segunda-feira, julho 30, 2012

Água Lá, Água Cá

Uma das coisas de Roma que mais trago na memória é a quantidade de água que existe pela cidade. Não é por ter montes de fontes, é mesmo pelo número elevado de bicas de água potável que se encontram espalhadas por toda a cidade, permitindo aos locais e aos sedentos turistas de se irem refrescando e matar a sede. E curiosamente a água sai das bicas muito fresca. Apesar de termos comprado uma garrafa de 1,5L logo ao sair do metro a primeira vez, acabamos por usar sempre a mesma garrafa, atestando-a ao longo do dia, ou mesmo à noite no Hotel.
Ainda por cima a água pública em Roma praticamente não tem sabor, ou seja é boa e de graça! Gastar dinheiro a comprar água em Roma é completamente desnecessário.

E se em Roma tínhamos água com fartura para nos refrescar, chegados a Amesterdão encontramos o mesmo cenário. Uma frescura fantástica no ar e águinha para nos refrescar o corpo sob a forma de chuva (com direito a flash e tudo a fazer lembrar os restantes turistas a tirar fotos nas igrejas e outros sítios que tais).

E aqui terminam as "semelhanças" entre 2 capitais europeias ambas com coisas óptimas e coisas menos boas.

domingo, julho 29, 2012

Pois, já começaram

Eu sei que os Jogos Olímpicos de Verão de 2012 já começaram, já houve medalhados e portugueses em provas. Até ontem comentaram que gostaram muito de ver os nossos atletas com as boinas verdes.
Mas eu não vi nada, mesmo nada a não ser umas fotos rápidas e umas notícias de destaque.

Isto porque ando muito ocupado a laurear a pevide pela Cidade Eterna, que para quem não sabe, é Roma, a capital italiana. Regressei a esta cidade 12 anos após a primeira visita, desta vez acompanhado pela Exma. Esposa BaKana e munidos de um plano temos passeado bastante e depois não sobra tempo para me actualizar das novidades olímpicas ... e outros desportos.

É que este também é um fim-de-semana de Formula 1 e eu até acho que depois da qualificação existem fortes hipóteses de termos um novo vencedor na temporada, e digo mesmo, estreante a vencer na disciplina.

Mas outros valores se levantam e posso sempre ficar a par dos acontecimentos durante a próxima semana...

quarta-feira, julho 25, 2012

De vez em quando...

... mas só de vez em quando, a MTV mostra coisas interessantes.

Esta manhã enquanto tomava o pequeno-almoço só tive tempo para 2 músicas, mas ambas eram desconhecidas para mim e posso dizer que gostei.



Curiosamente consigo gostar desta música que fiquei a saber agora ser até do Festival da Eurovisão. Tendo em conta ser um estilo mais dançável será que os meus gostos musicais estão a mudar assim tanto?

A outra música que vi valeu mais pela ideia do vídeoclip:
 

O Tour de France foi Inglês

23 dias depois, 3496,9 quilómetros percorridos em 87 horas 34 minutos e 47 segundos (para o vencedor), acabou a prova maior do ciclismo de estrada e pela primeira vez em mais de 100 anos (e 99 edições) foi ganha por um Inglês. E que corria por uma equipa britânica.

Se mais dúvidas houvessem que o Tour este ano é mesmo inglês, o segundo classificado da geral também o é e foram os britânicos (como nação) que mais etapas ganharam, 7. Isto apesar de terem apenas 5 ciclistas a correr (só faltou um deles ganhar uma etapa para terem feito o pleno).

Aqui fica o meu comentário sobre os vencedores e uma atribuição de prémios ao estilo Bakanoide.

Sobre os vencedores não há muito a dizer. Foi um dos anos onde todos os que ganharam uma camisola, ganharam-na bem.
O Bradley Wiggins não era, nem será, o ciclista mais forte do panorama actual, mas aproveitou este percurso mais focado para contra-relogistas. Fica quase a ideia que os organizadores pensaram na Sky e no Wiggins (o designado pela equipa para a vitória) ao fazerem esta prova. Quase como o guião de um filme, onde é finalmente concretizado o projecto e trabalho de 3 anos de intensa preparação. O Wiggins teve o suporte duma equipa que dominou os acontecimentos importantes e teve como braço direito o ciclista mais forte na montanha, que respeitou os desígnios da equipa. Ficará a dúvida se o Chris Froome, livre das ordens de equipa, conseguiria ganhar mais tempo na montanha que aquele que perdeu nos contra-relógios, mas o Wiggins foi o melhor no geral.

