quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Cabeça de rádio

Nos finais dos anos 80, para os lados de Oxford apareceu uma nova banda, formada por 5 rapazes, que originalmente até se chamaram On a Friday ("Numa Sexta") pelo facto de ser nesse dia da semana que se juntavam para ensaiar. Depois dos rapazes terminarem os estudos universitários e de fazerem várias actuações, despertaram o interesse de um produtor e dono de estúdio de Oxford, que os apresentou à EMI, com quem assinaram um contracto de 6 álbuns em finais de 1991, tendo mudado o seu nome para Radiohead, inspirados por uma música com o mesmo nome dos Talking Heads.

E foi assim que esta banda, lançou o seu primeiro single em 1992, a sua música patife, "Creep", que só teve muito airplay mais lá para 1993, que deve ter sido nessa altura que eu comecei a ouvir os mesmos.
De certeza que toda a gente está familiarizado com o Tom Yorke a dizer a todo o mundo: "Mas eu sou um patife, sou um anormal".
Do primeiro álbum não conheço muito mais para além da "Creep", mas o segundo "The Bends" mantinha o estilo de rock melancólico e com guitarras pesadas, tendo os Radiohead inclusive sendo marcados como banda de Grunge.

Em 1997, os Radiohead lançaram o seu 3º álbum, "OK Computer", que mostrou uma clara diferença para os anteriores, entrando a banda num género alternativo, mas para mim experimentalista também. O álbum foi aclamado pela crítica em geral, e lançou os Radiohead no panorama musical mundial, não mais considerados como uma banda grunge inglesa diferente, mas sim uma banda inovadora e marcante, assim como cheia de talento para definirem um estilo próprio e serem eles a inspiração de outros.

Os álbuns seguintes, "Kid A" e "Amnesiac" gravados quase em simultâneo, mostraram que banda mantinha sua viagem pelo mundo da experimentação, tanto a nível musical como a nível comercial. "Hail to the Thief" trouxe um regresso das guitarras, agora misturadas, e muito bem no meu entender, com os sons mais electrónicos experimentados nos 2 álbuns anteriores.

E finalmente lançaram o seu 7º álbum, mais uma vez inovando, sobretudo na distribuição do mesmo, pois o álbum foi disponibilizado on-line gratuitamente, antes de ser editado nos formatos tradicionais. Ainda não tendo ouvido o álbum, aparte do single que tem passado nas rádios, do que me foi dado a entender "In Rainbows" é um álbum com um som mais acessível e com letras mais personalizadas. Aliás, pelas palavras do próprio Tom Yorke, "In Rainbows" é o seu álbum clássico.

Depois desta minha exposição sobre uma das minhas bandas referidas, deixo-vos com uma das suas melhores músicas, que também é um video-clip excelente, do, para mim ainda, álbum mais marcante deles, "OK Computer":

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