sábado, dezembro 18, 2010

E tudo a neve parou

Ontem foi o dia em que me mudei para o meu novo apartamento alugado, que será a minha casa durante o próximo ano se tudo correr como planeado. E escolhi um belo dia para me mudar, sem dúvida nenhuma.
Na quinta-feira à noite estava tudo normal. Na sexta-feira quando vou espreitar pela janela do quarto do hotel, vejo que está tudo branco, tudo coberto com um enorme manto de neve.
Como seria de esperar, até porque já tinha passado por uma situação similar no primeiro sábado pensei logo que ia haver problemas. E assim foi, esperar bastante tempo pelo táxi no hotel; demorar bastante tempo a chegar a Badhoevedorp por causa do trânsito e de um taxista burro que decide ir pelas principais vias de trânsito, quando podia ir pelo caminho do autocarro que é um tiro e menos confuso; e esperar pelo gajo da agência que também estava atrasado.
Felizmente não tive de esperar na rua, pq a minha senhoria já aqui estava e ao menos já estava a ver as coisas quando ele chegou.

Mais sobre o apartamento um outro dia, porque agora realmente não consigo falar disso.

Passando à frente, ora toca de ir para o trabalho. Lá vou para a paragem onde já estavam pessoas à espera, e pronto, primeiro tempo morto, com 1 hora de espera para que viesse o autocarro, que já nem sei qual deles era, se o das 11:07, se o das 11:37, ou se outro qualquer que teoricamente deveria ter chegado mais cedo!
Entretanto o meu sapato do lado direito decide se auto-destruir, começando a descoser-se de um lado. Lindo, não bastava estes sapatos, comprados propositadamente a pensar no tempo de Inverno, magoarem na parte de trás do pé, ainda por cima, duram pouco! Tenho mesmo jeito para comprar sapatos, não?
Chegado ao trabalho, logo reparo que a grande maioria das pessoas decidiu ficar por casa e trabalhar de lá. Espertos, não?
O dia continua, sempre a nevar, uma quantidade muito grande de neve, mas durante a tarde, a coisa estabiliza e para mim até parece estar melhor. Vou vendo o tram e o metro a andar, e como a outra vez tinham sido os primeiros a parar, achei que estava tudo bem.
Mas na mesma vou consultando o site dos transportes daqui, que dizia que tinha notícias sobre problemas e atrasos nas linhas. Lá clicando para ver o que se passa com a 145, diz-me o site que está tudo normal e continua a dar os horários dos próximos autocarros.
Só que os autocarros tinham parado. Às 15:00. E podiam ter uma espécie de aviso a vermelho no site dos transportes não? Se calhar até tinha mas não da forma mais óbvia que eu não consegui ver nada mesmo procurando
Depois de muito tempo à espera na paragem, e de começar a pensar que deveriam ter parado mesmo, pq não via nenhum a passar, alguém lá me veio dizer que eles tinham mesmo parado tudo o que era autocarro em Amesterdão.
Excelente, pensei eu, a única forma que sei ir para casa é de autocarro, mesmo que fosse outro, era sempre autocarro!
Bem, vou até ao Artemis e chamo um taxi de lá. Ou não, pq dizem-me que os taxis já tiveram muitos acidentes não querem andar.
Eu até já tinha pensado alugar um carro em Schiphol para os dias antes do Natal, para andar com as malas para trás e para a frente e para não ter de aturar os caprichos dos taxistas que levam fortunas porque lhes apetece. É que o dinheiro que gasto em táxis para me levar a mim e às malas quase que dá para pagar o aluguer de um carro, que depois me dá a vantagem de não ter de esperar (se esperar nas bichas ao menos estou dentro do carro ao quentinho).
Decido então ir apanhar o metro, para ir ter a uma estação de comboios, para ver se lá havia táxis ou ir então para Schiphol e alugar já um carro e resolvia logo o assunto (e até podia depois ir às compras para casa pois teria como trazer as coisas).
Mas na estação de comboios, nem táxis nem comboios. Depois de ouvir anunciar que não haviam comboios a ir para Amesterdão Central e ver passar 4 nesse sentido, e estar quase a morrer de frio, com dores no pé e o mesmo gelado devido ao sapato todo descosido, lá decido apanhar um t que sempre ia para os meus lados, a 2 kms ou assim.
Obviamente que enquanto esperava pelo tram, deve ter passado o comboio para Schiphol que esperava...
A tremer de frio, enervado com tudo, lá saio eu na ultima paragem do tram, para ver que estava numa zona de nada, aparte de casas, como seria de esperar, e lá decido fazer-me ao caminho, para sul, fosse dar onde fosse!
Mas vendo uma estacão de servico e pensei que devia ir perguntar pelo menos a melhor forma de ir a pé. Entretanto ao chegar vejo um taxi a meter combustível e vou perguntar se ele me podia levar a casa que eu não fazia a minima ideia de como ir. Ele, um turco, disse que sim, mas pediu logo 20 euros à cabeça (obviamente). Ainda foi dar uma volta grande (mas isso nem interessava pq ele não pôs o taxímetro a andar), mas eu na altura até 50 euros lhe pagava, pq queria era ir no quentinho e ir ter a casa, e no GPS ela lá estava bem assinalada, pelo menos
E foi assim que 4 horas depois de ter saído do trabalho, cheguei a casa, apesar de apenas 20 mins dessas 4 horas ter realmente andado de transportes.
E o melhor de tudo, é que dá paragem de autocarro onde estava, são apenas 4 kms para minha casa! O tempo que esperei apenas na paragem dava para ir a pé.
Só que quem não sabe é como quem não vê, e como nunca tinha ido ver a distância pelo Google Maps, o autocarro ainda demorava um bocado (porque dá umas voltas) e eu na altura não queria tentar devido ao sapato e desconhecer o caminho, acabei por fazer muito pior!