O que dizer do Peter Sagan que venceu e convenceu a camisola verde no seu ano de estreia? Pouco há a dizer a não que este gajo é uma maquina. Ganhou 3 etapas e ainda o vimos a chegar em 2º depois de andar fugido numa etapa de montanha com 2 passagens de 1ª Categoria e só a não conseguir responder a um ataque já depois de passada a montanha.
Eu sinceramente pensei que ele ganharia nos Campos Elísios mas não escolheu a melhor roda para seguir e já não teve tempo de apanhar o Cavendish (mas estava a apanha-lo).

A camisola da montanha foi aquela que teve um vencedor menos folgado, mas nem por isso menos merecido. Thomas Voeckler, um, ou mesmo o único, dos actuais heróis franceses do ciclismo, finalmente subiu ao pódio. Desta vez com a camisola da montanha, em principio destinada ao melhor trepador. Ele não é o melhor, mas não se pode dizer que não mereceu, quando ele venceu 2 etapas de montanha e passou em primeiro lugar num terço das subidas principais deste ano (tendo também sido o primeiro a passar em primeiro em 7 subidas consecutivas).

Tejay van Garderen, americano de origem holandesa, venceu a camisola da juventude e venceu bem. Estando na mesma equipa do campeão em título, acabou por ser melhor que este e para além de ter sido de longe o melhor jovem, juntou a isso um excelente 5º lugar na geral.

E então deixo agora a minha lista dos Prémios BaKanos do Tour 2012:

Prémio Melhor Veterano: Jens Voigt sem dúvida. 40 anos e foi figura assídua na frente da corrida, muitas vezes fugido.

Prémio "Detesto a Sky": Apesar de muita gente do pelotão provavelmente amaldiçoar a Sky, é Luis Leon-Sanchez que leva o prémio pois por 3 vezes (ou mais) viu os ciclistas da Sky passarem-no quando tentava ganhar etapas (até no contra-relógio).

Prémio "Não Preciso de Comboio": Mark Cavendish que não tendo o comboio para o levar à meta aprendeu a ganhar fulminando os adversários uns valentes metros antes e acabando bem destacado.

Prémio Melhor Vilão: Sean Yates (director desportivo da Sky) por obrigar o Froome a esperar pelo Wiggins; Christian Prudhomme por ter delineado um percurso tão chatinho; Pierre Rolland por supostamente ter atacado depois das ordens para esperar pelo Cadel Evans (e outros ciclistas) afectados pelo ataque das tachas na etapa 14; os hooligans do futebol (nas palavras do Wiggins) que atiraram as tachas nessa mesma etapa.
Qualquer um destes eram grandes candidatos ao prémio, mas eu dou-o ao Johan Bruyneel, director de uma equipa que tem mais um ciclista de renome apanhado nas teias do doping.

Prémio Melhor Sprint: O do Mark Cavendish na etapa 18 é qualquer coisa de extraordinário.

Prémio Melhor Fugitivo: Tivemos muitos e a organização atribui o prémio de combatividade ao Chris Anker Sørensen mas para mim e daquilo que vi (que não foi tudo) o que mais tentou uma vitória isolado foi o (repetente nos prémios) Luis Leon Sanchez.

Prémio Melhor Trepador: Voeckler subiu este ano como nunca tinha subido na vida dele, mas acho que o Chris Froome era de longe o melhor trepador e só não ganhou outra etapa que terminava num alto porque teve de levar o Wiggins até à meta.

Prémio Melhor Guarda-Costas: Este vai para 2 australianos, Michael Rogers e Richie Porte que tomaram sempre bem conta dos 2 líderes de equipa, impondo ritmos complicados em quase todas as subidas que interessavam.

Prémio Momento Uau: Ultima subida da etapa 11, a 5 quilómetros do final quando o Chris Froome contra-ataca no grupo dos favoritos e o Bradley Wiggins fica para trás. Por momentos parecia que se assistia a um volte-face no guião do filme, mas o "realizador" tratou de meter as coisas em ordem pouco depois.

