quarta-feira, fevereiro 12, 2014

Papeis invertidos


Vi este vídeo na manhã de terça, através do Facebook de um amigo meu, antes dele ser mencionado pelos media portugueses.
Dos vários vídeos de realidades invertidas, este foi aquele que me afectou mais. Não por ser chocante mas por reparar que realmente a sociedade é pior do que eu pensava. Isto porque sou homem e considero certos comportamentos normais, mas ao ver os papeis invertidos apercebi-me que não podem ser comportamentos aceitáveis.

Não que todos os homens ajam como as mulheres do vídeo, mas o mesmo pretende ser uma caricatura portanto tem de mostrar todos os comportamentos errados duma só vez.

Mas veja-se, nós homens se vir-mos uma mulher com os peitos à mostra vamos logo pensar em sexo, ou olhar algumas vezes, mas realmente pensamos que não é nada de extraordinário um gajo fazer jogging em tronco nu. Apesar de eu achar que não se deve fazer, não fico ofendido ao ver um gajo a faze-lo, mas se visse uma mulher ia com certeza pensar "olha que cena!".
Para nós andar de bicicleta com calções e desapertar a camisa pq temos calor novamente é a coisa mais natural do mundo, mas uma mulher com as pernas à mostra e se abrir os botões a mostrar o decote é alvo das atenções (e desejo) dos homens.

Outro pormenor "delicioso" do vídeo é as palavras de "afecto" dirigidas pelas varias mulheres à personagem principal do filme. Por acaso é coisa que não faço a não ser com pessoas conhecidas, mas realmente muitos homens, tipo lojistas, taxistas, e tal, podem usar estes termos "carinhosos" a falar com qualquer mulher até desconhecidas. E como vemos no filme, estes termos acabam por ser ofensivos.

Mesmo quando o vídeo acabou eu estava a pensar que a realidade não é assim tão má, porque é normal os homens terem certos comportamentos com as mulheres. Pois, é verdade que é normal, e elas já estão habituadas, mas tal como o filme mostra, se fosse ao contrário nós não gostaríamos.

Abriu-me os olhos e fez-me ver que tenho de pensar melhor na minha abordagem nestes assuntos: respeito pela sexo feminino, questões de racismo, xenofobia e mesmo a homofobia.

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