sábado, janeiro 17, 2015

Pensamentos e dedos a fluir em estado de sonolência intermédio

Comecei a escrever este texto porque surgiram pensamentos na minha cabeça que me pareciam que resultariam bem em escrito, apesar de serem algo vagos, pois o sono trava neste momento uma batalha com o lado consciente do meu corpo, ou cérebro.
Parecia que iam ser frases curiosas, mas de repente dei por mim a descrever detalhadamente os acontecimentos desta noite aqui na Casa BaKana de Amesterdão.
Definitivamente não era mais um texto interessante, mesmo tendo eu o desplante de pensar que outras pessoas se interessarão pelos filmes que (não) vejo e pelas interrupções de sono, o chamado sono interrompido, produto de uma criança novinha que sofre com ataques de tosse.

Seleccionei tudo e apaguei e comecei novamente. E se calhar este texto está a tornar-se numa coisa semelhante ao anterior que foi destruído.
Mas este não vou destruir. O meu objectivo era deixar os dedos fluir e escrever qualquer coisa, mesmo com pouco sentido, neste estado de semi-sonolência.

Dizia noutro dia o meu colega Bren que um qualquer filósofo contemporâneo de Nietzsche, aparentemente gostava tanto do estado de adormecer que tinha empregados para o acordar apenas para adormecer novamente.
Será verdade? Eu também gosto de adormecer, mas ficar adormecido. Quando me é negado esse prazer fico muito mal-disposto e não sou uma pessoa para se estar por perto nessa altura. A Carolina que o diga, que tem de ouvir o chorrilho de insultos e palavrões atirados para o ar, mais contra a situação do que qualquer pessoa específica.

Deveria ter ido para a cama, mas recusei por estar precisamente enraivecido, pois a criatura mais nova negou-me essa benesse quando me preparava para ir deitar, e agora ocupa também parte do meu lugar. Sei que partilhando a cama com eles neste estado, qualquer gesto ou barulho servirá apenas aumentar a minha revolta, resultando em despertar cada vez mais ao invés de cair no sono. E ele continua a tossir, com regularidade, depois de ter passado quase 4 horas bem calminho.
É só mais uma, ou várias, Lei(s) de Murphy em acção...


A meio da escrita, depois de notar que voltei ao tema favorito de falar de mim e descrever acontecimentos, estive novamente para destruir parte do texto e retomar. Mas aí já era ludibriar demasiado o objectivo da escrita de agora. Portanto como já o fiz por diversas vezes, lá me vou contradizer e contrariar novamente.


O que devia fazer mesmo era ir ler Nietzsche. Se ler e memorizar algumas das suas ideias ou frases, poderei depois citá-lo tanto por escrito como em viva voz durante conversas e assim passar eu também por um grande intelectual, pois ditam as regras que as grandes cabeças pensantes citam Nietzsche. Ou Sartre, tenho de ler também, e já agora Immanuel Kant... Se calhar se decorar os artigos da Wikipédia sobre eles já consigo passar por uma grande autoridade* na matéria.
Sem dúvida que ler filosofia a esta hora iria ser muito benéfico para adormecer por fim...

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