Prémio Melhor Tuga: Eram apenas dois e a escolha torna-se muito fácil. Rui Costa que apesar de não ter terminado no top-10, nem ter vencido nenhuma etapa, foi o melhor da sua equipa na geral e foi instrumental na única vitória obtida pela Movistar nesta edição.

Prémio "Sou o Maior da Minha Aldeia": Bradley Wiggins venceu e foi o melhor, mas Peter Sagan foi mesmo o maior da aldeia, seja por ganhar ao sprint aos melhores da actualidade, seja por sacar cavalinhos em subidas, seja por fazer 2º numa etapa de montanha, seja pelas celebrações na linha de meta quando ganhou, seja por chamar à bicicleta "Tourminator", seja por dar autógrafos em mamas de moças bem avantajadas. Este Peter Sagan é caso sério de sucesso a todos os níveis.

quinta-feira, julho 19, 2012

Duck Power

Os patos terão certamente muitas coisas curiosas a seu respeito. Terão também muitos comportamentos que a ciência ainda não consiga explicar completamente. E uma pessoa fica realmente a pensar sobre o que poderá pensar um pato que ao ver um veículo a dirigir-se para si a mais de 70 km/h decide parar e abrir as asas como que ameaçando aquela coisa que se intromete no seu caminho. Estaria ele a pensar que assustaria o bicho e o faria parar? Parece estúpido não?
A verdade é que não se pode criticar o pato, pois o carro parou mesmo, apesar de ser necessário um desvio de trajectória para evitar que o pato e a sua família virassem foie plat!
E consegui parar a tempo ao mesmo tempo que evitava que a mochila do computador se esborrachasse contra o tablier...

Foi uma forma positiva de acabar mais este dia de Inverno, que afinal até esta a ser bastante ameno com temperaturas quase sempre acima dos 10°C e com alguns dias de sol ao final da tarde. Mas pronto, como seria de esperar e um Inverno muita agua na forma de chuva e inundações que até já levaram portugueses (uma rapariga pelo menos) a ter que sair de casa e nós a ir buscar algumas coisas para guardar aqui no nosso amplo apartamento (e arrumos na cave).
De qualquer forma se calhar é melhor sair de casa por causa da chuva, do que ter de sair de casa por causa do fogo, como está a acontecer em Portugal. O forno meteorológico que assolava o país parece se ter materializado em forno real com cenários infernais nalgumas partes do país.
Acho que estas coisas são provas das mudanças climáticas cada vez mais drásticas, provocadas pelo impacto do homem na natureza e clima (também designado simplesmente por Aquecimento Global). Enquanto nuns países chove desalmadamente durante uns dias levando a inundações repentinas e inesperadas, noutros bastam 2 dias de calor intenso para começar tudo a arder...

Mas e que mais posso dizer? Querem que vos fale sobre ter de ouvir a aturar desculpas esfarrapadas e argumentos da treta? Se calhar é melhor não...
Posso falar de 2 momentos bons da tarde:
Assistir (através de comentários de texto) a um Thomas Voeckler conquistar a camisola de montanha no Tour de France (e vai manter a mesma senão abandonar subindo finalmente ao pódio em Paris).
Ter um pensamento bastante porco e tão politicamente incorrecto que não tive coragem de o escrever na totalidade no Facebook (ou Twiter). Acabei por publicar uma versão mais soft (não resisti, tinha que escrever algo sobre isso) que me permite uma defesa simples caso seja atacado por puritanos de meia-tigela. Que pelos vistos nem sequer ligaram ou nem viram... Deve ser como a t-shirt que usei hoje, que tem uma mensagem bué da nice, mas obriga-me a ter que explicar porque está em misto de Inglês com Português.
Note to self: Mensagens irónicas em Português em t-shirts não funcionam no estrangeiro...

Então e o pato? Bem, lá deve ter finalmente atravessado a estrada para o outro lado com a sua família e espero que outros condutores os tenham visto e tenham reagido a tempo, como eu reagi, porque senão vai haver menos patos a largar minas de bosta por estes caminhos.

quarta-feira, julho 18, 2012

Arredores

Aqui os nossos arredores são curiosos. Temos os bombeiros em frente, temos campos de futebol, de basebol e de ténis. Um grande ginásio e até um pequeno campo de golfe (acho que é só na Primavera e Verão e alterna com campos da bola).