E agora poderão pensar vocês como isto pode acontecer? É que pelo que já li noutros blogs, o nevão foi mesmo anormal, e o país ficou mergulhado num caos no que toca a transportes.
Pior que eu ficaram as pessoas que iam viajar para o estrangeiro, porque os aviões também pararam.

Para mim serviu de lição: Tenho que saber rapidamente os locais certos para estar a par destas notícias, tenho que comprar calcado em condições para poder caminhar em alturas de problemas, e sem dúvida nenhuma que, pelo menos para ir de um lado para o outro sem me chatear nem preocupar (só tenho de ser cuidadoso), tenho de ter transporte próprio o mais rápido possível!

terça-feira, dezembro 14, 2010

Espera-se e muda-se

O que leva um gajo que vai a pensar em comer um dos mega-hiper-carrochos que se vendem na Leidseplein a mudar de ideias e sentar-se num restaurante argentino (sim, são muitos) e comer um belo dum bife, com salada, uma jacket potato (batata grande assada com casca) e ainda malhar uma margarita, um copo de tinto (que era muito fraquinho) e uma sobremesa? Provavelmente o facto de estar um bocado frustrado com o esperar pelo autocarro que nunca mais vinha até apanhar outro que permitia, com as devidas mudanças, chegar ao mesmo sítio.

O problema de um gajo andar anos a fio com transporte próprio é que quando tem de andar ao sabor dos transportes públicos falha um bocado. Como por 2 ou 3 vezes já, via o autocarro ou o Tram a sair quando estava a chegar à paragem, e porque depois para a IBM não há autocarros a cada 5~10 minutos como nos outros sítios mais centrais, perder o transporte "certo" pode significar ter de esperar até meia-hora (o que para aqui parece uma eternidade). Aliás nessas alturas sigo a pé, porque acabo por gastar menos tempo...
Portanto agora vou um pouco mais cedo para ter a certeza que não perco o autocarro "certo". E até porque já vi que o autocarro pode passar mais cedo que o previsto (no caso de estar tudo calmo) como por exemplo aconteceu no fim-de-semana, ou agora mesmo no regresso ao HEM Hotel que o autocarro veio 2 mins (pelo meu relógio que é suposto estar certinho quase ao segundo) mais cedo! E hoje, como distraí-me e deixei passar a hora para sair a tempo do 145 das 18:53, fui a tempo para ir nas calmas apanhar o das 19:20. Só que mesmo chegando 5 mins mais cedo, às 19:35 nada de autocarro, então apanhei o 195 não fosse o outro ter passado um bom bocado mais cedo e ter de esperar mais 15 mins ao frio pelo próximo!

Mas se a malta pode já estar a pensar que estou-me a queixar de barriga cheia (e literalmente ainda estou de barriga cheia) e que os transportes aqui são óptimos (comparados com Aveiro são ... nem tem comparação sequer!), posso já vos dizer que nem tudo é maravilhas, porque fui à Leidseplein para comprar um crédito de €10 para o meu "fabulástico" cartão pré-pago da Lebara (bela merda que arranjei, assim que puder mudo para uma assinatura).
É que aqui na Holanda não existe Multibanco, aliás como em todo o resto do Mundo cada banco tem a sua máquina que serve apenas para levantar dinheiro, e portanto pagar qualquer coisa pelas máquinas ATM é uma "coisa do outro mundo" para estes gajos aqui, quanto mais carregar os telemóveis...

Mas tenho que me pôr fino com os autocarros. É que se daqui do HEM Hotel posso ir pelo 145 (o mais perto), ou através do Tram 2 e 195 (o indicado aos turistas) ou a pé, quando me mudar para a minha nova casa, só vou ter o 145 (em sentido contrário). Que só passa de meia em meia hora e ficar meia-hora à espera na paragem ao frio é de deixar um gajo um bocado para o lixado, para não dizer a bater o dente.
E ainda terei mais de 1 mês nesse esquema, porque só trarei carro em final de Janeiro.

Ah pois é, tinha-me esquecido de dizer que arranjei uma casa. No sábado pouco depois de ter deixado a anterior crónica, fui ver um apartamento numa zona mais assim para o chique ("it's very poshy", disse a minha Team Leader irlandesa) e gostei tanto que fiquei com ele.
Mudo-me esta sexta.
E apesar de tudo o preço nem é muito elevado comparado com os outros anúncios que vi em relação ao que oferece...
Mais sobre o mesmo um outro dia, mas posso adiantar que vou para a terra do Marco Van Basten!

