segunda-feira, maio 28, 2012

A BaKano le gusta el México

Há uma semana atrás, praticamente a esta hora, imitamos Colombo e rumamos a Poente mas tal como Cortés chegamos a território Maia, mais precisamente na Península de Yucatán.

Não foi nada de muito exótico, uma simples viagem para um destino comum de férias, a Riviera Maya, com um pacote de tudo incluído e a ideia de aproveitar sol, praia e o mar das Caraíbas sem preocupar com comidas, bebidas e outras coisas mais.
Como nunca tínhamos tido essa experiência antes achamos que era tempo de experimentar.

Obviamente isto não dá para conhecer o México, país que sendo o menor da América do Norte (o resto são ilhas e América Central) parece ser o mais diversificado, mas daquilo que me foi dado a conhecer eu gostei.

A ideia do vir fazer praia e nada fazer, não foi exactamente concretizada. Era obrigatório ir a Chichen Itza (a Boca do Poço dos Itzae) e não passear um pouquinho seria desperdício. Ainda éramos para visitar uma ilha parte duma grande reserva natural do Caribe mas o que nos venderam não era exactamente o que ofereciam e voltamos para trás.
Mas ainda acabamos por nos cansar a passear, apesar de ainda aproveitar uns dias de lazeira completa, regados com vários coktails, mas nada de bebedeiras que eles carregam pouco no álcool.
Sobre o "tudo incluído" é um pouco como os seguros contra todos os riscos. Nunca é bem assim e sempre tem alguma coisa a pagar. Mas a malta tem de viver e o turismo é uma enorme fonte de receita (senão a única importante) para esta região. Os preços até são bastante em conta mas isso também leva a que se gaste por ser barato.
Mais impressões ficam para as conversas com a malta e o álbum de fotos.

Vou contente e satisfeito, e tal como nos dito na chegada, com vontade de ficar mais tempo e regressar. Mesmo nos contratempos se aproveitou para conhecer algo, nem que seja apenas a conversa com o motorista no regresso ao hotel depois de desistir duma excursão e ver o exército na estrada.

E levo na memória as coisas fantásticas, como Chichen Itza, nadar com golfinhos e a enorme simpatia desta gente.

Viva México!

segunda-feira, maio 14, 2012

Grécia fora do Euro

Anda tudo a falar quando é que a Grécia sai do Euro, mas para mim isso é super-fácil. Sai no dia 16 de Junho aquando do ultimo jogo do Grupo A pois não acredito que chegue aos Quartos!



Outra coisa que não acredito é que ainda ninguém tenha começado a fazer chalaças entre o Euro e o €uro.
Ainda por cima o seleccionador deles é Português daí a relação que fazem entre os 2 países.

LOL

sábado, maio 12, 2012

Xôr Ministro

Não quero estar a defender ninguém mas lembrei-me de repente duma cena. E acho que se aplica sempre, mesmo em tempos mais favoráveis, mas sobretudo nestes tempos de crise e austeridade não tenho dúvida alguma que seria verdade:

Se eu fosse o Ministro das Finanças, até eu insultava a mim próprio repetidas vezes!

sexta-feira, maio 11, 2012

Voltas e voltas

Ontem um amigo partilhou uma história no Facebook. Sem vídeo apenas com uma fotografia e um texto em português um bocado simplificado. O "original" não era dele, ele simplesmente partilhou duma daquelas páginas de comunidade onde alguém mete coisas e textos idealistas e generalistas.

Fui logo comentar, "Isto já tem uns anos, não?". E tinha. A minha memória ainda não foi toda pró galheiro e lembrava-me realmente de já ter lido a história e visto até o vídeo (pois isto aconteceu em 2007). E não tinha sido no Facebook, teria recebido por outra meio social ou por e-mail mesmo pois há uns anos atrás estas estórias bonitas ou relatos fantásticos viajam por e-mail.

