sexta-feira, junho 20, 2014

Este mar está flat, mas tem motivos

Para a malta que gosta de surfar aqui pelo blog a coisa está parada desde que falei das viagens de carro e o motivo é simples e lógico. Estou de férias e há outras coisas a fazer.
Para compensar deixo-vos esta linda foto que já partilhei no Facebook, para vos encher a vista. O motivo de ter um regador deste tamanho é também ele mais que óbvio: coisas da parentalidade...

Entretanto posso vos dizer que me tenho divertido um pouco com o Mundial, onde parece que a coisa tá preta para algumas equipas europeias (continente dominador do futebol, junto com Brasil e uma ou outra de vez em quando). Espero que Portugal não siga pelo mesmo caminho da Espanha, mas às tantas é o que nos espera...

Deixo-vos só uns apontamentos soltos, lembrados nestes dias:
- Os bebés num instante estão aqui ao pé de nós, no seguinte já estão a rebolar pro chão;
- Ainda bem que não tentamos fazer a viagem Holanda-Portugal com o miúdo de carro (ele aguenta bem uns 250 kms, mas depois é complicado);
- Visitar Lisboa ao fim-de-semana é bom e calmo, mas acertar nos dias de maior calor (quase 38°C) e em dia de concerto da Miley Cyrus é que era escusado;
- O Castelo de S. Jorge, o Elevador de Santa Justa e o Oceanário já justificam por si só uma visita à capital;
- O Algarve continua a ser um espectáculo quando tem poucos turistas;
- A China é passado e presente e é definitivamente (o) futuro!

domingo, junho 08, 2014

Incoêrencias duma viagem

Esqueci-me desta na crónica anterior, pois é mesmo 100% garantido: A empresa de transportes espanhola, cujos camiões (tractor) são todos portugueses,.

Uma das viagens que pareceu correr melhor foi a que demorou mais tempo (trajecto Paris-Aveiro) de casa a casa: 16 horas.

16 horas a viajar, tirando as pausas sempre a conduzir, mas não foi a que fiquei mais partido (estava cansado mas já fiquei pior).

Carro mais leve, média de velocidade mais baixa, mas média de consumo 0,6l mais elevada que na viagem em Janeiro. E durante a própria viagem, gastar menos em França (a andar na casa dos 130 km/h, e temperaturas perto dos 30°C) do que em Espanha (a andar na casa dos 125 km/h e com temperaturas mais perto dos 20°C).

O trajecto é cheio de veículos com destino a Portugal, sobretudo camiões, mas é precisamente no troço final (a partir de Valladolid) que a estrada fica quase deserta (esta associo ao horário porque é quase sempre assim).

Tantas cidades e tantos pontos de congestionamento que se atravessa e o único sítio onde estive mesmo parado foi na bicha para o McDrive já em Aveiro...

sexta-feira, junho 06, 2014

Coisas garantidas

Em 1789, numa carta escrita para Jean-Baptiste Leroy, Benjamin Franklin escreveu uma coisa que se tornou numa das citações mais populares (traduzo para português): neste mundo nada se pode dizer que é garantido, excepto a morte e impostos.

É uma frase brilhante e muitos até dirão que é uma verdade universal. Do mundo não sei se há outras coisas garantidas, mas nas minhas viagens para Portugal de carro tem algumas coisas garantidas.
Cruzar-me com um camião dos camarões como o da imagem é garantido. Seja ainda na Holanda, na Bélgica, em França ou já em Espanha, em quase todas as viagens, senão mesmo todas, que fiz de carro entre Holanda e Portugal cruzei-me sempre com um destes. Hoje não foi excepção e vamos a ver se volto a cruzar com mais na segunda etapa.

Outra coisa garantida é apanhar obras em França, a maioria das vezes na zona de Paris que atrasam sempre a vida. E como chegam na fase final da primeira etapa da viagem, com quase 500kms feitos, muitas vezes com congestionamentos em Amesterdão, Utreque (sim, é este o nome em Português da cidade), Breda, Antuérpia e Lille, não há paciência. E depois de meses a conduzir na Holanda onde é tudo muito mais pacífico, um gajo está destreinado para a agressividade do transito parisiense, sobretudo com o congestionamento por causa das obras...

Para quem ficou curioso sobre isto da primeira etapa e segunda, eu faço as viagens entre Holanda e Portugal em 2 etapas. Imaginando a viagem para Portugal, a primeira etapa é Amesterdão-Paris onde fico em casa dos meus pais 1 ou 2 noites (e até costumo trabalhar um dia remotamente). É a etapa mais curta de distância, mas não necessariamente a mais rápida, pois em termos unitários costumo demorar mais tempo por km do que a outra, Paris-Aveiro que é o triplo da distância mas raras vezes demora o triplo do tempo.
Hoje fiz a primeira etapa e no Sábado de manhã arranco para a segunda. Depois é férias em Portugal...

domingo, junho 01, 2014

É espontâneo - II

GNR: O Sr. Bruno bebeu esta noite?
Eu (depois de uns largos minutos a pensar qual a resposta mais conveniente): Bebi vinho ao jantar.
GNR: E bebeu quanto?
Eu: Bebi só um copo. (tecnicamente correcto foi sempre o mesmo)
GNR: Mas um copo pode ser grande pequeno, cheio, vazio, foi quanto?
Eu: Foi um daqueles copos de 20cl e nunca é cheio. (novamente correcto pois o copo nunca foi cheio até à borda)
GNR: OK, pode seguir.

Vizinha (que é portuguesa): É tão bom termos pessoas porreiras como vizinhos de quem gostamos.
Eu: Eu não gosto nada de vocês mas pronto, dá algum jeito ter-vos como vizinhos.

Eu: Então o teu namorado?
Ela: Acabamos.
Eu: O que aconteceu?
Ela faz o gesto de cornos na cabeça.
Eu: Meteste-lhe os cornos, foi?

Ela: Tens de dizer mais vezes que gostas de mim.
Eu: Eu gosto de ti mas agora queria mesmo era foder-te.

Nos meus tempos de subchefe.
Equipa: Bruno, achas que vai mesmo haver aumentos?
Eu: Aumentos vai haver sempre, mesmo que os vossos sejam de 0%.

Algum tempo depois do duche, ainda nu e com a toalha laranja presa ao pescoço tipo capa, entro pela cozinha, pontapeio o ar e digo:
Eu: THIS IS SPARTAAAAAA!!!
Ela: Mas que raio?!?!
Eu: Eles tinham barba e capa vermelha!

Esta repete-se de vez em quando.
Alguém: Muito falas tu de merda!
Outrem:  Só fazes merda...
Eu: Cagar é um dos meus prazeres favoritos.