domingo, janeiro 10, 2016

Siddhārtha Gautama ... ou o problema em armar-se em culto

Antes de escrever este texto fui pesquisar usando alguns termos para saber se já teria dissertado sobre isto antes. Tenho a certeza que já terei falado mais ou menos disto mas como o estímulo para estar agora a escrever foi o que via na TV há uns dias, é certamente diferente.

Assistia eu no início desta semana a um dos primeiros, senão o primeiro, programas do novo concurso da RTP, The Big Picture e aparece a pergunta de quem era a principal figura por detrás do Budismo, ou seja por outras palavras quem era o Buda.
Apareceram quatro nomes e eu admito que não sabia quem era, mas tinha de ser o Siddhārtha Gautama por exclusão de partes, pois as outras opções eram Confúcio, Jesus Cristo e Maomé.

A concorrente também parecia não saber mas escolhe o Confúcio e explica que foi porque tinha lido há pouco tempo um livro sobre o Siddhārtha Gautama!
E assim se descaiu...

Ora bem, eu fiz logo um juízo de valor da concorrente. Então leu um livro sobre o gajo há pouco tempo e não sabe que ele é o Buda? Muito estranho...
Podia estar a fazer confusão ou podia estar a fazer aquilo que muita gente faz. Armar-se em inteligente ou culta, que conhece coisas e lê livros sobre gente com nomes estranhos e etc...

Este tipo de comportamento é muito visto nas pessoas. Aliás acho que todos nós o fazemos de vez em quando, nem que seja apenas para manter a outra pessoa a falar sem entrar em mais detalhes e a conversa ser ainda mais chata.
Outras vezes o assunto diz-nos qualquer coisa e vamos fingindo que estamos a par do que se fala enquanto tentamos puxar pela memória.
Mas muitas vezes as pessoas tentam parecer mais inteligentes ou cultas porque acham que é isso que se espera deles. Mas rapidamente escorregam na armadilha.
Como foi o caso da concorrente que escorregou logo ao tentar parecer mais culta.

Claro está que ela podia estar nervosa e estar a fazer confusão entre livros ou nomes. O apresentador ajudou falando em mudar de resposta e ela, como sabia que não seriam os outros dois, lá escolheu o Gautama.
Só que quando é confirmada a resposta ela cometeu outra gaffe, o que para mim foi prova que ela "armou-se em culta" antes, quando disse que tinha pensado melhor e o Confúcio realmente era mais dos Gregos! O Confúcio era Chinês (e eu até pensava que muita gente sabia disso)...

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