E viajavam tanto que tinham o dom de voltar à baila, certamente depois de darem a volta do mundo.
Muitas vezes repassávamos um e-mail curioso, como este artigo do Washington Post e passados uns meses voltávamos a receber ou oriundo de outras pessoas, mas muitas vezes das mesmas pessoas a quem tínhamos repassado antes.
Para além do fenómeno das estórinhas andarem sempre a viajar pelo mundo, havia por vezes outro factor curioso associado. Algumas pessoas davam-se ao trabalho de mudarem datas e nomes e locais para dar a entender que era uma coisa nova ou mais credível. Isto acontecia muito com mails a avisar de esquemas de burla ou séries de roubos em que de vez em quando recebia o mesmo texto base mas com datas mais recentes e dizendo que tinham acontecido em Poiares, Baião ou Freixo-de-Espada-à-Cinta, com o Manuel das Couves e a Tia Maria das Dores! Admito que nunca percebi exactamente a motivação por trás desta necessidade de adulterar uma estória já por si fabulástica.

Agora com o aparecimento de todos estes meios sociais, como o Facebook e outras redes similares faz com que ressurjam coisas que muitos já nem se lembram. Um dia qualquer alguém vê uma estória que ainda não conhecia e partilha no meu mural (ou envia para todos os contactos de e-mail). E assim começa uma nova cadeia porque existem aqueles que partilham sempre sem sequer ler tudo, os que se esqueceram que já viram aquilo há uns meses (às vezes ainda menos) e os que realmente nunca viram e partilham com as melhores das intenções.
And so on, and so on...

E é por isso que existem estórias, imagens, textos, powerpoints que estão constantemente às voltas e voltas, e lá voltam a aterrar no nosso computador regularmente. E nós como bom mensageiros que somos, toca a repassar para toda a gente.
Mais uma ficha, mais uma voltinha... 

segunda-feira, maio 07, 2012

Nouvelle Révolution?

Ontem a França escolheu a mudança. Este país responsável por tantas outras revoluções científicas, ou mudanças de paradigma, como a Revolução Francesa e o Maio de 68, palco de tantas batalhas ao longo da história da Europa (e consequentemente do Mundo) será de novo um actor principal numa verdadeira mudança de ideologias, ou estaremos apenas a assistir a uma mudança do nome do ocupante do Palácio do Eliseu?

Sinceramente não posso afirmar, nem conheço muito bem François Hollande para ter ideia do que ele pensa. O que eu sei é que os últimos anos, com crise financeira a levar a crise mundial que sobretudo abalou a Zona Euro e a Europa unida em geral, mostraram-me que existe algo de muito errado no modo de se gerir empresas, finanças e países. Crises são cíclicas é verdade, mas parece-me que nos dias de hoje as ideologias de gestão, que parecem ser as mesmas quer a nível de negócios quer de governação politica, esgotaram-se e só levam a uma repetição de episódios de crise cada vez mais frequentes.

Eu acho que o tempo é agora de aparecer uma mudança de paradigma e deixar-mos de repetir os mesmos erros dos últimos tempos. Como disse em tempos o meu amigo Baltazar, não exactamente por estas palavras: São os gajos que nos levaram à crise que dizem que vão tirar-nos dela.
Bem, um deles já não vai fazer mais nada em relação a isso (acho eu!).

A França foi o primeiro país que no pós-crise votou mudança em condições normais. Hollande promete muito, mas arranca logo com as mãos atadas (já foi convocado pela Madrinha Merkel e tudo!). Pode no entanto assentar as fundações da mudança. E o que a sua eleição e posterior governo podem levar é uma verdadeira revolução à grande e à francesa, daquelas bombásticas, caso as promessas caiam em saco roto.
E essa revolução, tal como as outras que mencionei, terão eco em toda a Europa e Mundo.
Por isso mesmo é que ontem em plena Praça da Bastilha se agitavam bandeiras francesas, polacas, romenas, egípcias, etc... O Mundo está de olhos postos na França. E eu também.

domingo, maio 06, 2012

Caminhos turtuosos

Não deixa de ser curioso que nos dias de hoje consiga haver tantas diferenças, mesmo que pequenas, nas casas (e apartamentos) entre países.
E nem estou a falar sequer das casas no centro das cidades, como as de Amesterdão, com as suas escadas estreitas e íngremes e salas enormes mas restantes divisões minúsculas.