Nesse mesmo sábado, quase em jeito de comemoração sem o ter sido, acabei por me juntar a um casal de tugas (onde o rapaz é meu conterrâneo) para ir jantar com um outro casal a Haarlem, num restaurante português chamado Azul.
Antes disso, e depois também, fizemos uma paragem num bar muito catita, a fazer lembrar os bares do tempo da WWII com montes de referência à aviação e uma velhota a tocar piano e tudo.
Disse-me o colega holandês que nos acompanhava que este bar tinha sido eleito o melhor da Holanda há pouco tempo. E depois o meu conterrâneo explicou-me a decoração e o próprio nome, que senão me engano (e depois de ir ver uma olhada na Wikipédia) é Spin, porque esse é o nome do primeiro avião construído pelo Fokker, que era de Haarlem!
O que sei é que Haarlem merece uma nova visita mas com luz do Sol, porque como fomos para jantar (mesmo tendo ido pelas 4 e tal da tarde) já chegamos com noite...

E pronto, estão assim mais alguns dados e facto cronicados; a ver se na próxima disserto aí sobre qualquer porcaria estúpida!

sábado, dezembro 11, 2010

1 semana mais tarde...

Vamos fazer uma coisa diferente. Vamos começar pelo fim. Hoje acaba a primeira semana completa de trabalho na Holanda, semana essa em que fiquei sozinho e noutro hotel. Por isso mesmo é o início duma rotina. Não será esta a rotina até ao fim desta estadia (consideremos o 1º ano como uma estadia per si) mas eventualmente será esta até ao Natal.

Mas comecemos pelo fim, então.
Ontem jantei uma dourada grelhada, com batatas a murro e uma salada mista com alface, tomate, cebola, cenoura e um pouco de couve roxa. Isto regado com um tinto alentejano (da Carmim) e arrematado com uma mousse de chocolate, um café Chave de Ouro e uma CR&F (que infelizmente estava mal servida).
Isto tudo ao som de fado, quer dizer, só consegui ouvir mais no final da refeição.
Numa das vindas pelo Tram 2, quando fui abrir a conta no banco na Singel (ao pé do Flower Market) tinha reparado num outdoor de um restaurante português e ontem, depois da frustração de ter ido ver um apartamento que não vi (ah e tal íamos ligar a confirmar a data, ninguém lhe disse nada?), decidi que ia ver o que o tal português tinha para oferecer.
Apesar de ter pago um bocado (sobretudo por causa das bebidas, que a comida parece ser o preço normal para Amesterdão) está descoberto um sítio para voltar de vez em quando...

Antes disso, já tive uma festa de aniversário lá no trabalho, basicamente consiste em o aniversariante levar uns bolos e a malta juntar-se para comer umas fatias. E tive também um jantar de equipa, que foi num restaurante asiático, onde o sushi sabia mal para caraças mas valeu pelo Mestre do Wok. Parece que é normal aqui em restaurantes asiáticos existir uma modalidade que é pegares no prato, escolher os ingredientes do que queres comer (que está tudo cru), levas ao Mestre do Wok, que primeiro cozinha a tua mistura numa panela, e depois mete a saltear num wok com o molho à tua escolha.
E o fantástico deste sistema foi mesmo ver o mestre a trabalhar, pois ele tomava conta de 3 ou 4 pratos duma só vez, enquanto cozia uns nas panelas (sempre cheias e sempre a transbordar) e salteava outras nos wok. E pelo meio abria e fechava a torneira da agua e alternava a mesma entre a panela da esquerda e a da direita.
Fantástico, digno de fazer um filme para mostrar à malta. Mas como isso não foi feito, resta-vos imaginar pela descrição ou depois vir até aqui que eu levo lá a malta.
Nesse mesmo jantar fiquei a saber que aqui uma cerveja de malte é uma cerveja sem álcool!
Já não me enganam mais.
O que vale é que depois da primeira, pedi uma(s) Palm belga(s) que compensou a primeira (que não bastar ser sem álcool, tinha um sabor horrível).

O meu estimado MuVo2 que andava triste e abandonado nos últimos tempos, volta a ser meu companheiro de viagem. Agora que volto a ser utilizador dos transportes públicos, lá volto a ter os auscultadores nas orelhas e o MuVo2 a tocar os MP3. E parece mesmo um regresso ao passado, pq os MP3 que tenho são os mesmos de há uns anos.
Bem, não são bem os mesmos, que acrescentei aqui uns álbuns de música portuguesa, que é o que tenho ouvido.
Estou fora de Portugal há 2 semanas, e já pareço aquela malta de há uns anos sempre a ouvir música do seu país para matar as saudades.
Mas tenho que admitir que a ouvir Amália Hoje enquanto regressava no 172 de Amstelveen, fiquei com pele de galinha!
E a utilização da playlist que já estava no leitor, relembrou-me do quanto eu gosto desta música.

E pronto. Mais a dizer é que já tenho conta bancária aqui, já fui ver 2 apartamentos (deveriam ter sido 4 mas entalaram-me) e estou neste momento à espera de um contacto para ir ver um que pelas fotos e descrição parece-me mesmo muito bem...

No trabalho nada de especial a dizer, pelo menos por aqui, a não ser que continuo a minha integração assim nas calmas e o ambiente é muito porreiro.