Mais para o lado temos uma mesquita ou assim nós achamos. Temos um edifício redondo que parece mesmo um cilindro assente num pilar. Temos o Sloterpark que rodeia o Sloterplas (finalmente percebi a diferença) onde vemos muitos coelhos, tem malta a fazer churrascadas e onde podemos ver outra malta a exercitar-se em aparelhos públicos de musculação com um bando de patos bravos e gansos a passar ao lado. Ir para o parque ou sair do mesmo por esta altura é tramado pois o chão está minado com minas de bosta deixadas pelos muitos bandos de gansos que simplesmente acercam-se dos prédios à espera que as pessoas atirem comida da varanda.

E um pouco mais para o outro lado, mais para lá da dita mesquita, temos um edifício onde até fazem excursões. O Oklahoma parece ser um edifício famoso ao nível da Arquitectura, que de acordo com a esposa terá ganho diversos prémios e, como pude confirmar em primeira mão, é atracção turística com autocarros que param perto e a malta sai toda a tirar fotografias. Eu só o vi de frente e de lado (passo lá todos os dias) mas parece que também é curioso visto de trás. E sim, é o edifício da foto do canto.

quarta-feira, julho 11, 2012

Por hoje fecho a loja


Não é muito normal fazer isto aqui no blog. Com as redes sociais, Twitters e Facebooks, costumo fazer este tipo de comentários lá, mas hoje apeteceu-me.

Está a fazer-se tarde e eu ainda estou no computador a gastar tempo com cenas. O pão está feito e cheira bem, mas é só para amanhã. A dourada assada a esta hora já estará digerida e a navegar pelo longo intestino. Agora é só ir ver mais um episódio da série da semana, para acabar com a temporada e passar para outra.

O dia começou comigo a querer estrear o meu IWC look-alike, ou em português, o sósia. Tudo bem que gastei mais de 10 minutos a tentar perceber como usar correctamente o mecanismo de fecho da bracelete, e isso fez-me chegar atrasado pois tinha que começar às 8:00 e a "guarda de serviço" não deixa escapar um atraso, mas estou muito contente com o meu Parnis (é chinês, não é automático, mas é altamente). Ora vejam a minha cara de felicidade a exibir o bicho:

O que não me deixou muito contente foi ver mais umas notícias sobre a extensa experiência profissional do Sr. Miguel Relvas de há 15 anos onde demonstrava já umas habilidades fora do comum para as polémicas e a aldrabice.
Com essas coisas não me deveria admirar que tal como a IGF apanhou em muitas empresas e entidades do estado com os cargos de chefia, muitos assessores do Governo receberam em Junho o subsídio de férias. Foi rapidamente explicado que o mesmo se referia ao trabalho realizado em 2011 mas como tinham começado no segundo semestre só agora o podiam receber. Sim, a explicação parecia correcta até virem vozes dizer que mais ninguém na Função Publica recebeu qualquer subsídio de férias... Olhem para o que eu digo e não olhem para o que eu faço...

Mas pronto, pensar em Portugal para quê? Mais vale sonhar com a Cote D'Azur que sempre tem bom tempo e está num país onde se pode comer e beber como em Portugal. E pelos vistos posso trabalhar ainda menos horas por semana e ter 37 dias de férias pagas por ano...

Mas pronto são coisas que andam aqui por esta cabeça e para não vos maçar mais e finalmente fazer o shutdown, deixo-vos uma foto minha que podia ser um postal de Amesterdão:
visitem o blog: http://athousandbikes.blogspot.com para outras fotos fantásticas de biclas
 E ... carrega no botão ... OFF

segunda-feira, julho 09, 2012

Fim da picada

Comentando uma notícia publicada pelo Argonauta no seu mural do Facebook, acabei por tecer uma comentário que no meu entender deve vir também para aqui.
Para enquadramento, a notícia partilhada era mais uma sobre o caso fétido da licenciatura do Miguel Relvas, um doutorzinho da treta, mas um dos principais ministros do actual Executivo.

