terça-feira, setembro 30, 2014

Às vezes o que precisamos é coisas simples

Hoje nos canais daqui o único filme de jeito que tava a dar era o American Reunion, o último filme da saga "American Pie", que começou em 1999.
Estive a rever o filme e até passei um bom bocado, rindo-me das piadas simples e relembrado tempos idos, pois é sobretudo para isso que o filme serve, malta que agora está mais velha a lembrar-se de tempos de adolescência ou ainda jovens adultos, tanto as personagens no filme como nós, pois é isso que os filmes dessa época, assim como a música, nos fazem. Uma viagem aos tempos em que tudo era simples e haviam sempre aventuras mesmo que só ao fim-de-semana...

O "American Reunion", assim como muitas comédias do género, não é nenhum filme extraordinário. É até um filme bem simples, mas por vezes é mesmo disso que precisamos. Uma comédia leve que não obriga a pensar muito nem exige total atenção. Nem sempre precisamos de ver aqueles filmes mesmo intensos e bons, candidatos a Óscares e outros prémios em festivais famosos com Cannes, Berlim e Sundance. Filmes bons exigem atenção e prendem-nos mesmo. Os dramas chegam a deixar-nos alterados de espírito e aqueles filmes com factor "UAU" até nos deixam completamente extasiados e passados dos cornos.
Mas tem dias, ou noites, que o que precisamos apenas é de um "American Pie", para deixar metade do cérebro desligado e ficarmos satisfeitos sem grande esforço mental ou emocional.
Mas apesar de gostar de ver estes filmes simplórios de vez em quando, ainda tenho alguns valores por isso mudei de canal quando começou o outro filme, o "Deuce Bigalow: Male Gigalo"!
Para isso mais vale ver um canal pornô onde também não preciso pensar muito e ... EI CA P...TA DE MAMAS, OUBE LÁ!

domingo, setembro 28, 2014

Estou derreado, mas nunca pior

Há mais de 3 semanas que não disserto, não cronico nem tampouco dou (escrevo) uma rapidinha. Estou derreado, que é como quem diz, ando cansado, ou mesmo exausto vá.

Estava para escrever uma dissertação séria sobre as ameaças à Europa, sobretudo Ocidental, focando-me no perigo maior que é o que vem debaixo, de Africa. Mas depois não tive cabeça para aprofundar esse tema. Mas o Ébola é foda, amigos, e isto está pior, ou mais perigoso, do que muita gente pensa. Como escreveu alguém, noutro blog, a malta prefere não falar das coisas mesmo perigosas e más e por isso o assunto cai para segundo ou terceiro plano à face de outros perigos ou situações voláteis (como o Estado Islâmico e o urso Russo) mas tendo em conta que esta epdiemia ainda está descontrolada (o crescimento continua a crescer) de repente no final do ano podemos-nos deparar com mais de 1 milhão de infectados e a continuar assim vai haver uma razia.
Unica facto curioso e que pode salvar a Europa, ou parte da população da Europa, é que até agora só 2 brancos morreram e há casos de cura comprovados nos ocidentais. Ou seja é possível que o vírus seja menos perigoso para os não-africanos (caucasianos, asiáticos, etc) mas isso é até uma próxima mutação.

Mas não vou falar muito mais, pois estou cansado.
Há uns tempos largos escrevi que cuidar do filhote era relativamente fácil tirando uma coisa ou outra, mas a partir daí, só para mostrar que eu estava enganado, ou então porque alguém meteu inveja, o sacana do puto mudou um bocado.
É uma fase, diz quase toda a gente, mas salta-se de uma fase para outra! Mas algum dia isto volta aos bons tempos, digo eu...

Entretanto lá vou andando, derreado, mas nunca pior.
Tenho de ver se disserto sobre um tema qualquer estúpido, pode ser sobre os condutores parvos daqui que me buzinam porque não gostam de algo que fiz e na ânsia de barafustar comigo tiram os olhos da estrada e quase se espetam noutro carro. Ou então falar de telemóveis que se dobram, ou assim...

sábado, setembro 06, 2014

Olha, é novamente Dia do Irmão!