And last but not least, já conheci mais compatriotas aqui localizados, sendo 2 deles lá da terriola (Sever do Vouga ou arredores) e uma terceira que trabalha no banco onde abri conta!
Não fossem os chineses e o mundo era dos Portugueses...

sexta-feira, dezembro 03, 2010

E mais um(a) ... mês, ano, emprego, cidade, país, vida

Pois é, tanta coisa no título né? É uma espécie de escolha múltipla, pode ser qualquer uma destas coisas, é a que preferirem...

Mas também acaba por ser uma escala, que reflecte o que se passou, neste mês que separa esta dissertação, da anterior.

Pode-se dizer que as pianadas e o fumo incomodaram-me tanto que acabei por arranjar um novo emprego, numa nova cidade, num novo país! Portanto, uma nova vida!
Assim que de um modo que As Dissertações do BaKano, durante o próximo ano serão uma espécie de Amsterdam Meets BaKano ou Holanda Meets BaKano, dependendo do quanto andarei a passear por este país dos moinhos e das tulipas. E dos tamancos também...

Muito haverá a dizer, aliás já há coisas curiosas a dizer, mas ainda não estou muito bem ambientado e ao contrário das experiências passadas, ainda tenho de tratar das minhas coisas, pq desta vez venho por minha conta e vou-me estabelecer por aqui.

Para esclarecer que ainda não sabe mesmo o que se passa, arranjei emprego na IBM em Amesterdão (o grande edifício da foto) e estarei aqui por 1 ano. Entretanto tenho de arranjar casa e outras coisas mais, para poder trazer o carro, e para poder andar aqui a fazer rally pela neve, pois isto está uma maravilha com máximas de -6°...
Vi nas notícias da net que existem muitas estradas por aí fechadas, mas não acredito que esteja o mesmo frio daqui. Se bem que aqui vai melhorar e deveremos ter no fim-de-semana uma máxima de 4° e mínima de apenas -1° (acredito que muitos sítios daí serão piores, se tiverem a onda de frio que julgo que têm)

Dito isto, aguardem mais novidades, que espero que saiam com regularidade.

Dou já uma dica: se vierem passear a Amesterdão, não fiquem no hotel Artemis (Dutch Design). Parece uma alternativa boa, pois nem é muito caro e tem muito bom aspecto, mas o serviço sobretudo a nível de limpeza é cá uma coisa de extraordinário, que chega a ter mais pó no quarto do que tem em minha ao fim de 2 semanas!

Até à proxima; vou ali a uma cofee shop no Red Light District.
(digo isto só para inglês ver pois ainda não vi quase nada disto)


ADENDA: Para quem quiser ver umas crónicas desta primeira semana em Amesterdão dêm uma saltada ao blog da respectiva que ela tem feito aquilo que eu fazia no País do Sol Nascente (Japão)

segunda-feira, novembro 01, 2010

Tabaco, pianadas e Maré Cheia

Isto de viver em apartamentos tem, como é óbvio, as suas desvantagens. Uma delas é as relações ou interacções com os vizinhos, que até poderia ser vantagem dependendo das relações e das vizinhas, mais especificamente os inconvenientes que os vizinhos nos possam causar.
Ora o dia de ontem, foi um dos dias em que mais pensei em morar numa moradia, ou num apartamento único de um andar superior.

Eu comprei este apartamento onde vivo em 2001, tendo vindo morar para o mesmo em 2002. Isto mais ano menos ano... Mas continuando... Tive quase sempre uma relação cordial e livre de quaisquer problemas com os restantes vizinhos. A minha vizinha da frente (2º esquerdo) é a mesma desde sempre, mas já o apartamento ao lado (2º frente) tem tido diversos ocupantes.
A dona foi (ou ainda é) uma rapariga chamada Magda que também veio morar quase ao mesmo tempo que eu; rapariga bem parecida que ainda me fez pensar numa confraternização mais profunda entre a vizinhança, mas que acabou por ir para Lisboa tendo desde então alugado o apartamento (um T1). Durante muito tempo foi ocupado por raparigas igualmente sós, que mantinham o meu interesse em "boa vizinhança" elevado, mas há uns meses foi ocupado por um casal, um pouco estranho.

Não vou entrar em grandes discussões do mesmo, mas apenas posso dizer que eles fumam em casa. Isto porque meus amigos, tem dias que é um cheiro a tabaco no meu apartamento que não se pode, mesmo!
Já tive aqui pessoas em casa que fumam, eu inclusivamente fumo ocasionalmente, mas nem quando temos fumadores cheira tanto. E a verdade é que tem dias que acordo com o cheiro a tabaco dentro do meu quarto!
Para não dizer que durante a maior parte do tempo, é um cheiro horrível no hall do andar.
No meu entender, eles fuma dentro de casa, que não tem varandas e como o apartamento é relativamente pequeno, seja em que divisão for o fumo acaba por sair para fora. Ora a minha porta é mesmo ao lado da deles. E como devem abrir a janela ou assim para arejar, acredito que entre vento que empurra o ar infestado directamente pela minha porta dentro.

Este Domingo foi do camandro. Depois de uma tarde e noite de sábado em que já cheirava imenso a tabaco mesmo usando ambientador e velas de cheiro, o dia de Domingo foi impressionante, porque para além de ter acordado ao som de pianadas vindas do apartamento de cima e que duraram umas boas 3 horas, tive que aguentar o dia todo com o cheiro a tabaco como se tivesse um fumador ao meu lado. Aliás, se tivesse um fumador dentro de casa acredito que nem cheirava tanto.
A continuar assim não ganho para velas de cheiro e ambientadores...