A nível político eu actualmente não me consigo descrever. Tendencialmente social-democrata, já me apercebi ao fazer vários "testes" sobre tendências políticas que a minha bússola aponta para ideologias políticas diferentes consoante o assunto. Também o meu acompanhamento destas questões desde tenra idade (sempre fui um interessado pela política) levou-me a concluir que isto de esquerdas e direita, socialismos e liberalismos e outras coisas que mais, são na realidade uns rótulos e pouco mais que isso, e que não há nenhum correcto, pois na prática não vejo nenhum dos regimes funcionar sem ter que ir buscar ideias a outro diferente.
Desta forma acabei por seguir os conselhos do que a SIC chamou de "barómetro político", um site que fazia uma série de questões comparando com os programas oficiais dos partidos, e sem qualquer espanto tenho de acrescentar, o mesmo site mostrou-me que eu sou impossível de definir politicamente, com opiniões consideradas de extrema-direita em alguns assuntos, e outras de esquerda caviar anarquista para outros.
Na realidade o partido cujo programa mais se correspondia ao que eu acredito era o MEP, e assim, seguindo uma outra teimosice minha de que temos de mudar algo ou seja votar em muitos partidos e acabar com a hegemonia dos mesmos obrigando a coligações multi-partidárias, votei neles.

Mas apesar de ter votado noutros, admito que tinha alguma esperança nesta coligação PSD/CDS-PP.
No que toca a governação, minha posição é quase sempre de dar o beneficio da dúvida, posição essa que assumi e assumo até publicamente como agora. E apesar de discordar de algumas medidas tomadas inicialmente por este Executivo, sinceramente pensei que as estariam a tomar devido à urgência e ao pouco tempo disponível para sanear as contas públicas. Sempre tentei me convencer, que tirando uma ou outra jogada e aquelas personalidades que são notoriamente parasitas da sociedade, os membros do Governo tinham as melhores intenções para o país, fazendo aquilo que podiam e sabiam (que como se provou diversas vezes é pouco o que eles sabem).

No entanto esta situação do Miguel Relvas mostrou que lidamos com outros "meninos", do género dos que, tarde e a más horas, tiramos do poleiro. Depois do comprovar que as medidas não trazem os melhoramentos esperados, que a despesa continua a aumentar, que adiam a renegociação dos contractos das PPPs e que criticam membros do TC quando este contraria os seus planos, manterem este Relvas e ainda por cima o apoiarem é o fim da picada.

Para mim o Passos e a sua "corte" só tem mais um passo a dar, o em direcção à porta da saída...

quinta-feira, julho 05, 2012

Deprimido, depressivo, descomprimido ou o diabo a quatro

Os carros também têm destas coisas. Ficam nestes estados.

O meu Laguna, carro que já detestei e mais tarde tive saudades, que já achei que não curvava um peido e mais tarde vi que afinal até era razoável, está deprimido. Ou depressivo, ou descomprimido, ou o diabo a quatro...

Este carro, a que eu chamei de "O Podre" pouco depois de o ter comprado já lá vão quase 7 anos, era para ter ficado por Portugal a servir de carro de férias, ou dar o jeito a alguém da família que precisasse de um veiculo de substituição de repente. Mas os planos são feitos para não serem cumpridos e foi assim que "O Podre" regressou no inicio dos mês de Julho às estradas trans-europeias.

Seja por ter de regressar a tempo inteiro, ou seja por ter voltado pra Holanda onde fazia muito pior tempo, decidiu entrar em depressão. Sem entrar em muitos detalhes técnicos (mas que posso se alguém quiser saber) lá começou a exibir um problema que punha em causa a utilização do mesmo. Depois de um diagnóstico, a cura sugerida era um internamento e tratamento de choque, com direito a cirurgia e tudo.

Eu não concordei. Achei que internar o gajo era mau demais e ele só ia ficar pior. Conversamos os 2 com calma e ele começou a portar-se melhor apesar de ainda não estar com grandes energias.
Mas para grandes males, grandes remédios e vai daí arranjei o equivalente ao Prozac para os carros, ou ainda melhor, um Red-Bull (até vem em latas e tudo).
E a partir daí, acabou-se a depressão. Mesmo que seja à custa de estar pedrado com drogas e/ou Red Bull, "O Podre" quase parece querer herdar o nome do carro que substituiu, "O Bufante".

E esta história da depressão do carro fez-me lembrar de uma outra também relacionada com estados depressivos. Têm de pedir para vos contar a história do meu cliente que deprime constantemente e (acho eu) tem colegas imaginários e ouve várias vozes na sua cabeça...