domingo, julho 19, 2015

A cortesia não traz nada de bom

Ainda noutro dia comentava com o meu amigo Daniel por Skype que ser-se demasiado bonzinho só prejudicava por vezes. E uns dias depois estava a dizer o mesmo a um colega holandês viúvo que agora meteu-se em dating sites (sites de encontros com mulheres).
O comentário em questão aplicava-se mais ao ser-se o "amigo bonzinho" das mulheres, mas na realidade aplica-se em muitas coisas.

Hoje tive um exemplo disso mesmo, e também com uma mulher.
Estava no transito e deixei uma mulher entrar à minha frente num cruzamento, apesar de eu ter a prioridade naquele caso. Mais à frente estava uma carrinha de mudanças a bloquear a via, mesmo antes de um semáforo. Quando fica verde a mulher decide arrancar na mesma, apesar de vir um tram em sentido contrário o que não deixava espaço para passar. Bateu de lado no atrelado da carrinha de mudanças e felizmente parou antes de bater de frente no tram. Depois ficou ali parada, sem saber o que fazer. Eu já vendo a situação nem sequer tinha avançado, por isso ela podia recuar para a posição original, para que o tram passasse e ela depois pudesse contornar com espaço e em segurança a carrinha.
E assim foi mas só depois do condutor da carrinha ir falar com ela, pois ela parecia achar que mais valia ficar ali quieta até que algo de maior acontecesse. Só que ao recuar para trás ia-me batendo, apesar de eu ter imediatamente recuado também até onde podia ao ver o tipo de manobra que ela estava a fazer. Foi por um triz que a minha delicadeza ou cortesia na estrada não resultava num para-choques e farol partidos...
A situação lá se desbloqueou, não sem antes um chico esperto num táxi achar que podia passar por todos os pacóvios que estava parados na estrada sem razão. Mas nada de estranho numa cidade e com taxistas...

E pronto, este foi o resultado de eu ter decido dar um jeito, ou uma ajuda, à senhora condutora. Fiz com que ela raspasse a lateral do carro e empatasse o trânsito, um tram incluído, durante alguns minutos. Mais vale ter ficado quieto.
E antes que digam qualquer coisa, não faço a mínima ideia se ela era bonita ou jeitosa, pois estava a chover muito e só reparei que era mesmo mulher num relance, quando ela passou à minha frente vinda do cruzamento. E depois mais tarde quando me ia batendo, mas aí o meu estado de espírito já era outro para a considerar gaja bonita ou boa...

Deveria era também ter parado mais à frente e esperar que viesse um tram no mesmo sentido. É que a carrinha das mudanças, apesar de estar encostada ao passeio estava a tapar os carris, e um tram não se pode desviar de um obstáculo na via de rodagem...

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