Ah e sobre as pianadas vindas do andar de cima. Por alguma razão de há uns tempos para cá (últimos 2 anos) que oiço cada vez mais o barulho dos vizinhos de cima. Oiço eles de noite ou de manhã na casa de banho; oiço a mulher a andar de saltos-altos; oiço cadeiras ou móveis a arrastar pelo chão; oiço barulho da criançada a correr de um lado para o outro; e oiço a malta nas festas que a vizinha (só conheço a vizinha) dá volta e meia, que é um chinfrim do camandro.
E o curioso é que essa mesma vizinha foi a única pessoa a vir uma vez bater à porta a dizer que estávamos a falar muito alto!
Quer dizer, ela e "o velho" (como assim chamamos) que não joga com o baralho todo e veio várias vezes aqui bater-me à porta a queixar-se do barulho e que tinha de ser daqui, quando eu estava sozinho no sofá a ver televisão!

Mas as pianadas de cima (coisa recente) ainda é o menos, agora o cheiro a tabaco dos últimos dias é que é insuportável, e terei de fazer alguma coisa sobre isso.
Falar com eles não me parece viável, pois para além de estranhos e hábitos estranhos, a mulher nem me respondeu "bom dia" uma vez e ontem nem me abriu a porta quando toquei para avisar que tinham deixado uma luz interior do carro acesa...
Eventualmente não querem nada comigo, porque já terão ouvido os insultos que profiro aqui em casa, nomeadamente quando chegamos e está aquele horrível odor a tabaco abafado...

Para concluir, o dia de ontem testou mesmo a minha paciência e estive perto de sair de casa em pijama e tudo para ir insultar alto e bom som os vizinhos do lado e de cima. Começar o dia com cheiro a tabaco, acordar ao som de pianadas, bah...

Só o robalo grelhado no Maré Cheia com migas e arroz do mar, regado com o verde da casa, é que nos deixou bem dispostos.

quarta-feira, outubro 27, 2010

E lá acabou a negociação

Ou a fantochada como alguns diriam (ou pensam).

Esta malta da política não me quer deixar acabar de escrever em condições sobre outros temas, dando-me muitas outras razões para pensar e falar mal.

Tal como já disse no Facebook, o meio por onde agora mais rapidamente reajo a estas coisas, mesmo que na realidade o PSD pactue com certos gastos na politica, as declarações de Catroga e as medidas de cortes que de acordo com eles foram apresentadas pelo PSD iam no caminho certo. Se o Governo acha que não há mais para cortar, então aplaudo que tenham acabado com a "fantochada" e mesmo que com desvantagens e riscos a curto prazo, que caia o Governo o mais rápido possível para que se evite a continuação duma despesa absurda que levaria ao rombo mais tarde, qd já não houvesse mais dinheiro para buscar aos contribuintes.

Algumas reacções já falam que o FMI vem aí, meter mão nisto tudo, e eu não sou contra que venham e acredito (ou espero) que possam vir introduzir alterações do fundo que nos coloquem definitivamente no bom caminho, e não apenas na ilusão que está tudo bem como em anos passados. Mas receio que as primeiras medidas que vão tomar para segurar o barco são precisamente de aumento das receitas, através de aumento de impostos, o que vai prejudicar os portugueses. E penso assim porque esse tipo de medidas é o que tem mais impacto a curto prazo e resultados garantidos. A questão é que já se devia ter andado a cortar em certas despesas há uns anos; para o Governo do Socrates tava tudo ok que até aumentaram o défice o ano passado porque queriam (palavras do próprio Socrates); agora que estamos perto da ruptura ainda pensei que os governantes lá pensassem em mudar alguma coisa de fundo que traga reais melhorias para o futuro.

Afinal parece que não, que venham os mauzões de fora...

terça-feira, outubro 19, 2010

Redução da despesa!?!?

Bem, as (más) notícias são tantas nos últimos dias que eu nem sequer tive tempo de publicar os meus restantes pensamentos sobre as portagens electronicas, se calhar por falar tanto delas no dia-a-dia com outras pessoas. Mas agora tenho que deixar umas palavras depois do que vi no Facebook da minha esposa (sim, agora é esposa).

Então diz ela que de acordo com as notícias que foi ouvindo durante a tarde de hoje (eu estou no meu computador do escritório a tratar do meu futuro emprego), o Orçamento de Estado de 2011 contempla uma verba superior à deste ano para a decoração dos ministérios!

O que é que podemos dizer a isto? Eu digo aquilo que disse lá no Facebook.

É completamente inadmissível que com um orçamento que asfixia a economia das pessoas do país, e que o próprio (des)Governo diz que é o da salvação nacional, se entre em despesas do género!
Já eu achei "caricato" para não dizer uma parvoíce, a proposta do OE de 2011 ter sido entregue em belos livros a cores com capas todas pipi e até as pen USB entregues aos jornalistas estarem todas etiquetadas com desenho próprio a cores e tudo (imagem igual à que Jaime Gama ostenta na foto acima). É só (mais) um pequeno exemplo de como se gasta dinheiro em merdas desnecessárias em tempos de (muita) contenção.

