segunda-feira, julho 01, 2013

A urgência tornou-se inadiável

Bem, parece que os inícios de semana estão destinados a notícias impossíveis de não comentar.

Agora demitiu-se o homem que não foi eleito coisíssima nenhuma e às tantas só a custa desta notícias vamos ter uma semana de recuperação ecónomica.
Eu já disse e escrevi até publicamente qual a minha opinião sobre o Gaspar e até sobre o seu trabalho. A carta de demissão do próprio é bastante interessante e a ser verdade o que lá está escrito, o que não tenho razões para duvidar porque o homem não me parece ser um político de carreira, confirma-se a minha opinião sobre o homem.

É a minha convicção e até agora nunca vi nada que me convencesse do contrário, que estávamos mesmo muito mal quando este executivo assumiu o governo. Acreditando em análises que li, não havia mesmo dinheiro, não nos conseguíamos financiar externamente (nem com as taxas de juro brutais que estavam) e caminhávamos mesmo para a falência do Estado (e depois do país). O acordo com a troika já tinha sido assinado, e outros provavelmente iriam fazer o mesmo, mas havia medidas de choque que precisavam ser tomadas e como já disse e continuarei a dizer, a nível de consolidação financeira da dívida, do financiamento e até do orçamento, houve melhorias. Elas terão sido unicamente a nível financeiro e se calhar só alguns é que viram esses benefícios mas a nível nacional acho que houve melhoria.

Apesar de tudo continuou-se a falhar metas e previsões. E algumas coisas que o Gaspar foi dizendo levaram-me a crer que o homem, apesar de bem intencionado e parecer-me estar a fazer realmente aquilo que achava ser o melhor, tinha algumas limitações e não sabia para mais. Na carta fica no entanto revelado que o homem afinal não é assim tão burro e já sabia há mais de meio-ano que não tinha condições. E agora também fico convicto que algumas das coisas falharam, ou não se foi mais além, porque ele era "apenas" o ministro das finanças e muitos outros membros do executivo terão boicotado parte do se trabalho.

Não sei se ele foi um bom ministro ou mau, se foi o homem certo para o momento que vivíamos. Tal como no Governo do Sócrates, consigo ver coisas positivas durante o seu mandato. Se quiserem pesquisar por aqui deverão encontrar já outros posts com palavras similares (e uma oscilação entre parabenizar e criticar o homem, que revela a minha ambiguidade para com o seu trabalho). Não estou agora a escrever isto porque o homem saiu, deixará de ser o bode expiatório e está quase destinado que ele será mais um caso de "depois de mim virá quem de mim santo fará" (também já escrevi isto antes).
Mas vos garanto que é só contar as semanas (acredito que nem serão muitos meses) para que aí os iluminados que têm voz na praça pública comecem a enaltecer o homem...

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