistemas são pela sua própria ideologia totalitários, sem grande "amor" pela liberdade sobretudo de opinião.
Existe uma grande diferença que se comprova pela história: o comunismo destrói a economia, o fascismo destrói a educação. Ambos destroem a sociedade excepto quem pertença à maquina do partido.

Mas se são 2 ideologias opostas como podem ser 2 lados da mesma moeda? Porque na realidade partilham o mesmo sistema: o oportunismo.
Jogam com o medo das pessoas, prometem segurança,trabalho e bem estar para todos.
Quando a vida corre bem à maioria das pessoas, eles passam despercebidos e ninguém lhes liga mas quando a vida está dura, o discurso começa a soar bem.

Para mim está mais que provado e confirmado que os 2 sistemas falham redondamente e já nem deviam ter lugar na sociedade de hoje.
A questão é que ainda têm pois aparecem disfarçados de outra coisa.
Os comunistas transfiguraram-se em ecologistas e humanistas (já existem poucos Partidos Comunistas por essa Europa fora) que defendem os fracos e oprimidos e combatem os "novos fascistas" que eles consideram serem os neo-liberais que querem subjugar a sociedade a uma ditadura da economia.
Os fascistas admito que ainda não sei que novos nomes usam, mas muitos continuam a usar termos como Liberdade e Nova Democracia e nem todos assumem o Nacionalismo no seu título. Na verdade os fascistas transfiguram-se em diversas coisas defendendo a moral e os bons costumes, mas têm ganho cada vez mais expressão conforme na Europa de hoje são notórias as falhas de ideias de esquerda teoricamente bons, mas que resultam numa má aplicação.
Mas mesmo com novas caras, os 2 sistemas mantêm os mesmos hábitos e comportamentos de antes. Sabem apontar muito bem os problemas, arranjam sempre culpados externos (outros países, o sistema capitalista, os imigrantes) e poucas ou nenhumas vezes conseguem propor soluções.

Termino com uma reflexão. Se vivemos numa sociedade democrata e livre, devemos permitir que existem partidos fascistas e comunistas. Julgo no entanto que em muitos países europeus o fascismo é ilegal (daí eles usarem outros nomes). Compreendo porquê. Apesar de vivermos numa sociedade livre não se pode permitir que hajam grupos que defendam o fim da liberalidade porque esse é até um crime contra a humanidade. Mas não consigo perceber como é que o comunismo, sobretudo o marxismo-leninismo, nunca foi igualmente proibido. Como se vê pela história, sempre que um Partido Comunista chegou ao poder (sem ser por coligação), acabou com a liberdade e criou um regime totalitário.

sexta-feira, abril 04, 2014

Quem sai aos seus não degenera

Não é toda a gente (e ainda bem), mas muitas pessoas dizem que o meu puto está está cada vez mais parecido comigo. Já li mesmo um comentário a uma foto, que ele está uma cópia minha. Não me chateia, isso é sempre bom de ouvir ou ler, porque é uma confirmação que seremos mesmo os pais. Não que eu precisasse mas há sempre quem gosta de picar a dizer que só a mãe é que não se tem dúvidas, o pai é naquela..

Mas o melhor de tudo é ouvir constantemente, para mim é mais ler, que ele está muito lindo. Eu também acho mas eu sou suspeito. Mas de qualquer maneira, se ele está uma cópia minha e é muito lindo, isso quer dizer que eu também sou muito lindo. Então mas porque é que a mim ninguém diz que sou lindo? Está mal!

Mas isto de ter um bebé, e muito lindo por sinal, é óptimo. Ainda a Carolina estava no início do gravidez e eu já via o potencial futuro de ter um filho. Uma pessoa vai a um evento com muito gaijedo, a mulher vai fazer umas coisitas, tipo falar com os amigos e tal, e eu fico uns tempos sozinhos com o miúdo. As gajas vão chegando e falando, porque um bebé lindo é um chick magnet (um íman para gajas) e a maioria das raparigas gostam de ir ver e fazer festas.
Elas: Ah e tal ele é tão giro, que fofo!
Eu: Se quiseres faço-te um igual.