Temos de vir para a rua malta, mas também não é em greves marcadas por inter-sindicais com agendas políticas. É tempo da sociedade civil se revoltar e partir a loiça toda.

Só por causa disso vou ali à cozinha partir uns pratos...

sexta-feira, outubro 15, 2010

PSD e o Orçamento de Estado de 2011

Permitam-me uma rápida nota aqui no blog, a fazer futurologia, para tentar vos mostrar que até eu podia ser comentador político e ganhar uns cobres à custa da opinião.

De acordo com o que acabei de ouvir num noticiário da TVI24, Pedro Passos Coelho afirma que é importante que o país não fique sem Orçamento, mas que o PSD não pactua com os aumentos de impostos - Está portanto confirmado (e fica aqui guardado para a posteridade esta minha futurologia) que o PSD vai se abster na votação do OE2011, permitindo assim conciliar as 2 coisas: O PSD permite que o OE passe na AR e ao mesmo tempo como não vota a favor, mostram todos contentes que são contra.
A abstenção é uma coisa maravilhosa e serve para tudo; não percebo porque é que criticam quando os portugueses fazem a mesma coisa nas eleições...

domingo, outubro 10, 2010

Um(ns) pensamento(s) sobre as portagens nas ex-SCUT - Parte 1

Apesar de ser um assunto talvez muito debatido, e sobre o qual eu pessoalmente falo bastante quando ele aparece (devido à minha fixação pelo tema), como já estamos a menos de 1 semana no início da cobrança de portagens, vou começar agora uma série de dissertações dedicada ao tema, que serve apenas para reflexão, até porque sinceramente vos digo, depois desta sexta-feira, dia 8 de Outubro, onde supostamente iram haver grandes manifestações contra as portagens, e eu até tentei me juntar à de Aveiro, mas à hora marcada e no local marcado não havia ninguém, mas continuando depois disso já "desisti" de achar que conseguimos evitar que esta estupidez avance e tenhamos de andar até ao resto das nossas vidas a pagar para podermos circular. Mas como vão ver pelo que escreverei em seguida, eu acho que isto é só o começo e muito pior vamos ficar.

O texto que vos deixo de seguida escrevi há coisa de 1 mês, quando estava de férias, num fórum de discussão. Este texto obviamente originou algumas respostas que me trouxeram mais informação. Curiosamente não trouxe grande contestação, imagino eu porque também não há muito a contrapor ao que eu disse. Mas as tais respostas, junto com outra informação que obtive permitiu ter mais coisas para dizer (Parte 2) e depois de ter ido (e vindo) até Salamanca, até me lembrei duma medida em que mesmo pagando seria muito justo e até acho que a malta pagaria sem grande contestação permitindo ao estado encaixar dinheiro (que realmente necessita) sem prejudicar injustamente as pessoas.

Mas por enquanto aqui vai o primeiro pensamento, tal e qual escrevi no dito cujo fórum:

Ora bem malta queria apenas partilhar aqui só um pequeno pensamento no meio desta trapalhada toda que são as portagens nas SCUT.

Para além de todos os argumentos já expostos, nos quais destaco o facto de muitas SCUT (ou troços de SCUT) antes de o serem, eram IC's e IP's e passaram a chamar-se A sem que qualquer obra tenha sido feita, a falácia das alternativas (em 2006 alguém disse que fazer Aveiro-Vilar Formoso pela N16 demorava mais 30mins do que pela A25, mas viu-se o que aconteceu quando a A25 esteve fechada pelo acidente de início de Setembro, em que um troço de não mais que 12 kms que a malta faz em 15mins, demoraram perto de hora e meia a fazer devido ao trânsito), e alguns sítios, Aveiro especificamente vai ser a primeira cidade de Portugal em que se paga para entrar (excepto se considerarem zonas industriais como vias de acesso a uma cidade) e nem é preciso ser de outro concelho pois a malta de Taboeira (junto ao estádio) terá de pagar 50 cêntimos para fazer pouco mais de 1km de auto-estrada, em que quase metade é feito em 1 faixa apenas e com limite de 60 km/h, para além disso tudo esta semana fiquei a saber duma coisa ainda mais hilariante no meio disto tudo.

Tinha eu até pensado que uma forma de luta seria a malta deixar de passar nos pórticos (eu sei que dificilmente resultaria, mas pronto), resultando em que as concessionárias não iriam cobrar, não receberiam dinheiro e aquilo dava molho lá entre eles. Isto um pouco ao exemplo do que fizeram há uns anos largos num troço qualquer da A3 ou A4 para os lados do Porto quando puseram portagem e a malta fez algo do género até eles tirarem a portagem.
Mas enganei-me redondamente, porque quem cobra as portagens é a Estradas de Portugal que desta forma financia-se para pagar as rendas das concessionárias, que, vejam lá bem, ainda aumentaram com a introdução de portagens! Ou seja, se a malta deixar de andar, a Estradas de Portugal não recebe o dinheiro, mas tem de pagar na mesma a renda à concessionária. E curioso é que tem de pagar mais agora do que pagava há uns meses atrás! Não sei porque razão o têm de fazer, até porque a larga maioria das pseudo auto-estradas, sim e digo pseudo pois muitas não têm perfil disso são inclusivamente limitadas a 100 km/h (e um gajo vai pagar por isso), não receberam qualquer obra de melhoramento desde o alargamento, outras até não tem obras desde que foram feitas (o troço da A25 que faz parte da Costa de Prata está agora como estava há coisa de 20 anos quando foi construído)...

