quarta-feira, maio 01, 2019

Foi o dia do trabalhador


Acho que foi ontem, e não hoje, quando falava ao telefone com a minha mãe que a Carolina disse que ia novamente começar um novo emprego em dia de feriado, em Portugal. É mesmo verdade; há 8 anos e 5 meses comecei o meu percurso profissional aqui nos Países Baixos no dia 1 de Dezembro, meu aniversário mas também feriado em Portugal. E agora no dia 1 de Maio, Dia do Trabalhador e feriado em muitos países menos aqui, que levam o nome à letra e por isso celebram a trabalhar, comecei um novo percurso profissional (apesar de ser a terceira empresa, a HCL era uma continuação do emprego da IBM apenas sob nova alçada).

Esta crónica não deveria ter sido o texto publicado no blog após o anterior sobre a minha espécie de libertação religiosa. Tinha alinhavado uma dissertação política aproveitando as eleições provinciais holandesas e o 25 de Abril mas estava de férias e quando voltei foi acabar as últimas tarefas antes do regresso à vida activa. As férias também me deram 2 temas para 2 textos (dissertação e crónica) mas o tempo era demasiado curto para qualquer um deles.
Não escrevo nenhum desses texto pois prefiro escrever sobre o dia de hoje enquanto está fresco.
E sim, esta foto parece-se muito com uma anterior que usei, da primeira vez que falei que iria trabalhar para a Atlassian, mas esta foto tirei eu esta manhã e a outra tirei-a da net (mais propriamente do Google Maps).

Não vou fazer um relato exaustivo do meu primeiro dia. Vou deixar uma lista de frases que resume o mesmo e assim dá margem para a imaginação e para perguntas.

Ida em autocarro, comboio e tram e regresso em metro, comboio (com paragem no aeroporto) e autocarro - deu para usar quase todos os tipos de transporte público disponíveis logo no primeiro dia;
O meu novo manager (chefe da equipa) é casado com uma portuguesa e vai de moto (e uma naked ainda por cima) para o escritório (que é o que eu ambiciono fazer daqui a algum tempo);
A orientação (o dia foi todo para isso) teve uma música oficial: Dale a tu cuerpo alegría, Macarena, hey Macarena - Se quiserem saber porquê, perguntem;
Sabiam que existem árabes altos, magros, loiros e de olhos azuis? Ele se calhar não é exactamente árabe mas identifica-se como tal, e chama-se Mohamed e tudo!
BYOD é um conceito cada vez mais comum na indústria do IT e quer dizer Bring Your Own Device (Traz o Teu Próprio Dispositivo) mas na Atlassian parece que alguns pensam que quer dizer Bring Your Own Dog...
Vou passar a ser um gajo da Apple, pelo menos a nível de trabalho pois pela primeira vez na minha vida depois do curso técnico-profissional uso um Mac (Macbook Pro para ser mais preciso);
Quando me pediram para escrever num post-it as coisas negativas do primeiro dia eu escrevi primeiro "I suck at using Macbook" que em Português seria algo como "Eu não pesco nada de Macbook" (a segunda que escrevi foi que estava com uma dor de cabeça);
Ambiente multi-cultural com nível ainda mais elevado pois com perto de 150 pessoas no escritório de Amesterdão abrangem 50 (ou quase) nacionalidades!
O nome Bruno Costa para uma francesa com pai hondurenho que cresceu em Madrid (e a ir ver todos os jogos ao Santiago Bernabéu desde pequenina) é nome italiano. Ficou admirada de eu ser português, isto apesar do marido ser meio-português...
E esse marido meio-português pensa como eu, que a melhor palavra para designar o ambiente da Atlassian é hipster;
Em quase 6 anos de IBM ganhei uma t-shirt e pouco mais; em 2,5 anos de HCL ganhei 2 t-shirts e 1 polo (sendo que o polo era dos tempos da IBM) e pouco mais; em 1 dia de Atlassian ganhei uma mochila, 1 camisola com capuz, 1 par de meias, um bloco da Moleskine e 1 termo;
Agora que os dias estão a crescer presumo que a vinda para casa do escritório vai dar origem a alguma frustração porque o mar de turistas que se tem de cruzar é imenso;
Mas por outro lado vai dar muita inspiração para textos, fotos e tweets engraçados: só hoje passei por um gajo na Dam com uma faixa que dizia "Lula Livre" e na estação de metro estava um travesti a fazer uma sessão de fotos (o travesti era o fotografado)...

E já chega por hoje. Vou dormir que se faz tarde e agora tenho de acordar mais cedo do que era habitual.

3 comentários:

  1. Marcarena? porquê?
    Já pensaste vi até Amesterdão de carro e depois seguir de eléctrico?

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    1. A tal francesa que cresceu em Madrid era a colega responsável pelo primeiro dia, fazer a nossa orientação, e chama-se Macarena. Nunca se tocou a música mas obviamente ao entrares e te dizerem "A Macarena já vem ter contigo" a música toca logo na tua cabeça :-D
      Resisti mencionar a música durante a manhã mas ao almoço tive de lhe perguntar quantas vezes por dia/semana ela ouve uma piada por causa da canção.

      Ir de carro até Amesterdão e apanhar tram não vale a pena. O melhor seria usar o 2 pq dá para estacionar sem pagar (por enquanto) mesmo pertinho mas é mais ou menos o mesmo tempo que demorava a ir para a HCL que em média (por causa do transito) eram 25 minutos. Depois são mais 40 no tram. Seria sempre mais demorado e com a desvantagem do carro ficar "fora" e sem uso para ninguém a maioria do dia. Assim ao menos fica em casa e a Carolina pode usá-lo (e vai usá-lo).

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    2. ahahah sim, mal disseste que ela se chamava Macarena comecei a ouvir a música e a visualizar gente a dançar...
      Pois tens razão, sim finalmente a Carolina atreve-se a conduzir yeaaaaaahhhhh

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