terça-feira, dezembro 14, 2010

Espera-se e muda-se

O que leva um gajo que vai a pensar em comer um dos mega-hiper-carrochos que se vendem na Leidseplein a mudar de ideias e sentar-se num restaurante argentino (sim, são muitos) e comer um belo dum bife, com salada, uma jacket potato (batata grande assada com casca) e ainda malhar uma margarita, um copo de tinto (que era muito fraquinho) e uma sobremesa? Provavelmente o facto de estar um bocado frustrado com o esperar pelo autocarro que nunca mais vinha até apanhar outro que permitia, com as devidas mudanças, chegar ao mesmo sítio.

O problema de um gajo andar anos a fio com transporte próprio é que quando tem de andar ao sabor dos transportes públicos falha um bocado. Como por 2 ou 3 vezes já, via o autocarro ou o Tram a sair quando estava a chegar à paragem, e porque depois para a IBM não há autocarros a cada 5~10 minutos como nos outros sítios mais centrais, perder o transporte "certo" pode significar ter de esperar até meia-hora (o que para aqui parece uma eternidade). Aliás nessas alturas sigo a pé, porque acabo por gastar menos tempo...
Portanto agora vou um pouco mais cedo para ter a certeza que não perco o autocarro "certo". E até porque já vi que o autocarro pode passar mais cedo que o previsto (no caso de estar tudo calmo) como por exemplo aconteceu no fim-de-semana, ou agora mesmo no regresso ao HEM Hotel que o autocarro veio 2 mins (pelo meu relógio que é suposto estar certinho quase ao segundo) mais cedo! E hoje, como distraí-me e deixei passar a hora para sair a tempo do 145 das 18:53, fui a tempo para ir nas calmas apanhar o das 19:20. Só que mesmo chegando 5 mins mais cedo, às 19:35 nada de autocarro, então apanhei o 195 não fosse o outro ter passado um bom bocado mais cedo e ter de esperar mais 15 mins ao frio pelo próximo!

Mas se a malta pode já estar a pensar que estou-me a queixar de barriga cheia (e literalmente ainda estou de barriga cheia) e que os transportes aqui são óptimos (comparados com Aveiro são ... nem tem comparação sequer!), posso já vos dizer que nem tudo é maravilhas, porque fui à Leidseplein para comprar um crédito de €10 para o meu "fabulástico" cartão pré-pago da Lebara (bela merda que arranjei, assim que puder mudo para uma assinatura).
É que aqui na Holanda não existe Multibanco, aliás como em todo o resto do Mundo cada banco tem a sua máquina que serve apenas para levantar dinheiro, e portanto pagar qualquer coisa pelas máquinas ATM é uma "coisa do outro mundo" para estes gajos aqui, quanto mais carregar os telemóveis...

Mas tenho que me pôr fino com os autocarros. É que se daqui do HEM Hotel posso ir pelo 145 (o mais perto), ou através do Tram 2 e 195 (o indicado aos turistas) ou a pé, quando me mudar para a minha nova casa, só vou ter o 145 (em sentido contrário). Que só passa de meia em meia hora e ficar meia-hora à espera na paragem ao frio é de deixar um gajo um bocado para o lixado, para não dizer a bater o dente.
E ainda terei mais de 1 mês nesse esquema, porque só trarei carro em final de Janeiro.

Ah pois é, tinha-me esquecido de dizer que arranjei uma casa. No sábado pouco depois de ter deixado a anterior crónica, fui ver um apartamento numa zona mais assim para o chique ("it's very poshy", disse a minha Team Leader irlandesa) e gostei tanto que fiquei com ele.
Mudo-me esta sexta.
E apesar de tudo o preço nem é muito elevado comparado com os outros anúncios que vi em relação ao que oferece...
Mais sobre o mesmo um outro dia, mas posso adiantar que vou para a terra do Marco Van Basten!

Nesse mesmo sábado, quase em jeito de comemoração sem o ter sido, acabei por me juntar a um casal de tugas (onde o rapaz é meu conterrâneo) para ir jantar com um outro casal a Haarlem, num restaurante português chamado Azul.
Antes disso, e depois também, fizemos uma paragem num bar muito catita, a fazer lembrar os bares do tempo da WWII com montes de referência à aviação e uma velhota a tocar piano e tudo.
Disse-me o colega holandês que nos acompanhava que este bar tinha sido eleito o melhor da Holanda há pouco tempo. E depois o meu conterrâneo explicou-me a decoração e o próprio nome, que senão me engano (e depois de ir ver uma olhada na Wikipédia) é Spin, porque esse é o nome do primeiro avião construído pelo Fokker, que era de Haarlem!
O que sei é que Haarlem merece uma nova visita mas com luz do Sol, porque como fomos para jantar (mesmo tendo ido pelas 4 e tal da tarde) já chegamos com noite...

E pronto, estão assim mais alguns dados e facto cronicados; a ver se na próxima disserto aí sobre qualquer porcaria estúpida!

1 comentário:

  1. Haarleem é mtooo giro. Não vás lá é a contar com a praia no verão, que aquilo é pior que ir pra Espinho num Domingo. Ou Costa da Caparica ou Carcavelos. É só bexiguice e não consegue encontrar um único lugarzinho na praia. Há malta que vai pra lá às 7 da manhã no verão só pra ter lugar pra estacionar. Os Holandeses drogam-se.

    ResponderEliminar

Opina à tua vontade