Portanto, já se está a ver o que vai acontecer. Seja por protesto, seja para poupar, a malta vai fugir das SCUT (o caso da A29 para o Porto vai deixar de ser usada para quem faz viagens mais longas porque é melhor ir pela A1 que se paga menos, a velocidade é sempre 120 e brevemente será quase sempre 3 faixas), a Estradas de Portugal vai buscar menos financiamento que o previsto, mas vai ter que pagar ainda mais às concessionárias, logo não vai haver poupança de impostos ou de despesas nenhumas.

Para além disso, tendo em conta que qualquer nova estrada que está prevista construir é uma auto-estrada concessionada (mesmo que tenha apenas 10 kms e passe por 2 ou 3 terras relativamente pequenas), está claro meus amigos que Portugal será um país de estradas urbanas e municipais, e auto-estradas a pagar, deixando de existir eixos rodoviários que fazem ligações entre pontos importantes gratuitos e fornecidos pelo estado às pessoas e empresas.
Ou seja estradas é mais um serviço que o Estado abdica de fornecer.

E já agora, para a malta da região da Grande Lisboa que eventualmente acha que isto não os afecta, eu deixa as seguintes questões:
- É ou não verdade que o IC19 neste momento tem neste momento 3 faixas de rodagem para cada lado e separador central?
- Muitas pessoas têm de pagar a CREL (A9) para fugir às bichas de trânsito nos outros IC, mas é verdade que têm os outros IC, e julgo que aos fins-de-semana e à noite, alturas de menos trânsito, possam viajar nesses mesmo IC sem pagar, certo?
- O que é achariam se daqui a uns tempitos, o IP7 (Eixo Norte-Sul), o IC19 (ambos já concessionados à Ascendi tal como as nossas SCUT), o IC20 (via rápida da Caparica que também tem perfil de auto-estrada), mudassem de nome para AXX e um gajo tivesse de pagar portagens? Mesmo sem obras?

É que este ultimo exemplo foi precisamente o que aconteceu na grande maioria das actuais SCUT que eu conheço (conheço quase todas antes e depois de serem SCUT) e nós não temos hipótese de escolher um IC ou um IP mesmo que cheio de transito para não pagar. É que esses deixaram de existir e nunca mais teremos nenhuns...

Mas queria realçar novamente o ponto principal:
Mesmo que deixemos de andar nas únicas vias principais que temos para não pagar, o estado vai continuar a ter que dar ainda mais dinheiro às concessionárias, portanto, estamos todos fodidos porque vão-nos sacar ao bolso directa ou indirectamente...

Ai Jorge Coelho que belo negócio arranjaste tu há uns anos, se calhar por isso é que agora estas a receber os frutos do teu trabalho enquanto ministro... Se calhar...

domingo, outubro 03, 2010

Merda à vista

Conseguem ver o aviso à vossa esquerda? Já certamente encontraram coisas similares, alguns com desenhos todos pipi, certo?
Pois eu digo-vos que isto é das coisas que eu menos compreendo que se peçam para fazer. Eu até consigo entender porque se pede isto; porque ao fazerem as tubagens, algum cromo meteu umas curvas apertadas ou pôs um tubo fininho, mas se há coisa que a mim me mete nojo é entrar num WC e ver merda o caixote cheio de papel borrado.

Eu sinceramente não consigo entender como é possível alguém achar que é melhor ter um caixote cheio de merda, mesmo que disfarçada em papel, à vista e ao odor de quem lá entra, do que despachar tudinho pela sanita abaixo.

Para mim, as sanitas foram feitas precisamente para levarem com tudo. Para levarem com a merda que cagamos, e o papel que usamos para limpar o rabo. Se por ventura aquilo entope é porque alguma coisa está errada.
E é giro que locais publicos ficam preocupados com uma sanita entupida, mas não ficam preocupados em ter uma caixote, muitas vezes pequeno, cheio de papel borrado, muitas vezes com o papel já pelo chão.

O curioso não é só os sítios que têm o aviso, que até o podem ter posto depois de grandes inundações merdosas após entupimento da sanita (mas que deviam ser resolvidos com obras, não caixotes do lixo). Aí até se espera que apareçam os papeis. Mas o mais curioso é a malta que mesmo sem avisos, mesmo sem entupimentos, limpam o seu rabinho e metem o papelinho agora acastanhado e perfumado, num caixote à vista de todos. Eu sei que o fazem, porque eu já tive de conviver com essa vista e odor maravilhosos em WC que usava regularmente, e pasmem-se, não entupiam mesmo depois de muita "obra" e papel metidos duma só vez.
Nestes casos, só me resta assumir que as pessoas preferem ter a merda à vista do que despacha-la convenientemente pela sanita abaixo...

PS - Este título daria para comentar o estado actual do país, mas acabou por ser mesmo um título literal :-)

quinta-feira, setembro 09, 2010

São todos inocentes...