Um desses exemplos de diferença é mesmo o desenho interno dos edifícios. Como por exemplo aqui no meu, que até é daqueles mais convencionais (para nós portugueses) em que todos os corredores e escadas são internos, mas não deixa de ter o seu quê de estranho.

Se eu quiser ter um comportamento mais saudável e descer pelas escadas, tenho logo um dilema: Vou por qual? A que está mais perto ou mais longe?
A resposta depende para onde vou, porque a que está mais perto vai dar directo à rua por uma porta que só abre por dentro, e a outra escada dá no hall de entrada do edifício no rés-do-chão e permite o acesso à garagem (outra escadaria diferente).

E depois isto dá tantas voltas que à primeira parece um labirinto. Se eu quiser ir à garagem e não usar o elevador tenho de abrir 8 portas de corredor. Se por ventura precisar de ir aos arrumos, são mais 2 portas para abrir (fora a do próprio arrumo) no mínimo, pois depende se corto pela garagem ou vou pelo labirinto de corredores iguais.
Uma coisa é certa, é preciso algum tempo para se habituar ao caminho e se por ventura mandar alguém novo is buscar algo aos arrumos, garantir que leva telemóvel, pois pode perder-se pelo meio e ser necessário ir buscar.

quarta-feira, maio 02, 2012

Rapidinha do dia

Qual a diferença entre o Pingo Doce, a Apple e o Harrods?
O Pingo Doce gera mais confusão com uma simples promoção...

terça-feira, maio 01, 2012

1º de Maio - Dia do Comprador

Neste dia de feriado (em muitos países mas não aqui na Holanda) não posso deixar de escrever sobre a situação do Pingo Doce. Escrevo este texto convencido que a maioria que o vai ler está a par da situação caótica que se passou um pouco por todo o país (penso eu de que) com a promoção de 50% em compras acima de €100 ou coisa parecida.

Admito que este texto não foi criado agora, e é mais uma recolha de comentários que já deixei pelo Facebook.

Ao longo dia seguindo o Facebook de várias pessoas, apercebi-me desta promoção e da loucura geral que a mesma gerou, lendo estórias de discussões entre clientes com porrada e tudo, consumir produtos sem pagar a aproveitar a confusão, horas de fila, lojas fechadas antes de tempo por não haver mais espaço para entrar, roubos de carros de compras, etc... Até li que pessoas deixaram os filhos durante a correria ao Deus de Ará!

Eu não condeno as pessoas tentarem aproveitar o desconto. É um desconto muito grande e acredito que tenha havido quem realmente tenha encontrado nesta promoção uma ajuda preciosa nos tempos difíceis. Mas muita gente parece ter ido naquela de comprar por comprar. Por exemplo parece-me estranho as pessoas filmarem/fotografarem os acontecimentos com os seus iPhones e colocarem logo online porque era giro... Mas os comportamentos que mencionei em cima não fazem sentido para pessoas normais!
Eu se aí estivesse e tendo um Pingo Doce à porta de casa, talvez tivesse tentando lá ir, mas ao ver a loucura desistia porque não estava para perder horas e juízo numa doideira destas. O mais certo é que veria a confusão da varanda da sala e passaria o dia a amaldiçoar o Pingo Doce por trazer aquela confusão...

Alguém caracterizou tudo isto como um cenário deprimente. Concordo em parte, mas só é deprimente porque as pessoas assim o fizeram!
Uns decidem "gozar" com a malta e o povo adere em força... mas diz que não concorda!
Para mim isto foi um gozo aos trabalhadores do Pingo Doce (tendo em conta o dia que foi) que devem ter passado por um tormento e que não terá acabado tão cedo quanto isso (as lojas têm de estar limpinhas e prontas para abrir amanhã, mesmo que tenham poucos clientes, não é?).
Alguém me disse que os trabalhadores até estariam contentes porque receberam a triplicar, mas mesmo que assim seja ele terão tido o triplo ou mais do trabalho. E a isto junta-se as notícias de que muitos foram ameaçados de despedimentos caso recusassem trabalhar hoje!

Mas na verdade não se pode apenas culpar os patrões ou as autoridades que criaram e permitiram isto: se problemas aconteceram foi devido aos portugueses em geral, portanto é só mais um reflexo que temos o país que merecemos.