Depois de a 10 de Abril muita gente pelas redes sociais, Facebook sobretudo, ter andando a desejar feliz Dia do Irmão, hoje volta-se a ter a mesma febre e lá se vêm imagens e mensagens a desejar feliz Dia do Irmão.
Em Abril foi porque era a data celebrada nos EUA. Hoje é porque é a data celebrada no Brasil.
Na verdade a malta tem memória curta e gosta de ter sempre alguma razão para celebrar qualquer coisa, por isso aproveita-se a data dos outros mesmo que para eventos repetidos.
Como faltam quase 4 meses até final do ano, ainda dará para celebrar o Dia do Irmão mais uma vez.
Por mim hoje vou celebrar o Natal, porque Natal é quando um homem quiser...

Ou melhor ainda, celebro o Dia do Atrasado, pois só publiquei isto a 6 de Setembro :-D*

* frase adicionada após primeira publicação.

segunda-feira, setembro 01, 2014

A minha primeira vez

Apesar de ser um grande fã da Formula 1 e acompanhar quase sempre com muito detalhe os acontecimentos e novidades, apenas há pouco mais de 1 semana assisti a um Grande Prémio in loco pela primeira vez.
Foi o Grande Prémio da Bélgica, num dos circuitos mais carismáticos do calendário, Spa-Francorchamps.

É a escolha ideal para quem mora na Holanda, pois é o que fica mais perto (por estrada) calha normalmente em pleno Verão e o traçado é dos melhores.

Infelizmente não consegui ficar satisfeito em pleno sobretudo devido às condições meteorológicos. A chuva é boa para tornar as provas mais imprevisíveis, e estava a contar com ela, mas a minha ignorância no tipo de terreno nas áreas Bronze (as mais baratas) naquele circuito em particular fez com que não estivesse preparado para assistir às corridas.
Em Spa-Francorchamps, os bilhetes Bronze permitem aceder a muitas zonas distintas e têm a vantagem que permitem ir passeando por quase todo o circuito, dando para ver as diferentes corridas e sessões em zonas diferentes e escolher a que mais nos agrada. Mas a chuva e depois as muitas pessoas, deixaram as zonas cheias de lama e ainda por cima as veredas têm um declive brutal, ou seja, era difícil chegar a um spot decente nas encostas e depois ainda mais aguentar-se lá. Quem já conhece ou preparou-se correctamente, ia bem preparado com calçado apropriado e quase a casa às costas. Certamente também entravam bem cedinho e montavam logo a "barraca" num sítio, e lá ficavam com as cervejas e morfes debaixo da cadeira e o impermeável à mão para se tapar quando as nuvens descarregavam.
Eu e o meu parceiro de Grande Prémio, estávamos à mercê das intempéries.

No Sábado até granizo caiu, pedras grandes como dados! Apanhou-nos na bicha para a barraca dos hambúrgueres e lá ficámos meio-abrigados na pala da barraca. Tarde nos apercebemos que debaixo das árvores estava-se melhor. E o que não falta lá são árvores, pois o circuito está no meio da mata.
No Domingo havia ainda mais gente e era mais difícil chegar aos locais com vista mais alargada sobre a pista. Tentamos nos meter num espaço livre, junto da recta Kemmel mas eu estava em constante estado de desequilibro e durante a corrida de GP2 reparei que não ia aguentar muito mais ali. Ao tentar sair patinei e mandei 2 tombos seguidos na lama, ficando todo cagado do lado direito.
Entretanto tinha visto que havia malta que conseguia ir para o lado oposto da recta, numa zona com erva mas plana (e pouca lama) só que não era uma zona de espectadores. Mas todas as outras zonas porreiras estavam cheias de gente e cheias de lama e aquela tinha pouca gente. E assim foi, metemos pelo meio da mata à descoberta da passagem para o sítio, até que lá demos com ela (seguindo outros pequenos grupos de adeptos com a mesma ideia). Víamos o ecrã gigante e os carros passavam mesmo em frente, mas por estarmos ao nível da pista, numa zona em que passam a 330km/h, pouco se conseguia ver. Ao menos estávamos a nêdio e podendo abrigar nas árvores. Durante a parada, alguns pilotos pararam mesmo à nossa frente, mas para se dirigir ao público que estava no lado oposto e dar uma entrevista a um repórter oficial. A corrida foi seguida sobretudo pelo ecrã gigante pois só dava para ver pouco mais de 1 segundo os carros a passar em frente ao nosso nariz.
Dou um pequeno cheirinho do meu ponto de vista para a corrida:


A chuva, granizo, lama e as 2 quedas tiraram-me um bocado do espírito de corridas em circuito mas na mesma foi excelente e quando voltar já irei preparado de outra maneira.
É curioso que apesar de ter sido uma corrida de F1, todo o ambiente era mais parecido a ir ver ralis, por estarmos no meio da mata, à lama e a maioria das pessoas estarem todas equipadas com farnéis, tendas, cadeiras, geleiras e até CampingGaz para aquecer o café! Malta a dormir lá pelo meio e as caminhadas pelo meio da mata sempre ao sobe e desce, não é nada de F1.
Mais uma particularidade de Spa-Francorchamps.

Fomos ver a corrida na Bélgica mas passamos a noite na Holanda e jantamos na Alemanha. É uma daquelas cenas de estarmos mais no centro da Europa ao invés de num extremo...

Contas à holandesa

Não será só aqui, em tempos publiquei a minha carta à Galp por contas muito criativas (chamemos assim), mas parece-me que as empresas holandesas têm problemas a processar as contas finais do período de 1 ano, quando o cliente (eu) pagou mais do que o consumido.

Cobrar a mais do que se consome é uma prática comum em empresas de energia ou água, aquelas em que temos de enviar os valores do contador. Ou estimam por alto, ou então paga-se por modalidade de conta certa (o mesmo todos os meses) e depois ajusta-se no final do ano.

Aqui nos Países Baixos pago 3 fornecimentos indispensáveis: água, electricidade e aquecimento. Digo aquecimento porque não pago gás; toda a água quente vem de um sistema centralizado, que eles chamam aqui de stadswarmte e em inglês é chamado de distric heating. Pelos vistos não existe termo definido em Português, provavelmente por isto não existir em Portugal nem Brasil, mas para quem não ler o artigo da Wikipédia, o stadswarmte é um sistema de aquecimento central mas duma cidade inteira. Em casa tenho um contador de calor, que basicamente mede a diferença entre a água quente que entra e a água fria que sai (quando sai como no caso do aquecimento) e depois pago os kJ (quilojoules) de calor que consumo. Não preciso portanto de outra fonte de energia para o aquecimento (normalmente gás). A electricidade e o aquecimento são pagos à mesma fornecedora, neste caso a Nuon.
A água é paga a uma empresa municipal, a WaterNet.
No caso das 2 a modalidade de pagamento é conta certa, ou seja, pago sempre o mesmo todos os meses, e no final do período são feitas as contas e definido a mensalidade do próximo período anual.

Este ano, tanto numa como noutra paguei a mais e tenho dinheiro a receber.

A WaterNet (água) mandou-me as contas e tinha pago perto de €55 a mais. A nova factura mensal é €33 logo ainda me sobravam €22. Não devolviam em conta pois desconhecem a minha (não activei o débito directo). Até aqui tudo bem; pensei que tal como indicado no documento, que usariam do excedente de €55 para pagar a primeira factura, e ainda me sobrariam €22 para o mês seguinte o que resultaria numa factura de apenas €11.
Pelos vistos eles funcionam de maneira diferente pois recebi uma carta a dizer que não tinha pago a factura anterior e tinha de pagar os €33, que por acaso nem podia pois para além de na pratica ainda ter dinheiro a receber, não havia referência para pagamento (aqui chama-se Acceptgiro). Não havia menção aos €55 de excedente.

O caso da Nuon (electricidade e aquecimento) é algo diferente. Feitas as contas tinha pago quase €250 a mais e por isso devolveram-me o dinheiro (neste serviço está activado o débito directo). Mas curiosamente tendo pago por mês o ano passado aproximadamente €20 a mais por mês, estava eu a contar que a nova mensalidade baixasse nesse valor. Mas não, apesar de já ter pago a mais do que consumi, a Nuon achou que me devia aumentar a mensalidade em quase €5. Portanto para eles quando se cobra a mais, aumenta-se para se cobrar ainda mais! Logo arriscam-se a ter de me devolver €310 para o ano. A sorte deles é que este ano gastarei mais de certeza (por causa do miúdo) mas será que eles sabem disso? Ficaria muito admirado que seja esse o caso (foram notificados que estão mais pessoas registadas nesta habitação)...