domingo, janeiro 26, 2020

Há coisas que me irritam


Os meus miúdos tem vários comportamentos que me irritam, mas como estamos no Domingo tenho de falar daquele que me é particularmente irritante: durante a semana, dia de ir prá escola/creche, temos que os acordar e tirar da cama, não sempre mas na maioria dos casos. Ao fim-de-semana eles gostam de acordar cedo, como neste (6:30 ontem, 7:15 hoje). Quando um gajo quer dormir, descansar, escrever ou simplesmente ver o Autralian Open e/ou as 24 Horas de Daytona sossegado, irrita profundamente!

Obviamente a foto ali em cima não é deles já acordados esta manhã, nem sequer este fim de semana, mas é uma foto recente que eu tinha, a brincar na biblioteca no meio de livros que torna a brincadeira mais erudita. E os miúdos são assim mesmo, irritam os pais, diria até que na maioria do tempo. Mas a culpa não é deles, é nossa que os decidimos ter, por isso é "comer e calar"...
Mas ser pai não é só irritações, tem muitos momentos bons e passo muito tempo a pensar para mim próprio (pensar para os outros só deve ser possível para os telepáticos!) que o principal é EU mudar e irrelevar (não está nos dicionários mas não é incorrecto) os fait divers diários.

Outra coisa que me irrita é, ver regularmente nos transportes públicos, malta (e não apenas jovens) com iPhones, AirPods, casacos Helly Hansen, mochilas Fjällräven Kånken, jeans G-Star Raw e calçado UGG, a dar o golpe do chipkaart para poupar uns cêntimos ou 1~2 euros (quando não fazem check-in ou fazem o check-out logo depois de entrarem). Eh pá! Andam com adereços de muitas centenas de euros mas não têm dinheiro para o passe? Ridículo mas sintomático dos dias de hoje...
E sim, continuo a usar os transportes públicos para ir para o trabalho diariamente, não porque agora é Inverno e pouco agradável andar em 2 rodas, mas porque espatifei a mota que comprei, já há uns meses, quando, no regresso do trabalho, um carro virou à esquerda mesmo à minha frente e não consegui evitar espetar-me na porta traseira dele. Como a mota era antiga e o estrago custoso, foi dada como perdida e agora espero que melhores dias venham para arranjar outra (ou reconsiderar as opções).



Portanto continuo a irritar-me regularmente quando perco tempo à espera nas mudas de transporte. Agora já estou bem afinado no que toca a sair do escritório e optimizar o tempo de viagem, mas volta e meia ainda acontece o metro atrasar, ou haver muitas pessoas na estação de Zuid que atrapalham, e chego à linha 3 e o comboio já tem as portas fechadas. Mas o mais comum é ter de esperar pelo autocarro, seja de manhã seja ao fim do dia. E mesmo com uma frequência de 5 minutos, sempre que perco o autocarro almejado, o seguinte está atrasado (lei de Murphy)...

Assim sendo, ainda demoro mais tempo do que o desejado a ir e vir para a Atlassian. E aí tenho de aturar outras coisas que me irritam, nomeadamente o não conseguir ter leitura do meu chefe e do second-in-command na equipa. Quer dizer, tenho uma leitura, acho que eles não gostam de mim, porque quando falo com eles ou eles olham para mim estão sempre com cara de enchufados! Não sei é ao certo qual a razão! Presumo que seja uma questão de personalidades, certamente associado ao facto de eu ser mais velho, já estar aqui na Holanda há vários anos, e perceber alguma coisa da poda, logo não andar sempre a pedir favores ou tirar dúvidas.
E eu sei que tive dificuldades a adaptar-me à carga de trabalho e a rapidez das mudanças, muito mais elevadas do que tive nos anos anteriores, mas depois de me habituar, e sobretudo adaptar-me ao novo ritmo (e obviamente depois de estar mais familiarizado com o produto, tecnologias e métodos), e conseguir chegar ao topo da lista em varias métricas, nada de palavras positivas nem caras alegres. Sempre os mesmos olhares vazios, desprovidos de emoção que chegam a parecer de desprezo ou de fastio tipo "este gajo ainda está por aqui...".
Enfim, há uns tempos tive a sensação que tinha entrado na equipa errada, não pelo produto que suporto ou trabalho em si, mas pelo estilo do manager e seniores. O "casamento" não parece resultar, a ver se é só uma coisa passageira, um problema com a (parte da) equipa ou se é mesmo com a empresa!

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