Não podia deixar de partilhar algumas palavras e pensamentos meus sobre todo este caso. O Caso Casa Pia que tanta polémica deu, tanta agua fez correr e mais ainda irá fazer infelizmente, teve na semana passada um importante semi-desfecho. Pelo menos deu desfecho à primeira situação e trouxe uma alteração grande ao estatuto dos arguidos. Antes eles poderiam clamar inocência em alta-voz, pois existe a presunção da inocência, ou seja, eles eram inocentes até prova do contrário. Mas na semana passada ouvimos um colectivo de juízes, juízes esses que leram e analisaram tudo o que havia de provas e factos, afirmar que foi dado como provado os crimes.

É certo que agora vão começar os recursos e o mais certo é que estes marmanjos não irão muito provavelmente passar 1 semana que seja nos calabouços duma prisão (onde poderíamos esperar uma espécie de justiça popular servida através de sodomias daquilo que eles gostavam de sodomizar) , mas agora para mim a coisa mudou, porque agora posso dizer, eu daqueles que acreditava que não podia haver tanto fumo sem fogo, que a justiça os considera pedófilos!

É lógico que este tema, este caso, é polémico e eventualmente alguns que leiam o blog (se é que ainda haja quem o leia) poderão pensar o oposto de mim, e são livres de o pensar, mas eu admito que a minha cabeça já estava feita há uns tempos.
Mas é curioso mesmo o país que temos, pois eu li e ouvi pessoas a dizer que os miúdos (na altura eram miúdos) aceitavam de bom grado o dinheiro e prendas que estes pedófilos lhes davam, logo não eram forçados a nada. Pergunto-me se quem afirma isto achará então que estes gajos não deviam ser culpados do que fizeram? Se eu violar uma mulher e no final lhe deixar dinheiro, não devo ser acusado porque como paguei foi como se tivesse ido a uma prostituta?
Será que as pessoas também pensavam que estes anos de abuso continuo poderiam ser mantidos à base de violência e forçar? Ao fim de algum tempo começava a ficar claro os abusos. É lógico que esta seita de facínoras, escolhem miúdos com problemas vários e atraem-nos com promessas de bens materiais. Também muitos raptores e assassinos de crianças, atraem as mesmas com prendinhas até elas estarem em sítio vulnerável para poder depois leva-las...

Outra coisa que tenho de dizer é que toda a gente, ou melhor, não ouvi ninguém dizer que era mentira o que o Bibi disse, ou melhor, toda a gente admite os crimes do Bibi. E então o Bibi abusou durante anos de miúdos, fartou-se de levar miúdos para outros "maiorais" e afinal ninguém abusou? Mas é possível sequer um cenário desses?

E depois desde sempre achei engraçado como eles clamavam a sua inocência e no entanto os próprios actos dos seus advogados pareciam tentar abusar de esquemas e subterfúgios para que a coisa se arrastasse.
Eu não sei, mas no meu caso, se estivesse a ser acusado de um crime que eu sabia não ter cometido, o que queria era que a coisa se resolvesse o mais rápido possível, não andar anos e a atrapalhar o desenrolar do caso.
Assim como quando saísse a sentença, é certo que ficaria chocado como eles pelos vistos ficaram, mas também acho que não ia ter logo um site pronto para mandar cá para fora nas poucas horas seguintes, com toneladas de informação para tentar mostrar que afinal era inocente. Aliás, acho que isso mesmo é um indicio que eles esperariam a sentença de acusados e já estavam prontos para contra-atacar. Não me parece que seja isso o acto normal de alguém que é 100% inocente e não está a contar, como eles o afirmavam, ser acusado..

Mas numa coisa dou uma certa razão ao Carlos Cruz; ele que me recorde, disse na televisão depois da leitura do acórdão, que estava a ser acusado para proteger outros. Não tenho a mínima dúvida que o Carlos Cruz é um dos que será queimado para que outros se possam safar.
Eu afirmo mesmo, que vão (será que vão?) estes 6 presos para que centenas se possam safar!

quinta-feira, setembro 02, 2010

Não perca nos próximos dias - Grande Reabertura

Estava eu a ver os meus mails no G-Mail quando me aparece um aqui do blog. Novo comentário, dizia o e-mail. Foi então que me recordei que realmente eu tinha este blog aqui, onde durante uns tempos dizia umas bacoradas e parvoíces. Foi então que tive uma ideia (boa ou má isso ficará para segundas núpcias):
- "Vou reabrir o blog", disse eu para a Maggie que olhou para mim com ar curioso e virou-me o cu e levantou o rabo enquanto mandava um mio de mimo, a pedir festinhas...

Com tantas mudanças que têm acontecido e até quase de catadupa diga-se de passagem, será uma boa altura para voltar às escritas regulares, até porque eu gosto mesmo de escrever, e às vezes escrevo coisas de jeito.

Mas agora são quase 9:30 da noite, ou seja, quase 21:30 e tenho de ir fazer a paparoca, pois nestes dias tenho estado novamente solteiro. Ah sim, novamente porque entretanto casei-me (daí o segundas núpcias dito ali em cima)...

Enquanto isso, passem pela minha página do Picasa e vejam novos álbuns que coloquei, especificamente da viagem a Marrocos (uma espécie de Lua-de-Mel) e do casamento propriamente dito.

Ou então esperem uns segundos que vou trocar estas fotos aqui do lado direito (já andam aqui a rodar há anos) já de seguida.