quarta-feira, março 27, 2019

A conjuntura da eléctrica (escova)


Eu e o meu grande amigo Daniel (já somos amigos desde 1992) costumávamos conversar todos os dias por IMs, sendo o Skype aquele que usávamos nos últimos anos. Curiosamente eu comecei a ter problemas em usar o Skype (normal) quando instalei um novo programa de segurança no portátil do trabalho e no último ano não temos falado quase nada, porque também não estamos sempre no Messenger (o do Facebook) e eu não tenho o habito de estar sempre no WhatsApp. Mas adiante...
O Daniel já há bastante tempo, alguns anos digo eu, estava a pesquisar escovas de dentes eléctricas. O Daniel é daqueles gajos que quando quer comprar algo investe bastante numa pesquisa e por essa razão eu confio nas escolhas, ou conselhos, dele. Lembro-me dele na altura dizer que apesar das escovas tipo Oral-B serem as mais populares, as da Philips eram melhores (e vendo as mesmas, elas são realmente iguais às escovas de dentes normais). Então eu nessa altura pensei em comprar uma mas a Carolina descartou achando que era apenas porque o Daniel também tinha comprado ou ia comprar.

Passado mais algum tempo tivemos a visita do Rui e da família aqui e eles todos usavam escova eléctrica (a mesma mas cada membro com a sua cabeça). O Rui até comentou a vantagem dessas escovas para os miúdos pois eles com a eléctrica queriam sempre lavar. Lembro-me perfeitamente de ter tentado usar o argumento com a Carolina mas ela continuava a achar que não era preciso.
Nem mesmo quando a Ana nos falou do seu marido, o Gerben, ter finalmente comprado uma e como ele estava contente pois para ele usar era equivalente a ir fazer uma limpeza a um dentista, a Carolina demonstrou abertura a comprar.

Eu poderia ter comprado, é verdade, ela nunca me proibiu disso e já comprei outras coisas mais caras. Mas realmente não cheguei a comprar por não saber ao certo o quê. Nunca me saiu da cabeça comprar uma da Philips mas depois qual, que funcionalidades ter, etc, nunca me consegui decidir e nunca investi a mesma energia e tempo que o Daniel investe.
Mas ontem (terça-feira) os meus colegas da HCL foram muito generosos comigo e em troca do bolo, comes e bebes que levei em jeito de festa de despedida, ofereceram-me um vale de €50 numa loja online mais €90 em dinheiro (e flores também). Eu cheguei a casa e disse à Carolina que era agora que ia comprar a escova de dentes eléctrica.

O mais curioso de tudo foi o comentário dela; ela tinha estado em casa duma amiga no Sábado pois foram a uma festa juntas e reparou nas miúdas a lavar com escova eléctrica. Depois chegou outra amiga e ela comentou que eu queria comprar ao que a resposta do grupo foi "mas vocês não têm escova eléctrica!?!?". E prontos, depois das amigas dizerem que usam e que é óptimo para os miúdos a Carolina ficou finalmente convencida.

E agora tenho de introduzir a secção de dissertação neste texto que até ao momento tem sido mais uma crónica:
Que leitura podemos fazer de tudo o que escrevi até agora no que respeita à Carolina e à sua posição sobre escovas eléctricas? Enquanto fui eu a falar não estava convencida mas depois da opinião das amigas já ficou!
Isto é uma coisa muito familiar, tanto para homens e mulheres, e não é culpa da Carolina, é de todos nós: opiniões de dentro de casa costumam ter muito menos valor do que opiniões de fora de casa.
Tenho quase a certeza que muitos de nós sofremos desse problema com os nossos pais, que descartam a nossa opinião porque somos os filhos, e eles vêm sempre os filhos como crianças ainda, mas se alguém de fora disser exactamente a mesma coisa já levam em consideração!

Mas avancemos porque a conjuntura da escova eléctrica ainda se aplica, uma vez que eu não sei ao certo que escova comprar. Aproveito este texto a ver se a malta que me lê me pode dar umas sugestões. Os meus únicos requisitos são: que dê para colocar cabeças apropriadas para crianças e que seja resistente pois as mesmas crianças vão dar-lhe algum mau trato certamente...

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