segunda-feira, julho 09, 2012

Fim da picada

Comentando uma notícia publicada pelo Argonauta no seu mural do Facebook, acabei por tecer uma comentário que no meu entender deve vir também para aqui.
Para enquadramento, a notícia partilhada era mais uma sobre o caso fétido da licenciatura do Miguel Relvas, um doutorzinho da treta, mas um dos principais ministros do actual Executivo.

A nível político eu actualmente não me consigo descrever. Tendencialmente social-democrata, já me apercebi ao fazer vários "testes" sobre tendências políticas que a minha bússola aponta para ideologias políticas diferentes consoante o assunto. Também o meu acompanhamento destas questões desde tenra idade (sempre fui um interessado pela política) levou-me a concluir que isto de esquerdas e direita, socialismos e liberalismos e outras coisas que mais, são na realidade uns rótulos e pouco mais que isso, e que não há nenhum correcto, pois na prática não vejo nenhum dos regimes funcionar sem ter que ir buscar ideias a outro diferente.
Desta forma acabei por seguir os conselhos do que a SIC chamou de "barómetro político", um site que fazia uma série de questões comparando com os programas oficiais dos partidos, e sem qualquer espanto tenho de acrescentar, o mesmo site mostrou-me que eu sou impossível de definir politicamente, com opiniões consideradas de extrema-direita em alguns assuntos, e outras de esquerda caviar anarquista para outros.
Na realidade o partido cujo programa mais se correspondia ao que eu acredito era o MEP, e assim, seguindo uma outra teimosice minha de que temos de mudar algo ou seja votar em muitos partidos e acabar com a hegemonia dos mesmos obrigando a coligações multi-partidárias, votei neles.

Mas apesar de ter votado noutros, admito que tinha alguma esperança nesta coligação PSD/CDS-PP.
No que toca a governação, minha posição é quase sempre de dar o beneficio da dúvida, posição essa que assumi e assumo até publicamente como agora. E apesar de discordar de algumas medidas tomadas inicialmente por este Executivo, sinceramente pensei que as estariam a tomar devido à urgência e ao pouco tempo disponível para sanear as contas públicas. Sempre tentei me convencer, que tirando uma ou outra jogada e aquelas personalidades que são notoriamente parasitas da sociedade, os membros do Governo tinham as melhores intenções para o país, fazendo aquilo que podiam e sabiam (que como se provou diversas vezes é pouco o que eles sabem).

No entanto esta situação do Miguel Relvas mostrou que lidamos com outros "meninos", do género dos que, tarde e a más horas, tiramos do poleiro. Depois do comprovar que as medidas não trazem os melhoramentos esperados, que a despesa continua a aumentar, que adiam a renegociação dos contractos das PPPs e que criticam membros do TC quando este contraria os seus planos, manterem este Relvas e ainda por cima o apoiarem é o fim da picada.

Para mim o Passos e a sua "corte" só tem mais um passo a dar, o em direcção à porta da saída...

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